O Príncipe e o Plebeu – Cap 4: Broxou com a namorada...
O Príncipe - Cap 4: A novela da Ju / a broxada com a namorada
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Olá amigos leitores, meu nome é Alexandro, mas isso vocês já sabem, o que não sabem é que eu tive um amigo alguns anos atrás, seu nome era Adriano, talvez você já tenha ouvido esta mesma história por algum fofoqueiro exibido e sem noção do que realmente foi esta amizade. Sempre fui solitário, meus pais me criaram sempre afastado de todos, tinham medo de alguém se infiltrar e me sequestrar, coisas que podem acontecer aos filhos de grandes empresários, ao iniciar os estudo no sétimo ano, conheci Adriano, bem divertido e bem prestativo, sempre estava ao meu lado para defender dos outros, e sempre me procurava para estudarmos juntos em minha casa, e ali eu conheci um relacionamento completamente novo e mágico, antes dele eu não tinha com quem jogar os games, ver animes, filmes. Os banhos de piscina eram sempre um tédio, cercado por empregados de caras fechadas. Mas com o Adriano era diferente, ele sempre concordava comigo, dizia coisas legais não mentia... nos tornamos inseparáveis, creio que todos vocês imaginam como era a cabeça minha naquela época, eu era apenas um riquinho mimado que não tinha com quem brincar, e de uma hora para outra tudo mudou. Mas assim como muda para a fortuna nossa vida, ela pode também mudar para ruina. Quando estava terminando o oitavo ano, minha mãe faleceu, e com sua morte meu pai tomou conta da minha vida, e quando eu falo isso entendam que é a vida em todo seu sentido amplo da palavra, com isso muitas coisas fui obrigado a deixar de usar, a piscina não era mais permitido, as horas de games, eram tudo uma perda de tempo segundo a opinião do velho, e assim eu só tinha Adriano agora, mas ele não me queria, como eu o queria, eu sentia amor, era assim que eu falava para ele, que eu o amava, que era meu único amigo, ele ria e dizia que isso era coisa de veado, tentava explicar que não era desse jeito, mas ele não me escutava começou a parar de mim ver, dizia que tinha outras coisas para fazer, que iria ajudar a mãe, quando então me vi só, e então caminhando pelos corredores frios sem saber para onde ir e com quem brincar ou conversar, escutei alguns empregados conversando: “Coitado, agora que o pai tirou toda a diversão, o aproveitador se mostrou realmente como é e deu no pé.”, e o outro completava: “No Inicio até eu pensava que eles eram namorados, você se lembra da preocupação do pai dele, com medo do filho ser gay, ficava resmungando pelos cantos com o senhor Carlos, que se o filho fosse gay, ele o desprezaria, preferia vê-lo drogado, queimando tudo com o vicio...” São palavras que ninguém esquece fácil, ou eu estou enganado, me digam. Foi nesse dia que compreendi tudo, Adriano era apenas um aproveitador, e ai eu aprendi, e comecei a observar nas outras turmas e no ensino médio, como eram os relacionamentos deles com eles, mas quando era comigo, sua forma de falar mudava, sempre estavam na defensiva, eram sempre gentis. Como confiar em alguém que só consegue olhar para sua roupa, seu brinquedos caros, seu chofer, seu carro, seu emprego... Ok entenderam onde quero chegar. Não me juguem, não posso aceitar logo de cara que alguém com bem menos condições do que eu possa ser uma pessoa honesta ao se relacionar comigo sem antes provar, não com palavras, com atitudes. Calma, não digo desonesta no sentido que seja ladrões, ou coisa pior, falo no relacionamento que não seja por interesse próprio. E assim quero provas de que esse Lucas Daniel não é só mais um Adriano, e vou provar que estou certo, e que não é apenas paranoia minha como todos querem me convencer.
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Acordei naquela manhã, de quinta feira, incomodado, o rosto do Lucas persistia, sua expressão era uma mistura de raiva e tristeza, ele me batia com muita força, suas lágrimas caiam abundantemente. O sonho tinha uma imagem muito nítida dele, porém o restante da imagem era desfocada, apenas o via chorando. Não conseguia para de pensar nele, e isso me irritava, pois já não bastava ter que vê-lo todo dia, e agora até em sonhos ele vinha me atormentar.
