Douglas entra pela porta de seu quarto, seu rosto está banhado em lágrimas, o quarto pare mais frio do que o normal, sua respiração se faz ouvi quebrando o silencio mórbido, ele joga sua mochila na cama, e para de frente para a janela que se encontra fechada, a cortina não deixa entrar a luz forte daquele dia quente, seu coração bate acelerado, é o choro que se aproxima do pranto, mas ele logo é contido por uma voz conhecida, Douglas paralisa, não sabe como reagir diferente ao seu impulso de se virar e abrir um enorme sorriso de ante de Ítalo parado a sua frente, não diz nada apenas o observa se aproximar mais e tenta digerir a pergunta feita a apenas um segundo: “Por que choras assim meu anjo?”
- Não sei, a dor invade meu peito e não sei por que, vai ver é por você está distante de mim.
- Estou aqui agora não estou?
- Não estar, você nunca ficará perto de mim como eu desejo.
Ítalo nada fala, apenas se aproxima de seu colega, e o abraça, e ao ouvido sussurra:
- Assim é o suficiente, meu amor?
Douglas sorrir e soluça, e entre as lágrimas caindo diz:
- Sim, você me ama, eu sei, me beije!
Se afastando o suficiente para encontrar o olhar do outro, Ítalo ver seu colega com a felicidade estampada em cada parte arrepiada de seu corpo. Sem dizer mais nenhuma palavra ele o beija envolvendo seus braços grandes e fortes naquele corpo aparentemente frágil e delicado, a pele branca de Douglas ganha uma tonalidade rosada com o aumento da temperatura corpórea, os dois se entregam aos desejos, Ítalo está sem roupa abraçado ao outro deitados na cama, ele por cima de Douglas o beija ferozmente a boca do outro, e Douglas não sabe onde por as mãos com tanta paixão e euforia, os dois abraçados ocupam apenas um único espaço da cama, Douglas já sem roupa, sente o falo de Ítalo crescer e o seu também já ereto e firme se tocam, assim como seus donos. Ítalo se mostrando completamente confiante como se aquele momento fosse o ultimo de suas vidas. Ele agora está entre as pernas do amigo, e elas o laçando enquanto seu pênis procura o lugar certo de se acomodar, Douglas apenas geme ao sentir ser penetrado, mas os beijos são tão fortes que ele não se incomoda com a dor em forma de prazer, ele geme, e Ítalo força mais um pouco, a penetração é completa, e os movimentos ganham velocidade, Douglas apenas relaxa enquanto o seu amado o possui por completo, suas lágrimas agora são a mais pura forma de expressividade do orgasmo que se aproxima, seu órgão roçando no abdômen de Ítalo, explode jorrando-se por cima dele, e ao mesmo tempo ele sente e ver Ítalo gemendo de prazer ao preencher todo o seu interior, as estocadas são fortes, e mais fortes, cada momento ali parece mágico, e então algo inimaginável acontece, das costas de Ítalo Douglas ver surgirem duas belas asas brancas, mas ao invés deles se separarem, Ítalo apenas fala:
- Então meu amor está pronto?
- Estou meu anjo!
Abraçando fortemente Douglas, Ítalo se impulsiona para o céu, e os dois saem abraçados voando por uma noite quente, preenchido por estrelas. Douglas não parece assustado com aquela cena inusitada e inesperada, apenas abraça seu anjo, e o beija enquanto sobrevoam um oceano cristalino, carregado de lágrimas. Então, algo terrível acontece, Ítalo some deixando Douglas suspenso no nada, direto para uma queda livre que parece não ter fim. De seu grito se compreende apenas uma palavra:
- Ítalo!!!!!!
...
Ítalo acorda em mais uma manhã fria de inverno, sabe que ao chegar no colégio não vai ser nada fácil ter que passar por todos olhando para ele, e ele sem saber o que dizer ou fazer. Mas tinha que ir, ele já passara por situação pior, e agora tinha que enfrentar seus medos, era a hora da verdade, sabia que muitos nem iriam falar nada, tinha apenas que sobreviver o primeiro dia. Enquanto caminhava em direção ao portão do colégio, se preocupa apenas como iria falar com Douglas sobre o boato que se espalhara tão rápido.
