MINUTOS ANTES
Quando se deseja algo, muitas vezes nem se dar o devido valor, deseja apenas por desejar, no entanto, quando se tem mais outra pessoa cobiçando o mesmo objeto de desejo, acabasse adquirindo uma obsessão pelo mesmo. Ao entrarem no carro, Luxael notou que forças da luz estavam por perto, sentiu em seu intimo que não eram simples anjos, ele sabia que por sobre suas cabeças havia arcanjos armados com espadas flamejantes prontos para atacar. Neste caso ele tinha o conhecimento vasto sobre todas as missões das quais ele já protagonizou ou melhor, já antagonizou. Eles queriam o jovem, porém o motivo seria o de sempre? Não, algo estava fora do normal, aquela perseguição tinha movimentado muitas forças, seria então o jovem que ele levava no banco de passageiros? Em sua cabeça tentava resolver suas próprias questões, com um pensamento rápido, resolveu ir por outro caminho, não queria entregar Ítalo sem lutar antes e saber o quanto ele seria valioso.
O carro seguiu em alta velocidade, a mudança de caminho logo foi percebida por Ítalo que se assustara com a aceleração brusca do seu acompanhante. Seu coração ainda perturbado com o que ocorrera anteriormente no galpão, não sabia se o que vivenciara era pura magia, ou fora dopado, ou ainda, estava sobre reação de sua pancada na cabeça, quase uma semana depois.
- Esse não é o caminho...
- Fique calmo ai rapaz, estou apenas mudando a rota, tenho que passar num lugar...
- Onde?
- Não interessa, mas pode ficar tranquilo, que já te levo pra sua casa.
Com aquela resposta, não tinha mais nada a questionar, apenas ficou observando, ainda assustado ele se agarrou ao suporte superior a porta. Com as novas mudanças de atitude de Luxael, não demorou para que os arcanjos também notassem que ele estaria tentando fugir, então eles bateram suas asas e partiram para o carro em movimento. Eles tinham a ordem de salvar o hospedeiro, e mais nada, Luxael não era importante para eles, tinham que resgatar o garoto.
- É melhor você por o cinto, e se segurar firme.
Avisou sem olhar para Ítalo, Luxael estava com um semblante muito sério, parecia ter mais do que sua idade mostrava. Mas um raio de fogo fez com quer sua vista segasse, Ítalo num gesto automático pós as mãos nos olhos. O carro freou que deu uma rabeada pelo lado direito.
Ao sair do carro Luxael procurou em sua volta como se soubesse onde olhar, e seus olhos humanos ao normalizarem, localizaram a sua frente três arcanjos com enormes duplas de assas iluminadas, e em cada mão esquerda uma espada maior do que suas pernas, e das lâminas irradiavam chamas, digo radiava, pois as chamas pareciam enfurecidas, como se estivessem prontas para saltarem da espada. Seus pés não tocavam o solo, se elevavam a um metro.
- Podem levar o garoto, não vou lutar por ele. - Se pronuncio um Luxael sério e neutro a sua situação, ele sabia que os arcanjos não o mataria se ele não reagisse.
- Sábias palavras Luxael, é melhor você se distanciar do carro. - Falou o que se apresentava mais elevado.
Mas nesta hora, antes mesmo de Luxael dar o primeiro passo, o carro acelera o motor e sai em disparada, dentro dele se encontra um Ítalo enlouquecido, em sua cabeça ele vira algo inusitado, luzes caiam do céu e seu agente conversava com elas, sem saber como reagir, a única coisa que veio em mente foi sair dali correndo.
...
PRESENTE
- Me ajude...
As primeiras palavras de Ítalo ao encontrar Flávio ainda na academia àquela hora, quase 11 da noite, eram de apenas socorro. Flávio meio sem ação correu e segurou pelo ombro o amigo.
- Você tá bem? Digo, tem algum osso quebrado?
- Acho que não, mas estou todo doido...
- Mas o que aconteceu?
- Vamos pro seu apartamento por favor...
- Mas não tenho carro... Vou ligar para a Susana...
- Não! Vamos pro seu apartamento, por favor.
- Tá, vou chamar um taxe, então, fique ai, vou pegar o celular.