Na faculdade, me encontrei com Claudio e Afonso, meus colegas Brothers, na verdade era só uma forma de chama-los pois nunca deu muita confiança para eles, eram os únicos que ainda dava para ter como companhia ali. Fomos ao banheiro antes das aulas. Lá quando eu ia saindo com os Brothers, um carinha entra, acho que já o vi na minha sala, mas seu rosto não me é estranho, não importa, deu vontade de tirar uma com ele, e os rapazes pareceu ter a mesma ideia, e logo eles estavam provocando ele, ele falou umas coisas que não lembro, mas então me lembrei, era o amiguinho do Lucas, tinha certeza de ser ele, então resolvi chamar os Brothers para sair dali e deixa-lo em paz, mas nessa hora. Amigos leitores não é cena de novela, mas sabe aquele momento em que tudo parece cinematográfico, pois bem, foi uma visão quase que onírica, entro em cena o Lucas Daniel, com uma nova roupagem, bem vestido, não com roupas caras, mas estava digno de passar e não me irritar, seu cabelo moderno curtinho de lado e com tesoura no topete, destacava seu rosto magro e afilado, deixando-o mais limpo, sim tinha tirado a barba também, destacava sua cor morena clara. Da mesma forma que estou aqui me perdendo na narrativa descrevendo ele, eu fiquei lá também o observando, mas foi segundos até notar que estava sendo encarado por ele, tentei desfaçar meu espanto e sai com os caras. O deixei com seu amigo, e não lembro se ele falou alguma coisa. As duas imagens dele se conflitavam na minha cabeça, a do sonho em lágrimas e a dele ‘dois ponto zero’ desafiadora. Tenho que admitir ele me surpreendeu naquela manhã, eu estaria feliz se não o visse novamente mas o infeliz do professor de Anatomia não tivesse a ideia de apresentar os novatos para a turma, idiota todos nós já sabíamos que tinha aluno novato, mas bem, apresentou-os e ai o Lucas fica de pé e a turma de babacas ficou dando gritinhos e assovios, vai entender, pior de tudo foi o Lucas me pegar o encarando, e ele com aquele sorriso de bobo recebendo os agrados das meninas, do que eu tinha medo, eu era mais bonito, e claro, mais rico, mais tudo, só uma coisa que ele tinha que eu não tinha isso me irritou pois o motivo que me prendeu minha atenção nele naquele momento foi o fato dele está sem barba que destacou sua covinha enquanto sorria, sério, estou parecendo bobo em dizer isso, mas aquela barroquinha que o Adriano também tinha e eu ficava sempre pedindo para ele sorrir para ela aparecer no canto da face. Mas eu me concentrei não queria mais vê-lo, seria já um abuso, então o baitola do professor fez o lindo favor de usá-lo como modelo de sua aula, pode parecer inveja da minha parte, já que eu era sempre o escolhido, e as meninas adoravam, não é isso, juro, é que o Lucas ficou na frente de toda a classe e o pessoal parecia gostar dele, um cara novato que chega de metido e ainda ficava me provocando. Ele ficou lá de costas para nós enquanto o professor que nunca decorei o nome, ficava usando-o como boneco de laboratório. Suas pernas fortes, sua bunda... sou homem, não olho bunda de outro, sua bunda... nem sabia que homem tem bunda... sua bunda no jeans apertado... ele se vira, não notei, não sei o que aconteceu, mas foi ai que notei a parte frontal, tinha volume também. Que maldito jeans. Sim foi ai que acordei, ele tinha se virado e eu ainda o olhando. Procurei meu livro na banquinha, fiquei puto comigo mesmo, não me reconhecia, como um simples carinha poderia me incomodar tanto. E ainda me pegou o observando pela terceira vez naquela manha.
Quando ele voltou para seu lugar, tentei não olhar, ele andava sem nenhuma particularidade, no restante da aula procurei manter minha posição, e o que mais me irritava era está na mesma turma que todos eles, e ainda não entendia porque eu tinha que aturar tudo isso.
