gringobrasileiro - Uma segunda chance - Parte 8

“Você tem certeza de que não está esquecendo de nada? “ – Perguntou John, como sempre, cheio de preocupação.

“Sim! Eu peguei tudo, e já chequei duas vezes” – Respondi, rindo.

“Pegou seu agasalho? Luvas? Guarda-chuva? Chove muito em Charleston nessa época do ano. Você pegou camisinha e lubrificante? Você está levando dinheiro suficiente? Se você precisar de qualquer coisa, por favor, me liga; Sério” – Completou, paranoico.

“Ele vai ficar bem. Eu vou cuidar bem dele. Não se preocupe. Além disso, dinheiro não vai ser o problema” – Disse Jared, intrometendo-se na conversa.

Algum papo furado aqui, um aconselhamento ali, e finalmente estávamos prontos para entrar no táxi. O caminho, você sabe, presos no tráfego por um bom tempo, esperamos no aeroporto por duas horas, até finalmente embarcar, poltronas 16C e 16 B pela Delta Airlines, uns amendoins, Coca-Cola, um vinho oferecido pela gentil aeromoça, e um pequeno cochilo. Três horas mais tarde, Charleston.

“Você confia em mim? “ – Perguntou Jared com uma cara sapeca.

“Confio, mas confesso que estou ficando com medo! “ – Respondi, na gozação.

“O plano é o seguinte: eu vou alugar um carro e nós vamos dirigir até um local determinado, entretanto, só quando chegarmos lá é que você poderá abrir os olhos” – Explicou.

“Eu não vou conseguir manter os olhos fechados o trajeto todo” – Repliquei, rindo.

“Eu sei disso. Por essa razão, você terá que vendar os seus olhos em determinado ponto do trajeto” – Respondeu.

Sim. Eu concordo que aquela ideia era louca. Lá estava eu, longe de Nova Iorque e das pessoas que eu conheço, entrando em um carro alugado por um cara por quem me apaixonei recentemente. Só podia ser treta. PORÉM, mais uma vez, estava determinado a mudar minha vida, e quem sabe, viver um pouco mais no limite. Fazer algumas loucuras. Além do mais, tive provas suficientes de que ele realmente estava interessado por mim, e por me trazer a um dos lugares em que tanto sonhava em conhecer, suas intenções deveriam ser as melhores.

Como ainda não tínhamos saído do aeroporto, minhas expectativas eram gigantescas, e meu coração palpitava forte. Mesmo de dentro do aeroporto, eu pude sentir que o frio já não era um problema. O Sul dos Estados Unidos é muito mais quente do que o Norte, e mesmo em janeiro, aquela sensação era deliciosa. Me senti feliz por estar longe do gelo de Nova Iorque, pelo menos naquele dia.

Cerca de mais 30 minutos presos no aeroporto até ele conferir todos os documentos, decidir o trajeto, escolher o carro, comprar algumas porcarias para o caminho e pronto, finalmente estávamos prontos para sair.
O carro era branco, grande e tinha quatro portas. Desculpa a ignorância, mas no quesito motor, eu era totalmente inexperiente – agora, um tempo depois... continuo.

Como combinado, uma venda em meus olhos, improvisadas com um suéter preto, uma garrafinha de Coca-Cola, Katy Perry cantando qualquer coisa pelo Spotify e pé na estrada. Dormi. Acordei. Dormi de novo. Bebi. Comi amendoim. Dormi. Uma hora dirigindo, e eu sequer sabia onde.

Senti o carro perdendo um pouco da velocidade, ao mesmo passo que
a música perdia sua intensidade. Estávamos parando. O som estava diferente, o que indicava que provavelmente estávamos em uma estrada de terra, ou qualquer coisa que não fosse o asfalto. Estava quente, ou pelo menos não tão gelado quanto Nova Iorque.

“Chegamos. Vou te ajudar a descer do carro. Aguenta um pouquinho mais” – Disse em um tom de empolgação.

“Bem, não há muito mais o que eu possa fazer. Se for me matar, só preserva o rosto” – Brinquei.

