Q. os A.C.- 09: Quando beijos são proibidos...

Quando os Anjos Choram
Cap 09 – Quando beijos são proibidos e mesmo assim nos sentimos tentados.

1823 – EM ALGUMA REGIÃO URBANA DE SÃO PAULO

O anjo da guarda Maxuel se encontrava numa missão parecida com a qual o encontramos no presente, ele deveria proteger um jovem abastado chamado Augustinho, jovem, com um futuro promissor, estudava na melhor escola de São Paulo, ele era mais um que os anjos escolheram para usarem como uma arma contra as investidas dos Caídos, para isso ele deveria se unir há um hospedeiro pelo qual o amor e o respeito superariam o sentimento inconstante da luxuria, o pecado mais antigo existente entre o céu e a terra. O hospedeiro ao qual Maxuel escolhera foi o jovem Filipe, de dezessete anos, prestes a fazer dezoito; era de cor negra; braços fortes; corpo magro, porém com o físico de um nadador adquirido durante os anos de trabalho forçados, carregando pesadas sacas de café, mas depois que completara seu décimo sétimo aniversário, foi convidado por um empresário para morar com ele na capital e trabalhar como seu assistente pessoal, uma espécie de burro de carga, mas logo ao chegar na grande cidade dos sonhos, ele se encantou com os boêmios e procurou ficar mais próximo da vida dos jovens ricos de comerciantes e doutores que podiam proporcionar noites de farras com bebidas e comidas de ótima qualidade, em troca de favores sexuais. Filipe tinha o que muitos jovens e homens casados mais queriam em outro homem, um membro de vinte centímetros, que lhes deixavam loucos de desejo, e ele sabendo do seu potencial se aproveitava, contudo nunca se deitou com um homem para ir até os finalmente, sempre dava um jeito para cair fora, assim ele se guardava para quando encontrar a pessoa certa. Então, já sobre a influencia de Maxuel, ele se deparou com Augustinho na saída do colégio, e ao ver aquele negro de corpo atraente, e olhos castanhos vivos, com mãos fortes e lábios chamativos, Augustinho não pode deixar de se aproximar dele e propor um passeio até um boteco, com a desculpa de que queria uma companhia para beber algo, pois detestava ficar só, Filipe pelo contrário já conhecia aquele papo que sempre o levava para uma cama, mas como o jovem em questão parecia pouco experiente, resolveu brincar um pouco, contudo durante a conversa dos dois Filipe sentia a influencia de Maxuel de maneira que sua desconfiança sobre o jovem desse lugar para um sentimento de desejo e admiração, e então os dois se tornaram amigos, e sempre se encontravam, Filipe cada vez mais desejava Augustinho, e sempre que os dois se aproximavam do ato sexual, Maxuel o fazia desistir, pois ainda faltava poucos dias para ele completar os dezoitos anos, e assim liberando-o, sabendo que os dois ficariam juntos pelo sentimento do amor, e não pelo da luxuria. Contudo um Caído descobriu qual o hospedeiro que os anjos estavam usando, e então, Luxael investiu em Filipe, e ele de ante dos presentes ricos oferecidos por seu admirador, se entregou ao homem que lhe prometera, forçando Maxuel abandonar seu protegido, e ver toda a cena com os olhos cheios de lágrimas. Luxael sugava com força o falo de Filipe enquanto segurava seu escroto e massageava suas nádegas, Filipe por sua vez se contorcia enquanto pegava com suas mãos fortes os cabelos do outro forçando a cabeça contra seu corpo fazendo seu mastro entrar garganta a dentro, Luxael com milênios de experiência, suportava cada centímetro daquele enorme membro rígido e persistentes, mas então as lágrimas de Maxuel se juntaram ao choro desolador quando os dois se prontificaram em um penetrar o outro, desta vez, Luxael preferiu ficar por cima, enquanto beijava o jovem, mordendo seus lábios, enquanto o mesmo ajeitava a enorme glande no seu anel, como a extremidade da glande estava bem lubrificada, bastou apenas forçar um pouco para ela em forma triangular, se encaixar na entrada, iniciando logo a penetração, a qual fazia Luxael se estremecer todo, de prazer, sentindo-se invadido, seus movimentos naquela enorme espada, o saciava nem tanto pelo prazer carnal, mas pela sua vitória, pois ele sabia que Maxuel se encontrava próximo vendo tudo com sua face banhada em lágrimas. Contudo aquela vitória do inimigo apenas atrasou sua missão que logo depois ele conseguiu encontrar outro hospedeiro e assim finalizar, mas aquela perda lhe marcou muito, pois ele tinha muita fé no jovem Filipe que se deixou levar pela luxuria.

