Cap. 12 – O lugar secreto / a reunião e um segredo descoberto
ALEX:
Aquela tarde foi mágica, foi um sonho, foi uma realização, vendo os olhos de Daniel percorrer a sala do apartamento novo, do nosso cantinho secreto, eu o observava, ele parecia sério, mas eu sabia que ele estava feliz, eu sabia que mostrar para Daniel aquele lugar que seria só nosso, o faria esquecer todas as preocupações.
Antes de chegar ao apartamento ele ia me relatando o encontro com Adriano, e o fato de Eliza está na companhia dele, aquele assunto me perturbava, não que eu ainda sentisse algo por ela, nem receio de que ela poderia fazer algo, mas o fato de Adriano está se relacionando com as pessoas que eram próximas a mim, me deixava apreensivo, e aquela história dele não saber do Filipe revoltado comigo por causa do seu irmão, parecia tudo suspeito. Antes de entrarmos no apartamento, já escolhido por mim, depois que visitei as três opções sugeridas por Paulo, eu falei para Daniel para ele não fazer perguntas sobre o apartamento, nem para se preocupar pois eu tinha minhas economias e que eu já estava querendo meu próprio espaço, e que minha intensão seria no futuro sair de casa. E ao entrarmos, ele ficou em silêncio, olhou em volta, e então falou.
- Você alugou ou comprou? – a pergunta foi meio que curiosa, mas logo senti uma paixão, um entusiasmo crescendo no seu rosto, ele saiu andando, olhando tudo.
- Comprei, Paulo está preparando os contratos e documentos, como não é financiado a transferência é rápida. Só tem um porém...
- Sabia que era bom demais, o que tem?
- Não é nada que tenha que se preocupar, como eu quero que este seja o nosso lugar secreto, ele deve ser apenas do nosso conhecimento, e nem o Paulo sabe que é para mim, por isso eu quero que você seja meu ‘laranja’ – ele me olhou, notei uma certa dúvida naquele olhar investigativo.
- Laranja? Espere! Você quer que eu assine os papeis como se fosse eu o comprador?
- Daniel, não se preocupe tudo legal, sem correr riscos, eu levo suas copias dos documentos, Paulo faz o contrato de compra e venda, eu levo para você assinar, e como ele não te conhece, nem vai desconfiar. Assim que o apartamento estiver no seu nome, nós dois vamos num cartório e fazemos a transferência.
- Você pensou em tudo. Tem certeza que não vai dá problema?
- Não vai dá.
- E se eu resolver depois não transferir para você? – ele falou sério, eu senti uma tristeza no seu olhar, mas eu sabia que ele não era assim.
- Se você fosse desse tipo, eu não estaria aqui com você. Não se preocupe, sou filho de um mafioso, se você não me repassar o apartamento mando fazer botas de concreto e depois mando jogarem você em alto mar.
- Então você me mataria é? – ele me olhou, chegou mais perto, segurou minha cabeça com sua mão esquerda e me beijou.
O apartamento estava limpo, digo, sem moveis, o chão sujo, ficamos em pé, depois eu o peguei e encosteis na parede da sala, o beijei, sua língua invadia minha boca e eu a sugava, a devorava, estava desejando aquele beijo, aquele corpo há dias. Não era sonho, era melhor. Aquela tarde foi real. Visitamos cada cômodo do apartamento, e em cada um nós tiramos uma parte da roupa, chegamos no quarto, no nosso futuro quarto, tínhamos apenas as cuecas que logo ficaram num canto. Daniel me pegou por trás, mordeu minha nuca, beijou meu pescoço, beijou a espinha dorsal enquanto descia até chegar a minha bunda onde ele deu mordidas e beijos. Sua língua tentava vencer a resistência das nádegas, aquilo me deixava louco de prazer, minha excitação o deixava mais agitado, ele tinha fome, ele me devorava, voltando a ficar em pé ele me abraça e sinto ser penetrado, sua língua deixou bem lubrificado, ele dentro de mim, me abraçando e mordendo minha nuca, segurando meu corpo enquanto me possuía. Nenhum falava nada, eu sentia sua paixão e devoção. Naquele lugar secreto só existia nossos corpos. O mundo lá fora não sabia da nossa existência. Seu mastro firme, grosso e insistente me dava prazer. Sua mão me masturbava, eu apenas me deixava levar pelo embalo, eu era dele, todo dele. Sinto seu pênis pulsar e o jato dentro de mim indicava que logo ele estaria gemendo. Teria um orgasmo longo e duradouro. Ele continuava abraçado. Sua respiração próxima ao meu ouvido me arrepiava. Estávamos suados. Me viro, olho para ele.
- Quer casar comigo? – a pergunta saiu num tom irônico, ele percebeu e sorriu, ainda estava cansado. Sua face suada.
- Não.
