Meu Delegado - Capítulo 15

Sophia
Hoje eu estou indo para o meu novo emprego.
Sim, eu finalmente consegui arrumar um trabalho que não fosse com o Rodrigo, na verdade
foi o próprio que conseguiu esse emprego pra mim, assim como ele disse que faria. Demorou
um tempinho, pra ser mais precisa, um mês, até porque eu também não queria deixa-lo sem
empregada. Eu sei bem como ele fica irritado em ter que fazer as coisas, então eu fiquei
trabalhando para ele até que ele conseguisse achar uma nova empregada pra ficar no meu
lugar.
O trabalho que ele arranjou pra mim é em uma loja de grife em um shopping na barra perto
de sua casa, eu serei vendedora é claro. Mas o horário é super acessível caso eu queira
começar na minha faculdade no próximo ano, que é o que eu tenho em mente. Sem falar
também que o salário de lá é ótimo e se eu vender bem, no final do mês ainda ganho uma
comissão. É o emprego que eu pedi a Deus.
Eu perguntei ao Rodrigo como ele conseguiu esse emprego tão rápido assim e ele me disse
que a dona da loja é uma amiga antiga dele.
Uhuum amiga antiga. Ele acha que eu caí nessa. Aposto que deve ser uma das muitas que ele
já pegou por ai.Mas isso também não me importa mais, eu confio nele e não tenho motivos
para desconfianças.Mas mesmo assim é inevitável não sentir um ciumezinho em pensar nas
outras que ele já teve pela vida.Deixo esses pensamentos de lado, antes que eu fique louca, e
levanto-me da cama. Vou até o quarto do Gustavo, sim eu arrumei um quarto pra ele. O
Rodrigo insistiu que ele precisava de um quartinho só dele, pois ele já estava ficando
grandinho, e se eu não o tirasse de minha cama agora, seria difícil fazer isso depois.Ele pensa
que eu não sei que ele fez isso na intensão de dormir comigo às vezes.Mesmo eu alegando
que não precisava e que ficaríamos nesse apartamento por pouco tempo, ele não me deu
ouvidos e arrumou o quarto que estava sobrando para o Gustavo. O quarto é todo decorado
em azul bem claro e uma parede dedicada apenas á um enorme adesivo de todos os super
heróis da Marvel. O Gustavo ficou louco quando viu, ele não sabia se dava atenção aos
brinquedos, ao adesivo na parede ou na cama em formato de carrinho. Ele ficou radiante. E
eu nem preciso falar que o Rodrigo também não ficou muito diferente disso ao ver a
felicidade do Gus, né?
Entro no seu quarto, que é de frente para o meu, e encontro o Gustavo ainda dormindo. O
acordo, pois ele também vai para a creche nova que eu o coloquei, aqui próximo do
apartamento mesmo. Ele levanta um pouco manhoso, mas o levo para o banheiro e dou-lhe
um banho, coloco o uniforme da creche e vou para a cozinha já encontrando a minha mãe
preparando o café da manhã.
- Bom dia, mãe.
- Bom dia, filha.
- A senhora pode dar o leite para o Gus enquanto eu tomo meu banho?
- Claro, querida.
Volto para o quarto, escolho a minha melhor roupa. Sim eu tinha que ir vestida da melhor
forma possível para o trabalho, afinal de contas a loja era de grife em um dos maiores e
melhores shoppings do Rio de janeiro, eu não podia chegar com minhas roupas surradas de
sempre. Já estou até vendo que esse trabalho vai me dá muita despesa por conta disso.Vou
para o banheiro tomo um banho rápido, sem molhar os meus cabelos. Saio enrolada na
toalha e vou para o quarto. Visto uma calcinha e uma calça jeans escura de cintura alta nova
e uma blusa de seda frente única preta. Coloco um salto preto, nunca fui fã de saltos, usava
apenas quando era preciso e a dona da loja me deixou bem claro na entrevista que era
obrigatório o uso deles.Eu sinceramente não sei pra quê isso, estou vendo que meus pés não
vão aguentar uma hora em pé encima desses saltos aqui.Eu até perguntei, sem parecer
grosseira é claro, para a Fabiola, a dona da loja, o porquê dos saltos. E ela me disse que a loja
dela é muito bem frequentada e ela não admite que suas empregadas não estejam próximo
ao nível de suas clientes. Concordei sem pestanejar, obviamente, mas no fundo estava
achando aquilo tudo muito desnecessário.
