Foi um final de semestre fora do normal, afinal tudo o que vinha acontecendo comigo, as investidas do Rafael me provocando, me fazendo descobri novos desejos e possibilidades; o Rochel provando que eu não era o único cara com cara de hétero que curtia homens, e também passou algumas semanas morando comigo; o Adriel, um amigo de minha cidade natal, confirmando que para se ter prazer não precisa ter um envolvimento amoroso e nada sério, apenas se entregar aos desejos. Existe muito mais, existe a variedade, pode inventar novos meios, e tomar novas atitudes.
É importante dizer que o Rochel foi embora depois de duas semanas morando comigo sem rolar sexo e nenhuma conversa, simplesmente meu interesse por ele se foi, o que me comprovou que nossa atração não passava de meros desejos carnais. O motivo mesmo nem eu sei, ele simplesmente se foi, acho que ele estava mais interessado em mim do que eu pensava, como não teve mais retorno, desistiu. Mesmo assim ainda é um mistério, ele continuou com suas saídas misteriosas em horários nada convencional, como não era mais da minha conta, deixei de lado. Não senti saudade.
Minha amizade com Daniel cresceu cada dia mais, até que no dia de seu aniversário, ele me revelou seu amor, o que me deixou no momento surpreso e desnorteado. Tão desnorteado que acabei indo para casa e o deixei só na praça. Acabei acordando em casa tentando despertar de um sonho que parecia real e bom de mais para ser verdade. Afinal não é todo dia que um serafim com cara de novinho; com cara de macho, educado e legal se declara para outro, assim... Claro que nossos sentimentos só vinham crescendo ao longo das semanas até que ele sendo mais corajoso que ‘yo’ teve a incrível coragem de mostrar que a porta do armário é muito mais desprevenida de trancas do que eu poderia imaginar.
E então ali estava eu abraçando o único homem que me encantava, e o que se seguiu depois foi dias e semanas de muito amor, companheirismo, afeto, idas ao cinema, éramos um verdadeiro casal, até eu ainda não tinha despertado para a possibilidade de está vivendo um relacionamento amoroso, estava namorando outro cara e nem tinha me tocado, até que um dia já próximo as férias de fim de ano, Natalia joga um balde de água fria: “Vem cá anjo, você por acaso está tendo um caso com aquele garoto de sua rua?” – foi um tapa na cara, afinal eu estava dando muita bandeira, o que ela falou era verdade, eu estava namorando. Minha preocupação foi do inferno ao céu em um segundo. Minhas estruturas abalaram. Claro que na hora ao olhar para ela, eu me controlei, e dei uma explicação ao meu estilo machão: “Tá me zoando Natalia? De onde você tirou esta ideia. O que acontece é que depois que o Rochel se foi, fiquei mal acostumado em ficar sem com quem conversar, e como o boy é meu aluno, agente acabou combinando em alguns assuntos”. Tipo assim, ela concordou que o Rochel deixou saudades, pois até na faculdade ele mal olhava para gente, até que chegou o fim de ano. Mas minha preocupação, agora era saber como controlar esta situação do namoro, não sei se era algo que eu poderia administrar, ele mais jovem que eu, e eu tendo vivido em pouco tempo novas experiências nada positivas em termos de finalizações, e agora eu estava namorando alguém que em pouco tempo preencheu todos os meus espaços vazios. Isso me dava medo, mas ao mesmo tempo eu viviam numa adrenalina viciante.
Em fim as férias estavam chegando, e uma nova preocupação também. Eu estava tão animado com meu novo ‘namorado’ que nem me lembrei de um detalhe: estava voltando para o interior, para minha cidade natal, e pela primeira vez, desde que eu fui estudar na capital que me senti triste em voltar ao lar. Seriam quase dois meses longe do meu Daniel. Contudo era uma oportunidade para eu rever meus sentimentos e avaliar o quanto tudo isso tinha afetado meu comportamento e minhas ações.
...
Estava voltando do colégio, tinha ido deixar os diários, com os resultados finais, pois faltava dois dias para minha viagem. Era 21 de dezembro, um final de tarde, ao chegar perto da praça do condomínio, o vejo sentado num banco. Daniel estava calado, e mim olhava persistentemente, e ao chegar bem perto dele, eu sinalizo com a cabeça para ele me seguir, nada anormal, era assim que nós nos tratávamos quando não estávamos na segurança das quatro paredes. Subimos ao apartamento. Ao entrar me dirijo a escrivaninha onde ponho minha bolsa e em seguida vou a geladeira, estava cansado. Ele parado, só me observava, então me toquei, ele não agia assim, ele já estava mais a vontade com NOSSO espaço. Parei com o copo ainda na boca e o observo, olhos nos olhos, e o silencio tomou todo o lugar. Durante toda a semana ele vinha com a mesma conversa, não aceitava ficar distante de mim por muito tempo, eu já conhecia aquele olhar. Baixei o copo e então perguntei:
-- Pode falar, o que tá acontecendo?
