Os Imorais falam de Nós - Capítulo 14

CAPÍTULO 14 – Vicente
Um despertar de sonho!


        Eu dormi não sei por quanto tempo... Mais sei que fui acordado pelo Caio, como eu sempre tinha sonhado. Entre beijos e sacudidelas ele me dizia:
        _ Gatinho! Tá na hora de acordar! Acorda meu dorminhoco!
        Lentamente meio que fazendo charme, eu fui abrindo os olhos e abracei-o.
        _ Nossa! Me desculpa. Eu tava...
        _ Você precisava dormir um pouco. Mais deixa isso pra lá. Vai tomar um banho que nós vamos jantar na sua casa com os seus pais e a minha mãe.
        Eu olhei pra ele preocupado.
        _ Caio isso não...
        _ Convite do seu pai. Acho que ele sabe o quê ele tá fazendo não?
        Eu levantei e me dirigi ao banheiro. Nessa hora eu ouvi a mãe dele dizendo:
        _ Filho, eu vô dá uma saída, e já volto...
        _ Não esquece da hora mãe!
        _ Tá!
        Eu entrei no banheiro, liguei o chuveiro, e já tirava a minha roupa, quando ele entrou com uma toalha nas mãos e outra na cintura.
        _ Já que estamos sozinhos, eu pensei...
        Com um beijo eu tirei a toalha das mãos dele, e entrei no boxe. Em gestos lentos, ele tirou a que estava na cintura e me seguiu.
        _ Acho que você precisa de outra massagem pra relaxar...
        Sem esperar uma resposta minha, ele me tocou nas costas me provocando um arrepio que correu por todo o corpo. Nós tomamos o melhor banho da minha vida, e fomos nos arrumar.
        _ Filho, cheguei!
        Ele já tinha vestido uma bermuda, e eu vestia uma roupa que ele tinha me emprestado.
        _ Meninos? _ A mãe dele batia na porta. _ Posso entrar?
        _ Me olhando e vendo que eu já tinha posto a minha bermuda, e ele já de camiseta, disse:
        _ Entra mãe.
        Ela entrou com um sorriso largo no rosto, e me olhando nos olhos me abraçou e disse:
        _ O Alberto não vai poder ir conosco, mais disse uma coisa pra você: “Avisa ao meu genro que eu vô tá de olho nele”. E eu concordo... Mais agora eu sei por que o Caio gostou de você Vicente, digo ao ponto de chegar a querer ser seu... _ Por mais que ela não tivesse feito alarde na hora da verdade, eu notei que era difícil pra ela falar. _ Seu namorado...
        _ Imagina tia...
        _ claro, também pelo belo corpo que você tem Vicente...
        Meu rosto ficou vermelho nessa hora. Ah, ela já tinha me elogiado várias vezes, mais nunca em numa situação dessas. O Caio como sempre tava levando tudo na brincadeira, mais quando viu que já tava mais vermelho que um pimentão, disse com cara de garoto maroto:
        _ Olha mãe, ele eu não divido com ninguém... Nem com você.
        Nessa hora eles caíram na risada enquanto eu procurava um lugar pra me esconder, e o melhor que eu achei foi o guarda-roupas dele..
        _ Nossa Vicente! Vai entrar no armário?
        Sem graça ainda eu respondi:
        _ Não, só quero ver se vai ficar boa a camiseta...
        _ O querido, fica tranquilo, se você não quiser mais, eu não brinco.
        _ Não tia, fica tranquila. Eu juro que eu só queria ver se ficou boa a camiseta mesmo.
        _ Certo. Caio, eu vô trocar de roupa e nós já saímos tá?
        Ele concordou com um movimento de cabeça. Ela nem bem tinha fechado a porta, e ele já tinha me pego nos braços, e já me beijava.
        _ Você sabia que você fica lindo com vergonha?
        _ E você sabia que eu quase morri agora?
        Nós rimos e ele me soltou, indo terminar de se arrumar. Ele tava lindo! Vestia uma calça jeans, com uma camisa de abotoar, que deixava a mostra todo o contorno do peito definido dele.
        Depois de alguns minutos a mãe dele nos chamou da sala.
        _ Você tá bem Vicente?
        Com um beijo e um sorriso que não convencia muito eu disse que sim.
        Nós saímos e quando nós chegamos em casa, eu encontrei a minha mãe com uma cara de “eu tô aqui, mais só por obrigação”, e o meu pai com uma cara de “tipo,nem ligo pra ela , eu quero curtir a noite”.
        Minha mãe recebeu a do Caio e ele mesmo com tanta cordialidade, que nem parecia ela.
        Nós entramos. Depois de um tempo, nos sentamos à mesa, e jantamos.
Depois do jantar, meu pai chamou o Caio e eles saíram juntos dizendo que iam comprar mais cerveja. Minha mãe e a do Caio, conversavam como se nunca tivessem ficado sem se falar como era a verdade.
