Alex e Daniel - 03: Revelações e um abraço.

O Príncipe e o Plebeu - Temporada 2.

Cap 03:Revelações e um abraço

DANIEL:
Depois que o Alex saiu meio que correndo para os banheiros, ainda pensei em ir tentar conversar com ele, mas eu sabia que não é bom tentar um diálogo quando as ideias estão conturbadas, melhor ele se acalmar, mesmo eu parecendo ter cometido algum crime, eu não tinha feito nada que fosse motivo para uma discursão. Ao chegar na sala eu encontro Filipe e Ariel, então chego perto deles.
- Bom dia.
- Olá Daniel, e ai cara beleza? – falou Filipe, simpático como sempre.
- Tudo sim, espero que continue...
- E o Alex, você não o encontrou lá fora, acho que o vi próximo a parada... – Ariel apenas comentou.
- Sim, quando cheguei ele estava indo ao banheiro as carreiras.
Não demorou muito o Claudio entrou e notei seu olhar em minha direção, e um sorriso no canto, nossa, nunca consegui gostar dele, passou para o lugar dele, mas não tirava os olhos de mim. Achei estranho, pois nos últimos meses ele vinha se comportando de maneira ausente, o que me tranquilizava. Logo depois o Filipe chegou, com o rosto molhado, parecia pálido. Chegou todo confiante, simpático, se falou com o pessoal e depois se desculpou comigo pela fuga. Mas o que mais me deixou confuso, foi numa hora em que a Ariel comunicou sobre a pré estreia de Invocação do Mal 2, nos convidou, mas como o Filipe não poderia ir, eu achei que o ideal seria eu e o Alex também dizer que não iriamos, pois já tínhamos marcados sairmos na quarta para namorar e só depois ir ao filme. Mas então logo em seguida ele diz que iria com ela. Então notei que ele estava querendo me provocar. O primeiro tempo, foi um saco, minha cabeça rodopiava, e eu não compreendia o que estava acontecendo, pois tudo estava lindo entre a gente, não sei se era eu me sentindo culpado por não ter falado do Adriano para ele, ou se era raiva por achar que ele estava desconfiado de mim.
No intervalo, ao sentamos juntos na mesma mesa, estava me sentindo tonto, vendo eles todos normais, o Alex agindo como se nada tivesse acontecido, e eu no meio me sentindo culpado, e ao mesmo tempo injustiçado, dois sentimentos que abalam qualquer um. Então resolvi ir ao banheiro, acho que a água gelada que ele jogou no rosto mais cedo ajudou, então queria tentar também, esfriar as ideias. Chegando ao banheiro me encontro com Ryan, bem, esse nome é novo para vocês, mas o dono não. Ele é o carinha que ficou com Claudio no banheiro no semestre passado, ele estava saindo do boxe e quando me viu sorriu e:
- Oi Daniel, e ai, vamos sair qualquer dia desses? – falou enquanto caminhava para as pias.
- Fala Ryan, novidade, você me chamando para sair...
- Na verdade faz tempo que tenho vontade, só me faltava coragem, e ai, topas? – parado olhando para mim, e um sorriso sincero no rosto. Ele era magro, moreno claro, de óculos, e lábios carnudos, penteado do momento, quase raspado de lado e grande em cima, caído pro lado direito, dava para notar que ele tinha feito pranchinha. Ele era bonito e simpático, mesmo sendo magro tinha uma bunda bem avantajada, algo que me despertava a curiosidade.
- Cara, não sei, quem sabe um dia.
- Sério?! Bem que falaram que você é legal, sempre tive medo de chegar perto...
- Sério, desculpe, mas eu pensava diferente de você.
- Nossa, e você pensava em mim...
- Não assim, calma, eu não curto... É que você deixa a entender que é bem atirado do tipo atrevido, entende? – claro que eu não podia deixar transparecer que sabia dele com o Claudio.
- Sério que você não curte, que pena, mas entendo... Sou assim só por fora, mas por dentro sou bem tímido. Então, tá, a gente se ver por ai, lindo.
- Tchau... – esperei ele sair, e então olhei em volta, e fui até a pia, a água ainda estava muito gelada, não tive coragem de molhar o rosto. Sai, e voltei a sala. O Claudio ficou me olhando, talvez por que eu tenha voltado para a sala só, pois os outros já estavam todos em suas cadeiras. Até o Ryan já estava no seu lugar, pois sempre era o ultimo a chegar. Ele conversava com Rebeca, talvez ele tivesse lhe contando sobre o nosso encontro no banheiro. Ainda acho que Rebeca tenha contado alguma fofoca para ele sobre mim e o Alex, uma vez que ela andou com a gente alguns meses antes nos grupos de trabalho. Então eu olho para Alex, e ele não se vira para me encara, nesse semestre nossas cadeiras ficaram uma ao lado da outra, também procurei ficar na minha, contudo, como Claudio fica no outro lado da sala, deu para perceber que ele nos observava.