...
No lado de dentro do colégio estava Douglas esperando Ítalo, ele estava muito angustiado, não apenas pelo sonho que tivera a noite passada, do qual ele acordara com o short do pijama numa situação que a mãe dele não poderia ver. Mas também tinha o fato dele querer tirar suas dúvidas sobre o que a Felícia contara antes, queria alem de tudo se declarar para ele, e revelar logo seus sentimentos, mesmo que para isso tenha que arriscar sua amizade, pois depois daquela noite, daquele sonho mágico, ele não podia mais se segurar, seria naquele dia, e daquele não passaria.
...
No consultório veterinário Susana estava terminando de atender um de seus clientes, pastor alemão, que na companhia de sua médica parecia um filhotinho manhoso, mas ele fica logo de orelha arqueada ao notar a chegada de Catarina/Luriel, sua presença é notada por outros animais que ficam todos agitados, deixando Susana espantada, antes de ver sua amiga ao lado do balcão conversando com a atendente.
Susana chega logo depois e se dirige até Catarina:
- Que surpresa, tudo bem Catarina?
- Olá, tudo ótimo, e com você?
- Tudo ótimo, mas o que você faz por estas bandas, a essa hora, alguma novidade?
- Nada não, apenas queria te ver um pouco, claro se não se importas.
Aquela declaração, ali, deixou Susana um pouco vermelha.
- Seu paciente parece não gostar de mim.
- Não liga, ele está apenas estressado, é normal...
- Acho que ele gosta de você, parece na verdade proteger você.
- Agora você vai me dizer que entende de animais?
- Não, na verdade eu os entendo...
- Sei, eu também...
- Bem, mas não vim só olhar-te...
- E nem falar sobre cachorros!
- Não (risos), vem também me alto convidar para tomarmos um refrigerante a noite, eu você e seu amigo, como é o nome mesmo?
- Ítalo. Ótimo, vou adorar mesmo, e acho que ele vai gostar, ele precisa fazer novas amizades. Combinado então, depois que sairmos da academia, tá bom pra você?
- Por mim tá ótimo então.
...
De longe Douglas observa Ítalo se dirigindo aos banheiros, ele o deixa sumir depois do corredor, e sai em direção no mesmo rumo. Ao entrar no banheiro, observa se não tem ninguém por lá, o horário da manhã antes do toque quase não tem ninguém querendo ir aos vasos, eles preferem iniciar a aula pra poderem usar como desculpa para poderem dar uma escapulida da aula, assim, Douglas encontra apenas Ítalo de costas, segurando urinando, sem perceber o outro chegar, se assusta quando o mesmo fala:
- Oi, queria falar com você, pode ser?
Ítalo notou o tom diferente, parecia ríspido, mas ao mesmo tempo nervoso, ele também ficou sem reação, afinal tinha muita informação para ser esclarecidas. Então para não parecer bem informado, perguntou:
- E do que se trata Douglas? Deve ser algo sério para vim me procurar no banheiro.
- Sim, é serio mesmo, eu tenho algo para lhe dizer...
- Olha Douglas, se for sobre o fato de eu ser gay, tudo bem, eu supero isso, agora acho que não supero uma traição sua, afinal o que você ganha espalhando por ai que inverdades, que eu tinha lhe beijado, logo você, se fosse o Rodrigo, até que eu ficaria calado, mas você, realmente eu não esperava. – Ítalo parecia bem aborrecido pelo seu tom, já guardando seu órgão flácido, e se virando para encarar Douglas, ele continua:
- Não, cara, eu acho que você se superou.
Douglas apenas ficou pasmo, não sabia mais o que dizer, afinal do que ele estava falando, apenas sentiu uma pontada de raiva:
- Ei, eu não falei nada, de onde você tirou essa ideia, e por que eu falaria isso, sobre você ser gay, eu apenas desconfiava, mas nunca diria nada pra ninguém, eu apenas queria lhe dizer...