Maquio-me, não faço nada muito forte, apenas um lápis, rímel, uma sombra clarinha e um
batom vermelho, o meu favorito.Solto o meu cabelo e tento deixa-lo no seu típico bagunçado
arrumado. Assim que termino pego minha bolsa e saio do quarto.
Sento-me à mesa junto com a minha mãe e o Gus e tomo apenas uma xicara de café, isso me
segura até a hora do almoço.
- Já terminou a mamadeira, filho?
- Sim mamãe. – diz ele se levantando da mesa e ficando em pé na minha frente.
Solto uma gargalhada e o abraço.Cada dia que passa ele está ainda mais esperto.Pego a sua
mochilinha em cima do sofá, me despeço da minha mãe e saímos do apartamento.Saímos do
prédio e fomos andando até a creche que é quatro quadras depois do apartamento.
- Tchau meu filho, de tarde mamãe vem te buscar, tá bom? – digo ajoelhada na sua frente.
- Tá bom mamãe. – ele me dá um beijo na bochecha e vai até um amiguinho que estava o
esperando dentro da creche.
Depois que vejo que ele realmente entrou, eu vou andando até o ponto de ônibus mais
próximo.Já são08h30min e eu tenho que estar no trabalho as09h30min, ou seja, se tudo der
certo eu consigo chegar lá na hora certa e não me queimar com a minha chefe no primeiro
dia de trabalho.
Vou andando distraidamente até o ponto mais próximo, mas... Sabe quando você tem a
sensação de que está sendo seguida?Eu estou tendo essa sensação agora. Na verdade não é
de agora, há algum tempo que eu estou com isso. Não sei se é coisa da minha cabeça ou não,
pelo fato do DG estar solto. Olho para trás e vejo um monte de gente atrás de mim, todas
pareciam estar atrasadas para o trabalho e nem me notaram parada no meio da rua.Balanço
a minha cabeça tirando essa ideia louca de dentro de mim e continuo andando. Chego ao
ponto na hora certa, pois o meu ônibus já estava lá. Aperto o passo e consigo pegá-lo e por
incrível que pareça consegui ir sentada.
Desço em frente ao shopping e aquela mesma sensação horrenda me acompanha. Apresso o
meu passo e entro no shopping, sentindo-me mais segura aqui dentro com esses
seguranças.Olho para trás e novamente não vejo nada suspeito. O que me faz pensar que eu
estou completamente louca.Pego o elevador e paro no 4º andar, não demorou muito, eu
achei a loja e entrei já dando de cara com a Fabiola, a minha patroa.
- Huum pontual. Gosto assim. – ela me olha de cima a baixo e eu por um momento fiquei
com medo, até ver um sorriso de satisfação em seu rosto. – Amei sua roupa, é assim que tem
que ser. Parece que entendeu bem o que eu quis dizer.
- Obrigada senhora.
- Sem o senhora, nem sou velha pra isso. Chame-me apenas de Fabiola.
E não é velha mesmo. Ela é linda, super jovem, pouca coisa mais velha do que eu, uns 25
anos mais o menos. Tem um corpo de dar inveja a qualquer uma e seus cabelos lindamente
lisos e escorridos em um preto natural até a altura da sua cintura. E sem falar de sua
elegância.
- Okay... É..o que eu tenho que fazer agora? – digo um pouco sem jeito.
- Venha até a minha sala.
Diz me guiando até o elevador. Entramos e em segundosjá estávamos no segundo andar da
loja. Ela entra em sua sala e eu logo em seguida. A Fabíola se senta em sua cadeira e me
mostra a cadeira a sua frente para eu me sentar. Ela pega o telefone, disca um numero e o
leva à orelha.
- Jéssica, venha até a minha sala, por favor.
Ela coloca o telefone novamente no gancho e se reclina na cadeira.Não demorou muito e
uma mulher, também bem nova e elegante, entra na sala. Assim como a Fabiola, ela estava
muito bem arrumada e tinha um sorriso simpático no rosto.
- Sim Fabiola?
