A Escolha Certa - 1° Tem. Cap. 10

Ver Rafael e Riven juntos me deixou louco, e ainda quando vi as fotos deles, naquela "brincadeirinha".
Sai direto para casa, sem olhar para trás, não queria ver mais aquele rosto. Chorei no caminho de casa, e ainda mais quando cheguei no meu quarto, fechei a porta com um extrondo e desmoronei na cama.
Aquilo foi nossa primeira "DR", dentro de duas semanas de namoro. Por uma parte Riven não teve culpa, ele estava bêbado, mas Rafael... ele queria aquilo, Rafael quer Riven a todo custo. Como ele não percebeu que seu primo era louco por ele? O olhar dele dizia tudo Riven falava com ele.
Naquela hora precisava de alguém para desabafar, mamãe não estava em casa, e também eu não iria desabafar com — heteros — meu irmão ou com Maik. Peguei meu celular e vi que tinha mais de 10 ligações não atendida, era de Riven.
Ignorei e mandei uma mensagem para Alli — para que vinhesse até minha casa —, à minha amiga que sempre me deu bons conselhos.
Antes que Alli chegasse fui para o banheiro tomar um banho de água gelada. No banho, demorei mas do quê o necessário. Sai, peguei o celular e vi que Alli não respondera minha mensagem, então resolvi ligar para ela, ela atende.
— Oi, Zack — disse ela.
— Oi... Alli, preciso de você aqui.
— O que aconteceu?
— É que... é que... vem para cá. — pedi.
— Olha, Zack, desculpa, mas não vai dar. Estou indo à casa da vovó. — disse ela. — e já estamos entrando na outra cidade. Desculpa.
— Ok... tchau. — e deliguei o celular.
Fiquei deitado na cama, até que Petrus entra no meu quarto.
— Zack, eu e o Ramon iremos sair para almoçarmos fora, gostaria de ir com nós? Aliás mamãe chegará tarde. — perguntou.
— Eu vou, espera só vou me arrumar.

No restaurante estava tentando disfarçar a tristeza, tudo que o Petrus falava eu caia na gargalhada, apesar de não ser engraçado. Eu não estava com fome, a cena de Rafael e Riven me deixava nauseado.
O garçon nos entregou o cardápio e cada um pediu o seu, Petrus pediu uma Lazanha, pois amava. Ramon pediu algo que não escultei, pois ainda estava com a cabeça no mundo da Lua.
— Zack — chamou meu irmão. Mas não escultei. — Zack.
— Hum... oi?
— O que vai querer?
— Batatas fritas — falei sem examinar o cardápio.
— Mas senhor, não temos batata frita. — foi o garçon que falou.
— Ah... pois trás uma lazanha. — falei meio estranho. — ah... quero vinho, trás um vinho.
O garçon anotou os pedidos e foi embora Petrus e Ramon me olhava com um olhar de interrogação.
Ficamos batendo papo por alguns minutos, e ainda, eu, estava tentando dirfarçar a tristeza, fazia de tudo para que eles não percebesse a dor que estava sentido.
— Vou ao banheiro e já volto. — disse Petrick saindo da mesa, deixando só eu e Ramon.
—Então... — tentei comerçar, mas ele me interrompeu
— O que acontece?
— Como? — perguntei tentando entender sua pergunta, apesar de está bem clara.
— O que aconteceu para você está assim... — disse Ramon, essas duas semanas que passou ele aprendeu bastante do nosso idioma. Fiz uma careta de interrogação. — triste?
— Não foi nada.
— Sei... olha, sei que não nos falamos muito, mas sou esperto o suficiente para saber que você está com algum problema. Mas se não quizer desabafar, tudo bem.
— Ok, tudo bem, tá legal? — falei um pouco irritado. — Que conselho um cara hetero poderia dar a um gay?
— Desculpa. Não quis te deixar irritado — falou ele como se estivesse magoado, olhei seu olhar e fiquei meio sentido.
— Olha, desculpa, eu não queria ter me irritado com você, aliás você não me fez nada. É por quê... terminei com meu namorado. E acho que um hetero poderia me dar um bom conselho, logo você que mal me conhece.
— Olha, não sou a pessoa certa para te dar conselho, mas você ouviu a versão dele, digo, a versão do seu namorado? — perguntou Ramon.
— Nem ouvi e nem quero ouvir, ele foi um canalha, e eu... fui cair em um joguinho de um primeiro cara gay que me pediu em namoro. Como eu poderia transar com o primeiro que me apareceu? Como? — falei,e senti um alivio após desabafar.
— Você tem que falar com ele, ouvir o que ele tem para te dizer. Você o ama?
— Amo. — disse e meus olhos estava se enchendo de lágrimas. — Mas... depois...
— Você o ama. Então dar uma outra chance para ele. O que você sentiu, após ter um primeiro contato com ele?
— Não sei explicar. — falei.
— Afeto? Desejo? Paixão?
— Isso, paixão, mas que com o tempo essa paixão foi se transformando, e virou algo grande. Essa paixão se transformou em amor, e por isso... que eu o amo.
Meu celular toca, tiro do bolso, e olho a tela piscando: RIVEN
— Vai lá, dar outra chance e escuta o que ele tem para falar.
Meu olhos brilharam, realmente Ramon é a pessoa certa para dar bons conselhos, meu coração bateu forte. Eu tinha que ir até Riven, escultar o que ele tem para me dizer.
Levantei apressadamente da cadeira e dei um beijo instantaneamente no rosto dele, um beijo de agradecimento. Todos dali olharam, como se tivesse assustados após ver um cara beijar o rosto do outro, todos ficaram nos observando.
— Desculpa. — gritei para o pessoal. — foi fiz isso por impulso. — Eu fala enquanto ia até a saida, e olhava para trás. — É por quê tô muito feliz. — todos ainda me olhava. — Tchaaaaau. — disse acenando para o pessoal.
Peguei um taxi e fui direto para casa de Riven. Chegando lá toquei o interfone, fui recebido por Rafael, empurrei ele para o lado e entrei na casa correndo, procurando por Riven.
— Riven... — chamava enquanto passava por cada comôdo da casa — Riven... Riven.
Ele não estava na cozinha, nem na sala, nem na aréa de lazer. Então...
Corri para seu quarto, e lá estava ele em pé andando de um lado para o outro com o celular na mão.
— Riven.
Ele parou diante da cama.
— Zack.
Corri para ele, pulei em seus braços e caimos na cama. fiquei olhando aqueles olhos verdes.
— Desculpa. — disse ele.
Então o beijei. Um beijo longo e afetuoso. Um beijo carinhoso e adorável. Um beijo de tirar o fôlego.

Continua...

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