- Como você tolo, claro que não foi você que espalhou por ai que sou gay, mas o fato das pessoas acharem que eu te beijei, apenas confirmaria os boatos, e nós sabemos que eu não te beijei. Você foi precipitado, e logo eu que estava pensando que você seria um ótimo amigo e até quem sabe... – Nesse instante, ele para ao notar que alguém se aproximava. – É melhor a gente para por aqui, e cada um ir pro seu canto.
Douglas notando que ele estava bem alterado resolveu ficar calado, e entrou num dos boxes, e fechou a portinhola.
Ítalo saiu do banheiro sério, e ao chegar na porta encontrou Rodrigo parado. Não pode deixar de olhar fixamente para ele, o que deixou Rodrigo perceber farpas saírem dos olhos de Ítalo.
- Foi você seu covarde?
- Eu? Do que você tá falando Ítalo?
- E ainda pergunta, foi você que espalhou por ai que eu sou gay!
- Você tá doido, de onde você tirou isso, ninguém sabe.
- Como não, me contaram que ta rolando pelo colégio que sou gay.
- Olha Ítalo, eu não sei de nada, mas cuidado com o que você fala pros seus amiguinhos, não vá por meu nome na rua, já ti falei que foi apenas um erro.
- Então se não foi você, quem mais saberia de nós.
- Olha, realmente não estou gostando dessa conversa, e é melhor eu nem chegar mais perto de você.
Rodrigo saiu, deixando Ítalo confuso.
Enquanto isso no boxe, Douglas chorava, lembrando do sonho maravilho que tivera na noite anterior, da forma como eles se abraçavam e se beijavam, e agora ele nem pode se declarar. E o pior nem teve chance de dizer que não teve nada a ver com esses boatos. Mas como ele poderia resolver isso, sentiu apenas tristeza.
...
Numa turma com mais de quarenta alunos, Flávio parecia o único naquele salão de aula que se encontrava totalmente ausente, seu corpo parado com o olhar fixo em algum ponto branco na parede branca em frente, ali ele desenhava seus planos para o fim de tarde quando estaria novamente com Ítalo a sós no deposito, ou ele arrumaria uma desculpa para mandá-lo ir lá, assim poderia por seu plano em ação, iria dessa vez atacá-lo sem deixar escapar, sua ultima tentativa mostrou que mesmo relutante, o jovem queria tanto quanto ele, mas o fato dele resiste apenas aumentou sua sede de desejo. O hálito do outro lhe provocara sensações novas, o toque de suas mãos tentando se livrar transmitiram uma energia muito forte, e Flávio apenas confirmava suas suspeitas de que aquele garoto seria uma conquista difícil e muito prazerosa, e que valia cada minuto, mas então seus delírios terminaram numa sequencia que ele não costumava criar e nem imaginar, os dois se beijando abraçados, com muita paixão.
...
Antes de voltar a sala de aula, Douglas pensava numa forma de falar com Ítalo e contar-lhe que ele estava enganado, que jamais faria algo desse tipo, contudo, caminhando e refletindo sobre o que falaram, ele sentiu que Felícia podia está por trás de tudo, afinal ela gostava dele, e ao saber que Ítalo poderia ser gay, e vendo os dois mais próximos, poderia ter ficado com ciúmes, essa era uma possibilidade que ele não destacaria, e outra coisa que ele não tinha pensado, como ela saberia de tudo isso, pois pela raiva de Ítalo, confirmava tudo o que ela dissera, assim, era verdade, no entanto, algo não batia, ele não vira ninguém olhando diferente para ele no colégio, o que era completamente fora do normal, afinal ele também tinha outros colegas que sempre conversavam, “não pode ser verdade, algo esta fora dos eixos” pensava ele. Mas foi ao entrar na sala que olhando para Ítalo de cabeça baixa, e vendo Felícia olhando para Ítalo e sorrindo, foi que ele confirmou suas suspeitas, ela teria visto o quase beijo que Ítalo iria dar no outro dia, só restava saber como ela soube da outra história dele, “e com quem ele teria sido pego?” Mais uma vez seu raciocínio trabalhava, enquanto sentava em seu lugar e olhava para Ítalo por baixo do braço enquanto pegava seu livro de História. Então um raio atravessa seu corpo e ele sente um arrepio ao lembra de dias antes quando viu a distancia Ítalo conversando com Rodrigo, e a pouco o mesmo teria citado o nome dele novamente.
