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Robson e Daniel estavam no almoxarifado arrumando as caixas.
- Eita porra! Foi aqui que tudo começou.
- Daniel, se lembre do que Seu Pedro falou, vamos evitar complicações pra nós dois.
- Só queria saber se ele viu tudo?
- Deve ter visto e pelo jeito gostou, mas tem o Arthur.
- Esquece ele. Ei, deixa eu te fazer uma pergunta: e ai gostou de dormir lá em casa?
- Sim, foi top, me ajudou muito, pois teria que pegar dois ônibus pra chegar aqui.
- Que tal você vim morar comigo? A casa é grande, espaçosa, a gente dividi as despesas e o quarto.
- Sério você está me chamando pra morar contigo? Cara, seria ótimo, mas tenho que pensar.
- E que tal eu fazer você decidir logo?
- Como?
- Assim!
Daniel pega Robson e tasca um beijo nele, empurrando contra a parede.
- Daniel, tas doido cara? - Fala Robson, empurrando o mesmo.
- Estou sim, doido na tua desde o primeiro dia que eu te vi, você me fez enxergar as coisas por outro ângulo, eu te quero comigo Robson, eu te desejo, eu sonho contigo, eu penso em você, cara vem morar comigo.
- Ok, ok, eu vou, até porque quero também ficar com você.
- E seus pais, o que você vai dizer?
- Que eu vou morar com um amigo e que pode ser futuramente meu namorado. E fica de boa que meus pais são mente aberta.
- Humm gostei dessa última palavra, futuro namorado.
- Então ok, vou falar com eles e levo minhas coisas pra sua casa.
- Hoje ainda?
- Não né, mas vou no outro dia.
- Então dorme comigo hoje?
- Calma, abaixa esse fogo.
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- Obrigado por me ajudar a comprar o Tênis.
- Estou aqui pra isso. - Fala Débora.
- Você sai de que hora?
- As 19:00 horas.
- Aceita sair pra tomar um chopp comigo?
- Aceito sim. - Responde Débora pra Breno, porém logo ela fica séria. - Desculpe perguntar, não quero ser invasiva, mas você não tem um caso com meu patrão?
- Sim, eu tive, mas nada sério, e eu não sou gay, sou Bissexual.
- Tudo bem, desculpe se eu fui intrometida.
- Nada, perguntar não tira pedaço e você fica linda com vergonha, então ficamos combinado de 19:00 horas, passo aqui.
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- Marina, minha filha, me ajude arrumar a casa.
- Me poupe, velha desgraçada, eu não nasci pra isso não. - Fala Marina, deitada no sofá, tirando foto, enquanto sua mãe passava pano no chão. Nesse momento Dona Suelen começa a passar mal.
- Marina, minha filha, me ajuda, eu não estou me sentindo bem.
- Começou a frescura. - Fala Marina, virando os olhos. - Se você acha que vai me comover com essa encenação de quinta categoria está muito enganada.
Nesse momento Seu Juan vem chegando do trabalho e ver a esposa pálida e sem ar. No mesmo instante ele corre pra socorrer a esposa, ele se vira pra filha e ver a mesma ainda deitada no sofá, mexendo no celular.
- Marina, você não viu sua mãe passar mal?
- Isso é frescura dela, a velha fica fazendo charminho.
- Frescura Marina? Eu ouvi bem você está falando que sua mãe passar mal é frescura?
- Frescura sim, agora da licença que eu vou pro meu quarto tirar selfie que aqui nessa sala tá um inferno. - Fala a mesma, se levantando.
Juan, movido pela raiva, toma o celular da mão da filha e joga na parede.
- Seu desgraçado, você não devia ter feito isso, seu filho da puta.
Nesse momento Marina cai sentada, com o tapa que Juan deu nela.
- Você me bateu, eu vou te denunciar.
