VIVENDO SEM O VIZINHO GOSTOSO

Obrigado por acompanharem!

Levanto com o sol pegando em meu lado da cama. Vejo a poeira subir no ar, vinda da janela com as persianas abertas. Sempre de manhã era assim, uma dor vazia, como um membro fantasma, ao qual só nos damos conta ao procura-lo.

Faz um ano e meio que não vejo o Angelo, mesmo assim, não se passa um dia, em que não acordo pensando nele. Alexandre raramente me vê, e isso me deixa sempre pra baixo. Meus amigos agora são, os caras que conheci na faculdade, Ratão e Giovanni. Meus pais se separaram de novo, e a não ser por meu filho, tudo na minha vida parece estar caindo num fosso de caus e angústia.

Eu olho o meu exemplar de PARAÍSO PERDIDO, com um copo de vidro com café frio em cima, e já uma marca molhada na capa. Eu então me lembro, e antes de me virar, fecho os olhos a procura de um mantra que me faça esquecer.

Carlos, deitado na lateral da parede, parece mais velho do que é. Sua cueca creme tentando cobrir seu traseiro grande e firme, mesmo de bruços, era como se estivesse olhando para mim.

Vou com cuidado em suas costas e ponho a mão devagar; desliso e palma por seus músculos, sentindo a firmeza de anos de academia. Seu corpo se mexe e ele vira de barriga para cima, fungando sonoramente em sono profundo.

Deixo as costas de minha mão percorrerem seu peito inchado e escuro. Ele era o tipo de negro que todas as mulheres gostam; pelo menos era o que as garotas que trabalhavam pra mim diziam. Forte como um touro, e sério de dar medo.

Escolhi aquele dia para beijar seu umbigo, leve, delicado, molhado e sem mais emoções. As coisas entre nós começaram de um maneira que nem eu podia esperar.

Eu tinha me isolado de todo mundo. Me enfiei nos estudos e trabalho, e só lidava com as pessoas quando era preciso, e só. Eu estava caindo num limbo de dor e esquecimento.

As mulheres que trabalhavam comigo, ficaram muito próximas de mim, desde que eu fui espancado; mesmo assim eu não correspondia muito bem as suas expectativas, de amigo gay. Carlos continuou sendo amigável comigo, e até parou de brincar eroticamente comigo.

Eu me lembro do dia em que fui chamado para beber com as mulheres do trabalho, e decidi ir. Carlos apareceu depois, e foi a primeira vez que conversamos de verdade, algo mais que trabalho, ou fofoca.

Ele era muito pegador e conhecido, mas tinha sossegado desde que sua mãe tinha morrido. Nos intendemos logo de cara. Um dia ele me chamou pra ir com ele de carro ao Rio. Eu adorei, e poderia visitar meu filho, mesmo que rápido. A viagem correu muito bem, e descontraímos muito, com musicas e bobagens, porém Carlos tirou um tempo para conversar sobre o que estava acontecendo comigo.

- Você mudou muito!- ele comenta olhando para a pista, trocando a marcha- pode conversar comigo, eu não tenho frescura, mesmo se for com o seu NAMORADO.
- Eu não tenho mais namorado!- eu só conseguia olhar para as fazendas.
- Da pra ver... Tá difícil né?

Foi um papo até que leve, sobre as consequências do que fazemos na juventude. Ele era muito mais experiente e decidido que eu. Carlos tinha uma inteligencia direta, e não sabia fingir.

Alexandre está enorme, começando a dizer os nomes, mas não me dá muita bola, preferindo o avô, que vejo o mimar, mais do que acho necessário. Na volta a Campos, Carlos me pergunta se tem problema passarmos a noite em uma pousada em Arraial do Cabo; segundo ele, iria (pegar) uma mulher lá. E deu um sorriso de- podemos dormir lá-.

