Vendo minha reação, Rafael me olhou sério, como se sua compreensão do ato realizado por ele tinha disparado um fluxo que o despertara para uma informação que talvez ele não julgara antes, de que eu não fora iniciado. De que tudo aquilo era novo e constrangedor. Então ele falou:
- Desculpe Professor acho que fui atrevido, mas é que eu pensava que você estava a fim.
- Tudo bem. – Nada bem, eu tremia, estava suando frio e acho que ele notou. - Eu é que peço desculpas, foi apenas um susto.
- Olha Caladriel, geralmente são os caras que mechem comigo, e como você tava demorando, pensei em provocar, mas peço desculpas, e faça de conta que não aconteceu nada.
Nessa parte ele já tinha soltado, e estava sentado e eu estava em pé na frente dele, então falei:
- Olha, isso é novo pra mim, mas gostaria de experimentar, você poderia me mostrar como fazer?
- Claro, e por onde começo?
- Não sei, como vocês fazem?
- Ops, Professor, eu não sou gay, apenas curto, e recebo uns agrados, entende?
- Agrado? – Pareceu uma interrogação, mas em meu intimo era uma exclamação – Então você cobra, é um garoto de programa! Nossa que pena, olha é melhor você ir, e a gente esquecer tudo isso. Se um dia tiver dificuldades na matéria pode me procurar, mas como professor.
- Nossa, Caladriel, pensei que você me queria, tudo bem, mas antes de eu ir em borá, deixa eu dar pelo menos um agrado.
- Como assim?
- Feche os olhos e não se mecha. – Como eu estava curioso, e mesmo decepcionado, resolvi aceitar.
- Fique quieto, e seja lá o que eu faça, você não pode abrir os olhos, entendeu?
Eu já estava de olhos fechados, ainda em pé na frente dele, e ele ainda sentado no sofá, então concordei (e foi ai que eu mudei de ideia, mesmo não falando pra ele na hora), e em seguida senti as mãos deles acariciar meu pau por cima do short, como estava já meio mole, logo voltou a sua rigidez, foi quando ele enfiou a mão e retirou-o para fora, ainda com os olhos fechados, senti seu hálito quente próximo da cabeça, nossa a sensação de arrepio e prazer subindo pela minha espinha foi indescritível, claro que para quem nunca tinha feito sexo oral, tudo poderia ser muito mais prazeroso, então ele envolveu meu pau com sua boca, boca que ficou mais sex, com meu pau dentro dela, sim aproveitei enquanto ele me chupava para gravar aquela cena, nossa que cena, nunca esquecerei, ele me chupando, engolindo meus 16 centímetros de prazer, e meu prazer era tanto que não demorou muito para eu chegar ao ponto máximo, ai avisei: “Vou gozar”, então para minha surpresa ele não parou, pelo contrario, intensificou seus movimentos e minha explosão foi tão intensa, que nem notei a buzina do carro de Fernanda chamando Rafael, ai ele me deixou em pé, e foi vestir a camiseta, saiu dizendo que me encontrava no colégio à noite. Saiu e bateu a porta. Fiquei ali parado, sem entender nada, só depois é que me dei conta que estava só, até pareceu coisa de louco, fiquei me perguntando se tudo não tinha passado de um sonho.
A noite no colégio, não tinha aula na turma do Rafa, pensei em encontrar ele no intervalo, porém não o avistei, e para mim contrariar meu celular toca era a Fernanda, queria saber se tinha ficado com ciúmes, por está namorando um cara mais jovem do que nós (digo isso pois temos a mesma idade), e mais bonito, na hora respondi que não, e que ela estava livre pra namorar quem ela desejasse (na verdade fiquei com ciúmes foi dele) e que se ela desejasse a gente poderia ser até amigos, pelo tom de voz dela, como resposta, notei que a ideia dela ser minha amiga apenas não estava em seus planos, ela inda gostava de mim, pena, pois ela é uma mulher interessante e muito bonita, também faz o curso de História, mas está um semestre a minha frente. Mesmo assim ela concordou e marcou um encontro entre ela com Rafa e eu. A ligação acabou tomando todo meu intervalo. De volta à sala retomei o assunto anterior, e estava concentrado no assunto quando percebo alguém parado na porta, sim, era ele, me olhando, mas para despistar a curiosidade dos outros, ele ficava conversando com alguns amigos dele no corredor. Teve uma hora que foi preciso eu falar com ele, pedindo para sair, pois estava desconcentrando a turma, e ele saiu sem nenhuma mágoa.