- Dei um tapa e dou de novo, você está merecendo isso a muito tempo e quer saber de uma coisa? Fora dessa casa, até você aprender a ser uma pessoa digna não pisa mais aqui, me dói o coração por você ser nossa filha, mas eu cansei de ver como você trata a mim e a sua mãe, fora dessa casa.
- Eu que não aguento olhar na cara dos dois quando eu for rica eu vou ver os dois na rua pedindo esmola e em vez de eu dar dinheiro eu vou passar com o carro numa poça de lama que é o lugar de vocês na lama- Fala Marina indo pro quarto arrumar a mala onde logo depois ela sai sem olhar pra trás.
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Assim como prometido, Breno estava na frente da loja esperando Débora. Ele vestia uma camisa bege, camisa polo preta, com os cabelos penteados pra trás, esperava ela sair de dentro da loja. Lá dentro Luiza dava uns últimos retoques na colega de profissão.
- Pronto, só um retoque aqui e perfeito.
- Eu tô quase desistindo disso tudo.
- Nem pense nisso, se aquele bofe veio aqui e está te esperando pra sair nem pense em dar um bolo nele.
- Não é isso, é o medo de ele sentir algo ainda por seu Pedro e tentar me usar pra fazer ciúmes nele.
- Amiga, deixa eu te falar uma coisa: seu Pedro é um rapaz lindo, que qualquer homem ou mulher queria está do lado dele, porém você também é linda, então se valorize e se joga mulher.
- Mas é que Marina...
- Esquece aquela invejosa, se valorize e vá jantar com o bofe.
Débora saiu da sala dos funcionários e todos assobiaram pra ela.
- Eita que a noite vai ser boa. - Falou Daniel.
- Se jogue, só se lembre de que amanhã você trabalha. - falou Otávio.
- Deixa ela se divertir Otávio, deixa de ser estraga prazer, curta a noite, qualquer coisa eu lhe defendo. - falou Pedro.
Quando Breno viu ela vindo em sua direção, ele não conseguiu esconder a admiração de ver aquela moça tão deslumbrante vindo em sua direção.
- Nossa! Eu convidei uma moça pra sair, não imaginava que ia vim uma modelo de capa de revista.
- Eu tõ tão oferecida assim? - Fala Débora, abaixando a cabeça.
- Eu não lhe chamei de oferecida, mas sim de deslumbrante. - fala Breno, tocando o queixo dela. - Agora vamos, que eu reservei uma mesa pra gente no restaurante. - Fala o mesmo, abrindo a porta do Carro.
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Luiza chega cansada em casa, não era fácil pegar dois ônibus pra chegar no trabalho e voltar pra casa. E pra piorar o horário que ela largava era horário de pico, o que por muitas vezes fazia ela ir em pé, porém todo o cansaço se desfazia ao abrir a porta da casa.
- Mamãe, a senhora chegou! - falava o pequeno Tomás.
- Oh meu Filho, da aqui um abraço gostoso na mãe. – Luiza, apesar de ter apenas 19 anos, era mãe de Tomás, ela tinha sido mãe muito nova e foi abandonada pelo namorado, que queria que a mesma abortasse o filho, como ela não quis, acabou sendo abandonada.
Filha única, era órfã de Pai. E além do filho tinha que cuidar da mãe, que vivia em uma cadeira de roda.
- Luiza, você chegou já? Que bom!
- Sim dona Odete e obrigada mais uma vez por cuidar do Tomás e da minha mãe, depois eu lhe pago.
- Não se preocupe com isso minha filha, cuidar do pequeno Tomás é muito bom e dona Ângela não dá trabalho. Agora vou indo que vou ver como estão as coisas na minha casa, boa noite e amanhã estarei aqui.
Luiza vai até o quarto da mãe, encontra a mesma deitada assistindo a sua novela.
- Bênção mãe?
- Deus te abençoe minha filha! Como foi hoje no trabalho?
- Tudo bem mãe, seu Pedro é um ótimo chefe, sempre nos ajudando e nos incentivando.