Sua gargalhada foi deliciosa. Ouvi quando a porta do meu lado do carro se abriu, e quando ele tomou minha mão. Suas mãos estavam ásperas e másculas como sempre. Com cuidado, me ajudou a sair do carro. Claramente, enfiei minha cabeça na porta do carro, fazendo-o gargalhar uma vez mais. Senti quando meus pés afundaram em algo que, apesar dos sapatos, eu podia classificar como areia.

“Eu vou contar até três e você tira a venda” – Disse, totalmente empolgado.

“Combinado” – Respondi em uma mistura de medo e ansiedade.

“ONE, TWO, THREE, NOW” – Praticamente gritou.

Quando tirei minha venda, era mal pude respirar. Demorei alguns segundos até me situar. Não pude evitar que uma lágrima me atravessasse o rosto. Engoli seco e não conseguia tirar os olhos do que estava a minha frente. Eu não conseguia falar nada, apenas ria e chorava. Não me movia. Tremia. Meu coração celebrava de felicidade dentro do meu peito, e meu sorriso provavelmente chegava a cada orelha. A poucos metros à minha frente, uma placa azul-claro com escritos em preto “Welcome do Tybee Island”.
Eu simplesmente não conseguia acreditar que ele tinha feito aquilo. Pegamos um avião até Carolina do Sul, mas o tempo em que estávamos dirigindo, estávamos, na verdade, a caminho da Georgia. Tybee Island foi a cidade escolhida para gravar o filme “the last song”, já citado como uma das histórias do Sparks pelo qual me apaixonei.

“Não acredito que você me trouxe aqui” – Disse, reunindo forçar para verbalizar meu coração.

“Vamos passar o dia aqui, e a noite, vamos dirigir a outro lugar que eu sei que você vai amar. Passaremos a noite por lá, na verdade.

Eu estava realmente emocionado, e não conseguia dizer nada. Apenas o abracei, e dei o beijo mais apaixonado que pude. Naquele momento, eu tinha certeza de que ele carregava em seu peito a melhor das intenções. Por alguma razão, ele estava interessado em mim, por quem eu era. Confesso que aquilo me assustava muito, porque por sua aparência física, ele poderia ter quem ele quisesse. Literalmente. Ele é um dos homens mais lindos que eu já vi de perto, e certamente procurava uma explicação de o porquê ele estava ali, comigo.

Ele não se preocupou em deixar o carro ali, em qualquer lugar próximo à entrada de uma das praias. Apenas acionou o alarme, segurou minhas mãos e começou a andar.

Jared agora vestia shorts azuis largos, e segurava seu tênis também azul na mão esquerda. Seu cabelo, despenteado, voava com o vento. Uma camisa leve e de manga longa, mostrando as proporções de seu corpo. Seu olhar estava longe, enquanto observava as ondas, e aquela imensidão de areia branca, que ardia os olhos, e ninguém mais andando ali por perto.
A praia era exatamente como Sparks sempre narrara em suas histórias, e caminhando por entre as poucas construções, era como se o filme passasse em minha mente uma outra vez. O píer de madeira velho, com o parque a bendita roda gigante não estavam funcionando, e por qualquer razão, nenhuma alma viva estava ali.
Uma casa branca de dois andares e telhado preto, tinha um caminho feito de madeira até a praia. Não parecia que alguém estava em casa, me lembrou muito das cenas de tartarugas do filme, ou mesmo quando o pai de Ronnie morre.

Nos sentamos em uma das dunas naquela areia branca. Ele se deitou na areia e repousou sua mão direita em minha perna. Observando aquele mar azul e barulhento, e vendo aquele lindo homem deitado ao meu lado, naquele lugar fantástico, uma onda de sentimentos voltara a tomar conta do meu corpo. Doente do estomago e uma pequena dor de cabeça repentina. Eu não queria voltar ao Brasil. Eu não queria perde-lo. Não sei como reagiria a mais uma perda. Além do mais, não estava pronto para viver uma vida de mentiras de novo, simplesmente porque não tinha coragem de assumir aos outros, e a mim mesmo, quem eu era.