Enquanto Flávio pegava o celular, Ítalo respirava ofegando, como se ele tivesse acabado de sair de uma luta de MMA, ele olhava pro lado de onde tinha entrado como se esperasse alguém entrar procurando ele.
- Vamos logo, Flávio, estou mau.
- Não seria melhor irmos ao hospital?
- Só preciso de um analgésico e descanso, Mas se você não puder me levar, tudo bem, vou procurar outro lugar.
- Bobagem, não fale assim, só estou preocupado, o taxe chega logo. Mas me conte, o que aconteceu pra você está assim.
- Uma loucura, nem eu sei direito, mas depois de eu ser assediado pelo agente, fomos parados por estranhas luzes, ai ele saiu e ficou falando com elas, então pra não ficar esperando o pior, eu peguei o carro e corri, mas as luzes pareciam me perseguir, então eu acelerei mais ainda, e numa curva.. Acabei capotando, não sei como, mas escapei, e quando eu olho já estou aqui, bem próximo ao prédio da academia. E essa é toda a história.
- Nossa! Ainda estou na parte do assedio... Quando chegarmos em casa, quero que me conte direito. Vamos descendo que o taxe deve ta chegando.
Flávio não deixou Ítalo só, sem seu apoio do ombro.
...
EM ALGUM LUGAR ENTRE O CÉU E A TERRA
- Então, alguma noticia de Atanael? Quis saber Sasael se dirigindo a um sentinela em forma de luz prateada.
- Nada ainda Rabbi Sasael, apenas temos a noticia de que seus arcanjos levaram o garoto desacordado, deixando-o próximo a academia onde Flávio se encontra.
- Não entendo essa fixação de Atanael por este hospedeiro, eu já o tinha descartado, até mesmo o Maxuel já deve ter notado que este hospedeiro só causará problemas a nossa missão.
- Mas Rabbi, não era ele a nossa primeiro opção?
- Mas podemos mudar de ideia, e creio que o outro tenha um potencial bem maior, ele tem mostrado bem mais valor e dedicação. Bem. Mas isso não será nós que decidiremos, vamos deixar tudo com o Maxuel e o garoto Ítalo. Agora quero que vá até Atanael, e lhe informe que eu desejo falar com ele o mais breve possível.
- Suas ordens, meu Rabbi.
O sentinela some deixando apenas um espaço vazio, e um olhar brilhante e misterioso de Sasael.
...
Na manhã seguinte, a sexta iniciou com um fino nevoeiro encobrindo o sol, no quarto de Flávio, ele abriu os olhos e olhou para o teto tentando lembrar de seu sonho, em que estava com Ítalo deitado em sua cama, machucado, vestindo apenas um shortinho de algodão que ele tinha emprestado para o mesmo usar depois do banho... Uma expressão de duvida surge em seu rosto, parece estranhar a veracidade de seu sonho...
- Não foi um sonho!!! - Ele desperta completamente e olha de lado, e lá está Ítalo, coberto por um lençol de algodão verde. – meus deuses, o que aconteceu?
Ele sai da cama caminha em volta, e observa seu hospede ali, deitado. Procura lembrar da noite passada, tudo parece muito confuso, não quer acreditar que esteve com ele ali, deitado ao seu lado, sentindo seu corpo quente.
Ele sai até a sala, e olha pela janela, as pessoas caminham pelas calçadas nos dois sentidos, e Flávio então começa a falar.
