Riven levanta-se rapidamente e fica diante de mim.
— O quê?!
Levanto-me e vou até ele.
— Desculpe, eu pude impedir, mas... — o resto da frase não sai.
— Mas você gostou, não é? — diz ele olhando nos meus olhos.
— Não é isso.
— Então vai dizer que é o quê? — Riven espera uma resposta, mas fico calado, então ele sai.
Agora quero chora. Corro atrás dele e seguro no seu pulso, mas ele pucha e me solto.
— Ei...
— Não quero ouvir mais nada.
— Foi só um beijo. — digo.
Riven solta uma risada forçada e diz:
— Um beijo. Fala serio!
Na sala ele senta-se. Ambos estamos nús.
— Desculpe. — digo sentando ao seu lado.
Tento da um beijo, mas Riven vira o rosto e levanta-se.
— É serio? Você vai ficar assim por causa de um beijo?
— Um beijo, Zack? Me diz, o que você sentiu quando ele te beijo? — ele me olha nos olhos. — Fala a verdade.
— Riven você está sendo infantil.
— Infantil? Ter ciúme de quem eu amo é ser infantil? Não, Zack, não é. Ah, e você já me respondeu tudo.
— Riven...
— Por favor, cale a boca.
— Você está fazendo uma tempestado em um copo d'água.
— Beleza. — diz Riven voltando para o quarto. Sigo ele.
— Você está bravo por uma besteira?
— Não quero ouvir mais nada. — ele me segura. — Eu te amava.
— Amava?
— Não posso continuar com quem ama outra pessoa.
— Quer dizer que...
— Sim, estou. — Riven baixa a cabeça.
Lágrimas enche meus olhos. As vezes me odeio por ser uma pessoa emotiva.
— Ok.
Pego minha roupa e visto-me.
— Eu vou te deixar. — diz ele.
— Não precisa.
Passo a mão para enchugar as lágrimas que escorre pelo meu rosto. E saio.
Quero ficar só, mas resolvo ir na casa da Alli. Fico deitado na cama enquanto ela sai do banho.
— Zack? — diz saindo do banheiro.
— Oi. — minha voz sai tremula devido está chorando.
Ela percebe que há algo errado.
— Ei, o que houve? — pergunta.
Levanto-me.
— Eu e o Riven acabamos.
— O quê? — diz ela. — Mas por quê?
Explico o motivo desde do começo.
Ela coloca uma roupa, e venha até mim me consolar. Não queria ter terminado com o Riven, mas foi ele que quis assim.
— Ele disse que não poderia continuar amando uma pessoa que ama outro.
— Mas você ama o Ramon? — fico calado. — Desculpe, não queria...
— Tudo bem. — digo enchugando as lágrimas. — Eu não sei, o Ramon tem algo que mexe comigo, não sei explicar o que é. A primeira vez que o vi, meu coração quase parou, e depois que esbarrei nele... senti uma sensação enorme dentro de mim. Mas amo o Riven de uma forma que nunca amei ninguém. Alli, o que você acha?
— Olha, Zack, nosso coração é que escolhe a quem amamos, e o seu escolheu duas pessoas para amar.
— Literalmente, estou vivendo em um filme, onde a mocinha tem que escolher entre os dois caras. O irrresistível e o encantador. E eu que sou a mocinha dessa história. — rimos. — Posso tomar um banho. É que... bem, nós transamos e...
— Pode, vai logo. — abraço ela.
— Obrigado.
Tomo um banho rápido, Alli pega uma roupa minha e deixa na cama para que me troque. Visto-me e ela entra no quarto.
— Zack, eu e o Maik vamos sair, você quer ir?
— Não, não quero segurar vela para vocês, aliás tenho que ir em casa dar notícia que estou vivo, e também avisar a meus pais para irem na escola amanhã.
— E o que houve dessa vez? — pergunta ela.
— Mandei a Soraya calar a boca e disse que a voz dela me dar nojo.
— Serio? E o que aconteceu?
— Só vou passar 3 meses sem entrar na sala de aula.
— Olha, Zack, cuidado em reprovar outra vez naquela bruxa.
— Relaxa, esse ano ela vai me passa de ano. — digo. — Já vou indo. Obrigado, Alli.
— Vamos? — Maik aparece na porta. — E aí, Zack?
— E aí? Bom, tô de saida. Aproveitem a noite, e usem camisinha. — digo e saio rindo.
Quando chego em casa falo com meus pais sobre o que aconteceu na escola e depois vou para o meu quarto. Ramon sai enrolado na toalha do meu banheiro. Entreolhamos por alguns segundo, e então falo:
— Ramon, você pode sair do meu quarto? Quero ficar só por bastante tempo.
Não quero olhar para ele.
— Sim. — diz e sai.
Tranco a porta na chave, e logo em seguida deito na cama e começo chorar, até que caio no sono.