Bem, ali estava eu, realizando um sonho e me sentindo amado. Não queria deixar que eu mesmo estragasse isso. Segurei firme sua mão, e me deitei ao seu lado. Gentilmente encostei meus lábios nos seus, mas não nos beijamos. Mantí meus olhos abertos, enquanto os seus já estavam fechados. Pude ver um pequeno sorriso no canto de sua boca, quando o beijei. Lentamente senti seus braços me envolvendo, e aquela sensação era maravilhosa, especialmente porque senti um pouco da fria brisa das quatro horas da tarde. Moveu seu corpo, de forma que minha cabeça ficasse próxima de seu peito. Colocou a mão dentro dos meus cabelos e os acariciou pelos próximos minutos. Por algumas vezes, senti seu beijo no topo da minha cabeça, e a risada de algo que pensara. Não podia ficar mais perfeito. Estava simplesmente feliz e completo por estar ali com ele. Por um momento, não pensei na acusação que as pessoas poderiam ter por minha sexualidade, e tampouco pensei no fato de ele ser mais velho do que eu. Apenas me sentia feliz, realizado e completo por estar com alguém por quem estava tão ligado.

“I love you” – Disse Jared quebrando todo o silêncio.

Repentinamente, era como se todo o mundo parasse. O barulho das ondas chocando-se contra a areia, as aves que se aventuravam por ali, o vento em meu ouvido, e mesmo o som de nossa respiração. Por um momento, pensei ter ouvido errado, e me senti febril. Será que ele estava falando sério? Será que era meu ouvido estava me pregando uma peça? Será que eu traduzi errado? Bem, qualquer pessoa conseguiria traduzir “eu te amo” com toda a facilidade do mundo. Eu não tinha nada que o prenderia a mim, e portanto, não poderia dizer que ele estava interessado em algo que eu tenho. Por outro lado, tínhamos nos conhecido a menos de um mês, como assim, ele diz que me ama? E aquele lugar? Era o lugar mais propício do mundo para se dizer eu te amo. Era meu sonho estar ali, e aquilo simplesmente me desestruturou. O ponto é que eu também o amava. Pelo menos é o que estava em meu coração, mas tive muito, muito medo de reconhecer que entregara meu coração com tanta facilidade a um sujeito de alma boa, coração doce e corpo delicioso de quem conhecera tão recentemente. Estava com muito, mas muito medo de admitir, mas aos tropeços, aquela frase saiu rasgando por minhas cordas vocais:

“Eu te amo, Jared”.

“Por favor, não quero que você me interprete mal. Eu estou simplesmente perdidamente apaixonado por você. Eu sei que a gente se conhece a pouco tempo, mas o jeito que você fala comigo, o jeito que você pronuncia meu nome, e o jeito que me olha. Não consigo me esquecer do dia que você cantou para mim naquele quarto de hotel. Sua voz continua presa ao meu ouvido. Eu sonhei com você. Eu me masturbo pensando em você. Quando você me disse que terá que voltar ao Brasil, era como se uma faca me atravessasse o peito. Eu realmente pensei que poderia te ter por um longo período, e de repente, quando enfim conheço alguém com um coração assim, ele tem que partir. Eu só quero que você saiba que, se tiver qualquer coisa que eu possa fazer para te ajudar a ficar nos Estados Unidos, eu vou. Qualquer coisa” – Disse, com um olhar assustado.

Ele realmente parecia abatido. Pude sentir, através dos seus olhos, que dizia a verdade. Não menti quando disse que também o amava, mas por outro lado, o que eu poderia fazer, sendo que eu voltaria para casa. Como eu poderia dar continuidade àquilo, sabendo que em algum momento, eu sairia muito machucado, e infelizmente, ele também!

Uma vez mais, tentei mandar aqueles pensamentos para longe, tentando me concentrar apenas no que estávamos vivendo naquele momento. Não queria registrar aquilo em uma fotografia apenas, mas para sempre em meu coração. Talvez um dia, depois de alguns anos, quando descobrisse que minha vida era desgraçada e sem sentido, sentiria um pouco de alívio quando olhasse para meu doce passado.

Ficamos ali, sentindo a brisa do mar e gozando a companhia um do outro por um bom tempo. Era, enfim, a hora de partir. Alguns minutos caminhando de volta ao carro, dedos entrelaçados, e o sol começando a dar indícios de que voltaria ao ninho.