- Essa é a Sophia, a mulher que eu te falei.
Ah sim! Prazer Sophia. – diz me estendendo a mão para me cumprimentar.
Cumprimento-a e ela se senta na cadeira ao meu lado.
- Eu preciso que você a oriente nesse primeiro dia. Mostre-a o que tem e o que não tem que
fazer, como tratar as clientes e... O resto você já sabe, né Jéssica?
- Sim, já sei.
- Então podem ir.
- Tudo bem. – ela se levanta da cadeira e me encara. – Vamos Sophia?
- Claro. - me levanto e a acompanho até a porta. Saímos do escritório e a acompanho pelo
pequeno corredor.
- Vou te levar até a nossa salinha para você guardar as suas coisas.
Aceno e ela logo abre uma porta e entra. O local era um pouco pequeno, mas tinha um sofá e
uma mesa. Em um canto tinha um armário de ferro com várias repartições, semelhantes
àqueles de escolas, só que com repartições bem mais largas.
- Esse aqui é o seu armário. – ela abrindo uma das portas mostrando-me. – Ele está sem
cadeado ainda, até porque não tinha ninguém usando, mas se quiser deixar trancado é só
comprar um e coloca-lo. Ou se preferir pode deixar sem mesmo.
- Ok, entendi. – vou até ela e coloco a minha bolsa dentro do armário.
- Se você quiser nas suas horas de almoço pode descansar aqui nesse sofá... E ah! Outra coisa,
você não precisa vir com esses saltos sempre, o armário também serve pra isso, pode vir com
uma sandália mais baixa e colocar o salto aqui. – diz e direciona-me um pequeno sorriso.
- Nossa, muito obrigada, os meus pés agradecem. Eu nem comecei a trabalhar e eles já estão
doendo.
- Normal, com o passar do tempo você se acostuma. – diz sorrindo. – Agora vem, vou te
mostrar o deposito e depois a gente desce pra você começar o seu primeiro dia de trabalho.
- Okay.
A acompanho novamente pelo corredor e entramos em uma outra sala, que já era bem
maior. Não foi muito difícil para eu descobrir que se tratava do deposito, pois tem varias
roupas, sapatos e todos os itens que são vendidos na loja. Depois que ela me mostrado tudo
que precisava, descemos e eu finalmente comecei a trabalhar.
Até que não é nenhum bicho de sete cabeças trabalhar aqui, o único ponto negativo são os
saltos, eles cansam demais e essa loja bomba, sempre está cheia de gente, vulgo, madames e
patricinhas, até porque uma roupa aqui é mais cara que a creche do meu filho. Os sapatos e
as jóias então eu nem falo nada. Mas fora isso é super fácil trabalhar aqui. A Jessica me disse que temos sempre que estar com o sorriso no rosto independente se
estamos felizes ou não. Sempre sorrindo... Sempre sorrindo...
O Rodrigo me mandou uma mensagem, que eu respondi rapidamente por conta do
movimento da loja. Ele disse que passaria aqui na hora do almoço para irmos almoçar juntos
e eu respondi que tudo bem.
Passei o resto da manhã atendendo as clientes. A Jessica me disse que o movimento estava
maior por conta do natal e do ano novo, essa época do ano costuma encher. Ainda bem que
tinha mais quatro meninas lá e mais a Jessica, que mesmo sendo a gerente não deixa de nos
ajudar com o atendimento.
Já era meio dia e o movimento estava um pouco menor. Não estava atendendo ninguém no
momento, as outras meninas estavam fazendo isso.
Meu corpo estava levemente debruçado sobre o balcão enquanto eu conversava com a
Jessica. Mas ela de repente desvia os seus olhos do meu e encara algo atrás de mim, sua boca
estava aberta e se ela não fechasse ia babar. Aah se ia!
- Meu Deus o quê que é isso? Me chama de bandida e me prende. Senhor que calor. – ela
leva o papel que estava em suas mãos para o alto e começa a se abanar.
Não consigo controlar o riso.
- O que foi?
- Ai meu deus ele está vindo pra cá. – ela diz se aprumando e soltando o papel em cima do
balcão.
- Ele quem?