-- Você mim leva? – seu tom de voz parecia chorosa, quase inaudível.
-- Dan (já tínhamos apelidos íntimos) já te falei, não pega bem para mim chegar com você lá, mesmo sendo 3 anos mais novo, em breve faço 23, geralmente os jovens de minha cidade não fazem amizades com essa diferença nas idades, minha mãe iria ficar curiosa, e meu pai iria mim fazer uma enxurrada de perguntas, vamos fazer assim, quando for nas férias do meio do ano, eu os preparo para te receberem, ok, agora, assim de repente, sem aviso prévio, não dá.
-- Mas é isso que não entendo, você tem medo do quê?
-- Dan, (uma breve pausa para respirar fundo) as coisas não são simples na minha cidade...
-- Mas você não tem que dar satisfação a ninguém, já é de maior e seus pais tem que aceitar como você é...
-- Sim, é verdade, mas eu ainda tenho meus pais, e a eles eu tenho sim que respeitar, mesmo o mundo parecendo moderno, eu os amo, e não faria nada que os magoasse por puro capricho meu. Tudo isso é novo para mim, eu ainda não sei como lhe dá com o preconceito, já esqueceu, aqui na capital ainda temos que andar separados, imagine no interior...
-- É que eu não sei se vou suportar ficar sem você...
-- É isso então, você estar cismado em ficar longe de mim. Prometo que faço um jeito de ti ligar toda noite.
-- Não é a mesma coisa. Anjo, fica!
-- Acredite, eu também queria ficar com você, mas não posso ficar, minha mãe me mataria se eu não estiver na noite de Natal junto com a família. Dan, você não é mais uma criança, não pode ficar assim.
-- Eu sei, mas só em pensar você longe de mim, bonito como você, inteligente, e agora sabendo que gosta de homens, o que me garante que você não vai querer ficar na sua cidade nos braços de outros.
-- Que coisa linda, já está mostrando ciúmes. E logo eu iria trocar minha faculdade, por causa de outro homem?
-- Viu, você não me ama... – eu achava lindo o seu ciúmes, mas eu já tive namorada ciumenta, e sei o quanto pode ser preocupante se for descontrolado.
-- Acho que podemos parar agora, já não sei mais se você está falando serio, ou se está zoando com minha cara. Pode ficar tranquilo, que no inicio de fevereiro estarei de volta.
-- Todo esse tempo? Não, faço um jeito de aparecer por lá. Ok?
-- Então vamos fazer o seguinte, vou preparando o terreno, se tudo der certo eu te aviso, ok?
Nossa conversa parecia não ter fim, ele sempre pondo areia e mais complicações, parecia uma menina enciumada e grudenta, pela primeira vez ele pareceu outro. Mas depois que prometi ajeitar para ele ir me visitar durante as férias, ele se acalmou mais.
...
Éramos namorados, eu dava presentes, cartões, e ele retribuía sempre em dobro, queria mostrar a cima de tudo que mim amava mais do que eu o amava, no inicio nem liguei muito, mas depois comecei a ficar com um pé atrás.
No dia da minha partida, ele foi almoçar comigo, e antes nos amamos. Nos amamos, e nossos sentimentos pareciam renovados, com mais calor em nossos beijos, mais sensações nos abraços e mais euforia na penetração. Eu o possuía entre suas pernas enquanto o beijava, suas mãos em minha bunda me fazia gemer mais e mais. Nossos corpos suados, e ele gemendo me fazia lembrar o quanto é maravilhoso fazer alguém feliz enquanto sentimos prazer. Depois foi sua vez, ele me beijou como sempre fazia, me virou, beijou minhas costas, mordeu minha bunda, lubrificou com sua língua, me fazendo contorcer, e mesmo sabendo o que viria depois eu gemi muito mais ao senti seu órgão potente me invadir por caminhos já antes explorados e deflorado por ele. E eu ali, rebolando meu traseiro, para sentir melhor sua vara. A cada estocada um gemido, e a cada pulsada outros gemidos. Era uma sensação gritante e ao mesmo tempo ‘nirvantesca’ (sei, acabei de inventar). Mas estávamos ali fazendo o que fazíamos de melhor sexo e amor. Fazíamos sexo há dias, e sempre que nos envolvia eu sentia novas sensações. Daniel sempre mostrava uma agilidade que me espantava, ele se mostrava muito mais experiente do que eu, o que sempre me deixava com uma pulga atrás da orelha.
