Em pouco mais de três horas, nós já estávamos de malas prontas, e já tínhamos pegado a estrada rumo a Ubatuba. Eu ia quieto durante a viagem, e me lembrava da outra vez em que eu estive naquela casa com ele, tinha sido em uma situação tão diferente, tão mágica, nós estávamos selando a nossa relação, estávamos consagrando de vez os nossos corações, de uma maneira interminável, indissolúvel.
Ele dirigia tranquilamente, e não tirava os olhos de mim, aliás, ele mantia um olho em mim, e o outro na estrada. Ele tinha olheiras fundas, e já demonstrava sinais de cansaço. Eu ficava preocupado, porque, pelo que ele me falou, e o meu pai também, ele mal tinha dormido, havia chegado à fazenda de madrugada. E os olhos já demonstravam sinais de cansaço, e eu fiz o mais sensato:
_ Caio, para no posto ali na frente, e me deixa ir dirigindo. Isso não vai dar certo! Você mal dormiu hoje. E sono e estrada não combinam.
Ele relutou um pouco ainda, mas acabou se rendendo. Depois de duas xícaras de café forte, nós estávamos mais uma vez na estrada.
Nós chegamos a Ubatuba por volta das três horas da tarde. A casa ainda conservava um quê mágico ainda, algo da última vez que nós estivemos lá.
Roupas tiradas das malas, banho tomado, comida pronta, almoço/janta, e por fim, sono e um descanso merecido.
No outro dia, nós acordamos cedo, e fomos tomar café. Uma mesa linda estava posta, e havia um bilhete:
“Divirtam-se meninos, mas, juízo hein? Beijos, papai.”
Bem, isso era a cara do meu pai mesmo. Nós estávamos comendo tranquilos, quando chegou um e-mail pra mim. Eu abri, e qual não foi a minha surpresa, uma nova foto, dessa vez o Caio com um cara bem mais velho que eu, e bem mais forte também... Eu comecei a rir, porque tinha uma coisa que era muito na cara, o Caio da foto, tinha cabelo preto, e o que estava sentado a minha frente comendo um pão, sem sombra de dúvidas tinha o cabelo loiro.
_ Nessa erraram feio hein?
Nós nos beijamos, e rimos mais ainda. Voltamos ao nosso café, quando o meu celular voltou a tocar. Dessa vez era meu pai.
_ Oi pai! Tudo bem?
_ Tranquilo filho. E aí, gostaram do meu café?
_ Sim, estamos desfrutando-o ainda.
Nós rimos, e eu contei do e-mail. Mais o mais estranho foi que ele não riu.
_ Ela já sabe filho.
Eu engasguei com o leite que eu estava tomando.
_ Sabe de que?
_ Que você não está na fazenda, que o Caio está com você, só não sabe que nós já descobrimos o plano sujo dela.
Eu fiquei com a cara de bunda tão grande, que o Caio pegou o telefone:
_ Lucas? Ela já sabe então?
_ Sim Caio.
_ E nós fazemos o que?
_ Ficam aí. Horas, mesmo que ela vá atrás de vocês, nós teremos muito a conversar. Eu estou descendo hoje mesmo. Só vô resolver algumas coisas que estão pendentes aqui em São Paulo, e vô. Ela vai me seguir, e nós terminamos de vez com essa história.
Nós conversamos por mais um tempo, e desligamos. Fomos direto a praia. Caio estava com um fogo especialmente alto, e quase fomos pegos por uma velinha que fazia uma caminhada saudável pela areia branca. Nem bem ela passou por nós, ele já me agarrou, e entre beijos, ele disse:
_ Você não imagina o quanto eu não esperei por isso!
_ Imagino sim. Afinal, eu esperei também.
Nós nos beijamos com mais fogo, e fomos pro mar...
O mar, onde tudo começou, onde nós fizemos os nossos votos, onde fomos completos pela primeira vez, completos em nós, em nossa alma, e no mar tinha que ser o nosso reencontro depois de tanto sofrimento, e de tanto tempo de espera triste. Lá nós nos entregamos ao desejo preso por tanto tempo, e tanta distância.
Eu nunca tinha visto o Caio dessa maneira, ele estava com tanta sede por beijo, por meus beijos, que nós quase não respirávamos. Aos poucos, nós fomos passeando as nossas mãos pelos nossos corpos. Nossos corpos, que já se completavam, ele me abraçou, e entre beijos e carinhos, eu fui sentindo algo que não sentia há muito tempo, o volume crescente entre as pernas grossas dele, nesse momento, eu falei a primeira palavra desde então:
_ Como eu tava com saudade de você!