- Deixe-me ver o que aconteceu. Eu cheguei em casa com o Ítalo, ele ainda estava fraco, seu corpo doía pois estava cheio de hematomas, não quis que eu o levasse para um hospital nem comunicasse para Susana. Depois que chegamos, o levei para meu quarto onde eu troquei a roupa dele, e então foi ai que eu me deparei com seu corpo lindo e perfeito, branquinho, e forte, como ele teria aquele corpo, se eu nunca o vi malhando pra isso? Bem, mas eu não reagi de forma indelicada com ele, apenas fui prestativo, e ele todo tempo indiferente, gemia de dor sempre que eu tocava em alguma parte machucada, depois levei-o ao banheiro, onde pude contemplar seu corpo nu por inteiro, que bunda, que pernas... mais uma vez eu me comportei, e sério, como eu não tirei nenhuma casquinha... será que estou mudando... não, eu também não poderia ser tão canalha assim, o garoto estava precisando de minha ajuda... dei banho nele, ele mau ficava de pé, como ele estava mal, o que será que aconteceu? Será que foi o agente dele? É, vou descobri isso direito, eu nunca fui pra cara dele. (ele dar um soco na parede) mas então, depois lhe dou um shorts de dormi, e ele fica lindo, o deito na cama, e ofereço algum medicamento para dor, ele aceita e me pede água, eu me deito ao seu lado depois, já estou com sono, mas não durmo de imediato, fico observando-o, ele com efeito do remédio, ou pelo seu cansaço, adormece logo... fico perdido, não sei o que passou em minha cabeça naquele momento, mas acho que fiquei apenas olhando cada linha de seu corpo, até chegar em seu rosto... perco alguns minutos observando seus lábios, nunca tinha notado como eles são rosados e cheios, seu nariz afilado e seus olhos, mesmo fechados, completava uma composição celestial.
- Olá, interrompo sua meditação?
Flávio é despertado por uma voz doce e ainda rouca pelo relaxamento das cordas vocais, natural depois de uma noite de sono tranquila.
- Oi, você já acordou...
- Sim, e você parece que estava num transe ai, se sente bem?
- Eu? Sim, claro, estava apenas pensando um pouco sobre ontem a noite... Mas e você, como está?
Ítalo estava na porta do quarto que ficava em frente a sala, com o lençol verde sobre seu corpo se protegia do frio.
- Estou bem, me sinto bem melhor.
- E as dores? Flávio se dirige até ele.
- Não sinto mais nada, parece que nunca senti dor alguma.
Então Flávio nota que os hematomas presentes na face do amigo, desapareceram.
- Espere Ítalo, posso olhar seu corpo?
- Não olhou suficiente ontem a noite?
Flávio sente um rubor em sua face, desconfia do sono repentino do amigo.
- Não é isso, apenas me deixe conferir uma coisa. – ele se lembra de umas manchas bem escuras perto das costelas esquerdas...
Ao retirar o lençol, os dois se espantam com o sumiço não apenas das manchas próximo as costelas, mas como de todas em seu corpo.
- Muito estranho Ítalo, você não sente nada mesmo?
- Não, estou ótimo, a única coisa que me dói é o estômago, estou com uma fome...
...
Douglas chega no colégio meia hora antecipado, e não entra, passa todo o tempo em pé olhando cada carro e cada ônibus escolar parar em frente a entrada do colégio na esperança de ver Ítalo chegar, dois minutos antes do sinal tocar, ele avista Felícia se aproximar. E ela ao chegar perto suficiente e pergunta?
- O que foi?
- Oi Felícia, tudo bom? – ele pergunta com um tom de ironia, o que ela percebe.
- Desculpe Doug, foi mau. Mas então, por que não entrou ainda?
- Na verdade, nem eu sei, acho que estava esperando alguém para me levar pra sala de aula, (lembrou de imediato que era aula de matemática) afinal ninguém merece aula de matemática logo na sexta feira.
- É verdade, tá afim de matar essa, agente entra na próxima, podemos ficar no banquinho.
Mesmo parecendo estranho vindo da parte dela, ele aceitou fazendo um gesto positivo com a cabeça. Afinal não queria parecer que estava esperando Ítalo. Já Felícia esperava entender o comportamento do amigo que parecia não apenas ansioso, mas preocupado.
...
Já passavam das 8 horas da manhã quando o celular de Flávio chama.
- Oi Susana, não se preocupe, ele está aqui, e está tudo sobre controle (silencio), não se preocupe, ele disse que vai pra ai logo que você voltar do trabalho, não se preocupe... (silencio), sim, claro que eu cuido sim. Não minha amiga pode ficar tranquila, um beijo.
Ítalo observa toda a conversa e sorrir para Flávio assim que ele solta o celular no sofá.
- Acho que estou dando muito trabalho pra você...
- Esquece Ítalo, você não é apenas um colega de trabalho... (uma pausa e o silencio toma de conta do ambiente) Quero dizer que eu já o tenho como um amigo, na verdade, um amigo que não tenho há muito tempo...