Chegamos e ficamos com um quarto ao lado do da Proprietária. Conversamos ao por do sol, tomando vinho tinto, branco, vodca, e cerveja; graças não ter passado mal. A noite caiu, em pleno o alvoroço que fazíamos. todos contentes com a visita de Carlos, que se agarrava a mulher de meia idade, mas mesmo assim muito fogosa.

Aproveitando a brecha em que Carlos sumiu com ela, eu subi ara o quarto e deitei, assistindo tevê. Carlos entra rindo e tranca a porta. Ele me olha com muita alegria, e se joga na cama de casal, tirando o tênis no processo.

Ele não para de me olhar a todo momento, mesmo quando começa a tirar a camisa e a calça, ficando de cueca box preta. Ele deita ao me lado e eu sinto o seu cheiro. Minha visão focou sua ereção crescendo; distraindo a tevê e seus pés cruzados. Ele dá uma coçada, e me olha com um sorriso bobo.

- O que pensa que tá fazendo Carlos?- olhei de rabo de olho para ele.
- Só tô curtindo com você! sem neura!- e colocou as mãos em minhas coxas e subiu até o botão de minha bermuda.

Carlos puxa meu pau para fora e fica olhando sua cabeça, o contorno carnudo da pica, e passa os dedos nas veias. Pega uma bola por vez e as mede nas pontas dos dedos. Espicha os meus pelos pubianos, que já não aparo mais, e cheira a borda de minha cueca, passando dali ao meus testículos.

Sua língua áspera e úmida, me causa um arrepio. Me esforço para não segurar sua cabeça. Depois de passar a língua em todo o meu pênis, ele prova o sabor, como um sommelier. Carlos chupa a cabeça do meu pau e a lambe, devagar e com cuidado, colocando tudo na boca, mexendo por dentro, sem tirar, até que ficava sem ar, me babando a cueca.

Seus movimentos de vai e vem aumentam, e já não consigo pensar direito. Sinto ele puxar minha bermuda e cueca para baixo, lambendo mais minhas bolas, sacudindo meu pau no rosto, me masturbando, até que abro o olho e vejo sua pica ao lado do meu rosto, uma cabeça enorme, roxa, com um corpo tão grosso quanto o meu.

Eu não tinha muita vontade de tocar naquilo tudo, mesmo assim eu peguei em minha mão e iniciei uma punheta, descobrindo que seu pau era muito maior do que eu esperava, quase minhas duas mãos juntas. Carlos não demora muito e goza no meu peito, me assustando com a velocidade.

Carlos aumenta a velocidade da mamada, girando meu pau na mão, em um sentido diferente do da boca, e explodo em gozo, num verdadeiro orgasmo. Tomamos banho e nos deitamos, sem nada comentar sobre, mas de manhã sinto ele polegando meu pênis por dentro da cueca, e deixo ele continuar, até que gozo em sua mão, molhando minha cueca, tive de ir embora sem ela.

Na estrada continuamos a conversar. Carlos tinha o pé nos anos 80, e me falou muito do que gostava da época, me fez rir com as experiencias, que ele diz só ter naquela época. MANEATER tocava alto, e fui ficando mais a vontade, e passei a mão em sua coxa, e como ele ficou quieto olhando para a pista, eu aproveitei para abrir o zipe, e enfiar a mão, massageando seu pau até ficar duro, colocando para fora e caindo de boca, mas pouco cabia em minha boca, e terminei o ajudando na punheta. Seu pau tinha um gosto diferente, meio marcante.

Carlos acorda, e seus olhos demoram a focar em mim, ele dá um sorriso e aperta a ereção, á olhando e depois a mim, como se fosse eu o responsável. Eu só dou um sorriso.

- Olha o que fez com meu livro! agora vai ficar manchado!- repreendi ele, mas sem gravidade.
- Se quiser posso jogar porra nas paginas para ficar melhor!- ele se senta e belisca mu peito.
- Ai você me dá outro!- levantei começando a vestir minha roupa.
- Quanto é que foi essa porcaria?- falou rindo atrás de mim, mas quando disse ele ficou sério e me pediu desculpas.

