Cauã & Cauê (10) - Juntos

-- Como assim…- Janaina ficou sem cor, depois vermelha.
-- Vamos terminar, siga em frente, e eu vou correr para quem sempre realmente me amou e a quem eu quero está junto.
-- Eu sempre te amei. Não venha com essa conversa. Você se encontrou com ele a poucos meses.
-- Não, esse sentimento pelo que você falou, e pelo que eu constatei vem de muito longe, não foi apenas provocado pelo nosso reencontro. Eu que nunca quis admitir.
-- Cauê, sério que você está falando isso? Não ver a seriedade…
-- Não sei se eu e Cauã ficaremos juntos como um casal se é isso que te preocupa, mas uma coisa é certa, nossa amizade é mais importante do que nosso relacionamento. Não sinto amor suficiente da minha parte para continuar com você entende?
-- Não entendo não… Não vou deixar isso assim, você tomou muito do meu tempo. Isso não termina assim, entendeu?
-- Janaina não precisa ser assim, eu já vinha pensando em como terminar, só não estava achando a maneira certa…
-- Não Cauê, você que é um cara frouxo e covarde.
-- Não queria fazer nada sem ter certeza, não queria terminar com você ainda tendo dúvida sobre meus sentimentos…
-- Seus sentimentos a respeito do outro né, pois por mim não… acho que você está mais preocupado com o que as pessoas pensam sobre você do que sobre nós.
Ela saiu de perto, não disse mais nada, deixou Cauê parado analizando tudo o que ela falou.

Pouco tempo depois, nos arredores do campus.
Luan caminhava em direção ao estacionamento, quando escuta alguém chamando seu nome. Ele olha, e ver Janaina a passos largos em sua direção.
-- Luan, precisamos conversar.
-- O que foi? Já não te disse que não quero mais saber desse assunto.
-- Preciso de sua ajuda, quero que fale com seus colegas para dá uma surra bem dada…
-- Não vou mais me meter nessa história, e se alguém descobre, podemos ser expulsos da faculdade. Você não percebe a gravidade?
-- Quero que eles peguem o Cauã de uma forma que seu rosto fique bem estragado.
-- Nossa quanta maldade. Não conte comigo.
-- Então se não posso contar com você, acharei outro jeito.
Luan faz cara de preocupado quando viu o comportamento descontrolado dela. Janaina caminhava esbravejando palavrões enquanto se afastava.

Na saída do campus, Nando caminha com Fatinha, vão em direção a residência.
-- Nando! - aquela voz familiar faz com que Nando pare e olhe de lado. Ricardo em pé parado próximo ao carro dele. - preciso falar com você.
Fatinha o olha e entende…
-- Vou na frente, depois você me conta tudinho em?
Ele olha a amiga se afastar, mas não parece à vontade em ficar com Ricardo.
-- Melhor a gente não se ver mais. - Nando fala sem encarar o outro.
-- O que aconteceu, você está todo diferente comigo.
-- Não quero mais sair com você.
-- Não entendo, estávamos nos dando tão bem. O que aconteceu?
-- Não gosto da ideia de ser a última opção, entende?
-- Então é isso… Olha, eu nunca te disse que éramos namorados, achei que você entendia…
-- Não entendo, você quando está comigo parece outro, carinhoso, e quando está com outros nem parece me ver direito.
-- Mas eu sempre te vejo. gosto de você, e queria ficar com você novamente…
-- Melhor não…
-- Logo agora que eu estava preparando algo especial para nós, uma transa como você nunca teve…
Nando pareceu refletir, sabia que seria melhor se afastar.
-- Procure um dos seus companheiros.
Ricardo o encara procurando entender aquela transformação, Nando parecia outro.
-- Tudo bem, vou respeitar sua decisão, mas não venha me procurar quando sentir falta da minha pegada.
Ele apenas acompanhou com os olhos entrar no carro e segue em frente. Nando ficou parado, seu rosto parece inquieto, procura ser firme mas seus sentimentos ainda frágeis não conseguem segurar as lágrimas.
...
Cauã estava no seu quarto arrumando uma mochila, quando seu telefone toca, ele olha e resolve atender.
-- Olá, o que deseja?
-- Onde você está… preciso te ver.
-- Escuta Luan, já não temos mais o que falar.
-- É sobre a louca da namorada do seu amigo.
-- Diga por telefone, mesmo.
-- Quero te ajudar. Ela está armando para te darem uma surra… Onde você está?
-- De saida para rodoviária.
-- Vai viajar, mas ainda é quinta…
-- Preciso ir par ao interior. minha cabeça está cheia.
-- Estou chegando na residência, estarei te esperando em baixo, te deixo no terminal.
-- Não precisa, eu vou chamar um uber…
-- Eu preciso te ajudar, me sinto mal por antes.
Cauã tenta ainda falar, mas o outro desliga. Cauã olha em volta, roupa sobre a cama. Ele sabe que fugir não adianta, seu coração doe e sabe que o amigo nunca vai ser forte suficiente para admitir que gosta dele.