Quando eu vou virar para ver o que está acontecendo, sinto mãos fortes, mãos essas que eu
conheço muito bem, passar pela minha cintura e um beijo ser deixado na minha nuca.
- Boa tarde, Morena. – ele sussurra no meu ouvido e eu me arrepio.
Olho para a Jessica... e tadinha, ela está super sem graça. O seu rosto está vermelho feito um
tomate e seu olhar tem um misto de incredulidade e vergonha... Muita vergonha.
- Boa tarde, amor. – digo virando-me pra ele, que sem pensar muito rouba um selinho de
mim.
- Aqui não, é o meu trabalho. – digo me afastando um pouco do seu aperto.
Agora eu sei o porquê do comentário da Jessica, ele está fardado, lindamente fardado. E eu
odeio isso, eu sei que é o trabalho dele, e que ele tem que usar uniforme. Mas ele não pode
ser igual àqueles delegados que usam terno? Mas naão, imagina. Ele tem que colocar uma
droga de uma roupa que aperta todos os seus maravilhosos músculos e ainda com essa arma
na cintura que o deixa ainda mais gostoso. Que droga, estou com calor. Está vendo o que esse homem faz comigo? Mas a quem eu estou tentando enganar? Acho
que até de burca esse homem no passaria despercebido. Ele chama a atenção por onde
passa, não importa o jeito que esteja vestido.
Olho ao meu redor e todas. Eu disse TODAS as mulheres da loja estão vidradas nele. O pior é
que eu não posso brigar com elas, ele realmente provoca isso nas mulheres onde quer que
ele passe. Eu sou a prova viva de que é impossível não cair nos encantos desse homem. Mas
que dá uma raivinha de vê-las cobiçando o meu homem. Aah dá. Me viro para a Jessica e ela
está do mesmo jeito. Chega a ser engraçado.
- Boa tarde. – diz o Rodrigo cumprimentando-a.
Ela solta um suspiro e logo responde.
- Bom di... é, não... Boa tarde.
- Você já está liberada para o almoço? – diz apertando de leve a minha cintura.
- Não sei... – me viro para a Jessica que agora já esta na sua postura profissional. – Já posso ir,
Jessica?
- Claro, Sophia, pode ir sim.
- O senhor Rodrigo Albuquerque e a sua mania de parar onde chega. Você nunca muda, né?
Olho para o lado e vejo a Fabiola vindo com um sorriso enorme para perto da gente. Ela
chega bem perto do Rodrigo e lhe dá um abraço apertado e demorado, até demais para o
meu gosto. Quando eu dou por mim já estou com meus braços cruzados e minha cara
fechada para aquela cena. Eu não quero saber se ela é minha patroa ou não. Não é por isso
que vou achar bonito ela se esfregar desse jeito, no Rodrigo. E sem falar que ela é linda.
Nessas horas a insegurança bate forte.
Ela se desfaz do abraço, mas continua com as mãos sobre os ombros dele.
- Como você está? Veio fazer o quê aqui?
- Estou bem. Vim pegar minha namorada para almoçar. – diz ele indiferente.
Bom... Muito bom.
- Ah é mesmo, tinha me esquecido que ela é seu casinho. – diz bem baixo, mas eu consigo
escutar.
- Casinho não. Namorada. Futura esposa. – diz rude.
Abro um sorriso debochado, mesmo sabendo que ela não veria, pois está de costas para
mim.
- Nossa. Sério isso? O senhor sem amarras vai se casar? Era você mesmo que vivia dizendo
que nunca se casaria. – diz divertida. Nunca me casaria com qualquer uma. Mas sim com a mulher certa e ela é a Sophia. – ele
respira fundo e eu já sei que está perdendo a paciência. Ele tira o braço dela de seu ombro
sutilmente e em seguida me olha.
- Vamos, amor?
- Claro, eu vou pegar a minha bolsa.
Saio dali e entro no elevador. Pego a minha bolsa rapidamente e volto para a loja
encontrando-o do mesmo jeito que deixei. Ela ainda continua tentando puxar assunto com
ele, que pelo o que eu o conheço, estava respondendo por educação.
- Vamos? – digo fazendo volta a sua atenção à mim.
- Vamos.
A Fabiola vai até ele e o abraça novamente deixando um beijo em sua bochecha.
