Acordei, o dia estava quentinho, gostoso para sair de casa, olhei em volta, apenas eu ali, deitado. Onde o Rochel poderia estar. Me levantei ainda sem saber realmente o que fazer, acho que por o Rochel para fora seria uma atitude egoísta afinal nós não estávamos namorando, e o Adriel também não tem nada comigo a não ser nossa amizade. Nossa amizade, sim, e ele achava que eu namorava o Rochel, assim, para ambos foi uma traição.
Minha cabeça não doía nem estava pesada. Me sentia normal. Fui ao banheiro e no corredor escuto vozes vindo da cozinha. Eram os dois.
-- Cara não entendendo ele falou que não estava namorando você. – era a voz de Adriel.
-- É na verdade ele tem razão, nós não chegamos a falar sobre isso. – completou Rochel.
Ali escutando eles me senti pequeno. Será que eu fiz besteira. Será que eu não estava sabendo como administrar tudo isso que eu estava passando. Apouco eu era um pegador de meninas. Agora eu estava pegando garotos. Será que eu iria virar um daqueles caras viciados em sexo que só pensam em sexo. Será que eu não iria mais poder ver um garoto bonito que já iria imaginar sacanagem. Enquanto voltava ao banheiro me lembrei da noite na praça conversando com Daniel. Eu estava pensando nele. Pensando como nós poderíamos transar gostoso. Beijar aquela boquinha fina, e comer aquele rabinho pequeno. Morder suas pernas finas e com músculos definidos por suas pedaladas. Enquanto escovava os dentes senti o cheiro da cabeça da pica de Daniel. Deveria ser de tamanho médio e não grossa, poderia ser completamente o oposto. Apenas sentia ela dentro da minha boca, socando e me fodendo gostoso. Minha boca não era mais virgem, e eu adorava sentir o esperma, tanto que queria mais. Agora queria o Daniel.
Tomei um banho rápido, estava com o tempo curto. E ficar pensando no Daniel não iria adiantar nada, afinal ele não iria ficar comigo, ele tem namorada. O Rafael também tem. Fui até a cozinha e lá estava os dois a mesa. Sentei, e apenas disse bom dia. Mas o Adriel falou.
-- Amigo, desculpe por ontem a noite, não queria que fosse assim...
-- Adriel, tudo bem, vocês tinham o direito de fazerem seus desejos. Isso não mi importa, eu apenas me senti traído no momento...
-- Anjo – disse Rochel – Não sabia que você se importasse. E eu acabei esquecendo que toda essa merda é nova pra você.
-- Sim, é verdade, e por isso que eu não quero mais falar sobre esse assunto, hoje, quero digerir tudo. Mas podem ficar tranquilo Rochel também não quero ficar de mal com você.
-- Otimo, assim eu fico menos preocupado amigo, e mais tarde quando eu for embora, viajo em paz. - Acrescentou o Adriel.
-- Tudo bem amigo, eu acho que tudo isso serve como uma lição pra mim. Não sabia que o mundo era tão promiscuo. E acho que já estou fazendo parte de toda essa vulgaridade.
-- Calma Anjo, também não é assim, nem todos nós homossexuais são vulgares e promíscuos como você possa estar pensando. O que aconteceu ontem foi uma coisa de puro desejo, e eu não fui legal com você, deveria ter resistido...
-- Olha Rochel, realmente não quero pensar nisso. – Claro eu sabia do que ele estava falando, eu também não consegui resistir aquela tentação.
Encerrei o assunto, com um sentimento de culpa. Pois eu sabia o que estava se passando por minha cabeça. E ao sair na rua, vi coisas que nunca tinha visto antes. Homens bonitos, viris, fortes, com belas malas entre as pernas, bundas enormes, pernas e braços másculos. Homens de todos os tipos, jovens, de idade media, idades mais avançadas, todos com um corpo propicio ao prazer. E eu sendo um desses homens sabia que qualquer um ali, era um amante pronto para ser descoberto. Comecei a olhar homens de uma forma única. Na faculdade foi a mesma coisa. Até meus professores não escaparam dos meus olhos. Já não olhava mais para as garotas.
O que estava acontecendo comigo? Não saberia responder, apenas sentia. E foi ai que lembrei que nas terças eu não tenho a primeira aula, o Rochel resolveu ficar no pátio me olhando. Parecia curioso, provavelmente queria saber o que se passava na minha cabeça para eu ir tão cedo para a faculdade. Natalia também ao me ver correu logo a investigar, e eu nada respondi, fiquei com cara de zumbi.
