Rodrigo Desço da viatura o mais rápido possível e entro no galpão. Com a raiva que eu estou, com a dor no meu peito por ela estar daquele jeito por minha causa, por ela ter perdido o nosso filho por minha causa. Eu vou descontar tudo isso nele. Tudo isso e mais um pouco. Assim que entro, posso vê-lo sentado em uma cadeira amarrado no meio do galpão. Seu braço e perna estavam sangrando e o seu rosto estava pálido e baixos gemidos de dor saiam de sua boca. Isso é pouco, muito pouco. Os dez policiais de minha equipe estão aqui também. Apenas a minha espera. Assim que eu chego perto do DG, ele levanta a cabeça devagar e me olha com um sorriso debochado na cara. - O bostinha chegou. – diz e logo depois solta um gemido. - Perdeu a noção do perigo? – digo tranqüilo, por fora, pois por dentro eu estava me segurando pra não matá-lo agora mesmo. Mas eu não quero que a morte dele seja assim. Quero uma morte bem lenta e dolorosa. Quero que ele sinta a dor que eu estou sentindo. - Eu não tenho medo de você, seu bosta. – diz com raiva carregada na voz. - Não precisa ter medo, eu não quero isso de você. – e realmente não queria. – Mas eu vou fazer você pagar por tudo que fez a Sophia... Tudo. - Eu não fiz nada com ela, tudo que aconteceu foi por querer dela, apenas... E aah como foi bom ter o meu pau dentro dela, como foi bom ter ela gemendo loucamente embaixo de mim, me pedindo sempre mais e.... Não aguento e dou um soco forte em seu rosto. Eu sei que é mentira. Mas eu não vou aguentar ficar ouvindo ele falando assim dela. Ele vira o seu rosto lentamente me olhando e eu o acerto novamente, fazendo-o gemer de dor. - Como foi pra você saber que a sua mulherzinha estava esses dias todos sendo fodida por mim? E ele continua. Cala a boca seu merda. – a raiva transbordava de mim, mas por algum motivo minha voz sai baixa. - O que foi? Não aguenta ouvir a verdade? Fodi, fodi mesmo, todos os dias. Ela enlouquecia todas as vezes que eu tocava nela... - Você é doente. Eu sei que é mentira, a Sophia me disse que ele não tinha tocado nela dessa forma e eu acredito nela. Mas o que me deixa com raiva nisso tudo é saber que mesmo ele não tendo abusado dela novamente, ele tentou. - Você que é um otário. – solta uma gargalhada. – Criando o filho de um dono de morro. Como foi pra você ficar com o meu filho esse tempo todo e sabendo que ele era um bastardinho pra você? Sabendo que ele é meu filho e que um dia vai herdar tudo que eu tenho? - Ele não é o seu filho. Eu sou o pai dele e não, ele nunca vai herdar nada que é seu. - É um otário mesmo... Não aguento mais e dou dois socos nele, sua boca começa a sangrar e ele me olha ainda com aquele sorriso cínico. E isso me deixou com mais raiva. - Para de ser covarde e me solta, porra. Vamos brigar de homem pra homem. - Douglas, solta ele. Digo retirando o meu colete e jogando no chão. - O senhor tem certeza? - EU ESTOU MANDANDO SOLTAR ELE, PORRA. –grito sem paciência. Ele acena e faz o que eu mando. Retiro também o coldre e coloco no chão. - Levanta, vamos brigar feito homem, apesar de você não ser um, não é isso que você quer? Eu estava enfurecido, ele conseguiu me tirar ainda mais do sério. Ele me olha por um tempinho e se levanta um pouco devagar da cadeira, por conta de sua perna baleada. - Eu vou te mostrar se eu não sou. – ele sussurra apenas para ele, mas eu fui capaz de ouvir. Quando ele pensou em me dar um soco, eu fui mais rápido e dei uma canelada em sua costela, o que o fez ir ao chão, se contorcendo de dor. - LEVANTA PORRA, VOCÊ NÃO QUER BRIGAR FEITO HOMEM? – me agacho perto de seu rosto, ele estava imóvel e seu rosto incrivelmente vermelho. Eu sei o poder que minha canelada tem. Eu lutava Muay Thai quando era jovem e eu sempre ganhava por nocaute com a minha canelada. E pelo jeito que ele está, intacto e visivelmente prendendo o choro e os gemidos, eu sei que quebrei alguma costela. Pego pelos seus cabelos, levantando de leve a sua cabeça para que ele me encarasse. - Levanta daí e vem lutar como o homem que você acha que é. – jogo sua cabeça com força no chão, dessa vez ele não conseguiu conter o gemido. – ANDA PORRA. Ele com muita dificuldade apoia os seus braços no chão e tenta se levantar, mas antes que ele consiga levantar, o seu corpo cai novamente ao chão e um gemido alto sai de sua boca. - O que foi machão?! – coloco