Na saída do condomínio, quando eu ia entrando no taxi, ele me deu um pedaço de papel. E para parecer macho na frente do motorista apenas disse, “boas férias amigo!”, eu retribui dizendo, e você se cuide, e um Feliz Natal.
Enquanto o taxe se afastava, ele ficou parado e eu fiquei observando o, com meu coração partido, queria voltar e abraçar novamente dando lhes mil beijos. Mas eu sabia que ainda não era possível essas demonstrações afetivas em publico, e nem saberia se um dia eu teria essa coragem.
...
No terminal rodoviário, encontrei meu ônibus entrei com o coração temeroso, e sentando na poltrona do corredor, fiquei esperando o inicio da minha viagem de 9 horas. Sabia que teria muito tempo para pensar em tudo o que aconteceu e fazer meus planos para o futuro.
Não fazia nem meia hora de viagem e eu em pensamentos e delírios já me encontrava na manhã em que o Daniel foi me procurar logo depois que me declarou seu amor, e no abraço quente que trocamos, meu corpo se entregou as imagens oníricas. Acho que a melhor forma de se fazer uma reflexão sobre nossa vida é retornando ao inicio do que nos provocou novas emoções e impulsionou para novo rumos, e nem sentia mais que estava naquele ônibus velho e calorento, estava a caminho do meu quarto com um serafim me abraçando e dizendo ao meu ouvido que queria ser meu homem...
Um amor passageiro – P 20: No ônibus, lembranças de uma transa apaixonante; eis que surge um demônio.
Meu coração não batia, vibrava a ritmo acelerado, mais uma vez eu senti algo novo, e como isso era incrível pois quando eu pensava que não poderia existir nenhuma sensação nova ou mais excitante do que da primeira vez que eu transei com Rafael, eu me encontro novamente surpreendido. A porta do quarto foi um pequeno obstáculo para nossa passagem, foi apenas um momento de girar nossos corpos, nesse momento a gente não falava nada, sempre deixei para falar as coisas depois, aprendi, não sei onde, que é sempre melhor aprontar antes e pedir desculpas depois, ou ser castigado por algo que se fez do que pagar pelo que não fez.
Daniel estava cheiroso, seu hálito estava cítrico e refrescante, algo novo estava no ar, me senti inebriado pelo seu odor natural, seu beijo me mostrou que eu ainda tinha muito o que experimentar na vida, ele beija diferente dos outros, e das garotas também, beijá-lo parecia que eu é que era a mulher da vez, ele me sugava, e me fazia estremecer, suas mãos nos meus cabelos, na minha bunda, por todo o corpo, mas ele se concentrava em minha bunda, apertava e me fazia sentir arrepios, enquanto minha língua era devorada. Em fim chegamos até a cama, então ele me olha e diz:
-- Você tem certeza que quer fazer isso?
-- Claro, não pare.
Novamente voltamos a nos beijar, e nos deixamos cair na cama, ora eu estava por cima, ora era ele, ele parecia bem mais novo, seu corpo ainda pequeno, mas de músculos firmes e uma bunda durinha, e um volume que me espantou pelo seu tamanho, ele tinha um corpo pequeno, é verdade, mas a mala que senti e que vi, parecia discordar em proporções do resto, ele tinha um senhor pau, então ele me beijando, foi descendo e chegou até minha barriga, e num momento de hesitação, pareceu desistir do que se propunha a fazer, mas ali parado ele desce até meu órgão e sente o cheiro demoradamente, antes de pô-lo para fora e com delicadas caricias com sua língua, ele me fez tremer esperando o devorar meu pau, e quando isso acontece, ..., vê aquele jovem serafim que eu vinha desejando há dias, ali mamando meu pau, me fez tremer e me contorcia todo, acho que suas mãos pelo meu corpo ajudava a excitação em proporções já mais sentida por mim até aquele momento. Daniel mostrava uma propriedade no que fazia que me fez ficar com duvidas a seu respeito, mas naquele momento não cabia a mim julgar, apenas tinha que sentir e aproveitar cada minuto. Antes que eu jorrasse minha porra em sua boca, ele volta até minha boca, e depois me guia até seu pau, sabendo qual era minha deixa, fui com vontade, mostrando que eu também já tinha uma certa experiência no quesito beber leitinho direto da pica. Ele ainda estava de short, desfiz a laçada e depois desabotoei, liberando sua jamanta, tive um alivio por ela não ser muito grossa, mas era maior que a minha, deveria ter 18 cm, o que para mim já era um tamanho agradável, e que me saciava perfeitamente, não era como o de Adriel, ainda bem, da outra vez fiquei com a boca dolorida de tanto abrir para encaixar sua trufa. Mas vendo a de Daniel, fiquei logo de boca salivando, e sem muita cerimônia cai de boca, deslizava minha língua por ela como que saboreasse algum sorvete delicioso, sugava, e apertava internamente com a língua, eu queria senti o sabor de seu leitinho, mas então ele me fez parar, e disse:
-- Espere, Anjo, quero gozar dentro de ti.