Ao ficar só ali, vejo passar um arcanjo alto, com barba de uns 4 dias, cabelo nem curto nem longo, cheio, caindo sobre as sobrancelhas castanho claros. Ele passou e para minha surpresa ele me deu uma olhada rápida mas focalizada, do tipo que te deixa completamente desarmado. Não tive como não retribuir com a mesma intensidade, seus olhos capturaram os meus. Só restava saber quem era aquele macho maduro, e elegante. Estava de calças jeans, com camisa de algodão listrada de azul marinho com finas listras brancas, socada e de cinto marrom combinando com seu sapato de mesma cor. Ao andar ele mostrava um corpo aparentemente normal para um homem que não frequenta academia, com uma barriguinha levemente aparecendo. Mas deu para notar suas mãos grandes e dedos grossos. Depois que entrou no corredor não vi para onde foi. Mas uma coisa eu tinha certeza, ele não era da faculdade. Vai ver era um daqueles vendedores de cursos de informática, ou de inglês, ou coisa assim, e que eu não o veria mais. E então eu fiquei ali, justamente analisando como seria minha vida dali por diante.
Eu um homossexual recém descoberto. Isso parecia estranho. E eu fiquei, será que eu não estou passando por uma faze? Será que se eu ficar com uma garota vou despertar e ver que tudo isso não passa de uma grande besteira que acabei dando tanto valor que ceguei? Sim, tudo isso parecia objetivo e racional.
Depois da aula, quando eu, o Rochel e a Natalia íamos saindo, eu calado e emburrado, avistei o tal arcanjo, saindo de carro, e como eu sei que a Natalia sabe de tudo que acontece na faculdade...
-- Natalia, me responda uma coisa...
-- Opa, ele fala... fale meu Anjo...
-- Sem gracinhas... Me diga, você sabe quem é aquele home que está saindo de carro vermelho?
-- Você não sabe? Ele é o novo professor de ensinos culturais, chegou ontem.
-- Mas como assim, o que aconteceu com o senhor Santos?
-- Ele teve que viajar por causa da doença da esposa dele, então pegou uma licença.
-- Mas assim já próximo do semestre acabar?
-- Pois é, pena que você não está pagando, a disciplina dele, ele é bem legal. Mas já ouvi falar que ele continua com a gente próximo ano, ele era um dos aprovados no ultimo concurso, assim já vai ficar efetivo.
-- Nossa, como a vida é, uns morrendo pra dar vida a outros.
-- Né isso!
-- E como ele se chama?
-- Miguel.
-- Bem propicio...
Nesse hora até Rochel que se mantinha alheio a nossa conversa, me olhou de maneira desconfiada, e Natalia achou estranho...
-- Como assim?
-- É que ele tem porte de arcanjo, e nome de arcanjo...
-- Ah! Esqueço que você é vidrado nesse negocio de anjos. Mas vem cá, qual a diferença entre ambos?
-- Bem, tem os serafins, são os mensageiros, depois os anjos que são os protetores e os arcanjos que são guerreiros. E ainda tem os executores, que são os de menor numero, esses, quase ninguém, os conhecem, são eles que realizam as ordens e sentenças divinas. Estes últimos não têm nomes de anjos como conhecemos, são bem diferentes. Reza a lenda que Lúcifer era um deles, o mais querido do pai, mas que um dia se rebelou se .. mas essa história vocês conhecem.
O assunto poderia durar o dia todo, mas logo nos separamos, e ao voltar pra casa, senti o Rochel calado. Depois que almoçamos ele logo foi se preparar para ir trabalhar. Saiu e não disse nada. Também fiquei calado. Adriel, estava na cozinha, preparou algo para comer, e depois foi até o quarto onde eu estava deitado na cama. Então ele falou.
-- Amigo, não fique com raiva da gente, o Rochel gosta de você, é que ele e eu não conseguimos resistir...
-- Adriel, tudo bem, não estou com raiva mais de vocês, eu é que estou sem saber o que fazer.
-- Junior, amigo, sei que eu nunca fui bom em nada, mas veja bem, não leve isso muito a serio, lembre-se que sexo não tem nada a ver com sentimentos. Encare apenas como sexo e prazer.
