Q. os A.C.-07: Quando Rodrigo caiu de boca ...

Cap. 07 – Quando Rodrigo caiu na tentação... E amigos são mais do que amigos.

ALGUNS MINUTOS ANTES

Ítalo chegou ao colégio quando o sinal soou para o terceiro horário, ele correu para não chegar muito atrasado, pois o professor da disciplina era o de Matemática, ele não queria perder mais uma semana de aula, para trás ficou Susana observando seu filho adotivo, pois era essa a cena que se via por um ângulo que se você não conhece os fatos, notaria apenas uma mãe deixando seu filho que perdeu o horário na escola, mas ela não era mãe, mas sabia que estava tomando para se uma responsabilidade que não estava preparada para assumir, no entanto ela sabia que aquele jovem ainda poderia ser muito útil em sua vida, não só como companhia mas como um verdadeiro amigo, e por que não um filho, ela nunca sonhara em ter alguém de outro sexo morando com ela, mas já foram tantos anos morando sozinha que em apenas dois dias ela já estava se afeiçoando a ele, e sabia que ele poderia ir embora a qualquer momento, mas também sabia que mesmo se ele fosse, ela iria fazer tudo que fosse para ajudá-lo, algo lhe dizia no intimo que ela seria recompensada por tudo.
Enquanto Ítalo corria pelo corredor seu coração batia acelerado, seu sangue esquentava, estava nervoso, pois sua cadeira era ao lado da cadeira de Rodrigo, e ele não sabia como reagir depois de tudo que acontecera, afinal este era o primeiro momento que os dois se encontravam depois da dramática tarde de há oito dias, ele não sabia como Rodrigo poderia reagir. Mas ao adentrar, logo foi surpreendido por vários olhares, o professor olhou para o relógio e o encarou friamente, parecia que a proibição de assistir aula não seria o suficiente para castigar aquele atraso, mas ele estava tão curioso para saber do motivo de tantos dias sem ir ao colégio que preferiu deixá-lo entrar para abordá-lo depois.
Para a turma não bastou apenas olhar para ele, mas logo estavam todos comentando baixo sobre o sumiço e agora ele ali, assim do nada, e todos o seguiram com olhares curiosos. Uma garota chamada Felícia o observava na esperança de um olhar dele, mas ela teve que se conter, pois notou que ele andava com a cabeça em direção ao acento dele, depois ela logo notou ele sorrindo para Rodrigo que estava bem ao lado dele, seriam os dois cúmplices de alguma travessura, ela ficou apenas olhando mirando com olhos de águia. Do outro canto da sala um jovem magro e de aspecto apático, olhava Ítalo sentado no canto em que ele o observava todos os dias e que naqueles dias de ausência ele andava mais apático do que antes, seu nome era Douglas, um rapaz de apenas dezesseis anos, sendo um dos mais novos da turma, pelo fato daquela turma ter um grande numero de alunos repetentes, assim como Ítalo e Rodrigo, mas Douglas diferente de muitos ali, era o mais adiantado, inteligente, sempre fazia os trabalhos com Ítalo, e durante estes dias sem saber de seu colega preferido, ele andava muito triste, no entanto com a chegada do seu amigo especial, ele quase pulava de seu lugar para abraçá-lo, mas sua alegria foi passageira como um relâmpago que anuncia o inevitável trovão de uma grande tempestade. Douglas e Felícia faziam parte do grupo de colegas mais próximos de Ítalo, assim como Rodrigo, mas eles eram mais unidos, mesmo Ítalo não os considerando amigos, mas eles se sentiam como tais.
Ítalo estava nervoso, não via nada, parecia que estava para desmaiar de tanta adrenalina, ao sentar se, e vendo que Rodrigo o observava, ele sorrio, tentou o mais que pode para parecer natural, a sala de aula estava um deserto para ele, seu coração não cabia mais em seu peito. Maxuel – em seu intimo – sabia que aquilo não podia continuar, no entanto por mais que ele tentasse acalmar seu protegido, ele não conseguia se fazer ouvido, e que Ítalo tinha uma personalidade muito forte, para Maxuel sua escolha de ser Anjo da Guarda, não fora uma escolha aleatória, sabia que seu dom de lidar com tipos assim já era afamado entre sua ordem, mas então ele decidiu ficar apenas observando tudo acontecer, sabia que partindo dele nada iria acontecer de arriscado ao sucesso de sua missão, afinal Rodrigo já estava comprometido.
Depois de um minuto, Ítalo deixou um pedaço de papel na mesinha do colega, no qual dizia: “No intervalo quero falar com você.”, enquanto ele lia o recadinho, Ítalo observava com atenção, e o outro apenas ficou com a cabeça baixa, como se temia algo de ruim. Ítalo notou um desconforto no ‘amigo’ mas, então procurou ficar calmo, e se concentrou na aula que estava já bem avançada, mas ele parecia nem ligar pra isso.
