Conheci o Bernardo quando éramos alunos internos no Colégio Agrícola. Nos tornamos amigos e confidentes um do outro. Sendo vizinhos de cama no alojamento ficava fácil para trocar ideias e jogar conversa fora antes da sirene anunciar a hora do silêncio. Depois de alguns meses de conhecimento e amizade, comecei a sentir uma atração especial pelo Bernardo, diferente do sentimento normal de amizade. E nos finais de semana em que ele ia para a casa dos pais e eu ficava no Colégio, a falta que ele me fazia era cada vez maior. Eu já experimentara aquele tipo de atração por outros garotos antes de conhecer o Bernardo. Só que eu repelia tudo aquilo e seguia não querendo admitir o óbvio ululante, que gritava nos meus ouvidos que eu era diferente dos demais meninos da nossa idade. Enquanto eles viviam contando vantagens e se gabando das meninas que lhes davam em cima, eu queria mais era estar na presença dos garotos. As meninas não me seduziam. Pelo contrário, procurava sempre me desviar delas. E após conhecer e conviver com o Bernardo, meu interesse por meninas diminuiu ainda mais. Ele percebeu isso e comentou comigo a respeito. Era noite e já estávamos em nossas camas. Não me contive e abri o jogo com ele, que me puxou para perto de si e me beijou o rosto com ternura. Imediatamente, notei que seu pau estava duro, em ponto de bala. Não me contive e toquei uma punheta no meu amigo, até ele estremecer inteiro e ejacular na minha mão. Sem dizer nada, afastei-me para o banheiro do alojamento, lavei as mãos e voltei para a cama. Bernardo quis conversar um pouco mais, porém eu desejei uma boa noite e voltei-lhe as costas. Fui tomado por um misto de excitação e vergonha que me fez perder o sono por algumas horas. Bernardo logo dormiu e fiquei ouvindo o ritmo de sua respiração. Ele estava realizado, mas eu não. Aquela loucura que fiz mexeu forte comigo. Senti uma enorme vontade de rebolar no pau duro e quente do meu amigo. Pensei até em acordar ele para falar sobre meu desejo. Mas me contive. Sublimei a vontade de ter o pau do Bernardo dentro de mim. O que eu não imaginava é que ali estava começando um caso que entrou pela nossa vida adulta e se prolongou até próximo do casamento de Bernardo com uma mulher. No dia seguinte à punheta que toquei para o meu amigo, estando nós dois a sós na quadra de esportes do Colégio, ele me chamou para perto de si e confessou que o ato da noite anterior também tinha mexido forte com ele, e sem rodeios me cantou para ser sua amante. Isso mesmo “sua”, acentuou ele, propondo fazer de mim a fêmea da relação. Ponderei que se nos descobrissem seríamos excluídos do Colégio. Bernardo então ponderou que sim, que precisávamos observar todos os cuidados necessários para não sermos descobertos. O primeiro deles era não dar na vista sobre nosso caso e nunca transar no alojamento. Quando perguntei a ele onde então teríamos oportunidade de nos encontrar intimamente, ele apenas pediu que eu aguardasse suas instruções. E acentuou, baixinho, que estava louco para se deliciar na minha bunda. Ele era o encarregado da horta do Colégio, que ficava afastada em torno de um quilômetro das instalações principais do educandário, e lá havia uma pequena edificação que abrigava os utensílios e insumos utilizados no preparo do solo para as hortaliças. Era ali que nós dois iríamos transar. Sob quais argumentos, nunca perguntei a ele, mas o fato é que logo a seguir fui designado seu assistente. Alguns dias depois, tivemos nossa primeira transa. Éramos dois moços na casa dos 16 anos e cheios de tesão um pelo outro. Saí do armário naquele dia, definitivamente. Cumprimos nossas tarefas rapidamente e nos recolhemos ao galpão das ferramentas. Na parede havia uma fresta pela qual dava para ver alguém se aproximando. Bernardo imediatamente pegou minha mão direita e pousou ela sobre a sua espada dura e quente. Tremi dos pés à cabeça, baixei as calças e me dispus inteiro para ele, que me deitou de bruços e meteu bala no meu rego previamente lubrificado. Seu pau entrou apertadinho, mas sem produzir dor. Apenas gostosura. Senti em mim uma profunda sensação de fêmea satisfeita, tão logo Bernardo encheu minhas entranhas com seu sêmen. Nos recompomos e voltamos às nossas atribuições. Mas não por muito tempo, já que cerca de um hora depois dele me comer pela primeira vez voltamos ao galpão, trancamos a porta e tivemos nossa segunda relação íntima; essa mais prazerosa que a anterior, porque mais demorada e com nós dois muito mais à vontade. A partir daquele dia, meu desejo de estar com o Bernardo tornava-se cada vez maior e não perdíamos nenhuma oportunidade de dar uma gostosa trepada. Passei a ir com ele para a sua cidade, mas normalmente me hospedava numa pousada popular, onde ele me pegava para irmos ao cinema, barzinhos e para outros passeios. Sempre aparecia um lugar providencial para nossas intimidades, especialmente o motel onde ele era conhecido de um dos recepcionistas, que facilitava as coisas para nós. Sem nenhum constrangimento ou restrição entre quatro paredes, eu fazia tudo o que era bom para satisfazer o Bernardo e com a sua satisfação eu também me sentir realizado. Nosso caso de amor era pleno e só tínhamos olhos um para o outro. Meu amigo e amante adorava me penetrar e eu adorava ser penetrado por ele. E assim levamos nossas vidas até o final do curso técnico em agropecuária que o Colégio Agrícola, também valendo como conclusão do segundo ciclo escolar. Saímos dali aos 18 anos e fomos juntos para a universidade cursar Agronomia. Permanecemos amantes e seguimos transando regularmente durante os cinco anos do curso superior, agora com muito mais liberdade e facilidades para darmos vazão aos nossos desejos sexuais. Éramos felizes em nossa amizade íntima e nos realizávamos na cama, e só nos separamos após três anos de graduados, quando Bernardo decidiu constituir família casando-se com uma colega de faculdade. Nossa despedida durou o tempo de uma linda viagem que fizemos juntos, com o sexo gostoso rolando o tempo todo. Comemoramos nossos anos de amantes e também o fato de nunca ter havido entre nós uma só rusga. Mudei para outra cidade e hoje apenas trocamos de vez em quando mensagens de amizade. Neusa, a esposa do Bernardo e mãe de seu casal de filhos nunca soube do relacionamento entre mim e seu marido. Nem deve saber. Nossa relação a nós pertenceu e quando ele decidiu-se pelo casamento, teve meu integral apoio. Ainda gosto dele e não posso negar que de vez em quando sinto uma vontade medonha de voltar a ser enrabado por ele. Me consola, entretanto, o fato de saber que está feliz com a Neusa e as crianças do casal.