Os Imorais falam de Nós - Capítulo 11


CAPÍTULO 11 – O Pedido

        Depois de todo esse tempo sem manifestar nenhum movimento, eu estiquei a minha mão e peguei o anel gravado com o meu nome, e já me preparava para por no dedo dele, quando ele me deteve.
        _ Não... Mais calma.
        Ele tomou a minha mão direita, e eu o imitei.
        _ Vicente, você é a coisa mais importante na minha vida desde o dia em que você me mostrou o seu amor. Eu quero ter você pra sempre ao meu lado, e viver com você todos os momentos a partir de hoje, com algo maior que o amor de irmãos ou de amigos que já existia e não desaparecerá mais se juntará a esse novo modo de amar que você me mostrou. Eu quero que você seja oficialmente desde agora, o meu namorado! Você quer?
        Uma lágrima brincava no meu rosto. Eu não tinha voz para responder, as lágrimas começaram a brotar com um pouco mais de intensidade que o antes. Eu juntei as minhas forças, e respondi com uma voz embargada pelo choro:
        _ Só se eu não estivesse no meu perfeito juízo eu recusaria! Mais me diga você primeiro agora: Desde o mesmo dia que você, eu tive total certeza que você era a pessoa que eu vinha procurando há muito tempo, eu quero estar a seu lado por todos os dias da minha vida, mais eu só posso fazer isso, se você me responder outra pergunta. Você quer ser meu, ser o meu melhor amigo, mais que já é meu irmão, mais que agora, meu confidente, meu amor! , quer ser a pessoa que me trará a felicidade a partir do fato de estar respirando, que seja pelo telefone. Caio você quer ser meu... _ Uma onda forte de lágrimas minhas e dele cortou as nossas palavras. Quando eu consegui retomar o fôlego novamente, eu continuei cortado por alguns soluços. _ Você quer ser o meu... meu namorado, meu amante, meu amigo, meu confidente, meu...
        Ele me interrompeu e com a mão trêmula ele segurou a minha mão direita e disse:
        _ Vicente, essa aliança é o sinal do meu amor, e da minha fidelidade! Enquanto você usá-la, eu estarei a seu lado por todo o tempo, e por tudo que você precisar!
        Ele colocou o anel no meu dedo, que entrou com perfeição.
        As lágrimas de emoção fluíam livres pelos nossos rostos. Eu peguei a mão dele como ele tinha feito comigo.
        _ Caio, essa aliança é o sinal do meu amor, e da minha fidelidade! E mais que isso, é a prova de que eu te amo mais que a minha própria vida, mais que a mim mesmo! Eu juro te amar e proteger por toda a minha existência!
        Eu coloquei o anel no dedo dele. Mais uma vez as lágrimas desceram incontroláveis pelos nossos rostos.
        Ele retirou delicadamente a mão da minha, e com um dedo, ele passou a secar as lágrimas que caíam sem qualquer controle.
        Depois de um tempo, um abraço quente foi trocado, e cada lágrima que escorria do rosto do meu amado, foi beijada por mim.
        Nós nos acalmamos depois de um tempo, e ele servil mais duas taças de vinho, e ergueu a dele com ar solene, e disse em alto e bom som:
        _ Vicente, você me fez hoje o cara mais feliz do mundo! Um brinde a você!
        Eu disse erguendo a minha taça:
        _ E você Caio, me mostrou o que é realmente ser amado, mais eu quero propor um brinde ao nosso amor, a nós, e que agente fique cada vez mais junto!
        Depois disso, o som do cristal se encontrando, e depois de mais um gole, outro beijo selou definitivamente a nossa agora relação de namoro!
        Quando nós nos separamos, ele ficou sério.
        _ O que foi?
        _ Mais ainda tá faltando uma coisa.
        Ele se levantou com um ar misterioso.
        _ Tem mais alguma coisa faltando? O quê mais falta?
        _ Eu tinha dito que isso tinha que ser em um lugar especial pra mim e você.
        _ Sim, eu lembro. Mais aqui...
        _ Essa casa realmente é muito especial, pra mim e você eu tenho toda a certeza. Afinal, foi aqui que você deu o seu primeiro beijo, foram nas areias dessa praia que eu... Bem, foi aqui que eu comi alguém pela primeira vez, e eu sei muito bem que foi nessa cama a sua primeira vez... Em fim, isso basta?
        _ Sim. Mais o que...
        De uma vez só tudo começou a fazer sentido na minha cabeça.
        Ele pegou a minha mão e retirou o anel delicadamente, fazendo o mesmo com o que eu havia posto na mão dele. Com um sorriso nos lábios ele disse:
        _ Venha.
        Ele segurou a minha mão, e nós fomos pra cozinha de novo, mais dessa vez, ele me conduziu para a sala ao lado, onde tinha uma porta de vidro que nos mostrava o jardim da parte de traz da casa, onde a poucos passos via-se o mar e a areia branca a se estender no horizonte.
        _ Caio! Eu não to vestindo nada, nem você!
        _ E qual o problema?
    _Nós estamos na praia. Hoje é domingo.
    _Já passa das dez, e outra coisa, não é época de temporada, nem muito menos feriado. Acho que nós não vamos cruzar com ninguém pelo menos a uns dois quilômetros...
        Mais uma vez um sorriso lindo e deslumbrante brincou no rosto do meu amado. Ele abriu a porta com uma das mãos e nós continuamos.
