Capítulo 14 – Quando tudo parece perdido ... Ele, um demônio de desejos.
Há momentos que ninguém sabe e nem imagina o que pode ter a um metro de distancia, tem coisas que nem é bom saber, em nossas andanças e convivência com pessoas estranhas e até mesmo amigas, muitas vezes nos perdemos em promessas falsas que nos faz caminhar em uma direção desconhecida, e o que se encontra no final pode não apenas decepcionar, como magoar de uma maneira que a recuperação é mais dolorosa do que a própria ferida. Reza a lenda de que Lúcifer foi um dos anjos mais próximo ao Criador, e sua beleza se comparava as mais belas joias já lapidadas pelo homem, na verdade ele era o significado da beleza. Um dia ele resolveu questionar o amor do Criador pelos mortais, por ser seres tão insignificantes perante a sua beleza assim como a dos seus irmãos celestiais, e por isso foi recriminado, desgostoso por tamanha ofensa, cometeu o maior pecado de todos naquela era mitológica e celestial, ele se impôs ao Criador e inventou a mentira para iludir seus irmãos e assim criando a primeira rebelião, mas o Criador em toda sua gloria não queria o fim deles, e então os expulsaram para levarem uma vida quase que mortal, se não fosse pelo bem maior de seu Criador que os pouparam da mortalidade, e desde então outras guerras se cumpriram, para manter os caídos sobe controle, pois os mesmos descobriram a força espiritual presente em alguns humanos dotados de bondade e pureza, poder este que se perde depois do ato sexual, um caído possuindo um corpo virgem dotado de força espiritual o devolve vitalidade e dando lhe forças para enfrentar com mais igualdade seus adversários celestiais. Kasabel foi um desses anjos que seguiu Lucifer, mas ele só foi expulso alguns milênios depois quando o mesmo apresentou aos seus companheiros o prazer do sexo e o valor de manter contado com os humanos por estes terem o que os anjos não podem ter e nem nunca terão, o prazer de sentir o outro, o calor, o desejo e o êxtase. Como este ato entre humanos e os iluminados é proibido, por causar no mortal a perda de sua alma, dando seu corpo para o demônio, que alem de possuir o corpo se alimenta da alma dando lhe mais forças, foi Kasabel que descobriu a única forma de matar outros anjos, depois que ele caiu. Era possuindo um corpo dotado de poder espiritual. Assim depois de inúmeras guerras, vários anjos e caídos já se perderam na eterna escuridão do nada.
Luxael quando seguia Kasabel e era assim um de seus sentinelas, descobriu que poderia ficar mais forte se ele agisse sem compartilhar com os outros o que eles chamam de show de orgias, o que seria o prazer de assistir um dos caídos possuindo um mortal, pois apenas o ato de ver já o dava uma fagulha de poder, no entanto esse poder se perdia em partes e o possuidor não o recebia por inteiro, motivo assim pelo qual Luxael resolveu se desgarrar de seus grupo. Agora ele levava sua preciosa carga para se desfrutar sozinho sem a intervenção de ninguém. Seja de anjo, ou humano, ou caído. Ítalo o seguia, dentro do carro vendo tudo ficar para trás, sentia um aperto no peito, sabia que algo de ruim poderia acontecer, mas este sentimento não era dele, e sim de Maxuel que estava pronto para gritar, mas, então ele escuta Ítalo cantar em seu intimo, uma letra estranha de conformismo, algo que lhe apavorou. A música do grupo Capital Inicial intitulada “Abismo” parecia mais uma ode a prematura morte.
“À noite me leva pra rua
Promete o que eu quero
E toma o que eu tenho
Promessas fazem o meu sangue ferver
E o asfalto queimar
Mas atravesso com os olhos fechados
Só a luz da rua como testemunha
É tão calmo por aqui
Quando eu me rendo às suas promessas
Esqueço tudo que tem gosto amargo
O tempo não passa
Quando falo sozinho
Ninguém sabe onde estou
Nem pra onde eu vou
Mas se tudo der errado
Eu quero estar do seu lado
Dançando à beira do precipício”
...