- Depois dessa trepada, esperava outra resposta – sorrimos.
- Só quando eu me formar e estiver trabalhando e puder dividir nosso apartamento e as despesas.
- Agora você falou sério. Poderia continuar com o joguinho, né? – ele sorriu, me deu um beijo estilo selinho molhado e falou.
- Sério. Eu quero me casar contigo, mas quando nós não precisar da sua herança, nem da ajuda financeira do seu pai, nem precisar morar com seu pai, quando nós formos independentes.
- Assim você me deixa pobre – rimos, ele riu, eu ri, e ele falou.
- Vamos esquecer essa bobagem, quando for o tempo, nós casamos.
- Promete?!
- Como você já sabe, eu não prometo nada. Quando for o tempo, e ainda estivermos juntos, saberemos.
- Não fale assim Daniel, o pessimista aqui sou eu, já esqueceu.
- Sabe, ainda estamos nus, vamos continuar – eu já estava broxando com aquele papo.
- Agora é minha vez.
Ele apenas me abraçou e depois me beijou. Senti seu amor. Senti seu medo. Senti suas lágrimas.
- Tudo bem?
- Estou. Estou muito feliz. Me der prazer.
DANIEL
Naquela tarde Alex me proporcionou um grande prazer, não quero falar de como estamos hoje ou se estamos, quero falar daquele dia em que fui apresentado ao nosso lugar secreto. Não gostei muito da ideia incialmente, ele queria me usar como laranja para realizar a compra, mas ele me explicou direito, e eu acabei concordando com a ideia. Antes de chegarmos ao prédio, eu relatei para eles sobre o que tinha acontecido comigo na casa do Adriano. Ele ficou meio que preocupado. Mas nossa tarde foi fabulosa. Pois ali naquele apartamento só nosso, e sabendo que ninguém iria nos pegar de surpresa, eu não suportei ficar só de conversa. Cai de boca, e fizemos sexo, eu o dominei, o beijei, o abracei por trás, e o fodi gostoso. Alex era meu, somente meu, todo meu. Naquela tarde eu gozei como há tempo não gozava. Não sei oque me estimulou, o fato de estarmos a sós, ou a compra do apartamento que era algo muito importante para nós. Foi muito gostoso. Foi intenso, esta é a palavra. Eu via aquele momento como o inicio de uma nova fase em nossas vidas, mesmo sendo apenas mais um momento antes da tempestade, mas isto vem mais a frente, melhor ficar naquela tarde erótica, prazerosa e apaixonante.
Depois que estávamos relaxando, ele me vem com uma pergunta bem inesperada, se eu casaria com ele. Claro que eu casaria, claro que era o que eu tanto desejava, que eu tanto fantasiava.
Mas mesmo vendo uma malicia em sua pergunta, eu cortei o barato dele, e falei serio, falei que não. E ele não gostou, mas minha resposta era séria, ele tinha que ver que casamento não era uma brincadeira.
Meus pais casaram com vinte e cinco anos, depois da formatura e de conseguirem emprego, e poderem custear uma casa, e uma família. Minha mãe fala sempre, ‘quem casa quer casa’, era um ditado popular que mais saia da boca dela. E meu pai completava com seu sermão, um dia depois que cheguei em casa e eles souberam que eu estava namorando a Natalia. “Meu filho, namoro é coisa séria” dizia ele. E eu só escutando, outra vez ele disse: “Se for casar, veja se pode sustentar sua esposa”. Eu era filho do meu pai, ele me amava, meus pais eram meu exemplo, eu não podia simplesmente abandonar seus ensinamentos. Era a única lembrança que eu tinha deles, minha herança. Digo assim pois materialmente falando eu ainda não sabia direito o que eu tinha herdado naquela época, sabia sim que eu era o filho do meu pai e que eu não poderia falhar com seus ensinamentos.
Alex ainda tentou, e eu rebate, mas no final, ainda estávamos nus naquele que seria nosso futuro quarto. Então pedi que ele me desse prazer, que ele me possuísse como eu tinha feito com ele.
Alex era mais forte, mais alto, pele branquinha, olhos claros e uma boca gulosa. Ele me mamou com tanta fome que vi a hora gozar de novo. Mas ele sabia o que estava fazendo, estava apenas me deixando louco de tesão. Me pegou por trás e me penetrou com todo carinho. Aquele ainda era o primeiro pênis que tinha me fodido até então, era a grossura que eu conhecia. Me deixava doido de prazer. Seus movimentos eram precisos. Ele me segurava firme. Alex me tratava como se eu fosse o único home da terra, ou como diria naquela posição, como a ultima foda de sua vida. nossa tarde foi quente.
Saímos do nosso lugar secreto já escuro. Ele disse que iriamos direto par ao apartamento da Ju, lá tomaríamos um banho, e depois iriamos nos encontrar com nossos amigos, lá mesmo.