Ao terminar as aulas fomos para o estacionamento, mas ao chegar o pátio, o professor de Biologia celular.
- Lucas Daniel, um momento.
- Sim professor.
- Andei conferindo o desempenho dos alunos do semestre passado, e você mais uns quatro se destacaram, e nesse período estamos formando um grupo de pesquisa, gostaria de conversar com você e os outros amanhã, você está interessado?
- Seria ótimo, amanhã me encontro com vocês então.
- No horário do intervalo lá no departamento de Medicina, sala 3.
- Ok.
Chegando ao estacionamento encontro Alex, parado, calado e sério. Pedi desculpas pelo atraso, ele diz que tudo bem, mas eu ainda tento esclarecer meu atraso, mas então ele me corrige dizendo que foi uma pergunta, se eu estava bem, ou seja, se nós estávamos bem com aquela situação. Então explico para ele sobre o Adriano, então quando falo o nome dele, Alex parece já saber de quem se trata, e com sua resposta, ele confirma conhecer o jovem e eu compreendo que o Adriano é realmente o ex-amigo. Digo realmente, mas até então eu não podia confirmar, nem ele, pois era tudo uma hipótese com base no que ele sabia, eu fiquei preocupado.
- Então, podemos ir juntos? – perguntei tirando ele dos seus pensamentos.
- Você não está com raiva de mim? – olhei sério para ele.
- Alex, sério, o que aconteceu realmente com a gente, não vejo motivos para nós ficarmos assim...
- Você tem razão, só me prometa que não vai mais falar com esse tal de Adriano, quero confirmar se é quem estou pensando mesmo...
- Não vou prometer, não vejo motivos, se for realmente seu ex-amigo, então eu me afasto, mas de qualquer forma é melhor você se resolver com ele. Só peço uma coisa para você...
- O quê?
- Confiança, lembra do que nós passamos por causa de confiança, se estamos juntos é porque confiamos um no outro, se não tivermos isso, não teremos um ao outro. – ele me olhou, e senti ele se abala um pouco, e com a voz carregada, falou:
- Me prometa que não me deixará?
- acho que nós não precisamos ter essa conversa. Vamos embora, já estou quase perdendo a hora do almoço.
- Certo. Vamos, eu te deixo em casa, e depois tenho que ir para o escritório...
Partimos em fim, durante o percurso o clima melhorou, ainda toquei no assunto do cinema, ele disse que na hora, agiu por impulso mas que depois se arrependeu... Mas no final pensamos numa ideia, iriamos sair mais cedo, e depois pegaríamos a Ariel. Depois que cheguei em casa, ele se foi, e fiquei na porta esperando ele sumir, como eu sempre fazia. Entrei para o quarto, estava cansado, comecei a tirar a roupa, iria tomar um banho rápido, pois meu tio já estava almoçando e logo depois iria trabalhar e eu iria com ele. Estava só de cueca, quando escuto minha tia falar.
- Pode entrar meu querido, ele está no quarto... Você vai ficar para almoçar com a gente?
- Obrigado Dona Elena, mas estou com pressa, ainda vou para meu escritório.
Logo depois ele abre a porta do quarto, entra fechando-a em seguida, eu parado, só de cueca, olhando para ele, esperando ele falar realmente o motivo dele está de volta em poucos minutos, pois não tinha nenhum caderno emprestado para ele. Mas ele não disse nada, apenas me olhava, vendo a porta fechada, ele chegou pertinho, me abraçou, segurou minha cabeça e me beijou na boca. Eu respondi na hora, acho que senti o mesmo que ele, e retribui com toda emoção que aquele momento precisava. Meu corpo esquentou, senti tudo em mim responder, fazia tempo que não nos beijávamos daquela forma.
- Ok, o que foi isso? – perguntei assim que nos soltamos.
- Eu te vi pelo retrovisor esperando eu sumir na esquina, e achei tão romântico, que senti uma vontade louca de te beijar.
- Que bom, eu adorei... Mas você sabe, precisa ir.
- Sim, me dê o caderno, não posso sair de mãos vazias...
- Claro. A gente se fala mais tarde. Obrigado.
- Pelo que?
- Por ter voltado, estava precisando desse beijo.
Ele saiu todo contente e eu fiquei todo mole.