Na casa dos pais de Ítalo, Felícia se servia à mesa na companhia de Margarida, mulher de aspecto jovem, mas com um olhar triste.
- Mas me conta como ele está?
- Ele parece muito bem, já repôs praticamente todo o conteúdo atrasado.
-Que ótimo, ando tão aflita, ele já está atrasado e tínhamos planos para ele passar de ano e fazer uma faculdade, e agora o pai nem quer mais ouvir falar no nome dele... – Ela para e se ver lágrimas preencherem seus olhos.
- Então, Dona Margarida, uma coisa que não entendi direito foi justamente o fato de seu esposo ter pegado ele com outro garoto na cama, não creio que o Ítalo seja gay...
- Eu também... (pausa) Mas o fato é que eles estavam realmente abraçados aos beijos...
- Então eles não estavam fazendo nada além de estarem se beijando?
- Não, como te falei da outra vez, foi só isso...
- Sei, acho que seu esposo possa ter tirado as conclusões precipitadas, pois o Ítalo no colégio tem fama de pegador e eu tenho...
- Você gosta dele, não é?
- É sim, e não creio que ele seja gay...
- Sabe, desde aquele dia que você e o outro garoto vieram aqui, que eu simpatizei muito com você, seria uma nora de muito gosto...
- Assim fico envergonhada... Mas uma coisa que a senhora não me falou direito é se o rapaz que estava com ele no outro dia era o mesmo que veio com agente na outra vez?
- Não sei, ele saiu logo, e eu não estava em casa...
- Então vou deixar aqui uma foto que imprimi do meu celular para a senhora perguntar a seu marido, assim, eu fico mais tranquila...
- Mas este garoto é perigoso, você parece que está preocupada...
- Não, ele não é perigoso, até ficaria mais tranquila se fosse ele, tenho medo de não ser ele, pois desconfio de outro, e esse sim, se for ele, talvez minhas suspeitas estejam certas, o Ítalo foi apenas uma vítima.
- Entendo, vou perguntar sim... Mas então que bom que você veio ficar comigo um pouco...
...
NUM PLANO ASTRAL
Os olhos de Sasael estavam vidrados para o plano terreno, quando Atanael chegou:
- Alguma novidade meu amigo?
- Sim, eles estão se movendo, mas infelizmente o Luxael está usando seus dotes para nos ofuscar, só nos resta o Mitriel, ele entrar em contado a cada dez ciclos de minutos, a ultima informação é de que o carro de Luxael está se dirigindo para longe do bairro, ao norte da cidade.
- Então o Mitriel está fazendo o trabalho direito, que ótimo, assim ele logo será uma grande sentinela.
- Sim, interessante, é que ele é um grande admirador do Maxuel, e agora será ele o responsável pela liberdade dele. E seus arcanjos estão a postos?
- Só a espera de meus comandos. E eu ao seu sinal.
- Assim fico mais tranquilo, nem que seja necessário levantar espadas flamejantes para deter o Luzael, iremos até o fim.
...
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
Um Douglas bem mais jovem com um óculos de armação grossa e vermelha de plástico chega no colégio com sua mochila aparentemente pesada, o que deixa parecer que seu corpo magro não tem suporte para tal empreitada, ele caminha de cabeça baixa inclinada para frente como se facilitasse sua caminhada, antes da porta principal do prédio, um pequeno grupo de quatro adolescentes o nota chegando, um deles sorrir ao vê-lo se aproximando, e quando o mesmo vai ultrapassando o grupo, o jovem estende sua perna e o jovem Douglas vai ao chão caindo com sua pesada mochila, provocando gargalhadas em todos que estão por pertos. Douglas apenas espera eles rirem mais um pouco, e como se já soubesse, os rapazes entram e o deixam sozinho. Agora ele tenta se recompor, o peso da mochila atrapalha um pouco, mas duas mãos o segura pelos braços dando-lhes apoio e segurança.
