Os Imorais falam de Nós - Capítulo 8


CAPÍTULO 8 – Em fim Juntos!

        Acordei no outro dia as sete em ponto e fui tomar o meu café.
        Não tinha ninguém na cozinha. A minha mãe não acordava tarde, mais eu fiz o menos possível de barulho e tomei um café rápido.
        Quando eu estava pronto, ela apareceu e perguntou:?        _ Vicente, fala a verdade, vocês realmente não têm aula hoje.
        _ Não. Se você quiser pode ligar lá na escola e perguntar.
        Não deu tempo de ela responder, porque o Caio buzinou.
        _ Tchau mãe.
        _ Juízo ta!
                Eu saí seguido por ela, e dei com um Caio apreensivo, de óculos escuros, mesmo não estando sol, e mais uma vez no carro do pai dele.
        Eu entrei no carro e ele saiu sem dizer meia palavra. Ele só foi falar alguma coisa quando já estávamos no posto onde eu tinha assumido a direção do carro da outra vez.
        _ Você quer dirigir?
        _ Não. Estou muito cansado. Dormi mal essa noite.
        Ele ia abastecer o carro e comprou algumas cervejas, e pro meu espanto uma garrafa de vodca e uma de vinho. Nós continuamos em silêncio absoluto até chegarmos ao sítio dele.
        No momento em que pisamos na casa, ele disse enquanto punha as nossas coisas na mesa da cozinha:
        _ Vem comigo, quero te levar num lugar. Ah e põe um shorts, vai ser melhor.
        Eu fiz o que ele queria, troquei a minha calça jeans, e pus um shorts.
        Nós saímos e fomos em direção aos fundos do sítio.
        Depois de mais ou menos dez minutos de caminhada, nós chegamos a uma clareira linda, onde a terra terminava num lago com uma pequena queda d’água. Lá batia um sol forte, que dava até pra sentir um bom calor.
        _ Caio! Que lugar lindo!
        _ Esse lugar eu quase não trago ninguém pra cá. Nem eu nem o resto do pessoal de casa. Nós não gostamos de muita gente vindo aqui.
        Ele tirou os sapatos e sentou em um banquinho de madeira à beira d’água.
        _ Vem sentar comigo aqui.
        Eu fui. Ele não falava nada. Mais não parava de me olhar, mesmo com os óculos eu podia sentir o fogo do olhar dele em mim.
        Eu esperei que ele falasse mais como isso não aconteceu, eu tomei a atitude:
        _ Caio, se for quanto à ontem, se você não quiser falar mais comigo, eu aceito, mais...
        Ele se virou pra mim e abriu um sorriso angelical.
        _ Vicente, como você é inseguro.
        Ao o ouvir falando o meu nome com fogo na voz e no olhar, eu finalmente pude entender.
        _ Caio, quer dizer...
        _ Ouça, não vô negar que você me assustou ontem. Eu não esperava sentir isso, mas...
        _ Ah, eu venho sentindo outra coisa por você já há muito tempo. Sempre dando um jeito de estar perto de você, ver você sem roupa, tocar seu corpo...
        _ E como você aguentou isso tanto tempo?
        _ Não sei. Mais ontem foi mais forte, eu não consegui controlar, não consegui me manter na razão.
        _ Sei.
        _ Mais, eu sei que pra você isso só foi uma experiência que você quer esquecer não?
        _ Vicente...
        _ Mais, olha, eu juro que isso não vai mais acontecer...
        _ Vicente, calma! Você mais uma vez tá interpretando tudo errado. Eu gostei do quê aconteceu ontem.
        _ Como assim? Você não prefere a Lívia?
        _ Bem, eu venho tendo uns desejos estranhos durante um tempo aí. E eu pedi um dia pra ela realizar algumas das minhas fantasias. Ela fez tudo o que eu tinha pedido, e o que fizemos ontem, eu já tinha feito com ela, só com um detalhe...
        _ Mais você prefere ela a mim né?
        _ Ouça: Eu e ela não temos mais jeito não. E tudo que você falou agora, eu sentia também, mais eu imaginava que eu tava confundindo com outra coisa.
O fato de querer ver você sem roupas, eu também dava umas olhadas quando agente tava no banho saindo da natação. E quando você entrou no banheiro anteontem pra me dar a toalha, eu quase pedi pra você entrar no boxe e tomar um banho também. Na hora que você saiu o meu pau tava tão duro que mais parecia um pedaço de madeira mesmo.
        _ E como você sabe que não tá confundindo nada agora??        _ Eu sei...