   Desde quando nós ficamos em Arraial, que as vezes nós passávamos um tempo juntos; as vezes fazíamos brincadeiras sacanas, as vezes só fazíamos coisas para distrair como; filmes, programas, internet, ou conversávamos.

   Esse era o ponto em que Carlos mandava melhor. Ele, sempre que eu dava brecha, falava sobre mim e Angelo, sempre dando conselhos sobre o perdão, e não perder algo tão forte quanto o que ele achava que tínhamos, as vezes até discutíamos sobre isso. Ele me ajudou, numa época em que eu não tinha onde agarrar, e até hoje somos amigos.

    Nunca fizemos anal, e nem nos beijamos. Uma vez eu dei um selinho simples em seu lábio, mas pareceu algo indecoroso demais, com a gente. Mesmo assim não sentíamos falta. Não era isso que estávamos procurando um no outro. Era mais um apoio emocional, fui perceber anos depois. Uma amizade de verdade, mesmo com as brincadeiras sacanas, nós queríamos mesmo era ter com quem dividir quem somos.

   Depois do trabalho eu fiquei em casa realizando um trabalho complicado, quando recebo pelo Skipe uma ligação, de um numero que não conheço. Eu coloco uma camiseta e atendo.

   Era uma mulher, com cabelos castanhos claros, rosto bonito, e maquilagem simples. Vestia uma camiseta, que deixava claro, seus seios fartos, e sem sutiã. Ela sorrir para mim falando meu nome. Algo nela, me é conhecido, mas não percebo de cara.

- Olá! me desculpa mas esqueci seu nome!- falei meio sem jeito.
- Mas sabe quem eu sou?- falou a voz simpática, e de novo eu conhecia aquela voz.
- Me desculpa, mas não me lembro de onde!- falei com a vergonha subindo meu rosto, mas percebi que eu é que tinha as perguntas a fazer.- como conseguiu meu numero?
- Foi a Deborah que me deu!- ela falou, como se já esperasse minha reação dramática.

Desde que eu descobri que Deborah estava por trás do que Angelo fez, que não tinha falado com ela, nem ela me procurou, mas sentia falta dela.

- Hugo! eu sou a Carina! mas eu já fui o Castro.- ela falou com um sorriso falho no rosto.

Eu quase cai da cadeira, e não pude deixar de tomar um baita susto.

- Castro? mas como...o que aconteceu?- eu estava maluco de confuso.

   Castro-Carina, me explicou tudo que aconteceu com ele. O fato de descobrir que eu era gay, o levou a questionar o que sentia, e o que era. Ele me disse que agiu da forma que agiu comigo, porque tinha medo, e inveja de minha coragem. Ele confessou que ficou com ciúmes de Angelo, achando que tinha perdido a chance de ter algo comigo. Depois disso muita coisa fez sentido. Ele me contou que depois da reação de seu pai, quando soube da forma como Castro me tratou, e o fez se desculpar por se meter na minha vida pessoal; ele criou coragem e disse que era mulher.

   Eu fiquei morrendo de remorso por não estar com Castro nesse momento. Seu pai não aceitou, nem mesmo quando ele trouxe o laudo psicológico, e ele foi morar em São paulo, até mudar de sexo, e ir para a Europa, onde vivia, e se casou com um empresário, mas parece que as coisas não andam bem.

   O que Castro deve ter passado sozinho, me assusta até hoje, ele sim foi corajoso. Ele me perguntou de Angelo, e eu expliquei tudo para ele.