- Obrigado, mas não era necessário, eu já estava conseguindo. – mesmo sem olhar o seu bom samaritano, ajeita seu uniforme azul marinho, e então escuta a replica do outro.
- De nada! Da próxima vez ande de cabeça erguida, não só evitará tropeçar por ai, como lhe dará um aspecto de mais personalidade e altivez, assim você parece que anda pedindo pra ser zoado...
É ai que Douglas observa-o melhor, pois não reconheceu a voz. Na sua frente ele ver um Ítalo ainda com cara de um pré-adolescente, sorridente, de corpo quase tão magro quanto o dele, mas com um aspecto que o definiria como um garoto que pratica esportes de rua, como bike e skate. Tinha uma pele boa, apenas uma espinha se via no alto da testa, nada de mais comparando com suas espinhas espalhadas pelas maças e queixo, coisas da vida se tratando de um adolescente em pleno crescimento. Douglas ficou só, ainda o observou entrando no prédio, e depois seguiu para sua sala. Para sua surpresa aquele garoto estava matriculado na sua turma.
Sentado bem mais ao fundo, Douglas não poderia ficar apenas olhando para trás iria despertar nos seus colegas alguma suspeita, mas então logo Felícia apareceu e foi logo sentando ao seu lado.
- E ai meu amigo, alguma novidade, quero saber de tudo o que rolou nas férias.
- Oi Felícia, parece que anda tudo normal, a nossa turma pelo que já olhei tem quase todos os nossos colegas anteriores.
- Que chato, eu pensava que iríamos ter mais novatos... – Nisso ela dar uma olhada em volta e nota Ítalo pegando alguma coisa em sua mochila. – Espere, tem sim um garoto novo...
- É, grande coisa.
- Sim, ele é lindo, nada pessoal Douglas, mas ele é um gatinho.
- Gatinho não sei (mentiu) mas ele parece ser metido.
- Como assim, você o conhece?
- Ele me ajudou a se levantar na entrada, quando uns babacas me derrubaram...
- Que chato amigo, você deveria andar de cabeça erguida, sabe?
- É, eu sei, ele disse a mesma coisa.
- E só por isso ele é um metido... Então, me conta o nome dele.
- Felícia, o cara me ajuda a ficar de pé, como se eu fosse uma garota indefesa, e depois eu pergunto o nome dele. To começando a achar que você tem uma ideia meio conturbada sobre mim.
- Tá, você tá certo, vamos esperar o professor fazer a chamada.
...
ATUALMENTE EM UM GALPÃO
As luzes do galpão mostram um lugar vazio e limpo, Luxael deixou tudo pronto para seu ensaio fotográfico com Ítalo, os dois deixam as luxes clarear tudo, e então Luxael pede-lhe para acompanhar, mais ao fundo tem dois pedestais com sombrinhas e luzes, um pano verte escuro como uma cortina na parede, uma poltrona de dois lugares à frente.
- Ítalo pode se acomodar na poltrona, quero verificar a luminosidade, pode ficar calmo e tente não fazer movimentos bruscos.
Tudo parecia normal, Ítalo apenas fazia o que se mandava, mesmo assim, seu olhar não saia daquele homem jovem, com cara de experiente, de rosto bonito e másculo, tinha um charme que o fazia esquecer tudo, ele fascinava apenas em olhar.
- Ítalo peço que tenha total comprometimento com o trabalho, pois este momento é apenas um ensaio do ensaio que iremos fazer em breve na academia, então vamos aproveitar e fazer tudo o que seja preciso ok?
- Tudo, você manda.
- Ótimo, e espero mesmo.
...