Ele não me disse para onde iriamos, portanto, não fazia noção do que seria da minha noite, mas baseado nos filmes, na região, e principalmente por não termos deixado a Geórgia, eu podia ter uma noção. Durante todo o trajeto, estava com uma de suas mãos em minha perna. Hora ou outra, um carinhosinho em meu pinto, por cima da calça, e mesmo sabendo dos riscos da estrada, um rápido selinho.

Bingo. Eu sabia que estávamos dirigindo para lá. Estampei um sorriso gigantesco em meu rosto. Meu coração parecia que explodiria de tanta felicidade. Depois de tantos anos sonhando com aquilo, eu passaria a noite em Savannah!

Savannah fica na Geórgia e já foi considerada uma das cidades mais bonitas do mundo. Pequena, Savannah é dividida por um rio, e o centro da cidade fica a apenas trinta minutos da praia. As árvores são diferentes de todos os outros lugares em que estive, e quando chegamos à rua principal, pude reviver inúmeras cenas de Querido John, e parte de outros livros e filmes escritos e dirigidos pelo Sparks. Ele tinha razão em amar tanto aquela região. Aquilo sim era fantástico. Apesar de amar Nova Iorque, e as outras cidades em que estive no Norte, o Sul dos Estados Unidos tem um som todo especial. Uma delicadeza gigantesca, e um estilo único de ser. As pessoas geralmente são mais hospitaleiras, e eu, particularmente não gosto da comida. E o sotaque, por sinal, é horrível! Os caras são lindos – só precisam calar a boca!

Enfim, passamos por alguns hotéis, mas ele não parou. Também não parou quando percebi que estávamos nos afastando da região central de Savannah. O sol já estava se pondo, e a cidade ficava ainda mais linda e charmosa. O movimento não era muito grande, e a noite se revelava um pouquinho fria. Chegamos a um caminho estreito e de pedra. Poucas casas formavam aquela região, e estas poucas casas era exageradas no tamanho. A propósito, o Sul dos Estados Unidos é também conhecido pelo tamanho de suas casas – e todo o drama sulista. Me lembro bem do número da casa: 566

Tratava-se de uma casa vermelha gigantesca. Sua arquitetura era peculiar, em relação às casas da vizinhança, mais parecia um pequeno castelinho. Não tinha telhado, mas pequenas torres, e janelas muito, muito altas. Tinha uma fonte na frente, com a silhueta de um homem, ou qualquer coisa do tipo. A grama estava perfeitamente aparada, e as árvores já não tinham nenhuma folha, em decorrência do inverno. Ainda assim, as folhas não estavam caídas no chão, mostrando que alguém estivera ali recentemente. Observei cada detalhe daquele lugar, e me perguntava o porquê estava escuro, e porquê não via a sinalização de hotel.

Ele apenas estacionou o carro, e me ajudou a pegar nossos pertences. Pressionou um botou que tirara de seu shorts e as luzes se acenderam. A porta de entrada era de madeira, e bem grande, bem diferente do que estava acostumado em Nova Iorque. A casa cheirava limpo, e a iluminação era muito bem planejada. Um lustre ridículo, mas provavelmente muito fino, saia do teto e praticamente relava no chão. Era claro até demais. Os sofás eram pretos e de algum material que, a primeiro instante, eu diria ser couro. O chão era de um tipo de tecido, e a cor era um tom de cinza claro. Um tapete peludo preto estava estendido entre os sofás. As paredes tinham tom e acabamento de concreto, e o teto, um tom quase preto. A sala tinha um ar moderno e dinâmico. Tudo se movimentava, facilitando uma vida de conforto. Uma lareira obviamente apagada, e algumas madeiras em um pequeno suporte. Uma pequena árvore de natal perdida no canto da sala.

“Cara, essa casa é fantástica. Quem mora aqui? “ – Perguntei ingênuo.

“Essa é uma das casas que eu tenho aqui no Sul” – Respondeu orgulhoso.

“WHAT THE FUCK? Essa casa é sua? “ – Perguntei, realmente impressionado.