-- Mas, é justamente isso que me vem perturbando, como assim sexo é sexo, e não tem nada a ver?
-- Amigo, você não já ficou com garotas só por ficar?
-- Sim – e Natalia foi a ultima – mas então eu tenho que pensar assim, ficar com outros homens sopor ficar?
-- Claro assim como nós ficamos, e eu com o Rochel, isso é apenas sexo.
-- Não acho certo. – mas eu estava justamente fazendo isso, até ali, só tinha ficado por ficar, e Rochel o único que pareceu algo mais. O Rafael também não foi nada serio, o Adriel, o Daniel que nem fiquei e já o estava desejando apenas por prazer, já tinha o novo professor, o Miguel. Onde isso iria parar. Não sei.
Depois fiquei pensando e cheguei a uma conclusão de que não faria mais sexo por puro desejo, teria que rolar algo a mais.
Chegou o fim de tarde, e o Adriel partiu, me deu um abraço e disse que estaria a meu dispor para me descarregar, achei até engraçado aquelas palavras vindo dele, tão machão por fora e tão gay por dentro.
A noite estava no colégio, o Rafael procurou não ficar por perto, e notei sua atitude. O Daniel pelo contrario, me procurou e me ofereceu sua companhia na volta, aceitei numa boa, sempre volto só para casa. As aulas terminaram e me encontrei com Daniel na saída. Em nossa caminhada, ainda perguntei sobre a namorada, ele disse que ela não tinha ido por que estava ajudando a irmão que tinha dado a luz.
Descobri um Daniel inteligente e responsável, era estudioso, e estava pensando em fazer vestibular, era um jovem bonito, e mesmo parecendo um garoto magro, mostrava ter um corpo atlético, até perguntei se ele malhava, ele respondeu que não, mas cuidava-se alimentando de coisas saudáveis e muito trabalho. Vi que alem de tudo era humilde. E descobri nele um sorriso encantador.
A viagem foi bem mais curta do que o habitual, sempre é assim, quanto mais os momentos são agradáveis mais o tempo voa. Chegamos a pracinha e ficamos sentados um pouco, como ele não tinha que ir deixar a namorada em casa tínhamos mais um tempo.
Mais um tempo para conversar, ele parecia mais confiante, mais próximo. Enquanto ele falava eu o observava atentamente, gravando cada centímetro de seu rosto, de seu corpo.
Então quando nós já estávamos nos preparando para irmos cada um para seu canto, ele me pergunta.
--Professor, eu estava querendo fazer uma pergunta mas é que estava com medo de incomodar.
-- Incomodar Daniel? Pode mandar.
-- É que estou com um probleminha em entender esse assunto novo, e queria saber se você poderia me dar umas explicações extras.
Aulas extras? Senti um arrepio, algo me dizia que isso não terminaria bem, e agora ele também querendo aula extra, mas eu o olhei e fiz algumas perguntas sobre o assunto, só mesmo para testar, e vendo que ele realmente mostrava dificuldade, acabei marcando para a próxima tarde, e ele concordou.
Mais um encontro marcado. E em casa um anjo me esperando, e eu parecendo um renegado caído, procurando desviar as almas boas e puras para o caminho da perdição, logo eu que era tão sábio e educado, com pudores, a não ser com as garotas vividas.
Em casa, Rochel estava na TV, ainda notei seu movimento meio que involuntário ao olhar para o relógio, deveria estar conferindo meu atraso. Mais uma vez eu estava chegando em casa fora do horário. Mas eu era livre. De maior, e não devia nada. Também não disse nada, entrei no banheiro, e ele veio até a porta.
-- Anjo, você ainda está chateado comigo?
-- Não – olhei ele nos olhos – olha vamos manter nossa amizade, eu gosto de você e não quero que você vá embora, estava até pensando em convidar você para dividir o aluguel, assim ficaríamos fazendo companhia um pro outro e ainda sairíamos ganhando com as despesas, mas claro se você não se importar em dividir sua privacidade comigo.
-- Não sei se eu gostaria de dividir um ap, com alguém que não fala comigo, nem dar boa noite.
-- Olha desculpe, vou procurar melhorar isso, mas é que eu não consigo olhar pra você e não pensar em sexo.
-- Sexo? Só sexo?
-- É, e acho que isso não é legal, então se vamos morar juntos, vamos combinar uma coisa, de ficarmos apenas como amigos.
-- E com sexo?
