O Príncipe e o Plebeu - Capítulo 1

E ASSIM FOI MEU PRIMEIRO DIA
Primeiro dia de aula na faculdade federal, meu sonho se realizando, mas uma tristeza tomava o lugar da alegria, pois um fato importante aconteceu em minha vida um ano antes. Mas este momento era só meu, um instante de orgulho descia junto com uma lágrima no instante em que eu lembrava do quanto minha mãe sonhava com este momento, e agora eu estava preste a entrar na minha primeira aula, pode até parecer uma bobagem para um rapaz prestes a fazer 18 anos, contudo tem toda uma história de dedicação e sonhos em família. A sala estava lotada, parecia que o convidado de honra tinha acabado de chegar, pois todos olharam para mim, claro eu não era o único novato ali, contudo a turma já vinha tendo aula há um mês, tinha ficado na reserva e agora fazia parte de uma das faculdades mais prestigiada do pais, ali eu era igual a qualquer um, todos eram federais. Pelo menos era o que minha imaginação fantasiava até eu me sentar e ouvi as conversas em sussurros: “Mais um pobretão, viu os tênis dele?”. “Ainda bem que nosso grupo já está formado...”. Outros comentários se ouvia, mas minha felicidade não se abalava com estes pensamentos hipócritas, depois do intervalo um colega de sala se aproximou e estendeu sua mão.
- Olá, seja bem vindo, somos da mesma turma.
- Olá, obrigado, me chamo Daniel...
- Eu sei, o professor te apresentou na sala... – fiz uma cara de bobo e ele continuou. – Sou o Filipe, e serei o seu guia por aqui, afinal nossa turma não é das melhores, tem muitos filhinhos de papai...
- Deu pra notar.
Quando íamos voltando para a sala, avistamos um cara de nossa idade, alto, zombava de outro rapaz de óculos, juntamente com mais dois. Sim típico de um drama adolescente e eu poderia ajuda-lo, porem vamos ser honestos, isto não é uma história de um filminho que passa na sessão da tarde, segui em frente e fui para meu lugar, o Filipe sentou dois lugares atrás e acenou para mim assim que me viu olhando em volta. Ok, pareceu um pouco gay, não tenho preconceitos em relação a isso, e vocês confirmarão mais a frente, por enquanto meu olhar estava no playboy de antes, que zombava o outro carinha, ele sentou duas fileiras a minha esquerda na segunda cadeira da frente, dava para observá-lo bem ao ponto de ver o quanto ele parecia um completo idiota e riquinho.
Assim posso iniciar minha história, mas antes tenho que concluir meu primeiro dia de aula. Quando estava indo para o ponto de ônibus, passou por mim Filipe numa moto.
- Vai pra que lado Daniel?
- Zona leste.
- Que pena, estou indo pro lado oposto, a gente se ver, cara.
- Valeu, obrigado. – logo depois ele saiu em sua moto preta.
Antes que Filipe sumisse entre os carros pela avenida, passou num Honda City o tal playboy de antes, dava gargalhadas com seus colegas, um na frente outro atrás mais duas garotas, todos da mesma turma, meus novos colegas. Para meu azar, eles pararam ao meu lado, não tive tempo de mudar meu ponto de visão, o playboy me olhou, não fez nenhuma cara, passeou pelo meu corpo e depois seguiu em frente, por um instante achei que ele não tinha me visto, mas sim uma arvore ou um poste.
Chegando em casa, refleti: “Que sorte eu tenho, meu Pai!”