Terminando as aulas que pareciam infindáveis, me preparei para se levantar, acabei atrasando mais que o normal, queria sair antes que ele já para evitar de vê-lo novamente, mas então escuto o professor pedindo para ele esperar. Claro, fiquei curioso, o professor nunca tinha me pedido para esperar nem nada... ai ele fala sobre telefone e coisas do tipo todo prestativo, que cara mais metido, estava era dando em cima dele, que garoto tapado, será que ele não notou. Sai dali o mais rápido que pude estava ficando com nojo de tanta viadagem. Acabei esbarrando no braço dele, que ódio.
Eliza me esperava no lado de fora, eu abracei-a e fomos nos encontrar com os rapazes, depois resolvemos sair, a Eliza ainda que puxar assunto da aula, mas eu logo a cortei, pois já foi logo dizendo como o aluno novo era bonito... “Bonito? Só porque está arrumadinho?” perguntei e ele disse que não, já tinha notado ele, mas que eu não precisava se preocupar pois não tinha como ele ganhar de mim. Fala sério, ela ainda fez a questão de nos comparar. Quando íamos saindo do campos próximo a parada de ônibus os vejo, a turminha do Lucas Daniel, ele ao sol, não realçava nada de especial, eu o encarei, e ele me encarou, seus olhos me fuzilaram, eu tinha certeza que aquela indiferença toda dele com migo, diferente das dos outros naquele colégio era por que ele não gostava de mim, e ao invés de ficar me bajulando como muitos, ele fazia o contrario me provocando e me torturando. Mas como eu tinha que o aturar, eu prometi par a mim mesmo que iria mostrar ao meu pai que eu era capaz de lhe dar com aquela situação, iria provar que Lucas iria se mostrar um verdadeiro interesseiro como muitos.
Deixei Eliza na casa dela e passei no escritório, Patrícia estava de saída para o almoço.
- Boa tarde Alexander, vai almoçar hoje aqui enquanto assina os contratos.
- Olá! São muitos? E como estão as visitas da tarde?
- São dose na verdade, estão na sua sala, e tem só duas agendadas, marquei todas para depois das quatro como o senhor pediu.
- Então pode ir, eu assino e almoço em casa.
- Sim, os corretores pediu que agendasse uma reunião com o senhor amanha aqui no escritório, eles pediram preferencia no horário das quatorze, foi o único horário que dava para eles...
- Sobre?
- Tem novos investidores querendo negociar com nosso escritório.
- Tudo bem, pode agendar.
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Terminei o meu almoço, e quando ia para meu quarto se preparar para a aula extra, me deparo com Ju chegando na sala.
- Não tem o que fazer na sua casa não?
- Bem que tem, os trabalhos finais da faculdade estão me tirando todo o tempo...
- Então o que faz aqui?
- Ainda pergunta, vim relaxar um pouco, está na hora da minha mais nova novela começar.
Fiz cara de quem não entendeu nada e ela continuou.
- Se chama o Príncipe e o Plebeu, e riu...
- Não sei como você consegue ri das desgraças dos outros, melhor você não está aqui quando ele chegar, não quero ele se metendo na minha vida nem muito menos na minha família. E você nem pense em se aproximar dele, eu conheço esse olhar, você adora se misturar com todo tipo de gente.
- Nossa primo não fale assim de mim, eu nem sabia que existiam tipos de pessoas diferente...
- Você entendeu.. Sério Ju, vá prepara seus relatórios de estagio depois conto pra você como foi o capítulo de sua novela.
- Tá, mas não me esconda nada.
Fui direto pro meu quarto, deixei-a caminhando para a porta. Tinha que tomar um banho e tentar relaxar um pouco antes de encará-lo novamente. Queria parecer bem relaxado e despreocupado, não queria que ele notasse minha irritação com ele, queria mostra que eu poderia conviver com ele sem ter que entrar em conflito direto.
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Ao entrar na biblioteca o encontro já numa mesa, continua bem vestido e o cabelo bem arrumado, por um instante pude imaginar sendo outra pessoa, dei boa tarde e enquanto eu caminhava para outra mesa em frente, ele respondeu.