...
ALEX:
Resolvemos nossas diferenças naquela tarde, ao deixa-lo em casa, eu estava mais tranquilo, sabia que não tinha nada entre ele e o tal de Adriano, depois que ele saiu do carro eu fui em bora, mas senti uma vontade de olhar pelo retrovisor, não sei se foi desconfiança minha, ou apenas algo da minha vaidade de ser amado e querido, queria ver se ele estaria mim esperando desaparecer. Não que eu fosse cobrar isso dele, era algo que eu queria apenas para mim. E então, lá estava ele parado na porta olhando, ele gostava de mim, eu sabia que ele se preocupava comigo, mas aquele momento mexeu tanto comigo que me fez parar na esquina, e então dei meia volta e fui bater a porta da casa dele, quem abriu foi sua tia, dei a desculpa de que tinha esquecido um caderno, ela me deixou entrar, e eu fui até o quarto dele onde o pego só de cueca. Ele tinha um corpo lindo, um pouco mais baixo que eu, pele mais escura, parecia um bronze leve e permanente, não tinha gordura no seu corpo, mas não era do tipo marombado, ele ficou parado me olhando, fui até ele e o beijei, eu queria tanto aquele beijei, que não o deixei nem respirar. Sua língua entrou na minha boca e eu a devorei, queria toda de uma vez. Ele correspondeu me abraçando e me apertando. Meu corpo correspondeu e eu fui a loucura.
Depois do beijo, eu fui para meu escritório, tinha um almoço com um cliente, que não podia deixa-lo esperando.
A tarde ocorreu tudo em paz, chegando em casa depois do expediente, fui tomar um banho quente para relaxar, queria ficar com Daniel, mas a gente tinha que manter uma distancia. Olho para meu celular e lá tem uma notificação do whats, olho e me deparo com: “Quanto tempo meu amigo, venha me ver as 20 h no clube, estarei no restaurante.” O numero era desconhecido, não tinha nome, nem foto. Mas pelo tipo de mensagem, meu sangue gelou, senti náusea, não queria reencontrá-lo, não queria saber dele. Adriano não iria retornar para minha vida. mas eu fui despertado pelo whats novamente: “Consegui seu telefone com seu amigo Vinício, você tem bons amigos. Te espero, preciso falar sem demora.”
Eu fiquei mais ainda curioso, como assim, ele conseguiu meu telefone com Vinício, nós não éramos amigos assim tão próximos... claro, ele deve ter conseguido com Filipe, mas de onde eles se conheciam... mas quem era que... eu resolvi responder o Whats.
“Quem é você?”
“Você me viu hoje mais cedo na lanchonete da faculdade, seu amigo Adriano”
“Não quero te encontrar”
“Infelizmente precisamos, se vamos conviver próximos um do outro, não pode haver atritos” – meu sangue cada vez mais gelado, estava quase sentindo um desmaio.
“Você teve cinco anos para mim procurar, porque só agora?”
“Junior, eu preciso lhe falar algo, me encontre no clube, e você poderá tirar todas as dúvidas, vou te esperar. Até mais tarde.”
“Espere...”
Mas ele tinha desconectado o wifi, sabia me provocar, fiquei olhando para as mensagens. Não queria encontra-lo. Não sabia o que fazer. Liguei para Ju, mas ela não atendia, mandei mensagens e nada. Depois que ela foi morar sozinha num apartamento, fiquei me sentindo cada vez mais só. Então resolvi ligar para Daniel.
- Oi, você pode falar agora?
- Posso, o que foi, parece aflito.
- Recebi uma mensagem pelo whats do Adriano, ele quer se encontrar comigo, o que faço? – eu sabia que isso não deixaria o Daniel com ciúmes, e talvez fosse a coisa mais correta a se fazer, deixa-lo sabendo de tudo.
- Sabe Alex, se for o mesmo cara que me deu carona, eu creio que ele não vai te fazer mal, melhor você ir e escutar o que ele tem a te dizer, vai que não seja isso que você esteja precisando ouvi, e passar uma borracha de vez no passado. – ele sempre parecia mais sensato do que eu.
Enquanto tomava banho, imaginava o que ele queria comigo; o que ele teria para me falar depois de cinco anos sem dizer um “Oi”. Depois do jantar, estava prestes a sair recebi uma mensagem: “Não esqueça que eu te amo” – era o Daniel, não era sempre que ele me enviava mensagens assim, dizia que não podíamos gastar muito estas formas de carinho para não vivarem coisas comuns. Me senti mais forte, e fui ao clube.
... ....
Chegando lá, procurei um local mais reservado, mesmo o restaurante estando bem vago naquela noite, ainda assim tinha bastante curiosos. Dei uma conferida e não tinha avistado nenhum conhecido, fiquei mais tranquilo, então escuto meu nome ser pronunciado por uma voz já quase esquecida, olho para cima e ele está lá, parado com um sorriso maravilhosamente nostálgico, e assim olhando de perto, vejo que realmente o carinha da lanchonete é o meu ex-amigo Adriano.
....