- Sim, ele é um homem bom e que bom que ele lhe trata bem e lembre-se minha filha: sempre o respeite, não apenas como chefe, mas como ser humano, não é porque ele é gay que deve ser desprezado.
- Isso nunca minha mãe, se tem uma coisa que eu aprendi com a senhora foi que na vida temos que respeitar todos, independente de cor, religião, opinião e opção sexual. - Fala Luiza, dando um beijo na testa de dona Olivia.
A mesma se retira no quarto e vai tomar banho, após isso se deita no quarto com o filho, assistindo um desenho. E nisso ela começou a pensar o quanto era feliz, tinha um bom emprego e um bom chefe e no que dependesse dela Pedro nunca ia ter aborrecimento, então pouco tempo ela tinha adquirido um carinho especial pelo chefe.
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Marina estava puta da vida, não só pelo tapa, mas também por ter sido expulsa de casa. Ela nunca aceitava que era a culpada, pra ela tudo o que estava acontecendo de ruim tinha nome Pedro. Na verdade Marina era preconceituosa, não apenas com os gays, mas com religião e com cor, ela tinha ido pra uma pensão e a noite estava se arrumando pra ir pro ponto, quando um carro chamou a sua atenção, era o carro de Otávio.
- Otávio aqui? Hummm isso pode vim a ser um grande trunfo pra mim.
Escondida atrás de uma árvore, ela ver quando um rapaz chega no carro, tira a rola pra fora e Otávio começa a chupar o mesmo. Nesse exato momento ela tira o celular e começa a tirar várias fotos.
- Otávio, Otávio, você não tem ideia do quanto vai se lascar na minha mão e eu vou acabar contigo e com Pedro ao mesmo tempo.
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Finalmente chego em casa com Arthur.
- E aí, quer mesmo falar com meus pais?
- Claro que quero, mas antes quero uma coisa.
- O que?
- Isso. - Arthur pega minha cabeça e me puxa pra um beijo, logo após ele puxa minha cabeça pra baixo e quando vejo o mesmo estava com a rola pra fora, não tínhamos muito tempo, então dei o meu melhor, suguei a rola dele, babando ela toda, ia da cabeça a base e quando estava na cabeça eu aproveitava pra bater uma pra ele. Então não demora muito e ele acaba gozando na minha boca.
- Seu puto, me fez gozar rápido.
- Claro, estamos na rua, mas a noite teremos muito mais. - falo beijado ele e o fazendo sentir o gosto do gozo.
Entramos em casa, meus pais já estavam jantando.
- Pedro meu filho, tem um prato pra você e você Arthur fique à vontade. - Fala minha mãe.
- E só não tire a camisa de novo. - Fala meu pai, fazendo Arthur ficar vermelho e todos nós rimos.
- Antes de eu jantar quero falar uma coisa pra vocês dois. - começa Arthur. - Dona Ana, seu Magno, eu quero pedir a permissão de vocês dois pra poder namorar o Pedro, eu descobrir que o amo e que quero ficar do lado dele até o fim da minha vida.
- Oxi e desde quando pra meter rola no cu precisa de permissão? - Fala meu pai em tom de brincadeira, que logo se desfaz, por causa do olhar de repreensão de minha mãe. - Quer dizer, tudo bem meu jovem, você pode namorar o Pedro sim, apenas saiba que se o fazer sofrer você vai conhecer meu outro lado.
- Bem, o que eu posso dizer? Apenas que sejam felizes e sim tem minha bênção, pelo menos assim Pedro abaixa o fogo.
- Mãe, pelo amor de Deus.
- Não se preocupe, dona Ana, seu Magno, prometo fazer Pedro Feliz. - Fala Arthur me abraçando e me beijando.
- MAIS QUE POUCA VERGONHA É ESSA ARTHUR?
Quando nos viramos pra porta Arthur fica perplexo.
- Pai, Mãe, o que vocês estão fazendo aqui?...
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Uma delicia esse conto