- Boa. Podemos retomar a aula de anatomia... – Assunto de anatomia, só em lembrar aquela aula torturante o interrompi.
- Parece que gostou da aula de hoje, já ligou para ele e tirou as duvidas para repassar para mim? – Ele me encarava sério, dessa vez não o notei nervoso ou agitado como da outra vez, parecia que não só o visual tinha mudado, mas seu comportamento estava menos intolerante. E respondeu em seguida.
- Não, mas você me deu uma ótima ideia, posso fazer isso na próxima semana. Na verdade Alex, não queria mais vim pra cá, queria pedir desculpas por ontem, ... – pedir desculpas por ontem, como assim, ele pedindo desculpas, não escutei mais o resto mas algo do tipo que não queria me ver mais, então resolvi falar sobre o que eu achava também e sobre a mudança dele.
- Não se preocupe, eu já faço isso. Não suporto gente que acha que só cortando o cabelo e vestindo roupa combinando se acha capaz de roubar a atenção de todo mundo, aquilo na sala hoje foi só um show de circo...
- Verdade, contudo me diverti bastante. – Claro que ele deve ter si divertido, seus olhos brilharam nesse instante acompanhado de um rápido sorriso, parecia se divertir mostrando que não ligava para o que eu falava, e ai ela novamente aparece junto com seu sorriso, a barroquinha, mas tendo me concentrar na conversa...
- E que amiguinhos são aqueles, as garotas até que dão para uma saída, mas aquele teu amigo, todo cheio da graça, só falta por uma bola no nariz... – Ele me interrompe e noto sua irritação surgindo.
- Você diz isso por não ter amigos, ou você acha que aqueles são seus amigos.
- Você nem os conhece...
- Digo o mesmo.
- Eles não ficam atrás do meu dinheiro...
- Mas ficam atrás de sua fama. – Ele tinha uma resposta para cada resposta minha, eu notei que ele estava afim de me irritar de tentar mostrar que o vilão ali era eu, e assim estaria fugindo do meu foco que era tentar conquistar sua atenção e mostrar que ele iria cai na tentação de aceitar meus subornos mais pra frente, então resolvi parar aquela contenda.
- Você sabe como me irritar... Tá Lucas Daniel, melhor a gente parar se não vamos ficar aqui discutindo a tarde toda... Vamos estudar, afinal não é pra isso que você é pago?
- Sim, vamos, para anatomia? – Notei ele um pouco nervoso, isso mostrava algo que eu não esperava, parecia sentimentos verdadeiros, sua irritação e sua intervenção ao proteger seus amigos, mas tudo isso poderia ser apenas artifícios para mostrar ingenuidade e me confundir, não iria cair nessa.
- Melhor outra, chega de anatomia por hoje.
- Ok, deixo por sua conta, diga o que quer estudar hoje. – Já mais calmo ele fica mais relaxado na mesa, proponho estudarmos o assunto que está agendado para os próximos trabalhos em grupo, assim eu já adianto alguns tópicos.
Durante nossos estudos eu ficava me policiando para não o encarar, uma vez ou outra era necessário a gente interagir comentando algumas passagens e ele explicando alguns tópicos que eu não tinha entendido. Nisso ele se mostrava eficaz, era capaz de continuar dando aquelas aulas, parecia que só estudava, ponto positivo, pelo menos seria um ponto a favor da minha tolerância em conviver com ele. Quando esses momentos de explicação e ajuda surgiam não tinha como eu evitar olhar em seus olhos, e sempre que isso acontecia eu procurava uma semelhança com Adriano em suas atitudes e não encontrava, ele simplesmente agia com tamanha naturalidade que não tinha como eu ver a falsidade em seus atos e isso me incomodava mais ainda. Como ele era perspicaz ao interpretar tão bem seu papel de colega prestativo, estaria eu errado ao julgá-lo como todos os outros? Creio que não, isso seria fantasioso digno de um romance, alguém ser como ele sem falcidade.
