Os Imorais falam de Nós - Capítulo 16

CAPÍTULO 16 - Depois do susto

        _ Vicente?
        Eu acordei meio atordoado e tentava me levantar, mais uma mão delicada me impedia.
        _ Fique deitado meu querido.
        _ Onde eu tô?
        Tudo parecia estar em outra dimensão. As vozes vinham de longe, parecia um rádio na AM.
        _ No hospital.
Eu tentei falar mais tudo ficou quieto novamente.

***

        Eu acordei mais lúcido dessa vez.
        Quando eu abro os olhos, vejo uma enfermeira ao meu lado sorrindo:
        _ Acordou! Como você se sente?
        _ Meio tonto...
        Ela pôs uma mão na minha testa, pra medir a minha temperatura.
        _ Há quanto tempo eu to aqui?
        _ Dois dias.
        _ Nossa!
        Eu dei um pulo e fiquei sentado. Tudo rodou nessa hora, e ela me deitou de novo.
        _ Calma meu querido.
        A voz dela me fez lembrar vagamente alguma coisa no passado.
        _ Tá. Mais o que aconteceu?
        _ Você teve uma crise de estresse forte, e desmaiou na sua casa. Seu pai e seus amigos vieram te trazer aqui.
        _ Meus amigos?
        _ Sim. E um deles não foi embora nenhum minutinho se quer.
        _ Quem?
        _ Um bem parecido com você. Alto, cabelos compridos também, e forte...
        Ela descreveu o Caio!
        _ Ele não foi embora nenhum minuto?
        _ Não. Só saiu daqui arrastado pra dormir. Mais de resto, saia da escola, vinha direto pra cá. Vocês são irmãos?
        Eu quase disse namorado, mais achei melhor não dizer nada.
        _ Não. Somos apenas amigos.
        _ Muito amigos não?
        _ Sim.
        _ Eu vô lá fora ver os outros quartos. Se ele tiver aqui, mando ele entrar ta?
        _ Tá...
        Eu já sentia o torpor voltando pra meu corpo.

***

        Eu dormi mais uma vez e não sei por quanto tempo.
        Quando eu acordei, tudo estava escuro. Eu ainda me sentia meio torpe, mais lutava pra ficar acordado. No escuro do quarto, eu pude notar um vulto silencioso.
        _ Caio?
        O vulto se virou em minha direção, com um livro na mão.
        _ Não filho. Tudo está bem. Ele esteve aqui com você o tempo todo, mais agora foi pra casa descansar.
        Eu tentei falar, mais o torpor me vencia.
        _ Durma mais Vicente. Quando você acordar de novo, tudo vai estar melhor.