        Assim que eu pisei no gramado, ele me abraçou mais apertado, e uma brisa gelada soprou vinda do mar. Nós continuamos a despeito, e quando nós pisamos na areia, uma lua cheia e deslumbrante se mostrou, em um céu cheio de estrelas. Uma lágrima fina desenhou o contorno dos nossos rostos.
        _ Agora acho que posso dizer que tudo será completamente como eu queria, e tinha planejado. Mais tem uma coisa que agente deveria ter feito antes de chegar à areia... Mais deixa, assim terá mais graça.
        _ Como assim Caio?
        _ Vem.
        Nós estávamos chegando já nos limites da areia com o mar, e ele não parava de andar. Quando as ondas baixas começaram a lamber os nossos pés, ele andou o suficiente para ficarmos em um lugar onde sempre tivesse água.
A mão forte e delicada dele desceu sobre a faixa que prendia o roupão à minha cintura e em um único movimento ele tirou-o do meu corpo, e fez o mesmo com o que ele usava. Dobrou os dois, e foi até a areia e colocou um ao lado do outro dobrado. E nu, com o corpo arrepiado pelo vento, ou mesmo pela excitação, ele voltou para onde estávamos no começo de tudo.
        _ Vicente com o mar como testemunha, eu quero ser teu de hoje até o fim dos nossos dias.
        Nesse momento, como que concordando com o que ele havia dito, o mar mandou uma grande onda que nos molhou, e onde ele mergulhou as alianças, como a benzê-las, e eu me senti nesse momento outra pessoa.
        _ Caio, eu quero ser seu, de hoje até o meu último suspiro.
        Tremendo e molhados, ele pegou a minha mão e me conduziu até um lugar mais profundo onde a água já nos batia pra cima da linha da cintura.
        _ Vicente, eu te amo!
        _ Caio, eu te amo!
        As lágrimas rolaram novamente, e ele pegou as alianças, e nós agora definitivamente estávamos juntos, com a bênção do mar.
        Ele me abraçou, e choramos juntos e abraçados.
        Um beijo quente, e carinhoso foi trocado, junto com uma carícia terna.
        Ele não demorou, e ficou agora eu tinha certeza, excitado, não só pelo tremor que vinha em ondas uniformes, como pelo volume que se pronunciava na cintura dele.
        _ Vicente, você topa aqui na praia, no mar...
        A minha resposta foi um beijo que o deixou atordoado.
        Ele se abaixou e fez com que o seu pau em brasas apesar da água fria, tocasse a parte interna das minhas coxas, o que me deixou extremamente excitado.
        Entre beijos e carícias, gemidos e leves movimentos das nossas cinturas, eu senti mais uma vez o meu Caio gozando em mim. Ele tirou o seu pau de mim, e abaixou-se e com uma língua quente ele lambeu todo o corpo do meu pau, que agora estava explodindo de tanta excitação. Não demorei muito pra gozar na boca dele, já que ele me masturbava enquanto tinha o seu desejo realizado.
        Nós dormimos nus e sujos de areia na cama gigante onde, muitas vezes eu tenho certeza, meu pai e minha mãe já tinham feito coisas parecidas com o que nós tínhamos acabado de fazer.
_         Bom dia meu anjo!
        Eu acordei com ele ainda sem roupas, mais lindo como sempre, sorrindo pra mim e com uma bandeja de café da manhã nas mãos.
        _ Já faz tempo que você acordou?
        _ Um tempinho...
        Eu olhei no relógio na mesinha de cabeceira e levei um puta susto.
        _ O loco! Duas horas da tarde! Agente tem que ir embora!
        _ Calma, eu combinei com a sua mãe que nós estaríamos lá em Sampa, mais tarde, ou melhor, já à noite.
        Eu sorri mais uma vez, ele tinha conseguido convencer a minha mãe de ME deixar matar aula sem nenhum motivo, e ainda voltar de noite! Ele realmente é o cara!
        _ O que foi Vicente?
        _ Nada. Por quê?
        _ Você ficou distante de repente, com um sorriso estranho...
        _ Tava pensando em nós dois...
        _ Eu pensei bastante nisso hoje... Eu tenho medo de como vai ser quando a gente contar pros meus pais, ou pros seus...
_         Eu acho que vai ser mais fácil que a gente pensa.
        _ Não sei...
        _ Caio, vamos pensar em outra coisa aqui não?
        _ Você tá certo Vicente, vamos tomar café.
        Ele tinha feito uma vitamina de frutas, e tinha pão com queijo e presunto.
        Com carinho, ele punha a mão sobre a minha perna onde a bandeja estava apoiada.
        _ Eu já te falei que você é um máximo Caio?
        _ Hoje não...
        Eu sorri e olhando nos olhos dele eu disse:
        _ Eu te amo, meu anjo!
        Ele me beijou lentamente.
        _ Vicente, você é a coisa mais importante na minha vida agora, sabia?
        Nós terminamos o café, e fomos pra praia, onde os nossos roupões tinham ficado dobrados no mesmo lugar que ele tinha deixado.
        NO fim do dia, já de banho tomado, e prontos pra encarar o mundo que nos esperava em São Paulo, nós entramos no Fox dele, e subimos a cerra.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Os Imorais falam de Nós - Capítulo 11

Codigo do conto:
61533

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/03/2015

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