Ainda tentei relutar, mas ele foi bem convincente.
....
Aquela noite foi diferente, tomamos banhos juntos, isso foi legal. Jantamos com a Ju, e isso também foi legal. Nos reunimos com o pessoal, e ver a cara emburrada do Filipe quando falamos do irmão dele junto com Adriano e Claudio, isso não foi nada legal. Ele estava aborrecido.
- Pessoal eu já disse que Vinicius não tem nada com esse Adriano, isso é passado – dizia Filipe olhando para todo mundo.
- Mas você falou com ele, explicou direito que o Adriano pode está querendo se vingar do Alex. Interveio Ju.
- Não falei assim. Apenas investiguei, mas ele não é de falar muito em seus relacionamentos, apenas disse que Alex tinha estragado o namoro dele, como já contei outro dia.
Alicia foi uma grata surpresa naquela noite.
- Pessoal e se o Vinicius também não tem nada com esta história, e se ele for apenas mais um peão, como o Ryan, o Claudio e a Eliza? – ela nos olhava seria e vendo que nós não respondia, tipo, sim, isso pode acontecer também, ela continua. - Eu creio que Adriano esteja sim querendo uma vingança, mas pelo que entendi até agora, ele gosta do Alex e não está suportando vê-lo feliz com outro, e ai fica tentando separar ele.
- E o que você sugere que façamos? – interveio Ariel que ainda estava calada.
- Acho que a única coisa a se fazer é o Alex confrontar ele, digo o Adriano.
- Também acho uma boa ideia – Ju falou olhando para seu primo.
- Tenho medo dele fazer alguma coisa.
- Fazer o que Alex, o que ele poderia fazer? – Filipe perguntou, agora mais normal.
- Não sei, tenho medo dele contar para meu pai, você sabem como meu pai é. – Alex parecia inseguro, não gostava quando o via assim, eu via fraqueza nele.
- Primo, mas você não vai brigar com ele, vai conversar e questionar suas atitudes, mostrando para ele que vocês tiveram um passado e que agora seguem caminhos diferentes.
- Não sei Ju.
- Alex, você é forte, vai saber como se sair dessa, e eu estarei sempre ao seu lado. – falei parecendo um clichê mexicano, mas ele me olhou sério e falou.
- Daniel, não quero que você sofra, você sabe que eu faria de tudo para te proteger, e nós sabemos que o Adriano possa está tentando consegui provas sobre a gente. Tenho medo de tudo isso.
- Mas Alex, seu pai não é esse monstro que faria mal ao Daniel e nem a você, o tio tem um coração grande. – Juliana tentou tranquilizar, mas ele continuou.
- Não sei o que se passa na cabeça do meu pai Ju, sei que ele fez mal a muita gente e ele seria capaz de me desertar.
- Ate que não seria mal, eu teria você só para mim.
- Não diga isso nem brincando Daniel, ele iria começar pelos seus tios, depois por você e terminaria por mim.
- Mas você tem que conversar com Adriano e acabar com isso. - Juliana falou meio nervosa.
- E como eu falaria para ele. Como falar com ele. Como fazê-lo esquecer de tudo isso.
- Não sei primo, mas você vai pensar numa solução.
Uma solução, foi o que nós queríamos naquela noite.
...
Cheguei em casa, meu tio já estava dormindo, minha tia estava vendo TV.
- Como foi o trabalho?
- Tudo em paz tia.
- Ainda tem comer.
- Obrigado, depois do estudo saímos para comer pizza.
- Que ótimo filho, fico feliz em vê-lo se dando bem com seus colegas. Amizades são sempre importantes.
- São sim, eles me ajudam a superar cada dia minha tristeza.
- Lucas meus filho, eu queria te fazer uma pergunta, mas não sei como fazê-la – naquele momento eu entrei em pânico. Era o tipo de comentário que indicava a tragédia chegando.
- Pode perguntar tia, a senhora sabe que confio na senhora – era uma verdade, se ela perguntasse o que eu imaginava, eu não esconderia dela.
- Você e o Alex são namorados? – ela perguntou mesmo. Sabe aquela cara de cu que a gente fica quando não tem uma resposta, pois então foi essa mesmo. Mas eu não mentiria para ela.
...
Pela amor de Deus, Max não demora eu te peço
Que conto sempre muito bom seus contos votado com certeza continua o mais rápido possível.
como sempre perfeito. leio esse conto sorrindo e com olhos brilhando, fico muito empolgado com sua historia releio varias vezes e fico imaginando esse casal que eu amo muito??. não demorar postar.
Nossa q final. Amo seu conto mais a cada capítulo. Já falei q é o meu preferido everrrrr? Pois é. Só peço para q não demore tanto a postar. Bjs <3