Depois de um tempo, eles voltaram sem as cervejas. Quando eu perguntei onde eles tinham ido e onde estavam as cervejas, eles só disseram:
        _ Espera que você já vai saber.
Eles estavam muito estranhos. Parecia que queriam esconder alguma coisa de mim. Mais eu não tinha a menor ideia do que era. Eu fui pro piano, e comecei a tocar a música que o Caio tinha pedido pra eu tocar no sítio dele. Não demorou muito pra mãe dele largar a minha e vir pro meu lado, pedindo músicas, e depois tocando umas também. Quando todos já estavam pensando em ir embora, Caio veio até o meu lado, e pôs a mão no meu ombro dizendo:
        _ Vicente, vem comigo que eu tenho uma coisa pra te mostrar.
        Sem entender nada, eu o segui pra garagem.
        _ O quê foi Caio.
        Sem dizer nenhuma palavra, ele me mandou fechar os olhos antes de abrir a porta. Meu pai também tinha vindo junto com a minha mãe e a do Caio.
        _ Só abra quando eu disser.
        Já meio de má vontade, eu fiz que sim com a cabeça.
        Eles abriram a porta e foram me levando pra fora.
        _ Pronto. Pode abrir.        Quando eu abri, um carro foi aberto. Mais quando eu ouvi o barulho do alarme, e quando eu vi que não era nem o carro do meu pai nem o da minha mãe, e o do Caio tava parado na rua, eu dei um pulo:
        _ Pai! Não creio!
    Com um sorriso enorme no rosto, meu pai disse:
        _ Seu presente de dezoito anos.
        Uma pena que a minha carta não chegou ainda.
        _ Entra lá Vicente.
        Ele me deu a chave, e eu entrei. Outro susto! Apoiada sobre o painel estava a minha carta.
          _ O loco! Chegou quando pai?
        _ Ante ontem.
        Eu acabava de ganhar uma Pagero jipe preta!
        _ Pai, você... Nossa pai! Valeu!
        Nesse momento inesperadamente, a minha mãe disse com a voz mais amarga possível:
_         Isso, comemorem, só eu vejo a desgraça que invadiu as nossas famílias!        E sem que ninguém pudesse impedi-la ela avançou sobre o Caio, e dando fortes tapas na cara dele dizia:
        _ Vô te ensinar a nunca mais perverter o filho dos outro seu moleque desgraçado.
        Em um pulo eu saí do carro, e me atracava com ela, pra tentar tirá-la de cima do Caio enquanto eu também tomava uns tapas perdidos. Meu pai veio no nosso socorro, e nós conseguimos tirá-lá de cima do Caio, e eu o empurrei pro meu carro, e sem pensar duas vezes eu sai da garagem cantando pneu.
_         você tá bem?
        _ Fica calmo Vicente.
        _ Eu não acredito nisso cara.
        _ Ela ainda não se acostumou...
        _ Não tem isso não Caio.
        Eu nem via pra onde eu tava indo, mais eu só sei que eu cheguei a casa dele.
        _ Eu vô ver isso. E depois eu vô ver se você vai precisar de alguma coisa.
        _ Não. A minha mãe já tá chegando.
        Eu olhei no retrovisor, e vi o carro dele estacionando atrás do meu. De dentro dele saíram o meu pai e a mãe dele.
        _ Filho!
        _ Caio, me desculpa, eu não consigo entender a Marisa.
        _ imagina Lucas... É tudo ressente...
_         Não tem nada disso Ângela.
        _ Bem, vamos entrar.
        _ Não eu e o Vicente vamos pra casa, e ver como tudo está por lá.
        Lentamente, eu pousei a minha mão na coxa do Caio, e comecei a fazer uma massagem nela.
        _ Acho melhor vocês darem um tempo aqui Lucas, afinal ninguém sabe o quê ela poderá fazer...
        _ Fica tranquila Ângela. Agora se ela tentar alguma coisa, eu vô tá mais atento. E com toda certeza nada vai acontecer.
        Nisso o Caio olhou pra mim com uma cara de pidão, e disse bem baixinho:
        _ Entra comigo, só um pouquinho...
        Meu pai virou nessa hora, e flagrou a cara dele, e eu me virando e dizendo:
        _ Eu vô entrar um pouco sim tia.
        Eu tirei a chave do contato, e logo estava fora do carro, ajudando o Caio a descer.
        _ Filho vamos, amanhã vocês têm escola...
        _ Eu vô ficar aqui com ele um pouco pai. Se você quiser pode voltar com o meu carro que eu volto a pé mais tarde.
        Ele me olhou e viu que eu não ia ceder sob nenhuma argumentação, e disse:
        - Eu vô a pé, mais não demora tá?