***

        Eu acordei de novo, dessa vez me sentindo melhor. O torpor já tinha me deixado em paz. O quarto estava novamente com pouca luz, uma luz fraca que vinha do banheiro eu pensava.
        Me movendo muito lentamente na cama, pra não chamar a atenção de ninguém, de nenhuma enfermeira que estivesse lá. Quando os meus olhos se acostumaram, eu pude ver:
        _ Caio!
        Lá estava ele! Como sempre ao meu lado nas horas boas assim como nas ruins.
        _ Caio!
        Eu não estava acostumado com a minha voz mais, ela parecia estranha aos meus ouvidos...
        _ Você tá bem?
        _ Sim.
        _ Eu vô chamar a enfermeira...
        _ Não precisa.
        _ Larga de ser criança Vicente!
        _ Não sou criança. Só não aguento mais dormir.
        Ele riu.
        _ Mais ela pediu pra que eu a avisasse quando você acordasse.
        _ Só se for...
        _ Chega. Eu vô chamá-la. Ela saiu daqui a pouco.
        Ele já ia saindo quando eu o chamei:
        _ Caio?
        _ Fala.
        _ Eu to com saudade de você...
        Ele voltou e me deu um beijo leve e rápido.
        _ Depois nós vamos ter tempo de sobra pra matar essa saudade.
        Ele saiu.
        Eu estava perdido em meus pensamentos quando ele voltou com a enfermeira.
        _ Então, como você se sente?
        _ Com certeza, muito bem, pronto pra sair daqui.
        _ Isso nós vamos ver.
        Ela pegou uma agulha e me espetou o braço.
        _ Pra que isso?
        _ Um exame de sangue. Você passou por um grande stress. Por isso você ficou internado.
        Eu não falei nada depois disso. Ela terminou de fazer suas obrigações, e depois disse:
        _ Eu vô mandar um enfermeiro pra vir te ajudar a tomar banho. Mais tarde, depois que você comer.
        _ Eu não preciso de ajuda pra isso. Muito obrigado.
        _ Se você quiser, eu o ajudo, ai não precisa de enfermeiro.
        _ Melhor então. Mais nada de pensar em tomar banho sozinho viu.
        Eu amarrei a cara. Como eu odeio depender dos outros.
        _ Mais tarde eu volto pra ver se tudo está bem.
        _ Sim. Se ele precisar de alguma coisa eu te chamo.
        Ela sorriu e saiu do quarto.
        _ Mais você é um problema hein.
        _ Eu não preciso de ajuda pra nada ta. Estou ótimo.
        Dizendo isso eu levantei e sentei na cama ficando tonto na mesma hora.
        _ Não precisa de ajuda né. Cala a boca e não reclama. Já fiquei tempo demais sem você. Chega por hora não?
        Eu sorri e olhei nos olhos dele. Havia algo de novo lá. Uma coisa diferente... Como se ele tivesse guardando um segredo...
        _ Caio, você tem alguma coisa pra me contar?
        _ Eu? Tá louco...
        _ Você tá estranho...
        _ De fato tem coisas que aconteceram, mais eu não posso te contar.
        _ Por quê?
        _ Porque, seu pai me proibiu.
        _ Como assim Caio? Explica isso direito.
        _ Eu não posso, já te disse isso. Mais ele vai te contar logo, logo.
        Nisso entra outra enfermeira com uma bandeja de comida.
        _ Pronto! Vamos comer?        
        Eu olhei pra sopa de legumes que ela trazia, e que não era nenhum pouquinho convidativa.
        _ Só isso?
        _ Você vai comer um pouco hoje, amanhã vida normal.
        _ Pode deixar que eu o faço comer tudo. Não se preocupe.
        Ela pôs a bandeja na mesa ao lado da minha cama, e saiu.
        _ Pronto. Muito bem.
        Ele deu uma olhada pra sopa, e torceu o nariz.
        _ Tudo bem, não tá lá essas coisas... Mais faz um esforço...
        Eu o olhei emburrado.
        _ Que nojo Ca!
        _ Seu filho da mãe! Isso é trapaça!
        Ele riu largamente.
        _ Essa é uma arma de quem quer ser um advogado não?
        Dizendo isso, ele pegou a colher e me empurrou a sopa goela a baixo.
        _ Ai Caio, você é foda mesmo viu.
        _ Anda logo Vicente, toma sem reclamar, Nem tá tão ruim assim.
        Dizendo isso, ele pôs uma colher na boca, e me olhou com uma cara estranha.
        _ Tá bom. Você venceu. Tá ruim pra cacete!
        Eu sorri largamente:
        _ Eu não disse que era ruim?
        _ É ruim, mais é isso que você tem pra comer. Agora anda logo. Ou você quer que eu chame a enfermeira?
        Eu olhei pra ele com cara de cachorro pidão, mais vi que ele tava falando sério.
        _ Tá Já que eu não tenho outra opção.
        _ exatamente É isso ou ficar com fome. Ou melhor, alimentação por hora. Que tal uma sopinha?
        Eu não disse mais nada. Como resposta eu abri a boca, e a contra gosto, eu tomei a sopa sem dizer mais nada. Tava na cara dele que ele tava com pena de me ver comendo aquilo, mais ele me olhava como quem dizia:
        “Eu sei que é ruim, mais vai ser melhor isso por agora. Depois eu prometo te recompensar.”
        Ele terminou de forçar a sopa na minha garganta, e me olhou com um sorriso maroto:
        _ Vamos agora...
        _ Vamos onde?
        _ Tomar um banho, ué.
        Ele não tinha percebido que quem tinha falado agora era a enfermeira.
        _ Ah, ele quer tomar um banho? Certo vô chamar um enfermeiro pra ajudar.
        _ Não é preciso. Eu ajudo. Pode ficar tranquila.
        _ Gente! _ Eu intervi. _ Eu estou perfeitamente bem. Posso me virar muito bem sozinho...
        _ Você fica na sua.
        _ Mas...
        _ Eu vô ajudá-lo. Pode ficar tranquila. Se nós precisarmos de alguma coisa, eu chamo sim?