Cauê procura o amigo na sala de aula, na biblioteca, no centro de convivência, e fica preocupado, para no meio do nada e fica olhando em todas as direções.
Avista se aproximando Yara e Fatinha.
-- Oi… Alguma de vocês viram o Cauã?
Elas se olham.
-- Não vi. Você viu? - Yara perguntou olhando para fatinha.
-- Também não. Tudo bem? Você parece preocupado.
-- Depois a gente se fala, agora preciso encontrar o Cauã.
Ele sai sem dar mais detalhes, deixando as garotas mais curiosas.

Na entrada da residência Luan está parado em frente ao portão quando ver Cauã saindo. Ele corre ao encontro do outro.
-- Por favor me deixa te levar, eu queria muito te pedir desculpas por antes.
-- Eu não quero ser injusto com você, mas pelo que entendi você estava de complô com a Janaina, não era isso?
-- Sim, é verdade, mas em nenhum momento eu quis te machucar. Quando eu fiquei sabendo que ela pagou os caras para te darem uma surra e quem acabou se machucando foi o namorado dela, eu não sabia que ela era capaz de tanta maldade, então desisti de lutar por você.
-- Meu uber está chegando. - Cauã olha o app no celular.
-- Só me diga se ainda poderemos ser amigos?
Cauã o olha sério, ver que Luan está falando com sinceridade. O carro se aproxima, e ele caminha até o estacionamento. Ele olha para trás e fala.
-- Quando eu voltar a gente conversa melhor, tenha um bom final de semana, meu amigo.
-- Obrigado Cauã.
Mas ele já não olha em resposta, entra no carro e vai embora.
Luan demora olhando o carro dobrar na esquina. depois ele volta na direção do seu carro, e avista Nando se aproximando, ele caminha abatido, parece não ver em sua volta, está prestes a cair numa vala de escoamento de água.
-- Oi! - Luan grita - Você não é o Fernando?
Nessa hora Nando olha em volta procurando a origem daquele chamado. seu rosto a se erguer está ainda molhado pelas lágrimas.
-- Tudo bem com você? - Luan se aproxima - Você ia caindo ai…
Nando olha em volta e percebe o perigo.
-- Obrigado. Você não é aquele amigo do Cauã.
-- Sim. E você é o companheiro de quarto dele… Tudo bem?
-- Tirando o fato de ser um completo idiota, tudo bem.
-- Isso parece coisa de paixão não correspondida.
-- Bem isso. Desculpa não poder ficar batendo papo, mas preciso ir ali afogar minhas mágoas.
-- Posso ir junto?
Nando olha para ele.
-- Tem certeza?
-- Também estou precisando esquecer uma pessoa.