HÁ CINCO ANOS...
Eu estava chorando no jardim, por trás de alguns arbustos, onde ninguém poderia me encontrar, tinha voltado do hospital, minha mãe estava muito mal, os médicos pareciam preocupados, meu pai andava calado, eu sabia que minha mãe estava passando por momentos decisivos, eu me sentia sozinho, não era mais nenhuma criança, entendia muito bem que ela chegara aos momentos finais. Olhava para os lados e não tinha ninguém por perto, ninguém em que eu pudesse me agarrar e abraçar. Os empregados eram pessoas legais, mas não eram família, ou amigos, eu queria um amigo... naquele dia que eu me sentia fraco e sozinho tentei ligar para o Adriano, ele tinha há quase uma semana se afastado, tinha me falo que não poderia mais me ver pois estaria viajando para o interior, mas mesmo assim ele poderia ter se comunicado comigo, mas não recebi nenhuma ligação, nem e-mail respondido, mas então eu só conseguia lembrar dele, ele que poderia me ouvi, e confortar naquela hora. Liguei, e então ele atendeu.
“Alô...”
- Adriano, estou tão mal, minha mãe está cada vez pior, você poderia voltar e ficar uns dias aqui comigo...
“Junior, você sabe que estou noutra cidade, estou tentando me enturmar e por as matérias em dias, quase não tenho tempo aqui... sinto muito meu amigo, por sua mãe...
- Estou sozinho, só tenho você agora, volta, por favor... – enquanto eu falava, meu choro engasgava minha fala, as lágrimas escorriam.
“Não posso, meus pais não querem que eu fale com você, tenho que sair. Não me ligue mais.” – ele desligou, e nunca mais atendeu uma ligação. Depois do sepultamento da minha mãe ainda pensei em ligar para ele, mas eu estava com o coração muito ferido e magoado, a noticia tinha saído em todos os jornais, até na tv foi noticiado, ele sabia, mesmo assim nunca ligou para dizer um apalavra, com o tempo eu fui aprendendo a esquecer, mas a mágoa nunca deixou a ferida cicatrizar.
...
Ele estava com um sorriso discreto, mas natural, não parecia ser cinismo dele, estendeu a mão:
- Olá Junior, como vai? – ainda olhei para sua mão, ela estava maior, forte, dedos grandes, e unhas bem feitas. Sua cor continuava linda, um mulato lindo ele se tornara, seus olhos brilhavam sem os óculos, sua covinha tinha perdido a profundidade, mas ainda estava lá. Eu me levantei e o encarei.
- Vamos logo ao que interessa, o que você tem a mim dizer?
- Primeiro vamos nos sentar, e peço que tenha calma.
Ficamos de frente um par ao outro, ele chamou o garçom e fez um pedido de aperitivos com coquetel de frutas sem álcool e eu no momento não aceitei nada.
- Certo Adriano, primeiro, ninguém mais me chama de Junior, depois que minha mãe morreu...
- Mas eu te chamava assim, lembra.
- Sim, chamava... Mas diga o que você deseja mesmo.
- Jun... Ok. Alex, eu queria me desculpar, eu sempre desejei te encontrar e contar toda a verdade para você, mas nunca tive coragem, eu sempre tive muito medo do seu pai...
- E o que meu pai tem haver com isso?
- Alex, nós eramos inseparáveis, você era meu único amigo, afinal eu era o tipo de garoto que ninguém queria como amigo, era gordinho, usava óculos, nerd, e meus pais não eram tão ricos para ser popular, não tinha nada de atrativo, e você foi o único que me acolheu, eu sofri muito quando fomos separados.
- Não fomos separados, você que foi embora para outra cidade e nem telefone atendia.
- Eu não podia, eu era novo, e amava meus pais, não queria sofrer mais ainda levando uma surra deles cada vez que eu pedia para vim visitar você, ou telefonar para você, passei muito tempo sem celular, e era vigiado sempre. Sofri muito sem você. Então um dia meu pai sentou comigo, e me contou toda a verdade.
- Que verdade?