Olha! Eu vou perder o emprego sem nem mesmo começar direito, mas eu vou dar na cara
dela se ela continuar se jogando pra cima do Rodrigo...
Ele se solta dela, vem até a mim e coloca uma mão nas minhas costas. A Fabiola olha a cena e
fica um pouco sem graça. Ele faz um pequeno aceno de cabeça para a Jessica, despedindo-se
dela e me impulsiona levemente para andar e assim eu faço.
Antes que eu saia da loja, a Jessica me chama.
- Uma hora e meia, Sophia, contando de agora.
- Tudo bem, Jessica.
Assim que saímos da loja fomos direto para o estacionamento.
E cacete. É impressionante a cara de pau dessas mulheres assanhadas. Elas estão vendo que
ele está comigo, de mãos dadas e mesmo assim não disfarçam na hora de olhá-lo, falta pouco
me jogarem dessa escada rolante e pegarem o Rodrigo pra elas.
Entramos no estacionamento, ele destravou o carro e entramos. Todo o caminho até ali eu
não disse uma palavra e ele também não. Ele tira o carro do shopping e dirige até sua casa,
que é bem próxima dali.
- Amor, você está tão quietinha. O que foi?
- Nada. – falo cruzando os braços.
- Então tá.
- Eu vou perguntar uma ultima vez. Você já transou com aquela mulher? – digo com raiva,
descruzo os meus braços e olho para ele, que tinha o olhar preso na estrada, mas mesmo
assim conseguia ver o seu olhar de espanto.
Meu Deus do que você está falando? Que mulher?
Ele para o carro no sinal e me olha intrigado.
- Não se faça de desentendido, Rodrigo. Estou falando da Fabiola.
- Nã..não. – ele diz parecendo obvio.
- E você está gaguejando por quê?
- Sei lá, Sophia é isso é o que você faz comigo, porra... Eu não transei com ela. De onde você
tirou isso?
- Aah de onde eu tirei isso? Será que era da intimidade que ela estava tendo com você lá na
loja? Faltava pouco ela trepar em cima de você.
- Ela é uma... Colega da época da escola, Sophia. – diz sem importância – Só isso. Nós só
estudamos na mesma escola, não foi nem na mesma classe... Nós nunca tivemos nada. – ele
volta a colocar o carro em movimento.
- Huum tá.
- Porra eu estou falando sério, Sophia.
- Uhuum eu acredito.
E eu realmente acreditava, ele me pareceu muito sincero. Só que isso não mudava o fato de
que eu ainda estava puta com àquela mulher.
- Vai amor, desemburra essa cara. – diz ele passando a mão pela minha coxa. – Isso é
bobeira...
- Dá próxima vez que for me buscar no trabalho, vê se deixa essa arma, o distintivo e o
uniforme em casa e vai de burca.
Ele solta uma gargalhada alta e me olha. Isso me deixou com ainda mais raiva.
- Ciúmes, amor? – diz com um sorriso enorme.
- Lógico que não, só acho que não tem necessidade de você andar desse jeito chamando
atenção das mulheres por onde passa.
- Então estamos quites, querida porque eu não vejo a porra da necessidade de você estar
andando com essas costas de fora. Isso é o quê? Falta de pano? O que não falta é roupa lá
em casa. Vou te dar uma blusa minha pra você colocar. – diz agora sério.
- Sua prima que me deu e eu amei.
- Vai amar ela por pouco tempo. – diz
- O que você quer dizer com isso?Nada querida. – diz sínico.
- Não, você não vai rasgar a minha blusa como faz com as minhas calcinhas. – digo com os
olhos arregalados depois de entender o que ele quis dizer.
Ele nada diz, apenas levanta uma de suas sobrancelhas e levanta um pouco os seus lábios
para o lado direito.
- Rodrigo não.
Continua calado.
Ele tem esse poder de mudar o foco da conversa pra mim, sempre quando eu estou com raiva
dele. Ele sempre faz isso.
Não demorou muito chegamos ao condomínio e em questão de minutos já estávamos
parados na garagem.
Entramos na casa e já posso sentir o cheiro delicioso da comida. Vou com ele até a cozinha e
encontro a senhora, de uns 40 anos mais ou menos, que estava virada para o fogão.