Quando o sinal anunciou o intervalo, ele correu sendo acompanhado por Rodrigo que o seguia olhando para os lados como se temesse alguém os seguindo. Chegaram a um local afastado, e então se prontificaram a ficarem um de frente para o outro.
Enquanto isso dois pares de olhos os observavam com uma distancia segura, Douglas ao lado de Felícia apenas observavam comentando o obvio, sobre o fato do colega deles não falar com eles e ainda mais ficar de segredos com Rodrigo que não eram tão amigos assim como eles eram, mas eles sabiam que havia algo de errado em tudo isso, e então decidiram ficar apenas observando, caso acontecesse algo de estranho eles se aproximariam. Assim eles ouviam as vozes apaziguadoras de seus interiores.
Rodrigo olhando Ítalo notou-o mais corado, e parecia feliz, tanta felicidade para alguém que sumira uma semana, o fez ficar curioso ao invés de tentar fugir e evitar aquele confronto em que ele teria que contar a verdade para o cara que ele quase se envolvera não só emocionalmente como fisicamente, e se entregava como um cara que para muitos era desconhecido sua opção sexual que escondia de todos.
— Então Ítalo, o que aconteceu, você sumiu, onde esteve todo esse tempo?
— Rodrigo, nem eu sei, andei por ai, fui expulso de casa...
— Nossa, sério cara, olha eu sinto muito por você...
— Não, você não teve culpa, eu é que não estava pronto para algo assim tão intenso, e você foi o primeiro cara que me deixou daquela forma sem conseguir pensar em nada e acabei esquecendo de trancar a porta, e também acabei confiando que ninguém iria chegar... Também não imaginava que você fosse...
— Olha Ítalo, quero que você saiba que eu nunca fiz aquilo antes, eu apenas não resisti o momento, foi algo assim sem planejar, uma loucura mesmo, prometo que isso não vai acontecer mais.
Para Ítalo aquela revelação não lhe foi recebida com animação, ele logo mudou sua feição de feliz para triste e decepcionado, aquelas palavras era para ele uma forma de Rodrigo fugir de tudo, era pior do que qualquer desculpa, afinal ele esperava no mínimo uma reprovação dele por não ter dado nenhuma noticia durante esses dias, mas pelo contrário Rodrigo veio com esse papo de que não queria fazer o que fez. Rodrigo mentia sobre seus atos serem repentinos, ele apenas queria fugir dali, e queria não se envolver mais com Ítalo, não queria pra si nenhuma responsabilidade, ele queria era terminar tudo aquilo o mais rápido e sem muito alarde, estava com um peso tão grande nas costas, não sabia como esconder sua vergonha, desde que foi pego pelo pai de Ítalo, que ele não sabia como esquecer aquela tarde, e pior de tudo ele não sabia como lhe dar com o Luxael que o procurara dias antes dele se convidar para ir a casa de Ítalo. Luxael andava rondando o colégio uns cinco dias antes de tudo isso começar, queria fazer com que Rodrigo o notasse, e Rodrigo gostando de homens com mais idade, logo notou aquele homem jovem e bonito com cara de imperador o observando todos os dias no mesmo lugar até que criou coragem e foi até ele, já com seus desejos a flor da pele, já estava aficionado nele, e era tanto desejo por aquele homem que sua única ação seria deixar de lado seu medo de se expor e enfrentar as possibilidades, pois depois de dias vendo-o encarando seria sinal então de que ele também estava querendo algo, pois aprendera com Hannibal Lecter, que só gostamos de algo depois de cobiçar, ele tinha cobiçado o suficiente para irem direto para a cama. Luxael deu para Rodrigo um pouco de seu leite, Rodrigo nunca tinha mamado alguém com tanto gosto, aquele homem jovem e sedutor tinha um sabor único, e sabia como ninguém se movimentar enquanto seu órgão entrava na boca dele com delicadeza, Rodrigo logo sentiu o sabor, e depois Luxael se entregou para o jovem lhe penetrar. Rodrigo notou que seu estranho homem não tinha pelos por todo o corpo nem no seu precioso anel, com seu falo vestido e bem lubrificado, introduziu-o com cuidado, não era sua primeira vez que transava com alguém, mas com um homem mais velho, mesmo parecendo terem as mesmas idades, ele tinha uma sensação estranha que não era para ele está ali, parecia algo errado, mas seus desejos, seu intimo dizia com persistência que era a coisa certa e que ele deveria aproveitar cada segundo daquele momento único. O orgasmo de ambos foi duradouro, Rodrigo parecia que era a primeira vez que fizera sexo, que sentira o seu orgasmo. E Luxael apenas ria de tudo, e logo depois ele sumira, e nunca mais aparecera próximo ao colégio, e então depois disso, ficou com uma paranoia em ficar olhando Ítalo no colégio, tendo até um dia o seguido até a casa dele. E então, agora tinha um novo alvo, contudo tentava não pensar nisso, mas seus desejos eram tão fortes que o encorajaram a planejar um encontro em que os dois ficassem a sós.