Do lado de fora do galpão, se encontra um Douglas ansioso, tem medo de entrar e Ítalo saber que foi seguido, e isso poderia prejudicar sua amizade, depois de tanto tempo, trabalhando para mantê-lo por perto mesmo sem nunca terem nada além de uma amizade leve e coleguismo, que para ele já era o suficiente, ele sentia que nestes últimos dias sua amizade tinha ganhado mais força, ele sentia uma maior retribuição por parte de Ítalo, sentia que ele estava aceitando-o como amigo da forma como ele queria tanto, e não poderia estragar tudo naquele momento. E era assim que ele se sentia, estava ali sem saber o que fazer, sentia que deveria entrar e fazer companhia ao amigo, mas sabia que ele poderia ficar com raiva já que não fora permitida sua companhia. Mesmo na dúvida resolveu ficar escondido, só tinha que procurar um lugar para ficar escondido. Não iria deixar seu amigo com aquele homem que lhe dava arrepios. Sentia que aquele seria o momento de pagar suas dívidas, todas as vezes que foi socorrido por Ítalo durante estes três anos em que estudaram juntos.
...
Em seu apartamento, Flávio se prepara para ir ao trabalho, pega seu celular e o olha refletindo, parece inseguro no que pretende fazer, por um instante parece desistir, mas logo em seguida procura na agenda o número desejado, e liga, espera um instante e uma mensagem avisa que o número se encontra desligado ou fora de área. Sem pensar procura outro contato, desta vez alguém atende.
- Olá Susana...
‘-Diga meu amigo, o que deseja?’
- Queria falar com o Ítalo, ele tá?
‘- Não, ele foi fazer um ensaio. ’
- Ok, tudo bem, depois falo com ele.
‘- Você quer o número dele?’
- Eu já tentei, mas parece que está desligado.
‘- É bem provável, mas pode deixar que assim que ele der sinal eu digo que você o procura. ’
- Obrigado, até mais tarde.
Desligou o telefone, Flávio parecia ansioso, não parava de pensar em Ítalo, era um garoto bonito, assim como muito que ele já tinha saído, mas a indiferença que recebia por parte dele o incomodava, não sabia lhe dar com rejeição, contudo, não era só este sentimento, tinha algo mais nele, e ele sabia. Seria esse o rapaz que mudaria sua vida? Se questionava e qualquer aproximação que tentava fazer não se concluía satisfatoriamente, Ítalo era muito mais esperto do que os outros para cair em simples cantadas e investidas, ele teria que tentar algo diferente, na verdade ele teria que ser diferente, talvez para conquistar Ítalo, deveria agir como se fosse para uma vida toda e não apenas para uma noite de sexo. Estava na hora dele ir pra academia.
...
Dentro do galpão, Ítalo observava Luxael se movimentando como um verdadeiro profissional, o que na verdade o era. Uma das vantagens de usurpar um corpo era ganhar suas habilidades, afinal eles mantinham uma vida normal no novo corpo, o que podemos imaginar ou ter a certeza de que o ultimo corpo dele foi de um jovem estudante de fotografia ou já praticava a profissão tal. Mas ali na frente dele, estava Luxael, um Caído de uma vasta experiência milenar, e de grandes habilidades para conseguir o que almeja.
Ítalo sentado no sofá, apenas o olhava, e foi num piscar de olhos durante o primeiro flash, que algo se transformou, logo que a pasta branca de seus olhos desfez proveniente da alta claridade, em sua frente não estava mais Luxael, se encontrava Flávio, sem camisa, apenas de calça. Ítalo ainda piscou os olhos tentando se livrar daquela visão onírica, no entanto ela persistiu, Flávio continuava em sua frente parado e olhando-o ferozmente.
- Flávio?
- Esse é meu nome, diga de novo.
- Isso é um sonho?
- É isso que você deseja?
- Como é possível, agora mesmo o Senhor Marcos estava comigo tirando as fotos... Não estou entendendo.
- Me responda, é o que você deseja, que tudo isso seja um sonho, que eu seja um sonho seu?
- Não, não quero que seja um sonho...
- Então você me deseja de verdade, que seja real, que eu esteja aqui agora, só nós, é isso que você quer?
- Sim. Não! Não sei mais de nada...
Chegando mais próximo de Ítalo, Flávio, se abaixa na altura do rosto do outro.
- Eu te quero, não sabe o quanto eu te quero, fica comigo.
- Flávio, você me quer apenas para uma transa, não é assim que eu o vejo comigo.