-Descobri! – falou ele para si, num nível que os alunos da frente escutaram e olharam automaticamente para ele, tanto que o professor perguntou:
- Descobriu o que mesmo rapazinho?
- Nada não Professor Junior.
A turma toda riu, não era a primeira vez que ele soltava uma palavra perdida em meio aos pensamentos.
Enquanto todos riam, Felícia o mirou depois para Ítalo, nem notou que ao seu lado estava Rodrigo da mesma forma curioso, sabia que tinha alguma coisa envolvendo seu nome, e ele queria tirar esta história a limpo, pois para ele Ítalo não tinha o direito de espalhar por ai que eles tinham quase transado.
Mas Ítalo estava envolvido com a história de Felícia que nem deu muita atenção no disparate de Douglas, afinal ele já estava acostumado com as loucuras do colega. Assim nem notou quando o mesmo começou a escrever acelerado, sem olhar para o quadro.
...
Naquela manhã, num prédio abandonado Phael chegou a passos largos, se dirigia ao seu comandante, que se encontrava aos beijos com dois jovens negros e seminus.
- Seu servo se apresentando Rabbi Kasabel, a suas ordens.
- Esperem um pouco rapazes, volto em instantes, não esfriem a cama. – Ao sair da cama, se dirigiu ao jovens asiático, falou: - Vamos conversar melhor aqui pequeno servo.
- Pois não. – Phael era um dos caídos mais obedientes ao seu superior, desde que Luxael decidiu seguir de maneira autônoma, que Kasabel tomou a atitude de tirar dele todos os hospedeiros que ele conseguisse encontrar e tomasse como sua prioridade, na verdade Kasabel queria mesmo era ver Luxael envelhecer num hospedeiro até morrer como todo mortal, mas nos últimos séculos ele se mostrara muito esperto.
- Phael, me conta, este hospedeiro que ele tanto quer, tem todos os requisitos, digo, ele ainda é virgem?
- Rabbi, o seu guardião se apresenta em espectro violeta, o que indica que é seu antigo rival, Maxuel, neste caso, sabemos que ele não pode ficar em um corpo maculado, assim suspeitamos que alem de virgem o jovem ainda não completou a maioridade, tudo indica que os Guardiões transferiram ele temporalmente para o futuro, o que explica o sumiço dele durante os sete dias.
- Entendo, acho que até eu fiquei interessado em possuí-lo. Phael, não saia da cola de Luxael, e lembre-se que ele já fez parte de nossa ordem, e é um ótimo trapaceiro.
- Sim Rabbi, já estou indo, e a Luriel já deu o passo para ficar frente a frente com o hospedeiro.
- Fabuloso, agora vá, e mantenha-me informado. Agora deixe-me. – e mesmo sem esperar Phael sair, já se dirigiu ao encontro dos rapazes.
...
Na hora da saída do colégio, Douglas esperou o momento propício para entregar a carta, que escrevera durante a aula, a Ítalo. Ele estava próximo ao portão quando viu ele se aproximando, pareceu que o mesmo não iria parar para cumprimentar o amigo.
- Ítalo, só um momento, sei que você está com raiva, mas por favor, leve isso, e depois você decide fazer o que achar melhor. – Entregou o papel dobrado em quatro partes, e nem esperou ver se o outro abria ou guardava, saiu as pressas pois avistara Felícia surgir entre a multidão que saia em como uma manada em disparada. E chegado próximo a Ítalo que vendo a outra cada vez mais perto, enfiou o papel em seu bolso da jaqueta.