...

NO PRESENTE

Uma leve brisa gélida tocava a pele de Ítalo, Maxuel parecia hipnótico com aquele momento de reflexão de seu hospedeiro, estava concentrado refletindo tudo o que acontecera em tão pouco tempo, procurando qualquer sinal do que possa ter provocado essas anomalias, contudo sua concentração é interrompida por uma voz familiar e assustadora, e Ítalo ao se virar, seus olhos encontram os de Luxael, brilhantes e sedutoramente instigantes. Maxuel ficou agitado, queria fazer com que Ítalo saísse o mais rápido possível, porem teve um momento de hesitação, não sabia mais como se dirigir a ele sem parecer ser outra pessoa e não sua própria consciência como deveria ser, então ele ficou apenas esperando o momento certo, pois iria esperar a própria reação dele. Ítalo por sua vez se sentiu intimidado, não gostava de ser abordado por estranhos se dirigindo a ele como se o conhecesse.
- Max? Desculpe mas aqui não tem nenhum Max. – Disse Ítalo olhando diretamente naqueles olhos negros.
- Desculpe-me, é que eu escutei sua amiga lá dentro se dirigir a você por esse apelido, desculpe se o ofendi, mas é que eu não queria perder essa oportunidade de se aproximar e conversar um pouco contigo. - ele sabia que seu rival mais uma vez era Maxuel, pois para eles, todos os Iluminados irradiam uma luz única, como uma impressão digital.
- Ok então, mas não me chame assim, apenas ela é que se dirige a mim. Desculpe, mas o que você poderia ter para conversar comigo, já que não nos conhecemos? - Ítalo sempre direto, uma qualidade adquirida desde o berço pela figura paterna.
- Ok, realmente somos completamente estranhos, mas você não precisa se preocupar, estou aqui a negócios, apenas isso, e ao vê-lo aqui, e vendo seu físico, e com um rosto tão bonito pensei em propor para ti a oportunidade de participar de uma campanha publicitária como modelo, o que acha?
Ítalo, não se espantou tanto ao ouvir da boca do estranho chamá-lo de bonito, pois ao perceber que ele poderia ser um agente de alguma empresa de marketing, era comum ele se dirigir assim a todos os jovens, o que era verdade, se o tal estranho fosse realmente um agente.
- E paga bem? - Ítalo mais uma vez direto ao ponto.
- Se paga? Claro, sem falar na oportunidade de ficar famoso e ser chamado para outras campanhas, vou fazer assim, você fica com o meu cartão, e ai, espere, melhor, você fala com o dono da academia, diz que você quer falar comigo, e você sendo cliente deles, vai ser até melhor pra eles.
- Mas eu não sou cliente da academia, mas pode deixar, eu ligo pra você..
- Tudo bem, deixo com você meu cartão então. Mas então podemos conversar um pouco, tomar um refrigerante enquanto sua amiga termina?
- Acho que não seria mau. – Mas nessa hora Maxuel fica repetindo baixinho: “sai de perto dele, sai de perto dele Ítalo”, aquela sequencia ritmada, parecia mais um mantra, Ítalo sabia que aquela voz mesmo sendo estranha e incomodando sempre, parecia sempre está lhe favorecendo, então olhou em volta parecendo procurar uma forma de sair.
- O que foi, algo te incomoda? – Luxael sabia que Maxuel deveria está tentando tirá-lo dali, o que ele não sabia é que existia uma conexão bem mais direta entre ambos do que os dois ali um de frente para o outro.
- Não é nada, é que pareceu ser a voz de minha amiga. – e para sua sorte Susana aparece na porta procurando ele.
- Ítalo, vamos!
Luxael olhou de lado, e viu em Susana uma luz espectral alaranjada, ela estava sendo protegida por algum iluminado desconhecido por ele. Então preferiu se afastar.
- Então meu jovem espero sua resposta, me liga! – fez um gesto simpático, nada forçado, ele parecia a simpatia em pessoa.
- Ok, ligo sim, até mais.
Então Ítalo se juntou a Susana, e saíram pela porta, deixando Maxuel aliviado, ele sabia que Luxael não desiste fácil, e que tentará de tudo como fizera há uns dois séculos. Vendo os dois saírem pela porta Luxael ficou sorrindo, e imaginando como será divertido tirar de Maxuel mais um de seus hospedeiros.

...