Olhando para Rodrigo ali parado em sua frente depois de dizer coisas que o desconsertava, fez com que Ítalo perguntasse:
— Então você não quer nada comigo, é isso, tudo não passou de um erro?
— Desculpe Ítalo, você é um cara legal, mas acho que eu fiz uma bobagem, eu não curto garotos, não era pra ter acontecido cara...
— Nossa, Rodrigo, que bom, pois eu também nunca tinha feito aquilo, mas sabe de uma coisa, você me fez um bem, pois agora estou sem casa, meu pai não fala mais comigo, e eu estou jogado no mundo, valeu pela força, olha, acho bom que a gente não venha mais a se falar, ok?– O tom irônico de Ítalo misturado ao nervosismo e a raiva transformaram sua face angelical em algo completamente diferente, ele mais parecia alguém pronto a fazer uma loucura, mas então Maxuel notou que era hora dele agir, então disse:
“Calma, você consegue, calma, tudo vai ficar bem, eu prometo.”
Mas Ítalo recebeu aquela mensagem não da forma como Maxuel esperava, simplesmente Ítalo respondeu:
— Calma, você pede para eu ter calma, nem vem quem seja você, não me peça para ter calma numa hora dessas. – Mas Rodrigo que estava na frente dele se espantou, pois sabia que não era com ele que Ítalo gritava, então vendo que ele falava para o espaço vazio, resolveu sair.
Vendo que Rodrigo tinha saído Ítalo notara o que acabara de fazer, ficou meio desnorteado, mas então Douglas e Felícia chegaram, e ele os recebeu com simpatia, mesmo estando se mordendo de raiva por dentro por está vivendo tudo aquilo por alguém que não o queria, e ainda mais por achar que estava ficando louco.
— Olá, nossa quanto tempo que não os vejo, vocês estavam na sala?
— Oi Ítalo, tudo bem? – Perguntou Felícia meio que na defensiva.
— Tudo, Felícia...
— Oi Ítalo, e ai, resolveu voltar as aulas?
— Nossa meus amigos, nem lhes conto...
— Tudo bem se não quiser contar agora, mas olha, estamos aqui para lhe oferecer ajuda no que precisar em, tem uns trabalhos para entregar ainda nessa semana, se quiser pode ficar com a gente.
— Claro que quero, olha, pra falar a verdade, queria até ficar com você hoje a tarde se vocês não se importassem.
Os dois se entre olharam e notaram um Ítalo mais solto, e até mais dado, foi uma impressão compartilhada, como se eles lessem o pensamento um do outro, então Felícia falou:
— Claro, mas só tem um porem, hoje lá em casa não pode ser...
— Pode ser na minha. – Interveio logo Douglas.
— Ótimo, assim vocês me deixam a par de tudo que ocorreu nessa semana no colégio, estou completamente zerado esses dias, até parece que eu não os vivi. – o que era uma verdade incompreendida por ele, mas Maxuel estava preocupado com o tão repentino acontecimento, pois em tantos séculos de intervenções, ele nunca fora respondido com tamanha objetividade, como se ele soubesse que tinha alguém ao lado dele lhe dizendo o que fazer, já ouve casos de alguém conversar com ele, mas coisas do tipo em que uma figura de amigo imaginário toma forma no subconsciente e interage com seu projetor. Mas nesse caso Ítalo tinha respondido diretamente a sua sugestão, algo acontecera, mas o quê, isso ele não sabia e tinha que ir investigar o mais rápido possível, então resolveu deixá-lo na companhia de seus colegas, pois sabia que ao lado de Douglas e Felícia estavam dois anjos da guardas de boa confiança, Maxuel nem precisou pedir-lhes um cuidado especial, eles já se prontificaram em olhar com cuidado, mesmo sabendo que não podiam intervir diretamente com Ítalo, pois não era de responsabilidades deles, mas podiam usar os seus próprios protegidos para tal façanha.
Eles voltaram para a sala de aula, e dessa vez Ítalo não sentou ao lado de Rodrigo, pediu para trocar de lugar com Felícia que não se mostrou incomodada mas ficou curiosa para saber o que tinha acontecido com eles no intervalo. Nisso Ítalo olha na direção de Rodrigo e observa-o com a esperança dele mostrar alguma emoção, no entanto ele nem piscou apenas olhou para o quadro onde o professor de Matemática estava de volta.