- Oi Ítalo, aquele não era o Douglas?
- Era, sim, ele disse que estava atraso para alguma coisa que não entendi. – Uma coisa era certo, Ítalo sempre foi bom em desculpas.
- Estranho, ele não me falou nada no intervalo, também, ele quase não falou nada... Agora lembrando, ele nem falou se nós iríamos nos encontrar hoje...
- Não Felícia, nem eu poderia também, tenho um encontro marcado...
- Nossa, e posso saber com quem é?
- Ainda não, depois eu te digo.
- Ok, tudo bem. Mas então Ítalo, como foi hoje no colégio, o pessoal não te deixou intimidado.
- Sabe Felícia, eu esperava outra reação deles, mas sabe, acho que você e o Douglas são os únicos a saberem dessa mentira, pois quem contou pra vocês, não sabem de nada...
- Tá, eu não posso afirmar nada, apenas falaram que o seu pai pegou você aos beijos com outro...
- Viu, é disso que estou falando, é muito intimo para alguém saber, só meus é que sabem... – Então percebeu a borrada que cometera. Logo para a Felícia.
- Então você confirma... Nossa Ítalo, nós somos seus amigos, pode confiar em mim..
- Desculpe Felícia, mas não quero falar sobre esse assunto.
- Tudo bem, vou deixar você tranquilo, quando se sentir a vontade pra falar, estarei esperando. Mas eu poderia saber com quem foi?
- Melhor não, ele pediu segredo.
- Sei, entendo meu amigo, então vou indo, mas se precisar de alguém para desabafar, já sabe onde procurar.
Vendo ela se afastar, Ítalo tremeu na base, estava muito preocupado, pois se aquela noticia realmente se espalhar, não demoraria a saberem que Rodrigo estava envolvido, mas pelo que pareciam, as suspeitas de Felícia eram infundadas, pois ninguém do colégio, nem da turma dele parecia saber de nada. Até mesmo o próprio Rodrigo confirmara. “A não que teria sido a própria Felícia que tinha descoberto, mas como?”, seus pensamentos estavam a mil. Avistou Luxael chegando num carro sedan prata, depois o notou chamando para próximo.
- Olá Ítalo, vim saber de sua resposta.
- Oi, nossa, me desculpe, mas eu esqueci completamente, nem sei se vai dar certo...
- Como ao, você poderia ir almoçar comigo agora, e ai conversaríamos melhor, o que acha?
- Não sei, esse negocio de modelo dar dinheiro mesmo?
- Rapaz, se dar dinheiro? Pode ter certeza, e mais com um rosto bonito como o seu, vamos entre ai.
Então, olhando para um lado e para o outro, ele entrou no carro que logo saiu rodando. No lado de fora do colégio, esperando o ônibus, estava Rodrigo, que observou tudo, principalmente o motorista, que parecia familiar.
...
Mesmo sendo apenas o terceiro dia em que Susana se comportava como a nova mãe de Ítalo, ela já se habituara ao compromisso de ligar parra ele sempre no horário do termino das aulas, ela vinha confirmando com ele a necessidade de ir buscá-lo, e, ou só depois na casa de um colega. Ela estava preocupada, contudo mesmo sabendo que o mesmo não obteve mais ligações da mãe, ela sabia que ele vinha passando por novidades que o perturbava; ela sentia a tristeza no olhar, e no silencio dele. Mas não foi preciso nem pegar no celular, ele alertou antes, era o numero de Ítalo.
- Oi!
“- Susana não precisa me pegar hoje, sai pra almoçar com um amigo, e depois eu vou direto pra academia, a gente se var lá à noite.”
- Ok, tenha cuidado... Sim, hoje à noite temos um convite para jantar, então faça apenas um lanche leve, tem uma pessoa que eu quero compartilhar contigo.
“- Ok, tenho que desligar, até mais tarde.”