Ao chegar em casa, lá pelas 23 e 30, vou direto pro banho, e quando estava entrando na ducha, a campainha toca, surpreso pela hora, me enrolo na toalha e vou ver quem é. E quem poderia ser naquela hora? Quem? Claro, era Rafa;
- Queria saber de uma coisa, pode ser?
- Rafael (meu tom foi seco) do que se trata, o que as pessoas vão pensar se ver você aqui numa hora dessas?
- Bem, me deixe entrar, é rápido.
- Ok, mas não demora, pois tenho que acordar cedo, tenho aula na facu.
Ele entrou e foi logo se sentando, ficou me secando dos pés a cabeça. Então falou:
- Você tá com raiva de mim?
- Não, claro que não, por quê?
- E por que você mandou eu sair da porta? Pensei que gostava de me olhar.
- Veja, não é que eu não goste (e como gostava de admirar ele), mas você tava dando muita bandeira, alguém pode assimilar, e mais você vindo aqui a essa hora. Olha realmente você não pode ficar aqui, vá embora, sábado a gente se encontra na boate (falei merda, esqueci que a Fernanda ainda iria falar com ele).
- Certo, então tá marcando um encontro?
- Não, e sim, na verdade, bem deixa pra lá... depois você vai entender. Amanha tenho aula na sua sala, procure não faltar, tem revisão do assunto para o teste.
- Tá, vou indo, o assunto aqui não tá nada legal.
Sem muitas delongas ele se foi e eu fiquei imaginando mil coisas. Tipo será que eu teria coragem de fazer sexo com ele, e se rolar, quem comeria quem? Não conseguia me ver de quatro, sempre dominador nas relações, sempre gostei de foder legal, adorava uma vagina molhadinha e bem apertadinha. É, acho que eu estava passando por uma fase nova e não estava sabendo como lidar, ou se era apenas atração física mesmo, afinal o corpo de Rafa me tirava de tempo.
Na sexta, minha manhã parecia tudo legal, as aulas ocorreram sem problemas ou sem surpresinhas, mas na saída, quando eu ia pegar o coletivo, escutei alguém me chamando.
- Caladriel (como só o Rafa me chama pelo primeiro nome, então já de cara soube que era ele) quer uma carona? – Ele estava usando o carro de Fernanda. Aceitei, não ia fazer pouco caso, mesmo estranhando ele por ali, naquela hora, tá bem, sei que ele foi justamente me procurar, mas é estranho, nunca fui assediado dessa forma, sim, por uma garota na oitava serie do colegial, mas por um homem, serio que mim deu medo e prazer, e entre um e outro, o medo falou mais alto. Entrei no carro, e fui logo perguntando de cara:
- Então Rafael (novamente no mesmo tom seco) o que faz por essas bandas, não me diga que veio só me dar carona?
- Claro que o motivo não é só esse. Conversei com a Fê, e ela me disse do combinado com você da gente se encontrar amanha na boate, ai lembrei da nossa conversa e do que você falou ontem, nossa, você é muito esperto, não falou nada só pra eu não dar com a língua nos dentes. Então vim te pegar e dizer que vou adorar nosso encontro a três.
Assim foi. A noite na sala de aula ele se comportou, estava mais arrumado, mais perfumado, mais simpático, mais tudo. Sim, mais sedutor. E eu procurei ficar na minha, afinal não podia dar sinais, pois os jovens de hoje notam tudo. E por isso é que pensei, tenho que arrumar uma companhia para ir na boate, não posso ir só com eles, vai parecer estranho, e a Fernanda pode pensar que estou sofrendo ou coisa assim por ela. Isso! Tenho que encontrar alguém para sair comigo, falei comigo mesmo enquanto procurava alguém conhecida.