Dois dias depois, na cidade de Iranduba, Cauã está sentado na varanda da casa dele, quando avista no outro lado da margem do canal Cauê parado em pé olhando para ele. Cauã tenta não olhar, mas Cauê acena com a mão direita.
-- Me espera que vou ai. - ele sai correndo em direção a pequena ponte que liga as duas margens.
Cauã não espera o amigo, e entra em casa e avisa a mãe que está com dor de cabeça e que não quer ser incomodado.
Cauê é esbarrado pela madrinha.
-- Madrinha o Cauã não está com dor de cabeça, ele está brigado comigo, e eu não sei por que, pois a ultima vez que conversamos ele estava bem contente, e eu quero saber o motivo.
-- Então melhor você ir lá. Fique a vontade, vou no mercadinho, só não vão brigar e quebrar minha casa. - ela sorrir, demonstrando que já conhece bem os garotos.
-- Tudo bem.
Ele não espera ela sair e segue até o quarto do amigo, que ao abrir a porta ele está emborcado sobre a cama,
-- Agora eu é que quero saber o que aconteceu para você fugir assim da capital, matando aula…
-- Não seja hipócrita. - Cauã sem olhar para o amigo.
-- Escuta Cauã, eu deixei meu orgulho de lado, acabei meu noivado, e vim até aqui somente para te dizer que eu topo ser seu namorado, e é assim que sou recebido. pelo menos me dê uma explicação.
Cauã parece não compreender todas aquelas palavras, nada fazia sentido com as palavras que ele ouvira da outra vez.
-- E além do mais você ainda vem aqui zombar na minha cara… Eu ouvi muito bem quando você falou para sua namorada que ela estava certa que a gente precisava acabar com nossa amizade. Eu ouvi tudo, nem venha se fazer de santo.
-- E eu que pensava que eu é que era o garoto mimado, mas olha só você ai de birra, Não combina com você. Naquele dia eu falava do meu noivado com ela, você nesse seu mundo certinho deve ter saido sem ouvir a conversa toda.
-- Então você terminou com ela? - Nessa hora ele se vira para olhar o amigo que deveria está na entrada do quarto, mas ele se surpreende com Cauê já sobre ele.
-- Agora é minha vez.
Cauê segura os braços do amigo, e o beija. Cauã sem muita reação se deixa ser dominado.Os dois se abraçam na cama enquanto se beijam com muita paixão.
Na sala dona Isabel está de saída quando escuta um barulho como se duas pessoas estão se pegando, ela corre para separar mas ao chegar na porta do quarto, antes de falar qualquer coisa ela os vê se devorando na cama. por alguns segundos ela os observa, e então respira fundo, fecha a porta e sai para o mercadinho.
Cauê vira Cauã de costas, e tenta tirar o short dele, mas Cauã dá um empurrão no outro que cai de lado, e ele sobe sobre Cauê já deitado.
-- Não senhor, você não vai me foder ainda.
-- Mas eu vinha planejando isso desde nossa ultima vez.
-- Minha mãe sempre falou que filha dela só perderia a virgindade depois do casamento, então nada penetração em mim.
-- Não tem graça só você que me fode.
-- Se tiver achando ruim vai contar pro seu pai.
-- Engraçadinho.
Cauã o morde no pescoço deixando Cauê arrepiado e em silêncio com sua bunda empinadinha deixando abertura para Cauã se aproveitar.