Ela não notou nenhuma anormalidade na ligação, e assim continuou sua rotina, depois do almoço, iria pra casa descansar um pouco antes de retornar a clínica.
...
Na casa de Douglas todos se encontravam a mesa, ele de cabeça baixa, sua mãe apenas o observava, o pai comia normalmente, nem olhava para o filho. Mas então todos são surpreendidos pelo alerta do celular dele, e tanto o pai como a mãe o olham esperando alguma reação dele. Douglas sabe que usar telefone à mesa é proibido e nada de deixar todos esperando. Mas então seu coração palpita mais alto do que sua voz interna dizendo para manter a calma, sai da cadeira, mas pede licença antes de sair correndo em direção a sala de estar onde poderia atender a ligação, sua ansiedade lhe antecipa as falas de Ítalo dizendo que tinha lido a carta e que se comovera por tudo e que acreditava nele, e que iriam ser grande amigos, infelizmente para Douglas, ao pegar o celular ficou desapontado, Felícia Amiga, se apresentava em legras minúsculas na tela do celular.
- Oi, Felícia.
“- Doug, me perdoa ligar essa hora, sei que seus pais não gostam...”
- Verdade, mas já que ligou, diga, o que foi?
“- Serei rápida. Bem, é que como compartilhei com você sobre Ítalo, eu queria saber se você teve alguma novidade com ele, digo, se você soube de mais coisas...”
- Não, nada, e você? – Douglas sabia que não poderia mais confiar nela até compreender tudo isso e o interesse dela nessa história toda.
“- Nada também.... Mas é que você falou na sala de aula que tipo, tinha descoberto alguma coisa...”
- Aquilo? Bobagem, na verdade o Ítalo parece aborrecido comigo, nem nos falamos direito, você sabe de alguma coisa?
“- Nossa! Que estranho, será que ele soube que estão falando que ele beijou você.”
- Só pode ter sido, alguém deve ter falado pra ele, mas o que mais me chateia é que eu não sou gay, e ele não parece ser, nunca ouvi falar nada dele até agora. O que você acha, será que este boato é verdadeiro, o fato dele ter sido pegado com outro?
“- Olha, realmente concordo com você, vocês não parecem ser gays, apesar de você parecer mais com um nerd... Não acho, mas olha, vamos deixar essa história pra lá, eu apenas esperava novidades por sua parte, tchau, e a gente se ver amanhã, certo?”
- Ok, até manhã. – nem esperou direito ela encerrar a ligação, e já jogou o celular no sofá, e voltou pra mesa, onde não encontrou mais os pais.
...
Sentados numa pequena mesa de restaurante, estavam Ítalo e Luxael, o pedido já fora feito, Luxael tenta convencê-lo a aceitar ao oferta para trabalhar na campanha da academia propondo inúmeras vantagens, mas o que Luxael não sabia era que Maxuel já vinha induzindo a não aceitar nada que fosse ofertado pelo Luxael, este ultimo vendo que o jovem era decidido em suas resposta tentou seguir com outras estratégia. Enquanto isso Ítalo escutava os conselhos de Maxuel que já estava perdendo a noção entre tentar ser apenas uma voz da consciência do outro e de ser um anjo que tenta como pode evitar o pior para si e para o seu hospedeiro. Contudo Ítalo compreendera que ali, não poderia demonstrar reações que denunciassem que ele estava em contado com outro ser, primeiro poderia parecer um completo maluco, e depois ele tinha quase certeza de que Luxael não era nenhum santo.
Num intervalo pequeno de tempo, Luxael mudou de assunto e falaram na rotina e nas coisas comuns do dia a dia, procurando ganhar a confiança do mesmo, usando exemplos de jovens que ficaram ricos apenas pousando para fotos, assim ele ia ganhando a simpatia, e quando Ítalo notou, eles já estavam caminhando para a academia, lá eles iriam conversar com o chefe e por Ítalo como o modelo exclusivo, com o argumento de que seria mais interessante por alguém, da própria academia, e por ser bem jovem e de uma beleza natural em transformação pela pratica esportiva na instituição. Luxael estava feliz por sua conquista, então antes de sair com seu sorriso vitorioso, falou para Ítalo:
- Olha só, estarei me reunindo com meu patrão logo, e queria saber se você topa sair para jantar comigo depois do seu trabalho?