- Não, eu o quero por completo, o quero só para mim, todinho só meu para todo o sempre.
Flávio o pega pela cabeça, com sua mão direita e beija seus lábios. Ítalo senti um arrepio e o calor dos lábios em sua boca. Não resisti e retribui, sentindo que tudo aquilo seja real, ainda mesmo confuso, se entrega.
Em seu intimo Maxuel está aflito, desesperado ele sabe que não deve se revelar, ainda tem tempo, alguma coisa pode acontecer, ele sabe que não está só, sente que Mitriel pode estar do lado de fora. Mas sabe que ele mesmo pode dar um fim a tudo isso, pois mais importante do que sua existência é concluir sua missão dando um basta nos planos de Luxael.
...
Do lado de fora Douglas sente que há algo de errado acontecendo, sua intuição nunca esteve tão forte, parecia que falava com ele. Mitriel sabia como deixar seus protegidos aflitos. Ao observar Ítalo se beijar com aquele fotografo, não entendia o fato dele chamá-lo de Flávio, pois nos últimos dias soubera que Flávio era apenas um colega da academia. Então Douglas ficou triste, pois se aquele fosse Flávio então, Ítalo gostava dele, e então eles estavam saindo o que o deixaria de fora, sem chance de conquistá-lo. Douglas apenas ficou observando, se sentia inútil, se projetava num futuro sem ele, será que aquele sonho que tivera nada significava, pois ele seguira o amigo para salvá-lo do perigo, mas vendo-o ali, se beijando com um homem bonito e capaz de o fazer feliz, não parecia nada perigoso. Estava revoltado.
...
Na academia, Flávio foi ao vestiário onde trocava suas vestes normais para suas roupas de malhar, e lá encontra o armário do Ítalo meio aberto, olha dentro e ver uma muda de roupa do dia anterior. Dar uma olhada de lado vendo que ninguém se aproxima. Estende a mão pega uma camiseta regata, e leva-a até sua face onde procura sentir Ítalo.
...
No galpão, Ítalo está de pé abraçado com quem imagina ser Flávio, ainda se beijando, os dois já estão excitados, Flávio passa as mãos pelo corpo do outro, apalpando suas nádegas e seu pênis rígido. Ítalo parece se entregar cada vez mais, mesmo sentindo algo o perturbar...
Os dois parecem dançar uma coreografia, cada um vai tirando suas roupas enquanto suas bocas trocam beijos. Os dois nu um de frente pro outro... Luxael já começa a sentir suas forças voltando, ele acertara ao escolher Ítalo, sua força espiritual é extraordinária.
Maxuel tenta mais uma vez sair do corpo de Ítalo, mas em vão, ele mesmo sente suas forças sumirem, então quando ele está pronto para se revelar para seu hospedeiro, um grande barulho ressoa pelo galpão.
Ítalo se assusta, e Luxael salta pra trás a procura do que tenha provocado tudo aquilo. Então em meio a confusão Ítalo se dar conta que ainda está só com seu agente, mas os dois nus.
- O que está acontecendo aqui, cadê o Flavio?
- Não tem nenhum Flávio aqui, você é que começou a mi chamar de Flávio, e se oferecendo pra mim...
- Não! Foi você todo o tempo, não foi?
- Eu? Eu não fiz nada...
- Não! Quero ir embora...
- Olha, não precisa ficar assim, tenha calma, não aconteceu nada, foi apenas um mau entendido.
- Quero sair daqui agora.
- Espere, vou olhar o que foi este barulho e já volto pra gente continuar...
- Não temos mais nada pra continuar...
- Calma, você não vai querer perder esta oportunidade...
- Não me sinto bem...
Nisso ele se veste enquanto Luxael também se arruma.
...
Do lado de fora Douglas ver tudo e não entende a reação do amigo, pois parecia que ele estava num transe, o que o deixa mais aliviado, pelo fato de que sua interrupção tenha funcionado, ao jogar uns latões velhos sobre o galpão. Mesmo assim sabia que Flávio era um obstáculo a ser vencido.
....
continua...