Ainda bem, deu certo e encontrei uma colega do curso para minha companhia.
Continua....
O PROFESSOR E SEUS ANJOS. S01E04: - Uma Noite quente entre ninfas e anjos.
A noite de sábado chegou logo, e fiz um lanche rápido, e fui encontrar com minha acompanhante que estaria me esperando numa praça próxima a boate. Sempre que vou a estas baladas, me preparo para ter uma ressaca daquelas, então passei numa farmácia 24 horas, que estava no meu percurso.
Aqui até merecia um subtítulo: “O Atendente”. E sabe por quê? Porque eu fui assediado na farmácia, coisa que eu não esperava, o atendente era um jovem de uns 19 anos, e estava de camiseta justa definindo seu peitoral, foi ai que eu notei, nunca tinha notado ele antes, até perguntei se ele era novo lá, e para minha surpresa ele respondeu que não, que fazia mais de 6 meses que estava lá, ai, fiz besteira ao dizer que nunca tinha reparado, e foi quando ele me fez despertar, ao falar.
- Nunca é tarde para se olhar pros lado, pois sempre há tempo de se viver novas experiências. – Coisa boba, o cara soltando uma daquelas, mas também, eu mereci, afinal quem mandou falar bobagens. E o legal de tudo, se é que isso pode ser legal, é que ao ver o que estava comprando, ele me perguntou se ele não poderia ir junto pra balada, como as coisas são, bem, pedi desculpas, e disse que não era bem o que ele poderia estar pensando, ai ele pediu desculpas, e ficou serio novamente. Um detalhe, ele deveria ter uns um metro e oitenta, de pele morena como canela; face barbeada e lábios carnudos, braços fortes e mãos que abarcam o mundo. Tive vontade de perguntar o nome, mas seria dar confiança.
Depois desse inusitado momento, percebi que estava vendo coisas que eram invisíveis até então, e foi andando, que relembrei da carona durante o percurso da facu para meu apartamento, em que Rafael me fez aceitar sua proposta. Uma proposta que eu achei aceitável devido o que tinha acontecido na outra tarde. Ele disse que me daria um momento de prazer, e não cobraria nada, imagine, a raiva que tive dele no momento, tive vontade de saltar do carro, mas ele logo completou, e disse que havia muitos caras que pagam para ele, até homens casados, mas que eu era diferente, e que depois do oral feito por ele, e ver minha reação ali, despertou nele um novo prazer, e desde então não nos tirava da mente, os dois transando com muito prazer. Calado estava, e calado fiquei por um momento, afinal eu tinha que digerir tudo, pus na balança um fator que pesava muito, eu era o professor dele, e mesmo a escola não tendo regras especificas proibindo dos profissionais se relacionarem com os alunos, desde que estivesse dentro da lei com a faixa etária, tudo bem, mas a questão, é que eu não era um professor efetivo, estava só substituindo por tempo indeterminado, provavelmente até terminar o ano, eu queria acima de tudo passar uma boa imagem de comportamento e profissionalismo, então criei coragem e falei para ele, que topava, mas com uma condição, de que ele me prometesse não falar para ninguém, ele concordou, e disse que nós iríamos nos divertir muito na balada.
Despertei quando escutei Natália me chamando. Ela estava muito bonita, interessante, estudando com ela há tanto tempo nunca me tinha despertado pra ela, jovem da minha estatura, magra, belas pernas, cabelo curtinho (estavam vermelhos naquela semana), olhos castanhos escuros; inteligente, a mulher certa para a noite certa, ela me perguntou se nós iríamos esperar meus amigos ali, ou se já desceríamos para a boate (detalhe não tinha falado ainda sobre meus amigos, acho que se ela soubesse que era Fernanda, teria desistido na hora) respondi que sim, que iríamos na frente.
Enfim, estávamos numa mesa, quando escutamos Fernanda gritar como se o mundo precisasse ouvir sua voz, então Natalia olhou pra mim meio que recriminando. Mas então ela chegou perto de mim e falou algo inesperado, que me deixou arrepiado.
- Anjo, se prepare pois vou fazer você esquecer ela ainda hoje...
- O quê? Eu não... – Mas nessa hora sentaram a mesa Rafael e Fernanda.