- Maria já pode arrumar a mesa. Daqui a pouco eu volto para comer, só vou tomar um banho.
Ele diz fazendo a mulher pular em frente ao fogão, ela se vira para nós e acena.
Ele logo pega a minha mão me puxando dali. Ele joga minha bolsa no sofá e me puxa em
direção as escadas.
- Rodrigo, o que você está fazendo?
Digo assim que entramos em seu quarto. Ele tranca a porta e toma a minha boca na sua em
um beijo desesperado, suas mãos passeiam pelas minhas costas nuas...
- Eu quero você agora. – não dar chances nenhuma de responder e toma a minha boca
novamente.
Ele leva suas mãos agora para a minha bunda apertando-a com força e isso faz com que um
gemido saia de minha boca. E ele desce suas mãos para as minhas coxas fazendo com que eu
enrole minhas pernas em sua cintura.
- Rodrigo....eu... eu só tenho uma hora e meia.
- Tempo suficiente pra fazer o que eu quero fazer com você.
Volta a me beijar e quando eu vejo já estamos no banheiro e o meu corpo depositado em
cima da bancada. Ele leva suas mãos para o botão da minha calça, abrindo-a, ele retira a
minha blusa de dentro dela e a levanta para tirá-la do meu corpo.
- Eu só não rasgo essa porra agora, porque você não vai ter o que vestir depois. Mas da
próxima vez ela não me escapa. Diz e busca a minha boca, suas mãos vão para os meus seios, apertando-os com força. Eu já
não conseguia mais conter os gemidos que saiam incontroláveis pela minha boa. Ele separa
sua boca da minha e a desce para o meu seio direito chupando-o com força. Seguro sua
cabeça em minhas mãos fazendo com que ele fosse mais forte e assim ele fez... Depois de um
tempo dando uma atenção especial para os meus seios, ele se separa de mim, retira o seu
distintivo e o seu coldre da cintura colocando-os sobre a bancada onde eu estava sentada,
retira também sua blusa e eu passo minhas mãos pelo seu peito musculoso. O Rodrigo sorri
safado pra mim e abaixa a sua calça junto com a boxer, fazendo com que o seu membro
pulasse para fora, e retira o sapato.
Ver esse homem completamente nu na minha frente me deixou ainda mais molhada e
sedenta por ele.
O Rodrigo retira o meu sapato jogando-os em qualquer lugar do banheiro e me retira da
bancada arrancando a minha calça e minha calcinha junto. Ele pega na minha mão, me leva
para dentro do box e me beija. Assusto-me quando sinto gotas de água gelada caindo sobre
minha cabeça. Se eu não estivesse tão necessitada em senti-lo, eu o xingaria até a morte por
ter molhado o meu cabelo. Mas eu não me importei.
Sinto sua mão na minha intimidade e ele começa a fazer um vai e vem gostoso e torturante.
O Rodrigo enfia um dedo dentro de mim e depois outro, mas não os deixou por muito tempo,
pois ele logo os tirou e se ajoelhou na minha frente.
E cacete! Essa cena é maravilhosa.
Ele levanta uma das minhas pernas e começa a passar sua língua rapidamente por toda a
minha intimidade, oras enfiando em minha entrada, oras ele mordia de leve o meu clitóriso
que me levava a loucura e eu já estava sentindo que o meu orgasmo estava chegando. Levo
minhas mãos para a sua cabeça, puxo os seus cabelos com força e ele intensifica o
movimento com sua língua. Sinto o meu corpo relaxar e um gemido mais alto sai de minha
boca. A minha perna treme, mas eu sou segurada pelo Rodrigo antes que eu vá para o chão.
Ele me beija fazendo com que eu sinta o meu gosto em sua língua, assim que separa nossas
bocas, ele me solta por um segundo, desliga o chuveiro e sai do box indo até o armário
pegando uma camisinha. Ele abre, joga o plástico fora e já ia colocando em si mesmo, quando
eu falo.
- Deixa que eu coloco?
Ele me olho e consigo ver seus olhos ficarem mais escuros. Nem parece que acabei de ter um
orgasmo maravilhoso. Já estou completamente molhada novamente e ainda mais necessitada
de tê-lo me preenchendo.
