Essa história é real. Não teria motivos para mentir ou inventar. E não foi planejada. Em momento algum os dois envolvidos pensaram ou imaginaram ou sonharam viver algo tão esdrúxulo.
A história aconteceu na Espanha, os envolvidos são dois brasileiros: Eu, morando na capital de São Paulo, 54 anos, casado, e ela, 34 anos, morando numa cidade bastante perto da capital de São Paulo. Como eu casada.
E onde teve início a história? Vou contar.
Cheguei com um amigo na histórica cidade de Saint Jean Pied de Pour, no Sul da França. Era sábado. Logo após o almoço. Ia começar a percorrer, pela quarta vez, o Caminho de Compostela, na Espanha. Mas ele tem início mesmo na França. E estava eu na Oficina dos Peregrinos, tentando me fazer entender com uma hospitaleira que não falava nem entendia uma só palavra em português. Foi então que ela chegou. Rindo suavemente se apresentou a mim: Oi Peregrino, deixa te ajudar. Muito prazer. Também sou brasileira e vou iniciar segunda feira o meu caminho. Como você, creio... E disse seu nome: Alice. Sei que em vinte minutos saíamos da Oficina com os Passaportes de Peregrino nas mãos e fomos ao Albergue Municipal que nos foi indicado.
Foi esse nosso primeiro contato. Afinal todos que querem fazer o Caminho de Compostela são pessoas amigáveis, simpáticas, sorridentes, e prontas para ajudar.
Ela me disse que dormiria até mais tarde e iria caminhar aos poucos, para se conhecer melhor e iria parar em Orrisson, Eu iria até Roscenvalles. Sendo assim já nos desencontraríamos de início do Caminho.
E foi assim. Dia seguinte pulei da cama quatro da manhã e com a noite encapotada dentro de mim. Comecei a subir os Pirineus. Passei direto por Orrisson e segui até minha parada.
Era coisa de cinco da tarde, eu já banho tomado e descanso regular, quando vejo Alice chegando. Sorria mas mostrava estar bastante cansada. Afinal são 28 quilómetros de muita subida e muito seletiva mesmo.
Esperei que tomasse banho e ela estava faminta. Fomos jantar. Depois conversamos um pouco e fomos dormir... dia seguinte seguiríamos até Zubiri. E nesse trecho pouco ficamos juntos. Fomos mesmo nos ver melhor em Pamplona. Chegamos hora do almoço e tivemos a tarde toda para conversar. Ficamos íntimos. Dia seguinte até Puente la Reina e seguimos até Estela. Foi aí que nossa intimidade ficou maior e dormimos lado a lado no albergue. Depois até Los Arcos e Longroño e Nájera... em Santo Domingos de la Calzada tivermos oportunidade de deitarmos juntos, e assim o fizemos. Os peregrinos do caminho após uma semana já nos viam como marido e mulher, e estávamos mesmo sempre juntos e caminhando até de mãos dadas.
Combinamos de ficar um dia a mais em Burgos para melhor conhecer a cidade... e não ficamos em albergue, não, ficamos num hotel para peregrinos, com cama de casal e passamos juntos a primeira noite...
Foi maravilhosa... Alice se mostrou uma amante fenomenal. Muitas vezes ela ligava para o marido, aqui no Brasil, e enquanto ela estava espetada no meu cacete, conversava com ele numa boa. Nem parecia que estava fodendo...
Quando desligava o telefone ela me dizia: fui muito forte para ele não perceber, safado... mas adoro esses perigos...
Sei que fomos caminhando e fodendo todos os dias.
Novamente em Leon decidimos ficar dois dias na cidades e no albergue das irmãs Carbajal ficamos juntos, como marido e mulher, numa quarto particular...
Ali fodi seu cuzinho pela primeira vez.
Nossas trepadas eram diárias e até em Molina Seca, num albergue de brasileiros, ficamos juntos e fodemos juntos e muito...
No Cebreiro não foi diferente...
Sei que fizemos o caminho caminhando e fodendo muito...
Já em Compostela ficamos três dias e nossas fodas foram sensacionais. De retorno passamos pela cidade do Porto e em Lisboa nossa farra teve fim.
Voltamos em voos separados para o Brasil...
Já em casa, nos falamos até hoje no dia a dia e estamos programando para 2025 um novo retorno ao Caminho de Santiago... para caminhar e tirar o atraso. Temos tido pouco tempo para isso... mas prometemos que uma vez a cada quinze dias teremos uma tarde nossa. E isso tem acontecido desde 2023...
O Peregrino.
Não consigo pensar numa peregrinação mais prazerosa, show!