Ítalo notou certa malicia no seu tom, mas se sentiu ao mesmo tempo seduzido, mas então se lembrou do encontro com sua amiga logo mais tarde.
- Olha só hoje não poderei, mas quem sabe outro dia.
- Tudo bem, podemos amanha ou depois, quero lhe deixar por dentro desse mundo da fama, tenho muitas historia para ti contar.
No outro lado do salão entrou para trabalhar Flávio que avistou Ítalo todo sorridente com Luxael, e este ficou todo curioso para saber do que se tratava toda aquela intimidade entre os dois, se aproximou, mas antes de sua chegada, Luxael saiu e se foi.
- Oi, Ítalo, como vai?
- Olá Flávio, estou bem e você?
- Estou ótimo, obrigado. Vem cá, aquele não era o agente publicitário?
- Sim, era ele mesmo.
- E o que ele queria?
- Sim, novidade, adivinha quem vai aparecer no anuncio da academia?
- Quem, você?
- É, não é legal, ele achou que eu seria ideal, e o patrão concordou.
- Legal, parabéns! – Flávio não pareceu chateado com a novidade, na verdade ele ficou frustrado em ver seu garoto sendo cortejado por um cara bem mais velho, e que pelo que pareceu que tinha ganhado. – Vem cá Ítalo, você aceitou sair com ele?
- Nossa Flávio, que pergunta estranha, como você soube que ele me convidou, não te falei nada.
- Algo que aprendi meu amigo, este tipo de pessoal sempre ficam atraído por garotos como você, e que depois de usá-los, jogam fora. Apenas tenha cuidado com ele.
- Nossa, que estranho, você disse a mesma coisa que a voz vem me dizendo a dias sobre ele.
- A voz? Que voz?
- Ih! Nada não, apenas minha consciência, eu já desconfiei dele, não se preocupe.
- Olha Ítalo, quero que você fique a vontade na academia, eu não vou te perturbar mais, prometo.
- Por que você fala isso?
- Porque quero ser seu amigo, e se rolar algo entre a gente que seja por sentimentos, e não apenas por puro prazer, você entende?
- Estou parecendo algum idiota, nunca falei pra você que eu estava interessado em você, e que nem sou gay ou coisa do tipo...
- Olha, tudo bem, agora você sabe que eu sou gay, assim como todo mundo aqui, e sendo assim, eu apenas vou esperar.
Depois dessa declaração, Flávio saiu de perto, por dentro ele ia se remoendo, sabia que tinha feito o certo, afinal era o que sua consciência lhe aconselhava a fazer, mesmo estando ainda fresco em sua memória sua fantasia com ele no deposito, da forma como pegaria ele na parede, e o beijo que daria com força, e depois como o penetraria insaciavelmente. Seus delírios não se realizaram como ele planejara, assim como o sonho de Douglas que nem teve tempo de falar sobre seu sonho.
Enquanto isso, Ítalo o observava se afastar, ficou sem reação, afinal o que poderia estar acontecendo para todos estarem disputando ele, o que acontecera nestes dias para sua vida mudar tanto, antes um garoto pacato, apenas desejado pelas colegas da escola, mesmo estando confuso, ele tinha que voltar ao trabalho. Afinal, o dia estava apenas pela metade, e ainda teria a metade da noite para conhecer novos amigos.
...
adorei amigo votadíssimo bjus Laureen seu pênis procura o lugar certo de se acomodar, Douglas apenas geme ao sentir ser penetrado, mas os beijos são tão fortes que ele não se incomoda com a dor em forma de prazer, ele geme, e Ítalo força mais um pouco, a penetração é completa, e os movimentos ganham velocidade