Na saída da academia, Flávio procura Ítalo e vendo ele se distancia na companhia de Susana, grita:
- Então, você pode vim amanha a tarde para ocupar a vaga?
E ele se volta e responde: - Pode apostar que sim. – Susana por sua vez diz:
- Vejo que está se ajeitando, estou gostando disso.
E os dois voltam para casa.

...

Depois do seu expediente, Flávio ver parado na esquina de uma locadora, um belo jovem com aparência de uns 18 anos, loiro, olhos azuis, com aproximadamente um metro e setenta e cinco, magro, vestindo uma jeans clara, meio folgada deixando a mostra um pouca da cueca branca, ele passa perto e ver que o rapaz não te dar bola, essa era a deixa que ele precisava para voltar e o convidar:
- Vamos!
O jovem logo percebe que aquele não fica com rodeios como muitos homens casados que o procura, e que ficam com conversas fiadas e enrolando tempo antes de darem a cantada. E ele sem dizer nada segue Flávio até seu apartamento.

...

Olhando para o teto iluminado com uma fraca luz que penetra pela janela, Ítalo fica se lembrando do que a voz dizia em sua cabeça, era como se tivesse alguém ali tentando lhe proteger, mas quem? Ele então tenta algo, mas com cautela, pois não desejava ser chamado de louco por Susana. Ele falou baixinho:
- Olá, você pode falar agora! – Mas Maxuel não estava à vontade com aquela situação, sabia que eles não podiam se comunicar, pelo menos nunca um anjo se comunicara com um humano daquela forma, assim possuído nunca, mas também era o que ele sabia, a informação que ele tinha é que isso não seria possível, no entanto Ítalo continuou: - Eu sei que você está ai, não sei se dentro da minha cabeça ou fora, perto de mim, se for um fantasma, pode se apresentar que eu prefiro ver você do que ficar escutando vozes em minha cabeça. – Mas nada de Maxuel se apresentar, ele precisava fazer alguma coisa. Então ele decidiu sair e ir procurar seus superiores para relatar este novo ocorrido, entretanto, para sua surpresa ele não conseguiu se elevar como fazia naturalmente. Ele sentiu alguém segurando-o, mas como?

...

Flávio olhou para o jovem tirando a roupa, e viu o corpo dele, magro sem preparo físico, e falou:
- Nossa como você é magro, e que pele branca..
- Desculpe, é que geralmente os homens que me acediam preferem minha aparência de garoto, então eu procuro não ficar forte, me deixaria com cara de dezoito anos.
- Entendo, mas então você já é bem experiente?
- Não sei se vou conseguir lhe agradar, mas posso ser mais experto do que esperto.
- Espere ai, não venha com papo filosófico, vamos logo, me mostre o que você sabe fazer, que não tenho a noite toda.
Então o jovem jogou a roupara fora, e se chegou bem perto de Flávio e baixou o zíper, e sem mais demora foi logo pegando o mastro que ainda parecia adormecido, mesmo assim ele colocou na boca e depois de varias tentativas a serpente despertou preenchendo completamente aquela pequena boca de lábios rosados. Flávio parecia aborrecido, não se deixou ser mamado por muito tempo como ele gostava, logo procurou virar o jovem de costas e pondo uma camisinha e lubrificando o pequeno, mas não virgem anel, em seguida, penetrou sem muita cerimônia, fazendo o acompanhante gemer de dor, mas Flávio estava mais preocupado em gozar logo e ficar só. Ao terminar o jovem parecia confuso, pois nunca tinha sido destratado daquela forma, sempre fora bem acolhido nos braços dos homens maduros, e muitos deles nunca deixavam de dar uma mamada na sua pica, eles adoravam mamar e depois cavalgá-la. Mas encontrara naquela noite alguém diferente, o que ele não sabia é que Flávio não era assim, na verdade o próprio Flávio não estava se reconhecendo. Mandou o garoto ir, pagou o combinado, e ficou só, como desejara.

...