CAPÍTULO 1 –

Olá, meu nome é Lucas Daniel, ainda tenho 17 anos, há quatro meses sofri um grande abalo na minha vida ao perder meus pais num acidente de carro, conclui o colegial e agora vim morar com meus tios para cursar medicina na faculdade federal no meu estado. Assim posso focar nos estudos e superar minha grande perda. Meus tios hoje moram sós depois que seu filho se casou e foi morar no outro lado da cidade, assim não serei um incomodo maior para eles que ficaram felizes com minha mudança. Fazem dois dias que comecei meus estudos depois que selecionado na segunda chamada. Nestes dois dias já deu para eu ter uma noção com quem posso me aproximar ou evitar.
Meu tio Carlos trabalha para um grande empresário da capital, tem um nome bem famoso no mundo dos negócios, sua empresa domina todo o mercado imobiliário da região. Ele me contou que estava vendo com seu patrão se conseguia algum emprego de meio expediente para mim, pois disse ao tio que gostaria de trabalhar para ter meu próprio dinheiro e poder ajudar com minhas despesas o que poderia me ajudar mais ainda a superar minha tristeza, ocupando mais ainda, mesmo sendo um curso muito difícil, eu teria que ocupar o máximo possível, e assim naquele segundo dia quando entro em casa, e nos sentamos à mesa, minha tia falou.
- Carlos você não tem nenhuma novidade para o Daniel?
Ele me olhou nos olhos e fez um pequeno sorriso.
- Hoje depois do almoço você vai comigo lá na casa do patrão.
- Na casa dele, como assim?
- Eu trabalho diretamente com ele há anos e frequento a casa dele com naturalidade, ele é um homem muito sério e de princípios, depois que a gente ganha a confiança dele, ele se mostra muito receptível, contudo se o decepcionamos ai pode procurar outro emprego. Então, falei pra ele sobre você, contei seu histórico, claro que ele comentou sobre o fato de você não ter currículo, e por isso ele me informou que tem um trabalho para você que não irá prejudicar seus estudos, ele paga bem por hora.
Fiquei um pouco apreensivo, afinal que tipo de emprego estava a minha espera. Logo após o almoço fui me prepara e logo depois fomos a casa do Senhor Gonsalves. Posso dizer que fiquei um pouco intimidado com a suntuosidade da casa do patrão do meu tio, e logo estávamos na frente dele, em seu escritório, meu tio se movimento pelo aposento sem constrangimento, já eu fiquei parado, com medo de fazer alguma bobagem.
- Então você é Lucas Daniel, pode se aproximar rapaz, não mordo. – Falou o Senhor Gonsalves sorrindo e bem gentil. Ele era um homem novo, creio que não tivesse mais do que 45 anos, barba bem feita, um belo homem que poderia se passar por bem menos. Ele nos apontou duas poltronas, e aceitamos seu convite para sentarmos.
- Então, andei pensando e acho que encontrei uma forma de ajudar você, mas primeiro gostaria de saber se você está disposto a aceitar minha proposta. Assim como você, meu filho mais velho está fazendo faculdade de medicina na federal, creio que seja da mesma turma, talvez você saiba quem é, o nome dele é Alexander, na verdade carrega meu nome, bem ele já chegou a mim se queixando que as disciplinas são complicadas e que está sentindo dificuldade para estudar só, eu prometi encontrar um professor para ele de reforço, veja, e foi justamente quando seu tio falou que você tinha sido chamado, e claro que seu tio falou muito bem de você, esforçado e dedicado, creio que se você ajudar meu filho com os estudos duas horas só por dia, apenas de terça a sexta, já seria suficiente para ele melhor. Então Lucas Daniel o que você me diz?
Antes de responder, procurei manter a calma, pois imaginei eu estudando com um riquinho da minha turma, então vendo minha situação e sabendo que poderia ganhar dinheiro de maneira fácil, então respondi.
- Me parece uma boa oportunidade, e assim acabo estudando também. Quando posso começar?
- Muito bem Lucas, eu vou comunicar a Junior, mas creio que amanhã a tarde vocês já podem ter o primeiro encontro, será aqui mesmo, eu mando avisar pelo seu tio, estamos certos?
- Certo, amanhã espero seu recado.
Voltei apara casa, meu tio foi para seu trabalho, e eu fui rever o conteúdo programado, afinal eu tinha muito conteúdo para por em dia, e ai eu lembrei que com estas aulas de reforço seria ótimo, pois meu aluno, e colega, estaria com tudo em dia, e assim eu não teria muito problema. Chegando em casa, minha tia Elena queria saber de tudo e ficou sem acreditar no que eu contara, ela apenas me disse que não iria falar muito do tal de Junior, pois não queria me deixar desanimado, pois pelo que entendi ele poderia ser qualquer um daqueles playboyzinhos da minha turma. E isso tirou minha noite de sono, uma coisa que eu não suporto é gente metida e que se acha superior, sei que eu poderia está sendo preconceituoso de certa forma, mas eu sabia que teria problema, mas o que eu poderia perder, teria que pelo menos tentar.
Naquela manhã do terceiro dia de aula, fui com um objetivo, conhecer o tal Alexander Gonsalves Junior, ou apenas Junior, assim eu poderia observá-lo e ir para nosso encontro preparado, e para minha infelicidade, assim que eu ponho meus pés no campus, escuto alguém chamando meu nome.
- Ei novato, você não é Lucas Daniel?
Olhei para ele e não acreditei, sim, sei que vocês já imaginam, talvez vocês já suspeitavam antes de mim, mas infelizmente vocês tem razão, era ele o playboy de antes.
- Sim...
E ele já foi chegando todo autoritário.
- O que deu em você em carinha de aceitar a proposta do coroa, tá maluco...
- Desculpe, você é o Junior? – Perguntei tentando manter um diálogo sadio.
- Alexander para você. Bem, agora que você e meu pai negociaram minhas tardes livres da semana, só tenho uma coisa para te dizer, não olhe, nem dirija nenhuma palavra para mim fora da minha casa, entendeu, nós não nos conhecemos, entendeu...
- Ok, mas posso saber por que?
- Não!
Depois saiu e eu fiquei com cara de quem não tinha entendi nada, mas tudo bem, segui para sala de aula, e ele já estava lá no seu lugar, e assim assisti a aula mais tranquilo, já estava sabendo quem era o tal Junior.
No intervalo, Filipe me procurou,
- E ai Daniel, como vai os assuntos atrasados, sabe no final de semana a gente podia marcar uma tarde para estudar juntos o que acha?
- Pode ser, só não sei como chegar na sua casa...
- Não, eu vou até a sua, tenho moto fica mais fácil para mim, é só me dá seu endereço e pronto, conheço cada canto da capital.
- Filipe você já tem 18 anos?
- 19, porque?
- A moto.
- Assim, na nossa turma a maioria é de minha idade, conheço a maioria, eles são de colégios diferentes, mas a gente fica sabendo conversando com um e cm outro, quase todos tem moto ou carro, claro.
Nessa hora passou com uma turminha Junior, dando umas gargalhadas, não olhou em nossa direção, contudo senti uma rápida olhada em minha direção.
- Você conhece aquele de camiseta verde?
- E quem não conhece, aquele é o Alex, para os íntimos e para o resto Alexander, melhor não provoca-lo ele é filho do mafioso Alexander Gonsalves, dono de um império, você já deve ouvido falar nele.
- Sim, claro, muito. Pensei que ele era chamado de Junior...
- Ninguém ousa chama-lo assim, dizem que no segundo ano do colegial, durante a primeira chamada, um professor chamou-o de Junior, e na outra semana apareceu outro professor novo. Eu mesmo nem faço questão de não chegar perto dele. E digo o mesmo para você.
- Ok, recado recebido, mas vem cá, uma coisa que não entendo, porque ele está aqui na federal?
- Não entendo muito bem a cabeça do pai dele, mas parece que é daqueles homens cheios de princípios e honra e tal, e para ele um homem tem que vencer na vida pelos próprios esforços, no caso, o Alex, mesmo sendo filho, o pai fez ele começar a trabalhar desde os 16. No caso o Senhor Alexander não acredita em faculdades particulares como instituição de ensino superior, vai entender.
- Sei, já tinha ouvido falar algo do tipo, só não sabia a seriedade.
Depois da aula, durante o almoço, sentado com meus tios eu perguntei:
- Tio, não terei problema trabalhando com o filho do seu patrão?
Ele me olhou curioso e depois respondeu.
- Creio que você já andou se informando... Creio que se você for sempre honesto com o Senhor Gonsalves, não terá o que temer, e o mais grave que possa acontecer é você perder seu emprego. E por falar nisso, eu fui informado que o filho dele quase quebrava tudo no quarto dele, vá com calma e mantenha a cabeça baixa, e lembre-se, você obedece ao pai dele, e pode usar isso contra se ele implicar com você.
Então depois do almoço, me preparei e fui ao encontro do que seria o inicio de uma longa e tortuosa relação.