-- Mas eu também, por que pediu para parar?
-- Digo, por traz.
-- Mas eu não dou.
-- Anjo, como você não dá? Espere, você tem medo, então deixe comigo.
-- Acho melhor não, não sei se estou preparado.
-- Calma Anjo, sei como fazer.
Então ele me abraçou, e me deitou de costas na cama, fiquei meio apreensivo, afinal perder a virgindade dar sempre um frio na barriga. Mas então sinto ele me beijar nas costas, suas mãos parecem massagearem, me fazendo relaxar, depois seguiu-se uma sequência de mordidinhas até chegar minha bunda e foi maravilhoso, apenas fiquei apreensivo quando ele abriu as bandas e meteu a língua no meu olhinho, e um arrepio se espalhou, mas com uma sensação orgástica junto, depois ele me avisou que iria preparar a entrada com o dedo, fiquei tenso, e ai ele pediu para relaxar, senti seu dedo entrar, mas foi gostoso, depois, avisou que iria penetrar outro, então ele disse depois dos dois dedos, que estava na hora. Ainda senti ele lubrificar mais uma vez com sua língua meu cuzinho, então senti algo mais grosso que dedos e menos duro força a entrada, apenas escutava ele falar para eu relaxar, mesmo difícil essa tarefa, consegui e depois que ele tinha me invadido por completo, parou e ficou me beijando o pescoço, dando mordidas de leve me deixando totalmente relaxado, esquecendo por um segundo aquela tora dentro de mim, então iniciou levemente os movimentos de vai e vem, e meu corpo aprovando aquela penetração logo me acostumei, e meu pau duro de doer parecia em ponto de explodir, sentindo o pau dele me dando prazer, ele foi delicado e másculo ao mesmo tempo. Sentia cada estocada como um aviso de que logo aquele intervalo de tempo prazeroso e silencioso seria preenchido de duradouros gemidos e muita porra branquinha e quente.
Então ele disse que estava em ponto de gozar. E que eu deveria começar a me masturbar, assim obedeci, e logo estávamos os dois, gemendo alto, e então senti seu pau pulsar e uma sensação estranha vinha de meu reto, ele gemia ao meu ouvido, e com minha mão direita me masturbo freneticamente e jorro na cama meu leitinho preciso. Nossos gemidos se misturam, ele abraçado a mim me aperta a cada sensação, a cada pulsada de seu pau dentro de mim, e eu gemendo quase gritando com os olhos fechados, fico vendo estrelas em plena manhã de quarta feira.
Caímos pros lados, e então ele me olha e vendo que meu pau ainda continua ereto e firme, fala:
-- O que é isso, ainda ta querendo mais...
-- Claro, que sim, ainda falta eu...
-- Mas você já gozou...
-- É, mas dentro de não.
Então pergunto como ele deseja, e para minha surpresa, e confirmando minhas suspeitas, ele responde que prefere frango assado.
Ergo suas pernas e então o penetro, ele nem um sinal de dor ou desconforto, recebendo isso como um sinal de que posso me adiantar, começo logo dando estocadas firmes e fortes, ele apenas geme e se masturba, então logo depois ele começa a pedir mais, com mais força, mas rápido, mete, mete, vai meu homem, vai teacher, mete gostoso, meu macho, meu homem, mete, mete, mete, vai, vai teacher, isso , isso, então ele goza novamente e eu em seguida... Escuto uma freada e um solavanco. Olho em volta, estou no ônibus que acabou de parar, estamos numa cidadezinha, o cobrador avisa que teremos 15 minutos para ir ao banheiro e comprar lanche. Volto a realidade, ainda demoro um minuto para me recompor, estava com um enorme volume, e ao chegar no banheiro noto minha cueca toda melada.
...
Estamos de volta, vou até meu acento, e vejo que tem alguém lá.
-- Licença, mas esta poltrona é minha.
-- Desculpe, vi a mochila na outra e pensei...
-- Tudo bem, você pode sentar na outra, é só eu por a mochila em cima.
Ele era um jovem de uns 27 anos, não parecia um anjo, mas logo confirmaria minha primeira impressão de que ele era um demônio.
continua....