        Nessa hora ele pegou a minha mão na dele, e eu vi que ela estava meio fria, meio tremendo, e levou-a até o peito forte, colocando-a sobre o coração que batia rápido. Eu fiz o mesmo com a dele.
        _Você vê como eu posso ter certeza? E eu vejo como eu posso crer que você tem certeza do que você quer?
        Em movimentos lentos e firmes ele foi se aproximando de mim, e nós começamos a nos beijar. Em pouco tempo, estávamos os dois sem roupas rolando na grama.
        Ele ficou por cima de mim, me beijando, dessa vez era ele quem conduzia, fazia tudo como ele queria. Ele apoiou a mão no meu peito, e beijou o meu pau que estava quase explodindo. Em um movimento lento, mais forte, ele pôs o pau dele entre as minhas pernas e enquanto ele me masturbava, ele cavalgava sobre mim. Gozamos os dois quase que ao mesmo tempo.
        Depois disso, nós entramos no lago de água cristalina, e deitamos na grama um ao lado do outro de mãos dadas.
        De repente ele se levantou e ficando sobre mim de novo ele disse:?        _ Vicente, e agora?
        _ Eu to meio cansado pra fazer de novo...
        _ Eu não falo disso. Eu falo o que nós vamos fazer agora? Como vamos encarar os nossos amigos, a nossa família, em fim, como vamos fazer?
        _ Vamos dar tempo ao tempo. Nós somos amigos há muito tempo, já passamos a maior parte do tempo juntos. E até agente ter certeza de como vai ser daqui pra frente, nós mantemos em segredo.
        Ele me deu um dos olhares mais doces, e me beijou lenta, e longamente.
        Nós ficamos assim, por um tempo que pra mim pareceu minutos, mais na verdade foram horas. Nós estávamos tremendo e descobrimos que o sol já tinha se posto.
        Nós nos vestimos, e fomos pra casa. Quando nós entramos na cozinha, o Caio disse:
        _ Vamos tomar um banho quente, e depois eu preparo alguma coisa pra comer.
        _Caio, você na cozinha? Acho melhor agente ir até Pinda, e comer alguma coisa.
        _ Você nunca comeu nada que eu tenha feito. A não ser o pão com ovo...
        _ Que de tanta casca de ovo tava crocante...
        _ Mais essa era a ideia.
        _ Sei...
        _ Tá eu admito que tava ruim, mais é serio, eu melhorei mesmo.
        _ Que bom, porque se piorasse, seria um atentado a saúde pública...
        _ Você vai ver. Eu vô fazer uma massa, e você vai comer até o cu fazer bico.
        _ Tem outra coisa caso isso não dê certo?
        _ Sempre tem...
        Ele me beijou novamente, e me levou pela mão até o quarto dele. Ele abril uma porta do guarda-roupas, onde tinha um pôster dá Avril Lavigne pendurado, revelando uma coisa que eu tinha toda certeza do mundo, não fazia parte da planta original da casa. Dentro dessa porta onde deveria haver gavetas, tinha agora um banheiro pequeno, mais com a cara do Caio.
        Uma pequena pia com uma bancada, um boxe de blindex, e uma privada obviamente.
        _ Essa é mais uma das mudanças da casa desde a última vez que eu vim aqui com a minha família.
        _ Nossa! Você sempre quis ter um banheiro no quarto aqui não?
        _ Na verdade, eu queria um lá em casa também. Agora aqui, já é um começo.
        _ E tem mais alguma mudança que você não tenha me mostrado?
        _ Sim, mais essa eu acho melhor deixar pra depois...
        Ao dizer isso, ele me olhou com um olhar travesso, e me pegando com uma das mãos, enquanto a outra tirava duas toalhas brancas de uma parte do guarda-roupas, ele foi me levando pra fora do quarto.
        _ Caio, aonde nós vamos?
        _ Aguarde, é mais uma surpresa que eu tenho pra você.
        Ele me levou pro quarto dos pais dele. Eu sabia que aquele quarto era uma suíte, assim como o atual quarto dele. Ele abriu uma porta de madeira pesada, revelando um grande banheiro fortemente iluminado por luzes fluorescentes. Ele pôs as toalhas dobradas na bancada da pia de mármore e desligou as luzes, ligando outras mais fracas, deixando o ambiente à meia luz.
        _ Caio! Mais esse é o banhei...
        Minha boca foi calada com um grande beijo.
        Eu fiquei pasmo, enquanto ele ligava a banheira e punha algumas essências na água. Depois disso, enquanto a banheira enchia, ele saiu pro quarto, e ligou o som, bem baixinho, com uma música bem calma. Acho que era alguma do Tom Jobim.