- Mas então amigo, você não tem aula pela manhã?
- É, tenho sim, mas tudo bem se eu não for hoje, nunca falto mesmo, um dia não mata ninguém... Então, como se sente?
- Bem, verdade... Na verdade nem sei como tudo aconteceu, eu estava desesperado fugindo em alta velocidade, nem sabia pra onde ir, apenas dirigia, tinha medo do que eu tinha visto... aquilo não era natural, digo, não poderia ser real, então acabo sobrando numa curva e subo no canteiro de uma pequena praça, eu acho, e sinto meu corpo ser jogado junto com o carro e então tudo vira uma confusão, e apago completamente, quando abro os olhos estou lá, em frente ao prédio da academia...
- E ai você me dar o maior susto...
- Não sei como fui para lá, mas de alguma forma você foi a melhor coisa que me aconteceu ontem...
- Mas então me conte o que aconteceu com você, ou melhor o que o agente fez ou tentou fazer?
- Vou tentar contar tudo pra você, mas por favor peço que tente não rir, pois terá umas algumas passagens que não fazem sentido.
- Ok, prometo.
...
As aulas daquela manhã de sexta não estavam nada animadoras para Douglas, como se elas foram alguma vez, apenas pareciam piores, sem o Ítalo ali depois de uma tarde fora do comum. Seu olhar constante na direção da cadeira do amigo despertara a curiosidade de Felícia que até então desconfiava de que Douglas esperava por Ítalo na entrada do colégio, mas vendo ele inquieto soube que suas suspeitas tinham um fundo de verdade, agora ela sabia que não adiantava mais lutar pelo seu desejo.
A aula terminou, Felícia esperou Douglas sair, e só então ela o seguiu. Ele estava sentado num dos bancos de concreto quando ela chegou silenciosa e sentou-se ao lado dele.
- E então, vai me contar o que está te deixando assim calado, ou vou ter que descobrir sozinha? – Falou uma Felícia mais segura e num tom amigável.
- Na verdade nem eu sei bem o que está acontecendo, acordei já assim.
- Eu acho que isso é paixão, e das grandes.
- Sei, e por quem Felícia, nesses anos todos nunca me apaixonei por ninguém...
- Sério que não? E o Ítalo?
Um gelo subiu pelas costas de Douglas, seu coração pareceu pular boca fora.
- Desculpe Douglas, mas não me leve a mal, mas não precisa esconder mais de mim, eu já sei de tudo, e acredite ou não, eu não quero mais continuar com esta disputa contigo...
- Disputa? – Percebendo que não adiantava mais esconder, ele revida. – Você acha que era uma disputa?
- E não era, mesmo de forma inconsciente nós lutamos pelo mesmo cara, mas eu já notei que eu perdi ele pra você.
- Há quanto tempo você sabia?
- Desconfiava, mas nada me despertara do que estes últimos dias em que vocês ficaram mais próximos. Na verdade eu não queria acreditar, pois eu desejava muito ficar com ele, mesmo ele nunca me dando bola... Mas então, o que aconteceu, vocês brigaram?
- Não, nós não somos um casal Felícia, e acho que nunca seremos ele não sabe de mim...
- Como não Doug, eu os vejo, e ele demonstra gostar de você...
- Também achei, e por achar tanto acabei me apaixonando, não sei o que fazer, e olha eu aqui nem sei o que sou.
- Espere, você ta me dizendo que ainda não ficou com Ítalo, é isso?
- É isso mesmo. Mas tem mais, acho que ele está apaixonado por outro...
- Outro ou outra?
- Não sei mais.
O sinal toca para as ultimas aulas, Felícia fica de pé.
- Vamos, não fique assim, depois você conversa com ele.
Ao ficar em pé, Douglas avista no portão do colégio um homem de preto olhando em sua direção.
- Pode ir andando Felícia, eu vou no banheiro e já acompanho você.
- Ok, mas não demora...
Douglas observa ela desaparecer pela porta e então olha novamente para a entrada do colégio e se dirige até lá.
...
No apartamento de Flávio os dois estão na sala, Flávio escuta tudo com muita atenção, mesmo Ítalo não relatando tudo como aconteceu e principalmente a parte que Luxael se apresentava com o corpo de Flávio, mas as visões e tudo mais, deixou a história fora do normal e Flávio só imaginava que o amigo tinha sido drogado ou coisa parecida.