Não é preciso dizer como ficou a cara dela quando viu que eu estava acompanhado de Natália, acho que se fosse um filme pós-moderno a cabeça de Natalia estava voando depois de um soco de Fernanda. Mas estávamos numa realidade aceitável e somos pessoas civilizadas. Mas Fernanda se mostrou meio anormal e super ciumenta, puxou Rafael pra cima e tacou um beijo de língua na nossa frente. Natalia apenas me olhou e fez uma cara de desentendida e um sorriso meio que de satisfação, pois notou que causou impacto na outra, então ela me chamou pra dançar, foi quando eu levantei e sai sendo rebocado por ela, que notei o olhar de Rafa, me seguindo, e uma cara de interrogação. Mas nem dei por elas e segui para a pista. E claro aproveitei, dancei muito, ai chegaram o casal 30, perto e cada vez mais próximo, claro que Fernanda queria ficar perto pra escutar o que eu e minha nova parceira estávamos conversando, e Rafa acredito que queria mesmo ficar apenas perto e aproveitar para passar a mão, como senti algumas vezes. Mim sentir desejado.
Natalia sabia muito bem deixar um cara louco, ela dançando coladinha, ora afastada, mas suas mãos eram ágeis, me acariciava pelas costas, pela nuca e pescoço, então sentir um enorme desejo de beijá-la, ai ela leu meu pensamento e chegou perto do meu ouvido e falou sussurrando:
- Pode me beijar. – me deixando todo arrepiado, então nos beijamos, nossa, mulher decidida me deixou excitado, foi quando ela me soltou, e disse:
- Não disse que faria você esquecê-la.
- É, disse... – Senti seus olhos secando minha mala que nesse momento estava bem visível.
Então sinto a mão de alguém me puxando. Claro era o Rafa, me chamando para ir ao banheiro. Fui, mas não deixei de dizer que chamar outro homem para ir no banheiro parece coisa de meninas.. Sabia que ele queria falar algo, e imaginava até o que era. Deixei Natalia com Fernanda, parecia que as duas não estavam satisfeitas com a companhia uma da outra. Problema delas...
Antes de entrar no banheiro Rafa me para e:
- Então ANJO, o que tá rolando com você e aquela ( ‘e aquela’, nossa!), não esperava você acompanhado, não foi nosso combinado.
- Opa, opa! Não lembro de ter combinado com você a respeito da boate, e esse assunto da companhia não tem nada a ver com você, relaxe. - Mas Rafael, não entendo seu nervosismo, acho melhor você ficar mais tranquilo.
- Tá, você tem razão, é que ver você beijando ela, nossa me subiu...
- Como é, você se sentiu incomodado, e eu queria atingir a Fernanda...
- A Fernanda? E porque a ela... sei que vocês namoraram, ela me contou toda a história de que ela tinha perdido o interesse por você e tudo mais...
- É, ela disse isso, bem. Veja uma coisa, por que ela propôs nos encontrar aqui a três, só pra mostrar que pode ter um cara mais novo e mais bonito do que eu...
- E você me acha mais bonito do que você?
- Claro, mas isso não vem ao caso. O que eu quero que você saiba, que independente do quê rolar hoje aqui, sua proposta ainda estar de pé.
- Ótimo, assim fico mais tranquilo.
Depois voltamos à mesa, e ele ficou mais tranquilo, o que não aconteceu com Fernanda, e Natalia estava mais atrevida do que eu pensei que ela poderia ser. Ao meu lado, ela pôs a mão em cima de meu pau, e ficou acariciando por cima do jeans (claro, mesmo sem ninguém ver, além do escuro, tinha a mesa) e como não sou de ferro, ele logo ficou animado, então ela mordeu minha orelha e sussurrou:
- Anjo, vamos pro seu ap. – claro, que sim... nos despedimos, e dei uma olhada para Rafa que ficou com cara de quero ir também, então ele correu até a mim, e falou, “até amanhã Professor”, “amanhã?” perguntei, afinal não entendi... Pelo horário já era domingo, bem fiquei na dúvida, e fui com Natalia para minha cama...
Continua...