        Lentamente ele começou a tirar a roupa. Pela primeira vez naqueles dias, eu estava com vergonha. Ele percebendo como eu estava, agachou-se a minha frente e em dois movimentos das mãos ágeis e fortes dele, ele tirou o meu shorts e a minha coeca, ficando de pé, ele tirou delicadamente a minha camisa, que nesse momento já estava ensopada de suor.
        Olhando fixamente dentro dos meus olhos, ele me beijou e me levo pra dentro da banheira com uma água perfumada, e agradavelmente quente. Ele me abraçou e começou a cantar a música que Jobim cantava no rádio do quarto.
        “Rua, espada nua
        Boia no céu, imensa e amarela,
        Tão redonda lua,
        Como flutua,
        Vem navegando o azul do firmamento...”
        Nesse momento eu lhe tapei a boca com um beijo sedento, e eu senti as mãos dele a afagar os meus cabelos com carinho.
        Nós nos lavamos como quem dava banho em uma criança de colo. Ele mantia um braço forte ao redor dos meus ombros, e com a outra mão ele me lavava. Depois foi a minha vez, eu mantive o meu braço apoiando as costas dele, e ao mesmo tempo, eu lhe fazia uma massagem e lhe lavava o corpo.
        Acho que ficamos nesse banho por um bom tempo, porque, quando nós saímos à água já estava bem mais fria que quando nós havíamos entrado.
        Eu peguei uma das toalhas brancas que ele tinha pegado, e comecei a me secar, ele fez o mesmo, e enrolando a toalha na cintura, ele disse:
        _ Vicente, espera aqui um pouco. Vô pegar uma coisa pra gente.
        _ Do que você tá falando?
        _ Faz o quê eu to pedindo, ta?
        Eu afirmei com a cabeça, e depois de um ou dois minutos, ele estava de volta com um roupão branco na mão e vestindo outro, com o emblema da seleção brasileira.
        _ Toma, põe esse.
        _ Mais a minha roupa tá aqui, e eu acho...
        _ Faz isso vai, seja divertido só um pouquinho ta?
        Eu atendi ao pedido. Afinal, eu já não conseguia impedir mesmo o meu cérebro de ser obediente quando se tratava do Caio.
        Ele pegou a minha mão e nós fomos pra cozinha, onde ele começou a preparar a tão falada massa, logicamente, não foi sozinho que ele atacou de mestre cuca, eu tava lá cortando, pegando, provando, e até fazendo. Ele pediu pra eu ajudar com o molho, ele não conseguia acertar o ponto, eu como sou de família italiana, ajudei sem muitas complicações.
        Uma hora depois, saía um macarrão à carbonara.
        Bem, pra ser sincero, eu só fiz a parte de dar o ponto no molho, o tempero, e o resto foi ele quem fez, ou mandou que eu fizesse.
        Nós nos sentamos na longa mesa da cozinha.
        _ Bem, agora vamos ver se eu sou ou não um bom cozinheiro...
        Ele nos serviu, e pondo o prato à minha frente disse:
        _ Prova, e fala se tá ou não muito bom.
        Eu pus a primeira garfada na boca morrendo de medo de estar uma coisa intragável, mais pra minha surpresa, estava uma delícia.
        _ Caio! Onde você aprendeu a fazer isso?
        _ Eu não disse que eu tinha melhorado?
        _ É meio difícil de acreditar.
        _ Ah, tem uma coisa que eu tinha esquecido.
        Ele se levantou, e foi até a despensa. Ele voltou com uma garrafa e duas taças de vinho.
        _ Eu tinha comprado esse vinho especialmente pra hoje, e eu acho que a minha mãe não vai se importar se eu usar as taças de cristal dela...
        Eu ri, olhando assustado pro vinho na mão dele. Pra mim ainda parecia um sonho.
        _ Ah, pra falar a verdade, eu acho q ela vai ficar bem brava quando ela descobrir que eu usei a taça de cristal... Ah mais que se dane. Ela não usa isso pra nada aqui.
        Ele nos serviu, e nós jantamos e tomamos vinho.
        Depois do jantar, nós fomos pro quarto dele, lá nós deitamos pra nós assistirmos TV, e logo ele estava encostado em mim.
        _ Caio, você não muda nesse sentido mesmo.
        _ Do que você tá falando?
        _ Você pode ter aprendido a cozinhar, ou mesmo a escolher vinho, mais ao fato de ser friorento... Ah isso você não muda nem em um século.
        Em quanto eu falava, eu notei que ele estava mais perto cada vez, e também que a minha cintura estava menos apertada.