- Nunca ousaria negar um pedido desse.
Ele entra no box e eu pego a camisinha de sua mão. Já está mais do que na hora de eu ser um
pouco mais ousada. Eu sempre deixo ele controlar tudo, eu só controlo quando ele me dá a deixa. Mas hoje será diferente. Eu vou tomar uma atitude e vai ser agora.
Olho para o seu membro completamente ereto em minha frente e me ajoelho de frente para
ele.
- Ai caralho. – ele diz e soca a parede ao lado.
Eu ainda não tinha feito nada.
Solto uma risada e pego o seu membro em minhas mãos. Começo a fazer movimentos lentos
de cima para baixo, repetidas vezes. Olho pra cima e vejo o Rodrigo com seus olhos fechado,
sua boca semi-aberta e sua cabeça jogada levemente para trás.
Não penso duas fezes e levo o seu membro para a minha boca. De inicio apenas chupo o topo
e rodeio minha língua envolta dele.
- PUTA QUE PARIU, SOPHIA. – ele soca a parede novamente e eu retiro a minha boca de seu
membro.
- Quer que eu pare?
- Porra, claro que não. Caralho, continua, não para.
Volto minha atenção para o seu membro pulsante na minha mão e o levo novamente na
minha boca. Era a primeira vez que eu faço isso, mas ele parece estar gostando muito, pois os
seus gemidos eram altos e palavras safadas saiam sem pudor algum de seus lábios. E aquilo
estava me excitando muito, ver este homem se segurando para não perder o controle, por
minha causa é excitante vê-lo desse jeito e saber que a causadora disso tudo sou eu.
Coloco o máximo que consigo dentro da boca e o resto eu fazia movimentos rápidos. Chupo-
o com mais força e rodeio minha língua envolta de sua glande, novamente. Seus gemidos
saem cada vez eram mais altos.
Vejo que ele está próximo de gozar e o retiro de minha boca e paro de masturba-lo.
- Porra Sophia... vo..você.. vai ser a porra do meu fim. – ele diz ofegante.
Coloco a camisinha em seu membro e ele rapidamente me levanta, virando-me de costas
para ele, fazendo os meus seios e rosto encostarem na parede e ele empina a minha bunda
levemente para ele. Mordo o meu lábio segurando um gemido ao senti-lo entrar em mim
lentamente.
- Porra, eu nuca me canso de estar dentro de você. Você é tão gostosa, tão quente, tão
apertada... Tão minha... Só minha.
Ele começa a estocar com força dentro de mim e meus gemidos, eu já não conseguia mais
conter. Ele distribuía beijos e mordidas pelas minhas costas e apertava com força a minha
bunda. Eu já estava sentindo os espasmos do orgasmo voltar a tomar conta do meu corpo,
novamente. E o Rodrigo parece ter percebido isso, pois ele leva sua boca ao meu ouvido e diz com a sua voz rouca e grossa...
- Goza Sophia, goza bastante no meu pau. – ele aperta com força a minha cintura e aumenta
as estocadas.
Não aguento muito tempo e imediatamente obedeço sua ordem e gozo loucamente em seu
membro e um gemido alto sai de minha boca. Logo em seguida ele também se libera dentro
de mim.
O Rodrigo fica um tempo imóvel, ainda dentro de mim, sua respiração quente no meu
pescoço fazendo todo o meu corpo se arrepiar, suas mãos fortes segurando com firmeza o
meu corpo para não cair. Tudo isso é tão bom. É tão bom senti-lo dessa forma...
Depois de alguns longos minutos nessa posição, ele se retira de dentro de mim e joga a
camisinha fora. E depois ele voltou para, realmente, tomarmos o banho.
Assim que terminamos, nós saímos do Box, nos secamos e nos vestimos novamente.
- A minha vontade é de te matar por ter molhado o meu cabelo, Rodrigo. Agora ele vai
demorar um século pra secar. – digo olhando para o meu cabelo molhado, pelo reflexo do
espelho e passo a toalha insistentemente na tentativa de seca-lo.
- Vai dizer que não valeu apena? Saiu com o cabelo molhado, mas também te proporcionei
orgasmos maravilhosos. – diz passando as mãos pela minha cintura levando-me para mais
perto dele.