Terminamos em fim, ele se foi não me deixou irritado, e saiu com educação e ao chegar a porta ainda olhou para traz, fez uma leve reverencia como se confirmasse alguma cortesia entre nós. Me arrepiei, me lembrei de minha mãe naquela hora, um aceno com a cabeça sempre que ela confirmava algum pedido meu ou uma duvida. Ele se foi. Foi nosso terceiro encontro, e sua atitude e sua seriedade foram as mesmas de sempre, contudo notei ele mais propenso a cordialidade e a tolerância, talvez o meu plano de querer chegar nele esteja funcionando, a não ser que ele seja realmente diferente do que eu penso.
Alguns minutos depois de arrumar o matéria, fui ao meu quarto, precisava sair, tinha umas visitas a fazer ainda em duas casas, ao chegar na sala vejo Ju no sofá me esperando.
- Gostei do Plebeu, e ai como foi o capítulo de hoje?
- Tranquilo, acho que chegamos num denominador comum...
- Sério?! Você encontrou um denominador comum entre vocês. Estranho primo, ele parece bem abaixo do que você considera comum...
- Não venha com suas tiradas Ju... Eu resolvi entrar na dele, e chegar ao ponto de suborna-lo e mostrar que ele está interessado apenas no dinheiro, e vou provar.
- Bem, nisso tenho a leve impressão de que você vai falhar. – ela falou de uma forma tão confiante de si que me deixou intrigado.
- E posso saber por que tem tanta certeza assim prima, por acaso andou conversando com ele?
- Alex, você conversou com seu pai antes de encontrar com o Plebeu...
- Claro, por quê?
- E ele não falou nada sobre ele, tipo se era de confiança, coisas assim...
- Claro, ele falou que estava procurando um professor mas como eu sempre o contrariava fazendo os professores desistirem, então ele pediu ajuda ao Carlos que indicou o Lucas... – Espere um pouco, foi ai que eu comecei entender onde ela queria chegar. - Espere Ju, o que você descobriu?
- Ai primo, estou adorando tanto essa novela que acho melhor ficar só observando...
- Juliana, existe alguma ligação do Carlos com o Lucas, é isso? – Claro, que era isso, se não meu pai não aceitaria ele frequentando minha casa... Como fui burro todo esse tempo...
- Primo lembra o ano passado quando seu pai ficou uns três dias preocupado com a ausência do Carlos?
- Faz tanto tempo...
- Lembra que ele ficava só no telefone falando com o Carlos, parecia todo sem rumo, já que o Carlos é a mão direita dele.
- Sim, verdade, o Carlos teve que viajar as pressas para o interior...
- Isso, e você lembra o motivo?
- Espere, estou lembrando, não foi por causa de um enterro?
- Foi sim, tinha morrido a cunhada dele junto com o esposo, até seu pai ficou com pena do Carlos e deu 6 dias de folga no meio da semana, mas Carlos como é muito dedicado ao seu pai e a amizade que ficou só os três dias...
- Espere, o que isso tem haver? – Não precisou ela responder meu cérebro estava a mil, ela me olhou esperando eu resolver aquele problema, e então fiquei pasmo, e mostrei que tinha entendido e ela confirmou.
- Parece que a tragédia é o verdadeiro denominador comum primo entre vocês. Ele perdeu os pais num acidente de carro, lembro da história direitinho, dona Elena me contou tudo quando fui visitar ela com minha mãe, as duas ficaram amigas depois que sua mãe morreu, e minha mãe acabou encontrando em Elena uma ótima companhia. No caso o Lucas é sobrinho dela.
Não respondi mais nada, era muita informação para digerir tudo, deixei a Ju e fui tomar uma ducha quente, precisava me recompor.