        _ Caio! _ Eu falei e levantei um pouco a coberta pra olhar, e ele estava sem o roupão, e o meu estava desamarrado, e a mão dele repousava sobre a lateral da minha cocha. _ Você não tem jeito mesmo em?
        _ E você bem que gosta não?
        Eu ri, e deixei que ele tirasse o meu roupão. Em um movimento rápido, ele me virou de barriga pra cima, e ficou sobre mim. Eu pude sentir um grande volume surgindo no lugar do baixo ventre dele.
        _ Caio! Depois de comer?
        _ A sobremesa, não?
        Ele me beijou, e delicadamente, ele tocou o meu sexo, que estava pulsando um pouco.
        Depois de um tempo, ele se sentou sobre o meu peito, e fez com que os meus lábios tocassem seu sexo, rijo.
        _ Ah, claro que você pode não querer a sobremesa...
Eu abri os meus lábios, e aceitei tudo que ele quis naquela noite.
        Nós fomos dormir já era com toda certeza mais de meia-noite.
        Aquele fim de semana passou em um piscar de olhos, pois quando era domingo à tarde, nós nos sentíamos como se não tivéssemos passado um dia apenas juntos.
        _ Caio, eu acho que esse fim de semana vai ficar marcado pra sempre na minha memória.
        _ Na minha, você pode ter toda certeza que já está. E eu não pretendo tirá-lo nunca.
        Dizendo isso, quando eu já me preparava pra revidar, ele me tapou a boca com um beijo. Ele tava ficando cada vez mais profissional nesse quesito!
        Ele mais uma vez me fez a pessoa mais especial do mundo.
        _ Vamos senhor Vicente, porque, o mundo real nos aguarda.
        _ Nem fala... Por mim eu ficava aqui o resto da minha vida!
        _ Você não pensa direito às vezes não? Mais o que me preocupa realmente não e isso.
É o fato de que quando nós voltarmos pra São Paulo, nós vamos ter que ser muito cuidadosos...
        _ Realmente, nem fala.
        _ Mais isso agente deixa a cargo do tempo...
        _ Às vezes você me assusta sabia??        _ Eu só estou sendo sincero.
        _ Mais você está certo sim. Nós sabemos o quanto será difícil não?
        _ Sim. Não vai ser fácil nem um pouco.
        _ Mais enquanto não tem ninguém aqui que possa nos atrapalhar, ou muito menos nos julgar, por que agente não aproveita?
        Eu obtive como resposta um abraço dos mais carinhosos e um beijo terno e ao mesmo tempo, muito apaixonado.
        Quando eu estava com o Caio, as horas passavam muito rápido, tão rápido que eu nem notava!
        _ Acho que nós devemos ir agora não?
        _ Fazer o que não?
        _ Você quer ficar?
        _ Sim. Ficar aqui, com você é claro.
        _ A sim, e aí eu digo o que pra sua mãe?
        _ Que eu resolvi virar um vaqueiro, cuidar da terra, plantar e colher com a mão a pimenta e o sal...
        _ Eu acho que Zé Rodrigues não vai ajudar muito com eles não?
        _ Eu não vô.
        _ Ah ta.
        _ Só saio daqui se for obrigado.
        _ Tem certeza?
        Com um sorriso travesso eu fiz que sim com um movimento de cabeça.
        _ olha que foi você quem pediu!
        Ele se jogou sobre mim e beijou cada centímetro do meu corpo.
        _ E agora??        _ Só vô se for carregado!
        _ Você tá fazendo pirraça! Pior que criança pequena não?
        _ Quer que eu sapateie?
        _ Não. Sabe por quê? Se não eu vô ter que te por de castigo, trancado no quarto, e eu não quero pegar a estrada à noite.
        _ Só vô se for carregado...
        _ Essa é sua última palavra?
        Ele se afastou lentamente de mim.
        _ Sim.
        Em um movimento só dele, ele me pegou no colo, e me levou pro carro sem muito esforço.
        _ Olha, isso vai ter troco ta?
        Ele sorriu e me beijou mais uma vez. Trancou a casa, e veio sentar-se ao meu lado no banco do motorista. Ele ligou o carro, e em poucos minutos estávamos na Dutra.
        Eu fui cochilando praticamente a viagem toda. Nós íamos ouvindo Djavan, e quando chegamos em casa, discretamente, ele deu um jeitinho de ficar sozinho comigo. E nós pudemos ter uma despedida à nossa maneira.
        _ Eu vô pra casa agora, e vô ver se eu do um jeito de vir pra cá de novo. Aí quem sabe eu não durmo aqui pra gente ir pra escola amanhã juntos...
        _ Por que você não fica agora?