o meu pé em cima de sua costela exatamente onde eu chutei, e como previsto ela estava quebrada. – Cadê aquela marra toda? Piso novamente, bem mais forte e agora ele começa a gritar de dor. - AAAAAAI PARA, PARA TÁ DOENDO. - Iiiih estão vendo ai pessoal? A marra dele não dura muito tempo não. Me abaixo e coloco o meu rosto perto do dele, mas ainda com o meu pé em suas costelas, o que é bem pior, porque antes o que era apenas uma pressão, agora são noventa e dois quilos em cima de uma, ou várias, costelas quebradas. - Ou será que essa marra dele é só com mulheres? Só com mulheres que não conseguem se defender de você? Só com as mulheres que você estupra? - AIAIAI, PARA, POR FAVOR, PARA. - Olha como ele é educado, está pedindo até, por favor. Acho que eu devo relevar, não é Douglas? Digo irônico. O Douglas me olha com um sorriso cínico na boca e responde. - Não senhor, eu acho que o senhor deveria dar mais uma chance pra ele te mostrar o quanto ele é homem. Porque até agora eu só vi um bosta. - É! Você está certo. Levanto-me, mas antes piso mais um pouquinho em suas costelas o fazendo gritar mais alto. - Não dá pra acreditar que o fodão está chorando assim por causa de um chute de nada na costela... Então eu acho que você não vai aguentar muito a nossa outra brincadeira não. - Para com essa porra e me mata logo. Te matar? – ando até uma mesa com várias ferramentas sobre ela, que eu precisarei para esse servicinho, pego uma barra de ferro e volto para onde o DG ainda se encontra deitado. - Está muito cedo, DG. Nem começamos as brincadeiras ainda. - Você vai me torturar... - Eu? Te torturar? Jamais. Eu já não estou mais me reconhecendo. A raiva que eu sento pelos últimos acontecimentos e principalmente por ele, ainda toma conta, mas agora de um jeito diferente. Eu sempre fui um homem sério, na minha, seco e frio. Mas eu nunca me vi do jeito que estou agora. A frieza em minha voz saía de uma maneira nunca ouvida por mim, antes. E eu estranhamente não me importo com isso, pelo menos não agora. - Mas se você gosta tanto de abusar de mulheres indefesas, eu acho que você gostaria também de experimentar como as suas vitimas se sentem. – digo alisando a barra de ferro a minha frente. – Eu acho que você vai gostar, não é? Já que sentia tanto prazer fazendo isso com outras mulheres. Eu nem sei se ele estuprava de fato outras meninas ou não. Mas a meu ver, quem tem coragem de fazer com uma, faz com várias. - Não, não. Você está maluco. NÃO! – ele diz desesperado e isso estranhamente me deixa muito bem. A minha cabeça estava gritando que aquilo era o certo a se fazer, que ele teria que pagar por tudo, tudo que ele fez a Sophia. E que aquilo que eu estava prestes a começar a fazer era o justo, até pouco pra ele. E eu estava adorando vê-lo daquela forma. Mas o meu coração quebrado me dizia que eu não estava agindo certo, que eu, como um homem da lei, deveria tratá-lo da forma que a lei manda. Mas como a lei desse país é muito falha, eu sei muito bem onde vai dar isso tudo. Tudo se repetiria novamente. Ele vai ser preso, depois foge e faz as mesmas coisas. E eu não posso, não posso deixar mais uma vez esse desgraçado estragar as nossas vidas. Porque sim, eu tenho certeza que a Sophia vai voltar pra mim. Eu sei que vai. Deixo esses pensamentos de lado. Isso não me faz bem. Eu não posso deixar esse meu lado frio ir embora. Não posso. - Que isso, a machão está chorando de novo? - Porra, não faz isso. Me mata, faz o que você quiser, menos isso. Agacho-me perto dele novamente e olho em seus olhos. - Lembra que suas vitimas também não queriam? Lembra que elas pediam pra você parar? E você lembra o que você fazia? ... Você continuava, e continuava, e continuava... - Por favor... - Assim como elas não tinham o direito de escolha... Você também não tem. Levanto-me e jogo a barra de ferro para o policial Lucas, que a pega rapidamente. - Ele é todo seu. Digo e me viro saindo do galpão. Consigo ouvir os seus gritos desesperados e logo em seguida o Douglas me chamando. - Senhor, vai ir pra casa? Quer que eu te leve? - Não precisa, eu quero ficar sozinho. – digo tentando não ser grosseiro com ele que foi um grande amigo todo esse tempo. – Você será os meus olhos e ouvidos aqui dentro. Depois que eles acabarem com ele lá dentro não fazem nada até eu chegar. - Sim senhor. – ele me joga