-- Não! Como?
-- Apenas como amigos, e as vezes com sexo, afinal eu é que não vou ficar aqui olhando pra você pensando em sexo e não trepar no seu pau gostoso.
-- Então vamos combinar uma coisa, vamos manter o sexo, mas sem negocio de namoro ou coisa assim, se der vontade de sair com outros tudo bem.
-- Tudo bem, só tenha cuidado com os serafins, eles podem ser uma má influencia.
-- Que serafim?
-- O boy que estava com você na praça.
-- Não é nada, apenas um aluno... e é disso que tou falando, eu não ligo com quem você sai ou conversa, e eu não tenho que dar satisfação.
Acabamos entrando num acordo, e a noite fomos dormir sem sexo. Contudo isso acontecendo, eu ainda tinha um grilo a ser esclarecido, mas depois de nosso acordo acho que a questão de Rochel sair na tarde de domingo e voltar só a noite, me deixando só em casa, me fez pensar muito, algo não estava certo, e talvez por isso que eu não resolvi ficar com ele como namorado. Tudo era novo, e eu agora descobria um mundo novo, muito mais colorido, mais alegre e perfumado.
Eu era um novo homem pronto para descobrir novos horizontes.
E nesses horizontes serafins, anjos e arcanjos, estavam povoando as possibilidades. E quem sabe até mesmo um desgarrado.
Fim dessa temporada.
Terceira Temporada de: O Professor e seus Anjos
Prologo: um Serafim chamado Daniel
..Aos meus anjos com amor!
Foi uma tarde de quarta nada incomum como eu temia, Daniel chegou com seu sorriso fino e simpático, com um short surfista e uma camiseta azul clara. Sentamos a mesa da cozinha, e logo partimos para o assunto em questão. Ele se mostrou como um ótimo aluno; escutou tudo direitinho, seu comportamento me fascinou, e ali, refleti que nunca tinha notado com mais detalhes como o Daniel era um serafim educado, ingênuo e puro. Digo assim porque sentimos quando alguém demonstra malicia, ele não, ele me olhava concentrado no que eu falava, e seus olhos estavam sérios, sua face sem expressões, apenas um “Humhum” concordando com alguma pergunta ou ideia apresentada. Ele estava sendo o aluno que qualquer professor queria em sua sala.
Um jovem assim é coisa rara de se encontrar, afirmo, pois eu mesmo com a idade dele não era tão educado assim, mesmo tendo poucos anos a mais, estava me sentindo um bem mais adulto do que eu era realmente. Em alguns momentos, um breve momento, ele sorrio, e aquela cena ainda hoje depois de anos, se mantêm viva, foi esta cena que realmente me fez senti diferente, não foi o Rafael com sua boca quente em meu falo, nem o Rochel com suas caricias, nem o Adriel com seu corpo quente e másculo. Mas foi a percepção do sorriso de outro homem que me fez ver que eu era um cara sensível. E foi naquela tarde de quarta feira que senti algo mais afetivo por outro homem, senti que eu poderia gostar sem que o sexo fosse o objetivo principal.
Ao fechar a porta depois de sua saída. Senti-me leve, feliz e completo.
As aulas seguintes foram todas normais, alem de notar o Daniel mais presente, mais próximo, mais amigo, mais companheiro. Nos intervalos eu o acompanhava com furtivos olhares, e uma coisa me atiçou a curiosidade, depois de alguns dias, semanas, eu nunca o via com sua namorada. Então me dei conta que eu nunca a tinha visto. Ou ela não existia, ou ela não estudava ali. Uma coisa ou outra. Então resolvi investigar, procurei visitar a barraca de lanches dele e do irmão, passei a frequentar, me tornei amigo da família. O Daniel estava cada vez mais próximo, até mais afetivo do que um amigo normal.
Um dia, aproveitando que ele não estava a barraca, fiquei conversando com o irmão dele, e então como sem querer perguntei sobre a namorada do Daniel, e o irmão confirmou minhas suspeitas. Não existia nenhuma namorada, pelo menos até onde ele sabia. Tinha que tirar minhas duvidas afinal, eu estava gostando dele e sentia que era um sentimento que não seria correspondido, e eu não tinha coragem de me arriscar o que poderia afastá-lo, e ficar sem vê-lo não me agradava, eu o queria o máximo possível por perto.