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Comentários


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marcelinhobundinha Comentou em 27/07/2020

Já estudei em colégio particular e era a mesma implicância com quem não tinha tênis de marca. Mas ter que lidar com filho de bandidão é muito pior, hein? Vou ler o próximo capítulo amanhã para ver o que rola entre Lucas Danielzinho e Alex Mafiosinho

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morsolix Comentou em 13/05/2017

Romance bom.Fiquei um pouco confuso no inicio da apresentação.Mas depois acompanhei e espero ler o resto. Parabens.

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laureen Comentou em 06/05/2016

adorei esta apresentação e sua forma de escrever a gente fica super curiosa a continuação deste conto bem elaborado bjus Laureen prometo ler todos ok

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kralegal Comentou em 29/02/2016

Aguardando continuação, tá bem legal!

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doadordeorgasmos Comentou em 29/02/2016

Estou adorando essa história. Estou ansioso para saber como vai terminar. Gosto da forma como você escreve, identifiquei-me. Continua escrevendo... quero ler a continuação. Abraço!

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reelix Comentou em 29/02/2016

Continua adoro histórias de médicos.




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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
O Príncipe e o Plebeu - Capítulo 1

Codigo do conto:
79717

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
28/02/2016

Quant.de Votos:
25

Quant.de Fotos:
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