a chave do carro e eu pego no ar. Entro e saio daquele meio de mato. Uma hora depois eu estava em casa, o relógio já marcava quatro da manhã. Coloco o carro na garagem ao lado do meu e entro em casa. Vou direto para o meu quarto e tiro a farda suja de sangue. Ligo a banheira e me sento dentro dela esperando encher. E é inevitável não pensar nela naquela cama de hospital e desacordada. Sem previsão nenhuma de quando acordaria. Sabe-se lá quando ela vai acordar. Mas eu vou estar aqui, vou estar aqui esperando ela voltar pra mim... Pra gente. Nem que isso demore dias, meses e anos, mas eu vou estar aqui esperando por ela para que possamos formar a nossa família. Eu, ela, o Gus e os vários irmãozinhos que ele vai ter. Não me importo de estar parecendo uma mulherzinha pensando assim, realmente não me importo. Eu nunca pensei em ter uma família antes, até porque eu pensava que não poderia amar alguém á ponto de querer isso. Eu achava que por conta do que aconteceu comigo, eu não saberia ser um bom pai e muito menos amar alguém da maneira que eu a amo. Mas ai ela aparece, ela aparece com aquele jeito meigo e simples dela e muda tudo, muda completamente tudo na minha vida. E com ela, ela trás o Gus, a pessoinha mais importante pra mim... O meu filho e eu não aceito que dizem o contrário disso, porque ele é o meu filho sim. Eu o amo como se fosse um e eu sei que o que ele sente por mim também é carinho e amor, de um filho para com um pai. E isso tudo, essas duas pessoas que mudaram tanto a minha vida, me fizeram querer mais, bem mais ao lado deles, algo bem mais forte e duradouro do que um simples namoro e apego. Eles me fizeram querê-los de fato na minha vida, pra sempre. Querê-los á tal ponto que eu não conseguisse mais me ver sem os dois ao meu lado e passasse a programar coisas para um futuro bem distante com eles. E eu não vou deixar que isso se acabe assim, eu não vou deixa que ela se vá. Eu vou estar aqui, não importa quanto tempo dure, mas eu vou estar aqui quando ela voltar. [...] Três dias depois... A Camila sai em prantos do quarto onde a Sophia está. Ela vem até a mim e me abraça forte. - Eu... eu não aguento ver ela daquele jeito, Rodrigo. Não digo nada, apenas a abraço forte. Se eu abrisse a boca, com certeza choraria e eu não queria fazer isso em publico novamente. Naquele dia foi um momento de dor e fraqueza, que eu não pude e nem quis segurar. - Ela tem que voltar logo pra gente. – ela diz se desfazendo do meu abraço. Apenas aceno com a cabeça e ela entende que eu não vou falar mais nada. - Vai lá. – ela cena em direção a porta e eu entro. Eu deixei pra entrar por ultimo pra ter mais tempo com ela, e eu acabava sempre entrando sozinho, pois sempre que eu a via do jeito que está agora, toda intubada, eu sempre chorava, nunca aguentava vê-la desse jeito. Ando devagar, pego a poltrona, arrasto para a beirada da cama e seguro com força a sua mão. Fico alguns minutos apenas olhando para ela, as lagrimas desciam silenciosamente. Eu fazia movimentos lentos em sua mão e quando tomo coragem as palavras saem falhadas pela minha boca. - Amor... Volta pra mim. – abaixo a minha cabeça sobre a sua mão, que eu continuava segurando firmemente, e deixo as lágrimas virem. - Eu sinto tanto a sua falta... o Gustavo também. Ele pergunta por você todas as noites... – levanto a minha cabeça e deixo um beijo em sua mão. Olho em seus olhos fechado e continuo. – Eu ainda não tive coragem de trazê-lo aqui... Eu falo pra ele que você está fazendo uma viagem muito longa e que quando voltar, você vai trazer um boneco enorme do SuperMan pra ele... só assim ele consegue dormir. Mas a primeira coisa que ele faz quando acorda... é.. é chamar por você – minha garganta embola nessa hora e o meu coração se aperta. E-eu não sei se você realmente consegue me escutar. – como eu sempre fazia nesses três dias em que ela está aqui eu falo. – Se você consegue me escutar... aperta a minha mão, por favor. Eu só preciso saber se você pelo menos me escuta. E como sempre, nada acontecia. - Mas eu prefiro acreditar que sim... Eu te amo, e preciso de você de volta. – me levanto e deixo um beijo demorado na sua testa e minhas lágrimas molham o seu rosto. - Me desculpe senhor, mas o tempo já acabou. – diz a enfermeira parada na porta. Deixo um ultimo beijo em sua testa e falo bem baixinho no seu