Ao seguir para o trabalho, Susana deixa Ítalo próximo ao colégio, ele sai caminhando e deixa um tchau para ela que retribui sorridente. Ao chegar ao portão observa que Douglas está parado conversando com Felícia, os dois estavam a espera dele, pois queriam confirmar realmente se ele voltara a estudar. Ao notarem a chegada de Ítalo, procuram mudar de assunto, pois não queria mostrar preocupação com ele.
- Bom dia pessoal! – Disse Ítalo todo sorridente.
- Bom dia Ítalo. – Douglas com a voz meio nervosa.
- Olá sumido. – Felícia já procurava se mostrar mais intima dele. – Então vamos estudar hoje novamente?
- Vamos ver, estou com uma proposta de emprego a tarde.
- Que pena. – disse ela sem pensar.
- Legal, eu também estou precisando- Disse Douglas dando apoio ao amigo.
- Espere, eu disse pena, mas por a gente não estudar juntos, você entendeu né?
- Não precisa se desculpar Felícia, entendi. Obrigado pessoal, mas vamos entrar, no intervalo, a gente combina melhor.
Felícia trocou de lugar com Ítalo, pois o mesmo não queria ficar próximo a Rodrigo que nem olhou de lado, e do local onde estava agora podia olhar para Douglas sem que as pessoas notassem. E vendo ele ali, parecia um novo rapaz, estava mais bem cuidado, cabelo bem penteado, e um perfume suave, mas que marcava sua presença. Tudo isso deu para ítalo sentir e ver, então seus olhares se encontra o que causa nos dois timidez, deixando a face de Douglas rosada, e Ítalo sem jeito, fazendo o olhar para frente.

...

NUM PLANO ELEVADO

De cabeça baixa, Sasael observa o colégio de Ítalo, parece pensativo, quando sua concentração é interrompida por uma voz macia e delicada como a de uma garota de dezessete anos.
- Sentinela Uriel se apresentando, as suas ordens Rabbi Sasael meu comandante. – Era um anjo de aspecto tão atlético quanto Maxuel, aparentando uns vinte anos, cabelos loiros e cheios, olhos claros como mel puro, pele branca e macia, lábios vermelhos como sangue, era tão antigo quanto os outros de sua ordem, estava a serviço de Sasael desde a ultima batalha entre o Céu e a Terra, num período em que os humanos chamaram de Primeira e Segunda Guerra Mundial, mas que para o plano astral foi apenas uma, terminando em um empate, depois que muitos humanos morreram por caprichos dos Caídos, e para evitar um apocalipse antes dos fins dos tempos, os Iluminados resolveram dar uma trégua. Sasael continuo como estava e falou em um tom preocupado:
- Uriel algo está diferente, quero que vá até o jovem hospedeiro do qual Maxuel possuiu e tente fazer contato com ele o mais rápido possível, senti o chamado dele, entretanto ele não responde, pressinto que teremos novidades nessa missão dele, algo me parece que não será fácil como as anteriores.
- Mas o que devo fazer Rabbi?
- De forma alguma deixe o hospedeiro notar que você esteja falando com alguém alem dele, procure saber se precisa de alguma ajuda superior, e que deve entrar em contato urgentemente comigo. Vá!
- Entendido Rabbi Sasael. – Uriel saiu sem entendem sua missão, pois nunca tinha sido enviado para tal propósito, se comunicar com um sentinela através de seu hospedeiro, como iria fazer isso ele ainda não sabia, mas tinha que ser feito.

...

Ao termino da aula, Ítalo se dirigiu para o portão de saída e ficou esperando Susana, nisso Douglas se aproxima sem que ele perceba:
- Então não vai mesmo estudar lá em casa mesmo?
Douglas parecia triste, mas Ítalo sentia que algo lhe perturbava, não sabia se era o fato de estar perto de Douglas e assim acabar perdendo o controle, e não queria fazer nada que não fosse por sua vontade e de maneira certa, mas também poderia ser outra coisa completamente fora de seu entendimento, pois desde a noite passada que a voz que lhe acompanhava não tinha mais se manifestado, mesmo assim ele parecia sentir que esse ser continuava próximo. Maxuel estava tão próximo como antes, ele apenas não sabia mais o que deveria fazer, apenas tinha o conhecimento que não deveria se revelar para um humano, pois era proibido, algo tão antigo como a crucificação de Cristo, que os anjos deixaram de se apresentar aos humanos, os humanos em tempos tecnológicos e de culturas diversas, não saberiam mais lhe dar com o divino, Maxuel apenas ficara calado, mas estava inquieto, e o fato de não conseguir mais deixa aquele corpo lhe perturbava o suficiente para querer abordar sua missão, só não sabia como fazer, uma vez que não conseguia contatar seus superiores. Ítalo o olhou e respondeu:
- Pareces triste...
- Não, por que estaria triste?
- E eu sei... Mas olha só, como falei na hora do intervalo, tenho que ir mais cedo para o meu primeiro dia de trabalho, depois voltamos a estudar juntos. – Ele se aproximou de Douglas e pós sua mão direita no ombro esquerdo do colega. Mas nessa hora uma vontade incontrolável de beijá-lo surgiu, e ele sem saber o que sentia apenas seguiu seu instinto, e sem observar que estava na saída do colégio, aproximou-se de Douglas, o outro por outro lado sentiu que o amigo iria lhe dar um abraço, mas se sentiu envergonhado, pois sabia que poderia ter alguém os observando.
- Ítalo, melhor não, ainda não estou acostumado a receber abraços seus com frequência.
Foi então que Maxuel deixou suas preocupações de lado e falou alto com Ítalo:
“- Você não pode beijá-lo! Pelo menos não agora.”
Ítalo se viu quase abraçado ao amigo, e notou que seu movimento não era para um simples abraço, e ficou ruborizado, pediu desculpas e deu tchau. Douglas não entendeu a reação do amigo, e ficou imaginando que foi por causa dele, e que talvez tivesse deixado se abraçarem.
Enquanto isso, Ítalo andava falando só, pelo menos para as pessoas que por ele passavam, mas ele falava diretamente a Maxuel: - Eu não sei quem é você, mas se não fosse você eu teria protagonizado uma cena épica na saída do colégio, obrigado, seja você quem for.