        _ Porque eu tenho que levar o carro pro meu pai. Ah, eu tenho uma novidade pra você!
        _ Boa?
        _ Sim, ótima!
        _ Conta aí!
        _ Meu pai falou que vai me dar um carro esse mês!
        _ Demorou! Agora vai dar pra curtir muito mais!
        _ Nem fala!
        Ele me deu um beijo rápido, e foi embora.
        Eu estava no meu quarto, quando a minha mãe entrou e disse:?        _ Vicente, eu não sou boba, o que está acontecendo com você e o Caio??        _ Nada mãe!
        _ Olha, você não tenta me enganar ta, porque eu vô dá um jeito, e descubro, e aí vai ser muito pior pra você, se for algo que vocês poderiam ter conversado comigo, ou com os pais dele.
        _ Ih mãe! O que tá te fazendo pensar assim??        _ Vicente eu não sou boba ta? Eu to de olho em vocês dois desde o dia que o Caio chegou aqui chorando e vocês ficaram trancados nesse quarto, e pelo que eu pude ouvir da conversa de vocês, vocês dois estão escondendo alguma coisa de mim e dos pais dele.
        _ Mãe se ele não quer que os pais dele saibam, eu não vô me meter, e muito menos, vô sair por aí contando pra todo mundo o que eu e ele conversamos naquele dia.
        _ Eu não sou todo mundo ta. Você sabe que você pode confiar em mim.
        _ Eu sei disso, e nunca duvidei. Mais se ele quiser, ele vai até você, e conta. Eu não vô ficar passando por fofoqueiro. Muito menos pro meu melhor amigo ta. E quando, ele quiser ele vai te contar, e quando ele achar a hora certa ele conta pros pais dele.
        Ela desistiu e saiu resmungando.
        Eu estava separando a roupa suja pra por pra lavar, quando o meu celular tocou.
        _ Alô?
        _ Oi Vicente!
        _ Oi, quem fala??        _ Você já esqueceu da minha voz?
        _ Ah oi Sarah! E ai como você ta?
        _ Eu to ótima, melhor mesmo. To com saudades de você e do Caio...
        _ Também você sumiu, mudou e não deu endereço pra ninguém.
        _ Ai credo! Eu tava me recuperando de uma perna quebrada ta.
        _ Nossa! O que aconteceu?
        _ Eu tava varrendo a minha casa, e tropecei na vassoura e caí sobre a minha perna de mau jeito.
        _ Ai Sarah, só você mesmo...
        _ Por isso que eu não fui na festa com vocês, e por isso que eu tenho faltado esses dias na escola.
        _ Sei.
        _ Você vai sair por um acaso?
        _ Não. Por quê?
        _ Eu tava querendo te ver.
        _ Vem aqui em casa então.
        _ Tá, daqui dez minutos eu to aí, ta?
        _ Tudo bem.
        _ Tá. Beijo!
        _ Beijo!
        Agente desligou. Na mesma hora, a campainha tocou.
        _ Nossa! Que pontualidade não?
        E rindo eu fui atender a porta.
        _ Caio?!
        Lá estava ele. Lindo, alto, usando uma calça jeans, o meu lindo Caio!
        _ Por que o espanto?
        Eu me afastei pro lado deixando ele entrar. Acho que eu tava com uma cara de idiota tão grande que a minha mãe disse:?        _ Vicente, fecha a boca, tá escorrendo baba já.
        _ Tá parecendo que você nunca tinha me visto.
        Eu sorri e falei:?        _ Vão vocês dois se catar ta? Vem pro meu quarto Caio eu to arrumando as coisas por lá.
        Nós subimos a escada rindo bobamente um pro outro. Assim que nós entramos no quarto ele fechou a porta e me prensou contra a parede, me beijando com força. Quando ele me soltou, eu pude dizer finalmente:
        _ A Sarah tá vindo aqui.
        _ verdade?
        _ Sim. Ela disse que tá com saudade.
        _ E quanto a nós dois?
        _ Acho que agente pode contar pra ela.
        _ Não sei não...
        _ Vamos arriscar.
        Nesse momento a minha mãe bateu na porta:?        _ Vicente, a Sarah está aqui.
        _ Tô descendo mãe.
        Depois de outro beijo, eu fui receber a minha amiga mais loca, mais a melhor de todas!


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Comentários


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basale Comentou em 03/03/2015

cade o próximo capitulo...????




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Os Imorais falam de Nós - Capítulo 8

Codigo do conto:
61207

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
24/02/2015

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