        Ele olhou com uma cara de “Vá cuidar de outro paciente”, e ela pegou a bandeja com a sopa, e saiu.
        _ Em fim... Vamos agora?
        _ Vamos onde criatura que ainda não entendi.
        _ Tomar banho ué. Ou você não quer?
        _ Claro que sim. Mais eu quero tomar banho sozinho não? Afinal...
        Ele me olhou com uma cara de: “Você não sabe o que vai perder”...
        _ Tá. Já que você não quer...
        Ele fez uma cara de safado, que eu confesso, não consigo resistir.
        _ Caio, você é foda cara! Tá bom, vamos lá.
        Eu sinceramente não tinha pensado em nada, mais quando nós entramos no banheiro, e ele começou a tirar a minha roupa, eu notei nos olhos dele uma luz de tesão recolhido sem igual.
        _ Cai...
        Ele me tapou a boca com um beijo.
        _ Você não faz ideia de como eu to esperando por isso... Ou sabe?
        Eu estava atônito com tudo, e a única coisa que eu consegui fazer foi beijá-lo novamente.
                Eu me separei dele, e o olhei nos olhos. A minha mão foi descendo pela barriga dele, enquanto um arrepio corria lhe pelo corpo. Quando a minha mão chegou ao cós da calça dele, ele a segurou com um gemido baixo mais audível.
        _ Pelo amor Vicente! Não faça isso!
        Eu olhei com cara de safado, e a minha mão se soltou da dele.
        _ Não Vicente! Pô...
                Eu abri a braguilha dele e segurei o pau duríssimo dele.
        _ N... V...
        Eu apertei de leve, e nós ouvimos alguém entrando no quarto.
        Ele sem cerimônia me enfiou embaixo do chuveiro, bem a tempo de um enfermeiro entrar no banheiro.
        _ Vocês estão bem? Precisam de ajuda?
        Eu tinha virado de costas, pra que o enfermeiro não visse que o meu pau tava duro.
        _ Não. Tá tudo bem mesmo.
        _ Você tá se sentindo bem Vicente?
        _ Sim. Não se preocupe.
        _ Certo, eu vô ver os outros quartos. Eu vô deixar a luz vermelha acesa pra que você possa ter mais privacidade.
        _ Obrigado.
        Ele saiu do banheiro, e eu me virei de novo pro Caio.
        Nem bem eu ouvi o barulho da porta se fechando, eu disse:
        _ Acho que eu to precisando de um banho não?
        Eu fingi me desequilibrar e ele veio mais pra perto.
        _ Você vai ter que se virar sozinho Vicente, eu não tenho outra roupa pra por...
Eu dei uma piscadela pra ele, e novamente fingi escorregar.
        _ Vicente, eu vô chamar o enfermeiro.
        _ Eu não quero. Eu quero que você me ajude. _ Eu olhei com uma cara de safado, e completei: _ Olha o que você já fez...
        Eu podia ver pela calça dele, que não era só eu que tava loco de tesão.
        _ Vai Caio!
        _ Você é loco Vicente!
        _ Para de fazer doce Caio. Eu sei que você tá querendo tanto quanto eu.
        _ Mais o meu medo é de alguém entrar de novo... Sei lá, alguma enfermeira...
        _ Você sabia que já inventaram uma coisa maravilhosa chamada porta?
        _ Não!
        _ E você sabia que quando você a fecha, não pode se ver nada?
        _ E você sabia que ela também pode ser aberta?
        _ E se você trancar a porta do banheiro?
        _ Mais mesmo assim Vicente, a sua mãe pode chegar a qualquer minuto, e entrar. Não quero arrumar encrenca.
        _ Se a porta estiver trancada, não adianta nada.
        _ Qualquer coisa você faz voz de enfermeiro, e pede pra ela esperar no saguão do hospital...
        Ele ficou em dúvida. Mais eu toquei de leve o pau dele que ainda estava duro.
        Sem mais uma palavra, ele fechou a porta com uma mão, enquanto com a outra tirou a camiseta.
        Eu sai do chuveiro, e fui em direção dele. Ele me abraçou mantendo a parte de baixo do corpo longe de mim, enquanto tirava a calça. Ele estava com uma cueca boxer vermelha, e com um pau duro e grosso no meio dela.
        Ele a tirou com uma das mãos, e com a outra acariciava o meu corpo.
        Foi então que nós nos juntamos em um abraço indissolúvel, enquanto nossos paus se tocavam por entre as nossas cochas.
        Ele me olhou nos olhos e com a respiração arfante, ele falou:
        _ Você me deixou preocupado sabia. Eu pensei que eu não ia poder apertar esse corpo lindo, gostoso, no meu braço!
        Nós entramos de novo no chuveiro, e ele encaixou o meu pau entre as cochas dele. Eu gemi baixo.
        _ Sabe que eu só pensei em você o tempo todo, sabia? _ Ele me beijou e se abaixou na minha frente e segurou o meu pau. _ Sabe que eu sonhei com isso essa noite? _ Ele não esperou a minha resposta, e começou a chupar o meu pau como nunca. Eu sentia que logo gozaria, mais ele parou e falou: _ Acho que tá na hora de eu realizar o meu sonho.
        Dizendo isso, ele ficou de costas pra mim se abaixando. Não demorou muito, eu sentia o calor dele em mim.
        Nós transamos como nunca havíamos feito.
        _ Você é incrível sabia?
        Eu olhei pra ele docemente, e o beijei com carinho.
        _ Nossa! Caio esse banho tá demorando demais!
        Ele se levantou do chão, e me lavou com tanto carinho, e ao mesmo tempo, me levo ao céu das pessoas que se amam.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Os Imorais falam de Nós - Capítulo 16

Codigo do conto:
62282

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
20/03/2015

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