...

Logo após o almoço com Susana, Ítalo vai para academia onde iria conversar com seu novo chefe e tomar as primeiras instruções com Flávio sobre seu trabalho, a tarde iniciou tranquila, e sua contratação foi sem transtornos e logo ele estava ao lado de seu, agora, colega de trabalho. Flávio o observava e calculava cada centímetro de seu corpo, e a cada olhada meticulosa notava como Ítalo tinha um grande potencial para ser seu novo brinquedinho, porém algo não estava de acordo com seus planos, uma faísca de sentimento lhe penetrou pelo peito fazendo-o ficar paralisado, e ele ficou tanto tempo ao lado de seu objeto de desejo que nem notara o tempo passar, são eram quase seis e meia quando Flávio percebeu que estava na hora deles irem lanchar antes do outro turno de frequentadores começar, mas antes ele teria que ir no deposito trocar alguns colchonetes e anilhas, mas preferiu mandar Ítalo. O deposito ficava próximo aos banheiros, era a primeira vez que Ítalo iria lá então pediu para Flávio ir junto e claro para poder ajudar a transportar as anilhas, Flávio não se mostrou relutante, e foram. A lâmpada do local parecia que estava queimada, o que fez Flávio soltar um “Há merda, essa porra continua no escuro”. O que fez Ítalo ficar calado e apenas observar. Mas os dois ali, com pouca claridade, apenas com a que vinha do salão, fez com que Flávio investisse no colega.
- Ítalo, tem planos para hoje à noite depois do trabalho?
- Não, vou pra casa e dormir mais cedo.
- Então topas sair comigo?
- Desculpe, mas você ta me chamando pra sair?
- Calma, apenas como colegas é claro.
- Olha, melhor não, estou cansado, e amanha tenho aula cedinho, depois podemos ver. Ok?
A resposta de Ítalo deixou Flávio frustrado, e ao mesmo tempo excitado, era justamente o que esperava, uma reação contrária para ele poder ter mais interesse, só que sua ansiedade deu lugar ao um impulso e fazendo com ele pegasse Ítalo pelos antebraços e o levasse ate a parede deixando-o imobilizado, e Ítalo claro surpreso pela aquela investida sem anunciação, ficou sem reação. Apenas falou:
- O que você tá fazendo? – E Maxuel previa em seus cálculos baseado em experiências milenares de que aquela ação de Flávia se devia a influencia de algo mais forte que o desejo da luxuria, mas era o sentimento que ele tanto queria, o sentimento afetivo que deveria existir, e isso levaria a um beijo, mesmo que forçado, e Ítalo não iria resistir, ele teria que fazer alguma coisa.
“- Ítalo resista, você não pode beijar ainda, resista Ítalo, para o nosso bem, sai daí, rápido antes que aconteça uma tragédia, saia daí Ítalo, saia daí!”
Ítalo escutava Maxuel gritar em sua cabeça, e ao mesmo tempo sentia os lábios de Flávio se aproximando, o ambiente era apropriado, estava apenas eles dois ali, isso era o que ele pensava, pois enquanto Flávio apertava cada vez mais Ítalo à parede e procurava selar seus lábios nos dele, se aproximava silenciosamente uma figura por trás que observava tudo silenciosamente. Enquanto Ítalo se preparava para receber o beijo daquele homem jovem e sedutor, mesmo sabendo que tinha alguém dentro de si gritando para ele correr, Maxuel se preparava para o pior.
.... continua.
                                


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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
Q. os A.C.- 09: Quando beijos são proibidos...

Codigo do conto:
82797

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/05/2016

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
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