...

DE VOLTA AO MOMENTO EM QUE FLÁVIO É ABORDADO POR LUXAEL

Na academia Flávio sempre se comportou com respeito com seus clientes e só tomava a iniciativa com algum jovem quando ele tinha quase oitenta por cento de certeza de que ele toparia sair com ele, geralmente ele fazia toda uma sedução, o envolvendo e conquistando aos poucos, primeira a confiança e depois o corpo, ele só desistia quando via que não conseguiria mesmo, mas uma coisa o Flávio tinha em seu intimo, e geralmente ele fazia o oposto a um jovem, ou a qualquer investida, ele não gostava de ser confrontado, ele não gostava de ser a caça, ele fugia e nem olhava para traz, Flávio sempre gostou de ser o caçador, de atrair sua presa até seu leito de abate, e ali fazer o sacrifício e se deleitar de prazer por uma conquista realizada.
Mas Flávio ficou pasmo com a atitude daquele estranho, Luxael estava em sua frente com seus olhos negros brilhantes e uma cútis limpa como se nunca tivesse ali uma lamina feita a barba, pois não existia, e como ele estava vestindo uma camisa meio aberta, ele notou que também o seu peitoral era liso como de um adolescente de 14 anos, mas do tipo que não tem pelos, sua cor branca mas com um bronzeado leve, e seus cabelos negros e encaracolados, com uma boca que exalava o puro desejo, foi então que Flávio despertou, e então falou:
— Posso ajudar?
— Sim, meu jovem, procuro alguém com o nome de Flávio, mas não sei o sobrenome dele, mas sei que ele trabalha numa academia de exercícios e ginástica. – Mentiu ao dizer que procurava como se ele não soubesse que o próprio Flávio estava ali na sua frente.
— Pois não precisa mais procurar, pois quem procuras é esse que vos fala.
— E é debochado também... Mas que ótimo, pois estava-o procurando.
— E o que deseja?
— Bem, primeiro aqui não é lugar para se conversar, você poderia me acompanhar para almoçar.
— Assim de cara, já que me levar para cama.
— Não jovem, não era essa minha intenção, mas se você não tiver nenhuma objeção, podemos pular para essa segunda parte.
— Calma, não foi de verdade, olha cara nem o conheço, e você já vem assim com essa cantada cafona. Afinal quem é você mesmo?
Enquanto eles conversavam, se dirigiam para a saída do colégio.
— Desculpe, é que eu represento uma empresa de produtos de suplementos, e queríamos fazer uma merchandagem com sua academia... – Mas Flávio não esperou ele terminar.
— Olha, desculpe mas você está procurando a pessoa errada, eu não sou o dono da academia, é melhor você ir lá pessoalmente falar com my boss.
— Bem, mas foi ele que me indicou você, ele disse que você é que entendia melhor desses produtos e que ninguém melhor do que você para combinar como seria a melhor forma de expor os produtos.
— Verdade, ele disse isso mesmo de mim.
— Claro, ele te elogiou bastante dizendo que era um jovem promissor. – Luxael sabia muito bem como ganhar a confiança de jovens ambiciosos como Flávio, mas ele não contava com a personalidade forte do garoto.
— Ok, você me convenceu, passe mais tarde lá, que conversamos melhor, agora tenho que ir para casa, está passando do meu horário, e não gosto de sair da minha rotina. – ele olhava persistentemente para o relógio.
— Mas você não vai nem me deixar te dar uma carona? – Flávio o olhou de baixo até a cabeça onde encontrou novamente aqueles olhos encantadores e um sorriso malicioso, seu sangue esquentou e sentiu um desejo de agarrar aquele homem, mas ele estava oferecido alem do que ele poderia suportar, preferia encontrá-lo depois e ver se foi apenas impressão sua.
— Desculpe, mas moro aqui perto, obrigado, a gente se ver depois. – então ele saiu caminhando sem olhar para trás, uma coisa que ele sabia muito bem era que se ele olhasse para trás, aquele homem lindo estaria olhando para ele, e talvez para sua bunda grande e firme de tanto malhar, e seria um sinal de que ele tinha conseguido fisgá-lo, não, Flávio não olharia, queria usar esse artifício a seu favor deixando-o desconcertado e provocando seu desejo mais ainda. Mas o que Flávio não sabia é que Luxael se alimentava de desejos, e ele sentia que aquela pequena provocação de Flávio apenas prolongava o momento de sua confirmação.
Luxael ficou olhando-o se afastar, ele já tinha pegado vários garotos como aquele, e homens bem mais formosos e mais atrativos, mas ele adorava mais do que um homem gostoso um garoto metido e provocante como Flávio, e ele iria consegui plantar nele a semente da luxuria antes que as forças da luz conseguissem mudá-lo de um rapaz instável nas relações em um jovem promissor, honesto com seus sentimentos.
- Sim, vamos nos encontrar outras vezes meu pedaço de pecado.
...

