DE BRIGA COM O VIZINHO

Depois de uns dias na cidade, nós ficamos amigos da galera que conhecemos. Fomos para muitos lugares, e chegamos a ir em Bueno Aires, em umas baladas, e passamos uma noite, de muita bebedeira e dança.

   Nós passávamos o dia todo na rua, e a noite também. Devo confessar que fiquei surpreso com a indiferença dos seus tios, com a nossa farra.

   Angelo ficou muito amigo, de um cara chamado Idris; alto, moreno escuro, olhos verdes, e cabelo da cor do chocolate. Ficou claro, que essa era uma daquela amizades de rivalidade. Eu fique surpreso mesmo, foi do Angelo ter entrado na brincadeira.

Acordei com o sol brilhando na minha cara. Sentei na cama, só de cueca, um gosto ruim na boca, e não me lembrava como tinha chegado. Um forte cheiro de álcool em volta.

Olhei para o lado e vi Angelo deitado de bruços, quase caindo da cama; nu em pelo; já brilhando de suor. Eu sempre me surpreendia com o fato de estar dormindo com outro homem em uma cama, e ninguém criticar isso.

Levantei e vi no relógio eletrônico, que já eram duas da tarde. Vou para o banheiro conjugado ao nosso quarto, mas que tinha outra entrada pelo corredor, e tomo um banho quente demorado.

Quando estava me barbeando, a tia de Angelo bate na porta e entra. Ela me diz que o Idris estava na sala, e que o mandou entrar no quarto. Eu tive de rir, ela fez de sacanagem, só para brincar com a gente.

Idris jogou Angelo; enquanto estava dormindo: para fora da cama. Eles fizeram numa maior algazarra discutindo. Angelo, nu, com o pênis balançando, pulando de um lado para o outro, e em cima da cama. Os dois gargalhando entre os palavrões.

Entrei e me vesti, rindo da cara dos dois. Todo mundo já estava acostumado com as brigas dos dois. Eles competiam sobre quem era mais bonito, mais forte, mais definido, mais esperto, etc... e a gente de fora, se divertia com a palhaçada.

Almoçamos na sacada com os tios de Angelo. Com os velhos se divertindo com os dois. Helena: uma garota que conhecemos, e que parecia uma índia, com cabelos castanhos claros. Apareceu na hora que estávamos saindo, para fazer uma farra. Ainda bem que ela falava português. Ficamos amigos logo de cara.

Fomos para a praia e encontramos com o resto da galera. Eu e Helena conversávamos, quando Angelo veio molhado e me beijou, me abraçando. Idris e Helena ficam gritando, pilhando a gente. Idris me olhou e piscou.

A noite Idris ficou conversando comigo. Tava na cara que ele estava sensualizando para mim, mas ele era hétero, e todos ficaram confusos. Mas ninguém disse nada, por que ele não foi direto.

Angelo ria, mas eu percebi seu olhar; foi a primeira vez que eu senti o seu ciumes. Eu mesmo estava de boa, pois não tinha interesse. Idris dançou muito a minha volta, e me abraçava de tempos em tempos.

Angelo. Sorrindo. Me abraçou no meio da pista, me beijou com muita paixão, me deixou até sem graça. A turma em volta começou a pular e apertar a gente. Angelo me levou para fora, e ficamos nos agarrando um tempão. Angelo colocava minha mão dentro de sua calça, para sentir sua dureza. Ele me pediu para irmos para casa, e fomos andando.

Quanto mais chegávamos perto da casa mais ele deixava os carinhos de lado, e ficava tenso. Eu parei pouco antes de chegar em casa e perguntei o que estava acontecendo.

- Aquele filho da puta estar dando em cima de você, e você não faz nada?- falou soltando minha mão, de forma bruta.
- Mas eu não quero ele, não precisa ficar assim...
- Larga disso! você bem que pode já ter fodido com ele pela minhas costas.- ele já estava muito alterado.
- Não faz isso Angelo! eu quero ficar só com você...
- Eu vou ti disser! ELE NÃO! COM ELE NÃO! SE FIZER DE NOVO, EU SUMO DA SUA FRENTE.
- Fala baixo cara...Como assim ele não? Você esta com ciumes dele, ou de mim?
- Não muda de conversa!
- Você tá louco? você estar preocupado em perder para ele? isso é por disputa? cara! o que você tem? Você só estava com ciumes disso?

Gente! deixei ele sozinho e entrei puto. Forrei uma cama no chão do quarto, e me deitei vestido mesmo. Ele entrou deitou e apagou a luz.

No meio da noite, ele deitou junto de mim, me abraçando por trás. Deixei quieto, mas não dei bola. De manhã eu acordo com ele jogado em cima de mim; meu peito pesado. Ele estava só de cueca tipo sunga branca, com a ereção matinal me cutucando.

Joguei ele para o lado devagar, me levantei, e fui tomar banho. Eu estava me ensaboando, quando ele entrou no box, encostou o corpo no meu, tirou a ducha do gancho, e começou a se molhar.

Sai do box sem olhar para ele. Ele me abraçou por trás e me puxou para ele, beijando meu pescoço. Deixei ele me beijar na nuca e pescoço, roçar a ereção em mim. Mas não vendo reação, me soltou.

Me vesti e fui tomar café sem esperar ele. Nós na mesa, ele passa, pega uma maçã, e sai sem falar com ninguém. Sua tia mais velha levanta a sobrancelha, e dá um sorrisinho.

Sai com a Helena e mais dois caras do grupo e fomos para o shopping. Comentei com Helena o que aconteceu, ela me disse que, talvez fosse por que eu tinha sumido com o Idris na balada, um outro dia.