Numa noite fria de novembro, ele estava em minha frente cercado de pessoas amigas e familiares cantando parabéns para seus 19º aniversários, ele não mentira sobre a idade, e minha felicidade estava explicita ‘na cara’, e ele me perguntou alguns minutos depois do bolo ser cortado, o motivo de tanta felicidade, eu respondi que estava feliz por fazer parte do circulo de amizade dele, de está ali compartilhando com ele, de poder está ali para dar um abraço de felicitações, então ele disse, ‘que abraço? você ainda não me deu nenhum abraço.’ Então eu o abracei bem forte, e disse no seu ouvido: que você seja muito feliz e que encontre umA PESSOA que lhe faça muito feliz! Ele mi olhou e disse, ‘mas eu já encontrei’, ai eu disse que ele não tinha encontrado, pois a namorada dele não existia, então ele me olhou serio e disse que eu não sabia de nada, então fiquei serio e disse para ele que se ele tivesse uma namorada ela estaria ali no aniversário dele. O clima ficou tenso, mas eu notando sua mudança de humor, parei e disse que tudo bem, que eu estava sendo bobo, depois da festa sai para ir embora, e ao chegar na praça ele me alcançou, e procurando um lugar mais escuro me chamou pois queria me dizer algo.
-- Caladriel, você tem razão, eu não tenho namorada.
-- E por que inventou esta história pra mim?
-- Não sei, na hora saiu, queria parecer um cara esperto e normal para minha idade, coisa desse tipo.
-- Bem, eu desconfie pois eu nunca a vi, e Daniel nós já somos amigos, não devemos esconder coisas bobas um do outro, não estou pedindo que me conte seus segredos, mas que não precisa se esconder de mim.
-- É, eu sei, você tem razão.
-- Então amigo, agora minha felicidade voltou, pois eu estava triste com nossa conversa a pouco, nem tanto por você, mas por mim parecer um cara enciumado e bobo.
-- É, notei mesmo você com jeito de quem estava com ciúmes.
-- Pois é, sou mesmo, tenho ciúmes dos meus amigos.
-- só amigos?
-- Das namoradas também.
-- Namoradas?
-- O quê?
-- Calma, brincadeira!
-- Brincadeira sem graça numa hora dessa.
-- Olha, Caladriel, naquela hora em que eu disse que já tinha encontrado a pessoa que poderia mim fazer feliz, eu não estava mentindo.
-- Como assim, você está de olho em alguma garota?
-- Veja só, pode parecer estranho, mas eu encontrei VOCÊ.
-- Mas Daniel, como assim? O que você ta querendo mim dizer?
-- Caladriel, você me fez despertar para os estudos, você é meu herói.
-- Amigo, não diga bobagens, eu apenas sou um cara normal, nem tenho idade ainda suficiente para ser herói de ninguém.
-- Não seja bobo, você é um jovem diferente de todos que eu já vi, é tanto que minha mãe estes dias estava comentando lá em casa, que meu irmão deveria voltar a estudar, e que você era um exemplo, nossa como ela gosta de você.
-- Nossa fiquei até corado com essa.
-- Mas ainda tem mais...
-- O quê?
-- Em relação a você ser a pessoa que poderia me fazer feliz...
-- Sim, eu já entendi, sou seu herói, alguém para você seguir como modelo. Essa parada toda ai, eu entendo não precisa se explicar.
-- Escute! Eu te amo!
Meu estomago se revirou todo, meu sangue gelou, eu tinha escutado direito, naquele momento, eu estava petrificado. Não tinha palavras, não tive ação, era surreal de mais. A noite fria, gélida, e escura pareceu apenas uma folha em branca. Então quando despertei estava em casa, só no sofá.
No outro dia, Daniel me telefonou avisando que estava chegando, era uma manhã de sábado, eu estava bem animado, eufórico, queria vê-lo logo, queria saber se tudo aquilo foi realidade ou se realmente foi apenas um sonho como eu estava crendo.
Ele entrou, estava serio, mas nada fora do normal, então ele olhou mim encarando, e perguntou como eu estava me sentindo depois da revelação da noite passada; senti uma pontada de felicidade rompendo minha face séria, e então não pude mais me conter, e o abracei fortemente.
Continua....
Essa Historia está me deixando Louco pelos Próximos Capítulos... Parabéns essa Trama é muito Bonita e excitante...
Que delicia de contos, adoro contos eróticos dão muito tesão. amadortotal