- É claro que ia dar merda! eu já fiz muita orgia, e peguei muita gente. Me arrependo de não ter feito isso naquela época.- e soltou uma risada gostosa- mas eu tinha de bancar o machão. Mas o que vocês tinham era claro que era maior que só preferencia sexual.
- Você percebia isso?- fiquei incrédulo.
- Eu acho que todo mundo percebeu, e eu acho que por isso, que a maioria aceitou. Vocês dois se amam. Tá na cara isso. Eu sei que me dá uma inveja branca, mas como eu queria ter o que vocês tem.
- Talvez não mais!- falei fatalístico.
- A quem você quer enganar?- Carina parou um pouco respirou fundo, e olhou séria para a câmera.- eu conversei com Deborah, e acho que já tá na hora de vocês dois resolverem isso. Aposto que Angelo deve estar sofrendo também.
- Porque acha que eu...- mas não tive coragem de continuar argumentando

Valeu gente até a próxima. Devo avisar que já estou quase acabando os relatos, e convido a quem não acompanhou desde o começo, a fazer isso, se quiser. Aos que me acompanham, agradeço o carinho e paciência para comigo. Já me convidaram para postar em outros sites, mas não largo vocês, pois gosto da interação que temos. Valeu!


Foto 1 do Conto erotico: VIVENDO SEM O VIZINHO GOSTOSO


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Comentários


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flaviosouza Comentou em 15/12/2015

Caraca v6 ñ Tao mais junto Qie barra 1 ano E Mei E Mta coisa Perdida V6 2 TEM UMA BELA CONECÇAO Ñ PODEM SE SEPARA O Conto EsTa Otimo Hugo Vou Ler O Proximo So pra Costar eu Tava Lendo Esse Conto No Meu Cell Ai Quando li a parte Que Castro Virou Carina Eu Deichei meu cell Cai No Chao Kkkkkkkkk

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passivo_1996 Comentou em 21/09/2015

Nossa vcs se separaram ,nunca pude imaginar isso. Pensei q vcs voltariam, mas enfim parabéns pelo capítulo, ótimo como sempre!!!

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hersu Comentou em 17/09/2015

sabe... me deixou triste saber o que aconteceu com vcs nesse conto, mas depois percebi que a ausencia nos faz questionar o que fomos, e o que pretendemos ser. Entendi muito bem o que vc quis dizer com '(...) ter com quem dividir quem somos',[e uma experiencia de auto conhecimento. muito bom seu conto, sua experiencia sua vivencia.. show- abração

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soul Comentou em 17/09/2015

gostei muito deste conto ,se puder leia os meus ok abço Paul Soul

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carlosandsantos Comentou em 17/09/2015

Que pau gostoso esse da foto!!

foto perfil usuario betoclaudio

betoclaudio Comentou em 17/09/2015

Boa noite cara! comecei a ler todos os seus contos e fiquei apaixonado pela forma como escreve. Fico feliz que alguns entendam que pode ser erótico e emocionante também, não só esse negócio de sexo só por sexo. É muito difícil ver alguém postar algo com tanta maturidade e segurança sobre o que pensa. Dá até orgulho em saber, que tem pessoas como você, postando aqui. Me desculpa pelo discurso.

foto perfil usuario laureen

laureen Comentou em 17/09/2015

bela fotoooooooooooooo linda historiaaa adoreiiiiiiiiiiiiiiiii bjos Laureen

foto perfil usuario laureen

laureen Comentou em 17/09/2015

adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii amigo bjos Laureen Nunca fizemos anal, e nem nos beijamos. Uma vez eu dei um selinho simples em seu lábio, mas pareceu algo indecoroso demais, com a gente. Mesmo assim não sentíamos falta. Não era isso que estávamos procurando um no outro. Era mais um apoio emocional, fui perceber anos depois. Uma amizade de verdade, mesmo com as brincadeiras sacanas, nós queríamos mesmo era ter com quem dividir quem somos




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Ficha do conto

Foto Perfil hugowendel
hugowendel

Nome do conto:
VIVENDO SEM O VIZINHO GOSTOSO

Codigo do conto:
70937

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
17/09/2015

Quant.de Votos:
27

Quant.de Fotos:
1