Bem, eu não sabia tudo a seu respeito. Eu sabia que ele era arquiteto, e trabalhava com seu ex-parceiro, reformando casas grandes, e depois vendendo. Sabia também que tinha uma loja de roupas em LA. Baseado nestas informações, ele definitivamente tinha dinheiro, mas dizer que essa era “uma das casas do Sul” já era demais. Não sabia como, mas ele tinha mais dinheiro do que eu imaginava.

Tentei não demonstrar o quão impressionado estava com todo aquele luxo e sofisticação. A casa da minha família americana não perdia em conforto, mas aquela era definitivamente bem mais cara. Apenas tentei me sentir em casa e ignorar o fato que estava com medo de quebrar algo só ao andar pela casa.

Fizemos um pequeno tour pela casa, os 56789098765456785241 quartos, as salas, os 4567890890765 banheiros, e a cozinhando. Falando nela, estávamos famintos. Não comíamos nada sólido desde que saímos do aeroporto. A geladeira estava cheia, e ele me explicou que tinha uma amiga que tomava conta da casa, enquanto ele estava fora. Disse também que apenas vinha para a casa duas, ou três vezes por ano, porque estava sempre ocupado, mas quando descobriu minha paixão platônica por Sparks, pensou que seria bom me trazer àquele “pequeno” refúgio.

Por ter aquele corpo, claro que o jantar era frango grelhado, sem nenhum pouco de gordura. Uma garrafa de vinho branco, e bastante coisa verde. Odeio vegetais, especialmente os que são verdes. Enfim, o cheiro estava bom e eu estava faminto. Era muito bom estar naquele ambiente um pouco mais quente do que NY. E sua companhia era muito, mas muito boa. A mesa de jantar era também exagerada, mas sentamos na ponta, de forma que ficássemos próximos. Tudo estava perfeito. A comida estava boa, ele ria de tudo, e me contava histórias de sua infância. Também contou algumas experiências nada agradáveis de quando bebera mais do que deveria em um bar em São Paulo, e acordou sem a carteira e seus cartões. Claro.

Depois do jantar, ele me convidou para um banho. A água estava quente, e ele tinha várias velas que ambientaram o banheiro. Começamos com um beijo doce, mas logos nos envolvemos como animais, e poucos minutos mais tarde, eu estava completamente dentro dele. Desperdiçamos água, e também meu esperma dentro dele, e o dele, em meu peito. Nos beijamos e deixamos a água levar aquela cena de amor.

No quarto principal, as toalhas me esperavam sobre a cama florida. Eu particularmente teria medo de ficar naquela casa sozinho, e aquele quarto era muito, mas muito grande para meu gosto, mas com ele, ali, tudo estava bem.
Nos enxugamos, e finalmente, nos deitamos. A lareira do quarto estava ligada, e o ambiente estava aquecido, ainda assim, a grande janela estava aberta e eu podia ver o céu estrelado.

“Você tem noção de quanto tempo faz que eu não vejo o céu assim? “ – Perguntei admirado com tal beleza.

“Eu posso imaginar, você se mudou de São Paulo para Nova Iorque” – e riu alto.

“Pois é. Onde eu cresci, eu podia ver as estrelas todas as noites, e costumava sonhar que seria um astronauta” – Respondi.

“Eu achei que seria ator pornô, mas acabei virando pedreiro” – Gargalhou.

Ele era mesmo muito engraçado, e sua companhia era simplesmente perfeita.

“Você quer mesmo voltar para casa? “ – perguntou depois de alguns minutos de silêncio.

“Eu sinceramente não sei. Tudo está diferente agora, e se eu voltar, eu sei que não será fácil enfrentar tudo e todos” – respondi sincero.

Alguns minutos seguiram minha frase.

“Leo, você quer se casar comigo? “ – Quebrou o silêncio. Quebrou o momento. Quebrou meu mundo. Fodeu com tudo.

CONTINUA


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Comentários


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lordricharlen Comentou em 10/12/2015

Muito bom esperando ansiosamente por tua resposta, pelo pedido tomará que não demore a postar.




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Nome do conto:
gringobrasileiro - Uma segunda chance - Parte 8

Codigo do conto:
75400

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
10/12/2015

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