Dias depois Cauã e Cauê estão no restaurante bar proximo ao campus, estão bebendo com as amigas Yara e Fatinha que estão curiosas para saberem tudo do novo casal.
-- Meninas, vamos manter isso só entre a gente, o pai do Cauê ainda não sabe, então vamos mudar de assunto.
-- Claro Cauã. - Disse Yara tomando um gole de martine.
-- Vou no banheiro. Cauê peça outra dose para mim.
Cauã sai, e em seguida Nando chega e senta ao lado.
-- Olá pessoal. Onde está o Cauã?
-- Foi ao banheiro. - Cauê responde naturalmente - e onde está Ludmila?
-- Eles terminaram. - Fatinha tomou a frente do rapaz.
-- Quando?
-- Final de semana…
Nessa hora Luan aparece na frente deles, todo apressado. Nando o olha…
-- Que foi Lu? Por que essa cara?
-- Lu? - Cauê não entende.
-- Depois te explico - Fatinha se mete - Fala Luan.
-- Cadê o Cauã?
-- Você não encontrou com ele no banheiro? - Nando se antecipa.
-- Acho que sai antes dele entrar… Avistei Janaina entrando com dois caras, e acho que ela vai fazer alguma maldade.
Cauê se levanta e sai na direção dos banheiros.
....
Segundos antes proximo aos banheiros. Janaina olhava em volta, quando avistou Cauã saindo dos banheiros.
-- É aquele ali. Podem bater com vontade para ele aprender a não roubar namorada de ninguem.
Cauã ainda escuta as ultimas palavras e olha na direção do ex do amigo.
-- Você ainda não aprendeu. Ele que me escolheu.
Os dois cara partem para cima dele, mas nessa hora.
-- Já chega de loucura Janaina. - Cauê aparece na frente de Cauã e os dois caras param esperando as ordens.
-- Saia da frente meu amor, ou se não você vai apanhar junto.
-- Ninguem vai apanhar aqui. Melhor você ir embora se não vamos chamar a polícia. - Luan chega acompanhado de Nando, Yara e Fatinha.
-- Vejo que continua um covarde, sempre dependendo dos outros para se proteger.
-- Não Janaina, somos apenas amigos, e amigos protegem uns aos outros. Claro coisa que você não sabe. - Cauê a enfrenta - Agora vá embora que eu não tenho mais nada com você.
Ela se ver vencida, e sai com os rapazes que já tinham baixado a guarda ao verem que aquela luta estava perdida.
Todos retornam a mesa.
-- Pessoal quero dizer uma coisa. - Cauê fala enquanto olha para Cauã.
-- Não precisa dizer nada, nós já sabemos. - Yara o interrompe.
-- Então podemos contar com vocês…
-- Claro, não é só você que estão namorando - Nando pega a mão do Luan e entrelaça os dedos erguendo as mãos para que todos possam ver.
Passando ali perto Ricardo ver aquele gesto e baixa a cabeça e segue em frente sozinho.
-- Parece que alguém vai terminar sozinho. - Yara fala, mas ninguem entende.
-- Você duas poderiam namorar - Nando fala como se o assunto fosse elas duas.
-- Não nandinho, gosto da mesma fruta que você come. - Fatinha falou sorrindo.
Todos dão gargalhadas.
....
Dias antes...
-- Escuta Fernando, você gostaria de jantar comigo.
-- Tipo um encontro?
-- Você não precisa ver assim...
-- Tipo um encontro para se conhecer ou só para transar?
Luan parece surpreso com a franqueza do outro.
-- Não. Só para a gente se conhecer mesmo.
-- Então você acha que sou o cara que você sairia?
-- Nossa você é bem direto mesmo. Ok, eu te acho bem interessante e sim, eu ficaria com você.
Nando sorrir, olha para Luan dos pés a cabeça.
-- Você não gostaria de subir e tomar uma cerveja comigo, estou sozinho.
-- Seria otimo.
minutos depois...
Luan está com a cabeça entre as pernas do Nando. Nando parece não acreditar no que está sentindo.
Minutos depois...
Luan está cavalgando o pau do Nando deixando-o doido de prazer. Os dois gozam juntos.
Minutos depois...
-- Agora é sua vez de me dá prazer. - Luan fala deixando Nando todo animado novamente, já caminhando com sua boca cheia dágua olhando para o pau de Luan todo rígido e babando.

Fim


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Comentários


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morsolix Comentou em 30/05/2019

É.Gostei.VC é expert em criar situações para os seus personagens.




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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
Cauã & Cauê (10) - Juntos

Codigo do conto:
139397

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
29/05/2019

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
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