NA CASA DE DOUGLAS

A casa de Douglas era de tamanho mediano, assim Douglas tinha seu próprio quarto, e sempre costumava levar seus amigos para lá, a presença de Ítalo ali não era de estranheza por parte dos pais dele, pois sempre que eles se reunião para estudar terminavam escolhendo a casa dele talvez pelo fato de ficar entre as casas de ambos os colegas, como eles diziam era o refugio mais apropriado, também se encontrava no quarto do garoto um notebook com internet, o que facilitava na hora de montar os trabalhos com “Ctrl C, Ctrl V”.
Ao entrarem na casa Douglas logo anunciou que teriam convidado para o almoço, a mãe dele logo perguntou, como se fosse a coisa mais natural:
— A Felícia não veio hoje?
— Não, ela teve que ir primeiro em casa, mas vem mais tarde, vamos pro quarto trocar de roupa e já descemos, mãe.
— Ok, mas não seria melhor tomarem um banho primeiro, e depois por uma roupa limpa.
— Tá... – gritou Douglas já chegando ao quarto.
Eles foram ao quarto o que para Ítalo seria mais uma visita, para Douglas, naquele dia em especial ele sentia uma emoção além do normal ao ter seu amigo ali, depois de uma semana sem o ver, ele não acreditava que seu amigo estava de volta, estava tão nervoso que deixou transparecer e então Ítalo, já sentado na cama enquanto Douglas tirava o fardamento, perguntou:
— O que foi meu amigo, tá sentindo alguma coisa?
— Eu? Não, tá tudo bem. – sua voz não foi sincera e o outro notou que ele tinha mentido, mas como ele estava de costas, parecia envergonhado, mas Ítalo sabia que não era por vergonha pois ele já vira Douglas algumas vezes sem camiseta, já conhecia seu corpo magro e branco. Num relance ele se levantou da cama e foi até ele pondo sua mão no ombro esquerdo, falou:
— Ei, olhe pra mim, quero que me diga o que tá acontecendo.
Douglas se virou e então Ítalo ver de perto, aqueles olhos castanhos claros transbordados em lágrimas.
— Douglas, por que tá chorando?
— Não sei...
— Como não sabe, pode me dizer.
Mas Douglas nunca teria coragem de dizer toda a verdade, a verdade de que ele o amava com todas suas forças, e que sofrera muito nesses dias em que ele sumira da sala e de sua vida, Douglas era um garoto simples, sem ambições. Ítalo olhando-o ali tão perto e tão frágil, mal ele sabia que Douglas era mais que um amigo para ele. Mas Ítalo sentiu que ele precisava acalmar seu amigo.
— Venha Douglas, deixe te dar um abraço.
E foi nesse abraço que Douglas se acabou em lagrimas e se entregou ao pranto, era muita emoção para um coração pequeno como o dele.
...


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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
Q. os A.C.-07: Quando Rodrigo caiu de boca ...

Codigo do conto:
82741

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/05/2016

Quant.de Votos:
5

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