Minha mão desceu até sua sunga, e a desamarrou, baixando-a logo depois. Aquele volume lindo se mostrou pra mim. Lindo, branco, simplesmente me deixando mais louco ainda. Como na nossa primeira vez, naquele mar, naquela praia, naquela casa, eu abocanhei com gosto o pau do meu amado. Nossos gemidos eram ouvidos a distância, mais nós já não nos importávamos, afinal, as ondas estavam forte, e nós tínhamos que ficar equilibrando pra não ir cada um pra um lado. Quando ele estava prestes a gozar, e meu pau já doía de tão pouco espaço dentro do tecido apertado da sunga, ele tirou rapidamente o pau da minha boca, e me beijou, tirando a minha sunga. Eu nem tive tempo de esboçar alguma reação, ele já estava com o meu pau na boca, me fazendo ir às nuvens, ir ao céu do prazer. Ele lambia minhas bolas, e me chupava com vontade. Eu estava curtindo muito aquilo, quando vejo uma figura observando tudo a distância, mas, quando eu pensei em falar alguma coisa pro Caio, a figura desapareceu. Eu estiquei a minha mão e segurei com força o pau dele, que estava tão duro quanto antes, e comecei a masturbá-lo. Nós dois nos separamos por uns segundos, eu mergulhei, e sai por traz dele, encoxando com vontade reprimida.
_ Puta Vicente! Não f... Faz isso!
Eu virei o rosto dele, e nós nos beijamos longamente, enquanto meu pau encontrava seu destino, dentro da pessoa que eu tinha escolhido para ser o meu amado, ser o meu amor na vida toda. Nós nos beijávamos, e o prazer do momento era pleno. Quando eu estava para gozar, ele bruscamente se afastou de mim, vindo por traz, e dizendo:
_ Minha vez de matar a saudade que eu estava.
Sem eu ter tempo de dizer qualquer coisa, ele colocou o pau dentro de mim. Nós dois estávamos totalmente loucos, totalmente entregues ao prazer. Quando ele ia gozar, eu gozei também, sem nem ter tocado no pau. Acho que eu nunca tinha gozado assim na minha vida, nunca naquela quantidade. O gozo dos dois foi tão intenso, que na mesma hora nossos paus amoleceram.
Nós nos abraçamos, e o beijo mais delicioso foi trocado. Nós nos limpamos, eu tinha porra até os cabelos, e voltamos pra casa, os dois muito contentes.
Quando nós entramos, algo nos sobressaltou: As portas que tínhamos deixado fechadas, e o silêncio que deveria estar não estavam lá.
_ Quem será que tá ai?
_ Pode ser a dona Lurdes que veio limpar...
_ Não sei...
_ Você acha o que?
_ Que pode ser...
_ Eu vi alguém nos olhando agora pouco...
_ E porque você não falou nada?
_ Porque, quando eu ia falar, a pessoa ou seja lá o que fosse, já não estava mais lá.
Ele me olhou com cara de desconfiado.
_ Você conseguiu ver quem era?
_ Não... Você acha que é a minha...
_ Por que não seria?
_ Hei meninos! Vocês estão aí há muito tempo?
Nós olhamos e vimos meu pai, de roupão vindo de dentro da casa.
_ Pai!
Nós corremos rindo, e nos abraçamos.
_ Nossa Lucas, você nos deu um puta susto.
_ Dei não.
De traz dele, veio Ângela, e o Alberto, os pais dele!
_ Mãe! Pai!
Outro abraço longo.
_ E não parou por ai não.
_ Como assim mãe?
_ O Fernando também veio. Mais ele saiu pra procurar vocês pela praia... Vocês não se cruzaram por ai não?
Nós nos olhamos, e rimos.
_ Não...
_ Bem, ele já deve voltar. Olho, eu acho que vocês devem ir tomar um banho... Você principalmente Caio! Tem areia até na sua cabeça!
Mais meia hora de risadas, e nós fomos subindo as escadas, e meu pai falou:
_ Obrigado por deixarem o quarto livre...
_ Ah pai! _ Eu me virei na escada. _ Nós já trocamos...
_ Tô brincando filho. Pode ficar por lá mesmo.
Nós entramos, e fomos tirando a roupa...
_ Calma Caio. Vamos mais devagar agora...
_ Aqui, você acha que quem você viu na praia nos olhando era o Fernando?
Eu ia em direção à janela do quarto, e olhei pra areia, e vi uma pessoa andando de longe. Ele veio juntar-se a mim, e nós olhamos a pessoa que caminhava, aos poucos ela ficou identificável.
_ Sabe, quando você me perguntou, eu tinha dúvidas, mais agora que eu tô vendo ele andando vindo pra casa, eu tenho certeza. Foi ele sim!
Nós explodimos em mais outra meia hora de risos incontidos. Nós fomos tomar banho. Depois de trancarmos a porta, é claro.
Só n traumatiza o cara kkkk