        Eu concordei com a cabeça, e ele se virou pra ir pra casa.
        Eu olhei no rosto do Caio agora com mais atenção, e notei um corte na sobrancelha, provavelmente causado pelo anel que a minha mãe usava, e um inchaço que aumentava no olho...
        _ Ela te deu algum soco Caio?
        _ Que me acertasse com vontade só um.
        Nós entramos e ele nem parou na sala. Foi direto pro quarto.
        _ Filho, fica aqui, deixa eu ver isso...
        _ Não precisa.
        Nessa hora eu notei que a voz dele tava tremendo. Eu ainda disse:
        _ Caio, vem cá deixa a sua mãe ver isso.
        Sem olhar pra traz ele disse:
        _ Não...
        Eu olhei pra mãe dele, e já me dirigia pra dentro pra segui-lo, quando ela me chamou:
        _ Vicente, você pode sentar um pouquinho aqui e conversar comigo?
        _ Claro tia.
        Eu sentei no sofá onde ela me indicou, e ela veio se sentar ao meu lado.
        _ Vicente, eu não recrimino vocês estarem juntos, e muito menos quero atrapalhar. Mais uma coisa eu vô te falar com muita fraqueza, e muito carinho: a sua mãe vai ser o maior empecilho que vocês vão ter. E vocês poderão sofrer muito com isso, se um não confiar plenamente no outro...
        _ Mais tia...
        _ Só escuta filho. Vocês se gostam, isso dá pra ver nos olhos, realmente se amam. Mais Vicente, nenhum amor resiste à traição, e a falta de confiança, que é a pior das traições.
        _ Mais eu não seria capaz de trair o Caio nunca na minha vida.
        _ Eu sei disso querido, e sei também que ele nunca será capaz de te trair. Mais querido, lembre-se do quê eu tô te falando hoje: vocês se quiserem continuar juntos, e felizes, têm que confiar plenamente um no outro, tem que entregar a alma nas mãos um do outro. Você me entende?
        _ Acho que sim tia.
        _ Certo. Outra coisa Vicente: eu estarei aqui sempre que você precisar. Mais eu só te digo uma coisa: você nunca traia a minha confiança e nem muito menos a do Caio.
        _ Mais tia...
        _ Eu só tô te dando um aviso. Eu sempre gostei muito de você, e agora gosto ainda mais, já que você faz o meu filho feliz. Mais se você fizer com que a felicidade dele se acabe por qualquer motivo, ou por alguma coisa que o magoe...
        _ Eu nunca vô fazer qualquer coisa pra magoar ele tia!
        _ Mais eu penso em coisas que você possa não fazer meu querido. Coisas que poderão fazer por você.
        _ Como assim tia?
        _ Fica tranquilo querido. Eu saberei a hora certa de te ajudar. Agora vá lá ver o Caio, e vê se ele faz um curativo, ou me deixa dar uma olhada...
Eu me Levantei e fui correndo pra ver como ele tava. Eu cheguei de mansinho e ele não reparou, e se assustou quando me viu. Ele estava deitado na cama e chorando.
        _ Caio!
        Eu corri ao encontro dele e o abracei.
        _ Caio! Não fica assim, ela nunca mais vai fazer isso...
        _ Vicente... Não é por isso... Você é o cara mais show que eu conheço... Mais assim...
_ tá tudo bem. Eu tô indo lá pegar as coisas pra fazer um curativo... Fica tranquilo que isso não se repete... _ Ele me beijou e nós ficamos abraçados por um tempo.
        Quando nós nos afastamos eu olhei na sobrancelha dele e vi que tava sangrando um pouco ainda.
        _ Nossa Caio! Onde tem coisa pra curativo aqui?
        _ Ah Vicente, não faz drama.
        _ Caio, tá sangrando ainda.
                _ Não precisa disso... Já já, para...
        Eu comecei dar beijos no pescoço dele e ele rindo disse:
        _ Vicente! Seu pilantra!
        _ E agora? Posso fazer o curativo?
        _ As coisas estão no armário do banheiro.
        Eu levantei e saí do quarto.
        Eu já estava a meio caminho do banheiro, quando a mãe dele saiu do quarto dela, e me chamou.
        _ E aí?
        _ Ele tá com um corte na sobrancelha... Mais eu já o convenci a fazer um curativo.
        _ Eu posso dar uma olhada? Eu vô pegar as coisas...
        _ Tia, eu acho melhor você deixar que eu faça... Pelo menos foi isso que ele me pediu...
        _ Certo... Eu vô pegar as coisas pra você... _ Ela me entregou uma maletinha com os produtos de curativo. _ Mais eu ainda acho que eu devia ir lá pra dar uma olhada...
        _ Melhor não por agora...
        Nesse momento ele me chamou do quarto.