- A verdade que eu ainda não sei se devo contar para você, pois tenho medo do que possa acontecer... Você tem que me prometer que não vai contar nada disso para ninguém, principalmente para seu pai.
- De novo meu pai nessa conversa... O que meu pai fez, diga logo. Já começo a entender que tem o dedo dele nisso tudo.
- O dedo não, tudo. Me prometa que esta conversa fica só entre a gente.
- Ok. Me conta tudo. – eu estava agitado, sentia que meu mundo iria desabar, eu sentia a verdade chegando e essa verdade eu já imaginava do que se tratava, eu sempre suspeitei, mas nunca tive a coragem de ir mais a fundo, e agora tudo iria ficar esclarecido.
- Naquele dia, meu pai me contou que o Senhor Gonsalves procurou meu pai pessoalmente e fez uma proposta, ele oferecera um emprego em outra cidade, e ele não teria escolha de recusa, deixou bem claro para meu pai que aquela proposta era mais uma ameaça do que uma negociação. Assim, partimos de uma hora para outra, meu pai conseguiu outro emprego, não queria contado com o seu pai, ele ficou com muito medo, e então me fez prometer que não falaria mais com você. – fiquei calado, de cabeça baixa, minha raiva sumiu, meu corpo ficou em choque, minhas lágrimas caíram sem cessar, mesmo parecendo absurdo aquela história, eu sabia que meu pai era capaz e até de pior. Não tinha coragem de olhar nos seus olhos.
- Alex, eu sei que você não tem culpa, estou aqui pois queria que nossas diferenças fossem apagadas, e quem sabe a gente não poderia manter contato, mesmo que a distancia, pois eu sei que não poderei mais conviver contigo como antes, pois prometi ao meu pai que ao chegar na capital não iria te procurar. Então hoje fiquei sabendo que você estava cursando medicina, ao te ver na lanchonete.
- Eu não estou entendendo muito bem... eu senti muita raiva de você todo esse tempo, não sei o que dizer...
- Você poderia dizer que aceita minhas desculpas, e eu queria muito um abraço seu.
Foi tudo tão rápido, tanta emoção, que em meio as lágrimas eu fiquei em pé e falei que o perdoava e o abracei.
Depois do nosso encontro, voltei para casa, estava calado, tomei um banho bem quente, me deitei, escutei a mensagem do whats, olhei era o Daniel. Peguei o celular e liguei para ele.
- Oi.
- E ai, já pode falar...
- Sim, foi tudo revelador, amanha eu falo melhor com você, agora preciso dormir, estou com uma dor de cabeça horrível. Te amo, sonhe comigo.
- Ok, vá descansar.
Tudo rodava na minha cabeça, eu não estava pensando direito queria correr e gritar para ver se alguma coisa fazia sentido, queria entender os motivos para meu pai fazer tudo isso.
Então quando estou bem relaxado, quase dormir, o celular toca notificando uma mensagem, olho é o Claudio. Prefiro não olhar, mas alguns minutos depois outro aviso. Sinto um arrepio e um mal estar. Quando vejo a mensagem: “Quero fazer uma proposta, amanhã pela manhã por trás do estacionamento” seguida de uma imagem... eu abraçado com Adriano.

Continua....

Foto 1 do Conto erotico: Alex e Daniel - 03: Revelações e um abraço.

Foto 2 do Conto erotico: Alex e Daniel - 03: Revelações e um abraço.

Foto 3 do Conto erotico: Alex e Daniel - 03: Revelações e um abraço.


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Comentários


foto perfil usuario mirandatop

mirandatop Comentou em 22/06/2016

Não para continua .... Muito bom !

foto perfil usuario lordricharlen

lordricharlen Comentou em 21/06/2016

Parabéns pelo amor de Deus, não demora a postar. Por favor. Votado.




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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
Alex e Daniel - 03: Revelações e um abraço.

Codigo do conto:
85065

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
20/06/2016

Quant.de Votos:
12

Quant.de Fotos:
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