Sinto o meu rosto esquentar, mas não dou o gostinho para que ele perceba que me deixou
sem graça. Eu ainda não me acostumei em ouvi-lo falando essas coisas após o sexo. Na hora
eu não me importo, eu até gosto, mas depois eu fico um pouco envergonhada.
- Vamos comer logo, que eu estou morrendo de fome e só tenho meia hora.
Ele solta uma gargalhada.
- Eu não consigo te entender como você sente vergonha de falar de sexo, mesmo depois de
tudo que a gente faz. – ele deixa um beijo no meu pescoço e sai do banheiro.
Fomos para a cozinha e almoçamos bem rápido, porque eu realmente não podia chegar
atrasada. Assim que terminamos, nós subimos e escovamos os dentes. Enquanto o Rodrigo
colocava o seu maldito uniforme eu colocava o meu maldito salto e ainda tentava
inutilmente secar o meu cabelo.
- Já estou pronto, vamos?
- Calma, tenho que me maquiar.
Ele revira os olhos e assente saindo do quarto.
Maquio-me rapidamente e assim que termino, eu desço o encontrando na sala. Temos quinze minutos. – ele avisa.
- Então vamos logo. – pego minha bolsa e vou em direção a garagem.
- Eu juro que vou rasgar essa porra. – ele diz entre dentes. Já eu, finjo que não ouvi e
continuo andando. Entramos no carro e saímos de casa.
Não demorou muito e ele parou o carro em frente ao shopping, me despeço dele com um
beijo rápido e saio praticamente correndo para conseguir chegar na hora certa, na loja.
Trabalhei o resto da tarde tranquilamente, já tinha conseguido pegar o ritmo. Não demorou
muito 18h00min já marcava no relógio. Saio da loja e aquela mesma sensação de estar sendo
vigiada me perseguia ali.
Eu já estava começando a achar que realmente tinha alguém me seguindo, não era possível
ser só coisa da minha cabeça. A mesma coisa continuou no ônibus. E na creche do Gustavo
quando eu fui pega-lo lá.
Eu só me senti tranquila quando coloquei os meus pés dentro de casa.
Tem alguém me seguindo. Eu sei que tem. Isso não é coisa da minha cabeça... Não é possível.

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111055 - Meu Delegado - Capítulo 27 - Categoria: Heterosexual - Votos: 1
111054 - Meu Delegado - Capítulo 26 - Categoria: Heterosexual - Votos: 1
111053 - Meu Delegado - Capítulo 25 - Categoria: Heterosexual - Votos: 1
111052 - Meu Delegado - Capítulo 24 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
111050 - Meu Delegado - Capítulo 23 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
111049 - Meu Delegado - Capítulo 22 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
111048 - Meu Delegado - Capítulo 21 - Categoria: Heterosexual - Votos: 1
110217 - Meu Delegado - Capítulo 20 - Categoria: Heterosexual - Votos: 4
110216 - Meu Delegado - Capítulo 19 - Categoria: Heterosexual - Votos: 1
110215 - Meu Delegado - Capítulo 18 - Categoria: Heterosexual - Votos: 1
110213 - Meu Delegado - Capítulo 17 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
110212 - Meu Delegado - Capítulo 16 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
110210 - Meu Delegado - Capítulo 14 - Categoria: Heterosexual - Votos: 3
110209 - Meu Delegado - Capítulo 13 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
110208 - Meu Delegado - Capítulo 12 - Categoria: Heterosexual - Votos: 4
110207 - Meu Delegado - Capítulo 11 - Categoria: Heterosexual - Votos: 2
110206 - Meu Delegado - Capítulo 10 - Categoria: Heterosexual - Votos: 4
110205 - Meu Delegado - Capítulo 9 - Categoria: Heterosexual - Votos: 4
110204 - Meu Delegado - Capítulo 8 - Categoria: Heterosexual - Votos: 4
110203 - Meu Delegado - Capítulo 5 - Categoria: Heterosexual - Votos: 3
110202 - Meu Delegado - Capítulo 7 - Categoria: Heterosexual - Votos: 4

Ficha do conto

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Nome do conto:
Meu Delegado - Capítulo 15

Codigo do conto:
110211

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
11/12/2017

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2

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