- Ítalo, não seria melhor você ir ao médico e pedir uns exames de sangue, vai que este homem drogou você com algum tipo de droga que provoque alucinações...
- Não, se fui drogado, devo está bem agora, não sinto mais nada, e nem escuto vozes...
- Olha, vá tomar um banho quente, e depois saímos para almoçar com Susana que deve nos pegar antes das onze e meia, acho que ela deve está ansiosa para ver você, nunca a vi tão apegada a alguém em tão pouco tempo.
- Interessante, ela tem uma coisa que me deixa tão confortável na companhia dela, como se fosse uma mãe.
Uns dois minutos depois Ítalo está no banho, quando Flávio entra para deixar toalhas limpas, algo que poderia ter feito antes, mas o momento era bem oportuno para apreciar o amigo. O boxe do banheiro era de vidro transparente, dava para ver sem nenhuma deformação o corpo branco e atlético do amigo. Então Ítalo se vira vê-lo parado, meio que babando.
- O que foi?
- Nada não, apenas apreciando.
- Espero que não se aproveite de mim como fez das outras vezes, agora que me encontro indefeso.
- Já que você tocou nesse assunto, eu acho que aprendi a lição, e vou esperar você me procurar.
- Sério? Isso me conforta, obrigado por ser legal comigo.
- acho que agora consigo ver o quanto eu estava sego, e não conseguia ver o quanto você é legal. Ainda bem que você me procurou.
- Que legal... – nesse momento Ítalo para e em seu intimo escuta uma voz ‘Não esqueça Douglas’ Maxuel ainda presente apenas escutava e procurava entender tudo, não sabia também como ele e seu hospedeiro foram parar na academia, apenas suspeitava dos arcanjos que atacaram Luxael.
- O que foi, sentiu alguma coisa?
- Nada não, apenas lembrei que hoje tinha aula de matemática. – seu sentimento era de contar sobre as vozes em sua cabeça, mas não queria mais preocupar o amigo, se não poderia ir parar num hospital.
Depois do banho, ele foi ao quarto de Flávio trocar de roupa, e sobre a cama estava a muda de roupa emprestada. Flávio não desviava um minuto seus olhos de Ítalo, acompanhando cada gesto e ação do outro ao vestir a roupa, ao vê-lo com sua cueca ficou excitado imediatamente, imaginou logo passando a mão sobre o volume que se apresentava na frente, acariciando e apertando sentindo crescer em sua mão o falo que desejava por em sua boca, e sugar e morder até jorrar leite quente em sua boca.
O interfone toca, e Flávio volta a realidade e ver que Ítalo já tinha terminado de se vestir. Caminha até a cozinha onde pega o telefone.
- Ok, pode entrar.
- Quem é?
- Susana.
- Já, nossa ela deve está preocupada mesmo.
- É, e acho melhor você não contar nada do que você me falou, se não ela interna hoje mesmo num hospital para drogados.
- Tem razão, e alem do mais estou com uma aparência saudável, não?
- Sim, até demais, o que me deixa mais intrigado ainda, já que vi como você estava ontem à noite.
Logo depois que Susana entra, eles saem para almoçar. A conversa durante o percurso se restringe a uma mentirinha sobre o sumiço do amigo, que nesta segunda versão, ele tinha saído do colégio para o ensaio das fotos e depois foi para a casa de um colega, e que esqueceu de mudar o perfil do celular que estava no silencioso. Susana ainda quis relutar, mas vendo que estava tudo bem, preferiu não insistir, apenas pediu que da próxima vez fizesse o favor de avisar.
O almoço foi tranquilo, o local ainda estava vazio, devido o horário bem antecipado, quando eles estavam se preparando para sair, o celular de Ítalo toca.
- Oi Felícia, tudo bem?
‘Em fim consigo falar com você.’ – Ela parece nervosa.
- Nossa o que aconteceu?
‘Me diga que o Douglas está com você?’
- Não, não o vi desde ontem quando terminou a aula.
‘Então ele desapareceu!’
Ítalo sentiu um impacto.
....