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O restante da tarde se vai rápido, as visitas não apresentaram contratempo, Amanda ajudou bastante, fez seu papel de secretaria muito bem, depois a deixei numa parada de ônibus e fui me encontrar com Eliza, resolvemos jantar juntos, estava querendo relaxar um pouco descarregando meu estresse emocional nela, fomos para seu apartamento depois que passamos num restaurante. No seu apartamento, eu não quis muito papo, pedi para ela me fazer uma massagem; tirei logo minha roupa me deitei em sal cama. Ela ainda reclamou dizendo que eu estava muito abusado, não sei se meu tom de voz estava alterado, mas tentei ser gentil depois para evitar mais reclamações. Ela era muito boa no que fazia, logo me deixou excitado, de bruços, ele sentada na minha bunda massageava toda minhas costas, passava um óleo e depois eu me virei e ela vendo meu pau duro, procurou uma camisinha no criado preparou-o e sentou dando inicio a uma deliciosa cavalgada no meu pau. Seu corpo lindo todo durinho, com seus seios subindo e descendo enquanto gemia sentindo meus 18 centímetros de dureza dentro dela. Mas então ele me vem a mente, tento imaginar sua dor ao ficar sabendo da morte dos pais, o vejo chorando como em meu sonho, não lembro mais dos socos em minha cara, apenas de suas lágrimas. Me desperto e Eliza ainda está tentando me fazer gozar. Perdi o apetite, a primeira vez que eu broxo numa cama.
- O que foi Alex, você está tão tenso, relaxa amor.
- Desculpe, realmente hoje não foi um dia bom, podemos tentar amanhã, tudo bem?
- Claro, entendo, as vezes eu também estou com a cabeça a mil e nem consigo me concentrar... – Não sei se escutei direito, mas ela simplesmente disse que às vezes finge orgasmo comigo... Depois dessa notei que eu estava perdendo tempo ali, não terminei o namoro, bobagem, isso poderia acontecer depois, dei um beijo de despedida e fui para casa.
No caminho de volta fiquei pensando que eu fui precipitado ao julgá-lo, vai ver a Ju tinha razão, eu poderia está errado e não conseguir provar meu ponto de vista. Neste caso muito se esclareceu sobre a mudança de atitude dele, talvez ele já soubesse de mim, de ser órfão de mãe. E isso explicaria tudo. Talvez ele fosse esperto demais e poderia usar isso a favor dele... sim. Só poderia ser isso. Eu tinha que fazer algo. Chegando em casa passei um whatsApp para Carlos pedindo o telefone de Lucas, ele logo respondeu. Estranho ele não tinha whatsApp, quem nesse mundo não tem whatsApp. Foi o jeito mandar uma mensagem, queria pedir desculpas pelo meu comportamento naquele dia também, pois não queria ofender os amigos dele. Não poderia deixa-lo se desculpar e ficar se achando o cara certinho, tinha que fazer média também.
Logo depois ele envia uma resposta.
“Obrigado, e boa noite.”
Fiquei olhando aquela mensagem, me deu vontade de responder... Responder o quê? Não tinha mais nada a ser dito. Deixo meu celular no criado e vou tomar um banho antes de dormir, antes de entrar no banheiro escuto o aviso de uma nova mensagem. Descido não olhar logo, mas minha curiosidade me domina, corro e pego o celular e ao olhar dou um leve sorriso, sorriso este que não sei de onde veio. Estava escrito.
“Nem tudo está perdido.”
Continua.
Esqueci de comentar da broxada. Acontece, né? Quem nunca? Mas acho que o Alex está apaixonado pelo Lucas já percebeu isso
Acho que eu e o Lucas Daniel devemos ser as últimas pessoas no mundo que não tem ainda, kkkkk... O Alex mimadinho baixou a guarda e seu primeiro pedido de desculpas não foi tão bem recebido, mas a segundo SMS parece que vai apaziguar os ânimos de vez, hein? Tomara que sim. Quem será que vai dar a bundinha primeiro? Vou descobrir lendo o próximo capítulo amanhã
O conto ta ficando ótimo, eu só tenho uma ressalva o Alex ta muito afeminado e infantil (isso não é preconceito) é só q o personagem não ta encaixando com o papel escrito pra ele, de um cara enrustido com namorada e tudo esse é o minha unica critica... Votadíssimo e esperando os próximos capítulos.
to curtindo.. parabéns.. ansioso pelos proximos capitulos!
Tá bem legal, continua logo kkk
Muitas coisas estão começando a se desenrola ótimo votado =)?????
estou adorando seus contos, embora ainda não tenha lido todos.Muito bom mesmo, até parece que em alguns momentos faço parte da história.