        _ Vicente! Vem logo... E mãe, deixa ele...
        Ela deu uma risadinha sem graça, e me mandou ir.
        Eu entrei no quarto e a cena era bem diferente, ele já não chorava mais, já estava bem mais a vontade, já sem camisa, só de cuecas.
        _ Nossa! Acho que o trauma já passou não?
        _ Ainda não. _ Ele riu com cara de sem vergonha. _ Mais eu já tava incomodado com a calça jeans...
        _ Ah claro! Tipo, pijama nem pensar NÉ?
        _ Ah Vicente, para de fazer cu doce vai.
        Eu ri e pus a maleta na cama.
        _ Agora deita aí.
        Ele deitou e eu abri a maleta e peguei um algodão, e molhei com o anticéptico, e fui limpar o corte, que sangrava ainda um pouco.
        _ Nossa Caio! Ela fez um belo estrago aqui...
        _ Ah! Vai devagar com isso! Arde, pô!
        Ele puxou o ar entre os dentes.
        _ Ah, aguenta a mão aí um pouco.
        Depois de bem limpo, eu passei mertiolate e coloquei um band-aide.
        _ Ah! Vô ter que andar com isso no meio da testa?
        _ Puta Caio! Você é pior que criança!
        _ Você tá falando, por que não é você que vai ter que andar com isso colado na testa...
        _ Para de reclamar que podia ter ficado bem pior ta? Pelo menos você não vai ter que ir tomar ponto...
        _ Ah, para de ser dramático cara!
        _ Tô falando só a verdade. Mais eu ainda acho que seria bom ir ao hospital, sei lá...
        Nós ouvimos um carro parando na casa dele, e depois de alguns minutos o pai dele entrava chamando:
        _ Ângela?
        Ela respondeu do quarto, e ele passou direto, acho que nem reparou na luz acesa, e no carro parado na frente da casa.
        _ Acho que ele fechou com o cliente...
        Eu olhei no relógio, e levei um susto.
        _ Nossa Caio! Eu vô nessa, tá tarde!
        Ele levantou um braço, e já ia me abraçar, quando bateram na porta.
        _ Filho, posso entrar?
        Ele me soltou e disse:
        _ Entra pai.
        Ele deu uma piscadinha safada pra mim, e o pai dele entrou com uma cara de preocupação.
        _ E ai, como ta?
        _ Melhor... A mãe já te contou né?
        _ Sim.
        _ Mais o pior já passou pai...
        _ Será? Oi Vicente.
        _ Oi tio. Mais eu já fiz um curativo...
        _ Tô vendo... _ Nós rimos. _ Bem filho, eu vô indo, amanhã eu levanto cedo... E vocês têm aula...
        _ Tá pai.
        _ E outro detalhe... _ Ele levantou da cama, e olhando pro Caio disse: _ Põe uma roupa, não é muito agradável ver vocês tão juntos, e você sem roupas...
        _ Pai! Tô no meu quarto, qual o problema?
        _ Tá Caio... Boa noite meninos.
        Ele saiu e assim que ele fechou a porta, o Caio me agarrou e me deu um beijo.
        _ Fica aqui comigo Vi...
        _ Ah não faz essa cara! Hoje não dá realmente...
        _ Vai...
        _ Não mesmo Caio. Hoje não dá. Você tá vendo como tá tudo lá em casa não ta?
        _ Eu tenho medo...
        _ Fica tranquilo... Meu pai não vai deixar que nada aconteça. Se ele achasse que ainda tivesse algum perigo, ele já teria ligado, e dito pra eu ficar por aqui...
        _ Ah, fica vai...
_         Não dá mesmo.
        Eu dei um beijo nele, e me levantei.
        _ Amanhã vamos juntos pra aula NÉ?
        _ Sim. Eu passo na sua casa antes de ir pra escola.
        _ Deixa quieto eu passo aqui.
        _ Qual a diferença?
        _ Eu venho te buscar de carro...
        _ A Vicente... Não seja presunçoso...
        _ Ah deixa eu me mostrar uma única vez só ta?
        _ Tá. Mais só amanhã.
        _ Tá.
        Eu guardei as coisas que eu usei pra fazer o curativo dele e já ia pondo a maleta embaixo do braço, quando ele se levantou e vestiu um short e passou um braço pelo meu ombro e disse:
        _ Eu vô com você até o portão. E deixa que eu guardo isso.
        Ele foi ao banheiro e voltou me abraçando de novo.



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Comentários


foto perfil usuario flyrj19

flyrj19 Comentou em 11/03/2015

Ta cada vez melhor rs




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Os Imorais falam de Nós - Capítulo 14

Codigo do conto:
61779

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
09/03/2015

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