Fiquei chocado. Eu não me lembrava de nada. Resolvi deixar quieto e mudar de assunto. Logo depois chegou Idris, Angelo, e o resto do grupo. Angelo chegou em mim e me beijou, mas fiquei na mesma.

Angelo e Idris estavam na mesma de sempre, brincando. Aquilo me deixava mais puto ainda. Angelo não ia dar o braço a torcer para o Idris. Resolvi fazer uma cena e chamei o Idris para darmos uma volta. Cara! deviam ter visto a cara de Angelo, ele parecia ter perdido alguma piada.

Andei com o Idris até o estacionamento, e o confrontei sobre o que aconteceu com a gente. Ele me disse que conversamos sobre eu ajudar ele a conquistar a Helena; Idris ficou meio chateado, pois pensou que eu já estava agindo a seu favor; e porque ele tinha aberto o seu coração para mim.

Não teve jeito, ficamos num clima ruim, e voltamos para a praça de alimentação. Quando chegamos Angelo tinha sumido. Chamei Helena para irmos a outro lugar conversar e expliquei a situação.

Cheguei a casa de seus tios a tardinha, e fiquei na sacada, olhando o tempo. Vejo Angelo vindo pela rua. Sua cara séria e madura; que ele tinha adquirido nos últimos tempos. Sua barba grande e dourada, seus cabelos levados pelo vento, lisos e finos.

Ele me viu, e subiu. Eu estava sentado na cadeira da mesa coberta. Ele sentou na mureta perto de mim, mas atrás um pouco.

- Vai ficar assim comigo?
- Eu não quero Angelo. Mas não tô afim!
- Vamos deixar tudo para trás. Eu não ligo se você deu pra ele.
- Eu não dei para ninguém! ele só queria conversar comigo.
- Ficou triste por ter sido deixado pra lá?
- Tá babaca agora? cala essa boca de merda! porque você não fica com ele. Eu tô...
- Fala FILHO DA PUTA!

Levantei para sair, mas ele segurou meu braço. Eu puxei de volta, mas ele aproximou o rosto no meu, e o empurrei de volta, descendo. Eu estava no último degrau quando fui jogado no chão de grama. Angelo caiu em cima de mim e rolou para o lado. Eu me virei para ele e dei um soco na sua barriga. ele levantou e tentou me dar um soco na cara, mais passou direto raspando, eu segurei sua cintura e o joguei no chão.

Suas tias chegaram, brigando com a gente, e nos separamos pedindo desculpas. Fui para o quarto sem saber o que fazer. Olhei para a janela, e vi o tio de Angelo saindo do quarto de banhos. Peguei uma toalha e um shorts.

Fiquei dentro da banheira, até a água esfriar, depois passei para o envidraçado da sauna; na verdade queria ficar sozinho.

Angelo entrou, me deixando tenso. Ele olhou sério para mim e trancou a porta, indo tirar a roupa. Ele, pelado, deitou numa esteira no chão, perto de mim, sempre olhando para o teto. Ficamos o tempo todo quietos.

Levantei e sai da sauna, vesti a sunga e shorts, e já estava saindo quando ele me abraçou por trás. Deixei ele roçar o rosto na minhas costas, me apertar, escutando seus suspiros sufocantes. Fiquei meio preocupado e me virei para ele.

Angelo virou o rosto para mim, me olhando com carinho; aquele tipo de olhar que só casais dão um para o outro; passou as mãos em meu rosto, meu peito, e me abraçou, encostando seu rosto no meu, roçando seu nariz no meu, me olhando nos olhos, apalpando minha bunda

Nos beijamos aos selinhos. Tinha uma suplica no ar. Algo doloroso. Uma marca entre nós. Eu puxei ele num abraço, alisando seus cabelos, sentindo ele.

Angelo se vestiu e fomos jantar. Ficamos em casa, nos amaçando juntinhos. Mesmo assim, não falávamos nada. Fomos deitar, entramos em baixo do edredom, com ele só de cueca, e eu de shorts de pijama.

Ele puxou meu shorts até tirar, tirando sua cueca. Ele por trás me penetrou, socando por muito tempo, bem devagar e carinhoso, lambendo minha orelha e mordendo. Sua mão me masturbava com suavidade.

Ele tirou, e não me tocou mais, eu de costas ouvia sua respiração mais forte. Me virei para ele, que estava olhando para o teto, com o braço em cima da cabeça.

- O que você tem Angelo?
- Não tô bem!- bufou e se sentou, olhando para a frente. O edredom cobrindo sua cintura. Ele passou as mãos pelo cabelo, dobrando os joelhos, se balançando.- Me desculpa! me desculpa Hugo!

Eu sentei e o abracei, e ficamos quietos um tempo. Angelo levantou e foi para a janela, eu fui atrás, e ficamos abraçados olhando.

Eu estava com uma ereção colada nele. Ele cuspiu na mão e lambuzou meu pau e foi colocando meu pau para dentro, rebolando até encostar as bolas na bunda. Eu meti muito, sem vontade de gozar.

Angelo socava a bunda na minha cintura. Abraçados, suados, e afritos. Angelo se masturbava, suspirando, soluçando, gozando, me levando ao gozo junto.

Sentamos pelados na poltrona, colados, e Angelo foi tirando meu pau e se inclinou para frente.

- Nossa! essa foi a pior foda que a gente já teve!
- Foi uma bosta mesmo!
- Tem um problema com a gente. eu não quero ficar assim com você. Eu ti amo!
- Para com isso Angelo! isso é só uma faze.

Valeu gente! depois eu continuo.