ouvido. - Eu te amo. Solto lentamente a sua mão e saio do quarto. [...] Chego ao galpão e encontro o DG deitado em cima de um papelão com suas mãos algemadas. Ele é tão ruim que conseguiu sobreviver a todos esses dias a nossa tortura, as balas não estavam mais alojadas em seu corpo. Eu mesmo fiz questão de tirar uma por uma com uma faquinha de cerra. Esterilizada é claro, pois sou uma ótima pessoa. Não sei como ele não morreu desidratado ou até mesmo por alguma infecção em sua perna e braço por conta dos buracos expostos. Mas eu posso dizer que esses dois membros ele já não tem mais. Já passou de roxo para o estagio de cheirar mal, bem mau. E isso me deu uma ideia. Passo por ele e pelos policiais que estavam aqui hoje e entro no quartinho onde eu deixei algumas coisas que usaria com ele guardado. Pego uma garrafa cheia de soda caustica e volto para onde eles estavam. Chego perto do DG, que estava com os olhos fechados, dou um chute em seu braço e o chamo. - Levanta porra. Ele resmunga e abre os seus olhos lentamente. - Acho que já está na hora de você tomar um banho, não acha? Você está fedendo. - Me-me mata logo... eu não aguento ma-mais. - Calma, estou me divertindo tanto com as nossas brincadeiras, não quero acabar ainda... E eu ainda tenho planos pra você, por isso que estou falando que precisa de um banho. Ele olha para a garrafa do meu lado e consigo ver o desespero em seus olhos. Isso não é nada perto do que ele merece. - Não...não faz isso, me mata. ME MATA LOGO!!! - Eu estou achando você afobado demais. Pego a garrafa em minhas mãos e começo a abri-la. Jogo o liquido de dentro dela sobre a sua pele e conforme eu ia jogando, gritos altos e sôfregos saiam de sua boca, podia ver o produto corroendo sua pele e isso me satisfazia. Uma parte de mim dizia que eu estava sendo um monstro, mas a outra parte dizia que era o certo a se fazer. - PARA, TÁ QUEIMANDO, PARA, POR FAVOR. Eu não me conformei e só parei de jogar o liquido quando não tinha mais nada na garrafa. Me viro e vejo os policiais me olhando com incredulidade e posso dizer que medo também, mas eu não me importei. Eu já estava ficando cansada dessa “brincadeira”. Já estava satisfeito, vê-lo sofrendo desse jeito me deixava em paz, eu me sentia vingado por tudo que ele causou na vida da Sophia. Não me importo com os olhares dos policiais e falo. - Já pode preparar os pneus, porque vai ser hoje. Já cansei disso. Digo e saio, vou para um tipo de sala que tinha ali e me sento na cadeira. Ainda posso ouvir os gritos escandalosos do DG e isso me deixava em paz e, saber que ele estava sofrendo. E tudo o que eu queria que ele sentisse era dor. Apenas dor e mais nada! Ele merecia muito mais, merecia sofrer bem mais antes da sua morte, mas eu já estou cansado de olhar para a casa desse crápula e vê-lo vivo. Ver que todo o mau que ele causou a minha família não foi vingado ainda. Meia hora depois o Douglas entra na sala. - Senhor, já está tudo pronto. - Vamos então. – me levanto da cadeira e pego a minha touca. – Já colocou ele no carro? - Sim senhor. O cara está quase morrendo já, ele não aguenta muito tempo não. - Então vamos que eu quero ter o prazer de vê-lo queimando vivo. Saímos do galpão e havia cinco carros parados em frente, já estava de noite e esse era o horário perfeito para fazer o que eu tinha em mente. Posso vê-lo dentro de um saco dento no porta malas, que já estava sendo fechado, entro nesse mesmo carro e tomo a direção e dirijo até a Rocinha. O que eu tinha em mente era bastante arriscado, mas eu tomei bastante cuidado em relação a isso. A UPP está se instalando lá aos poucos e na parte onde vamos ir eles nem conseguiram chegar ainda, mas o trafico também não comanda mais. O que não significa que não tenha ainda os bandidos espalhados pelo local. Subimos pelo caminho da mata e paramos no ponto mais alto da favela, onde acontecia realmente esses tipos mortes por aqui. O lugar estava deserto, era um morro bem alto de onde se podia ver toda a favela e uma parte bem grande do Rio, o lugar era bem escuro o que facilitava pra gente. Eu desço do carro e me junto aos outros policiais que estavam tirando o DG da mala, ele gemia de dor, mas era um gemido agonizante de quem realmente estava a beira da morte. Os policiais começam a tirar os pneus de dentro dos carros e consigo ver o desespero nos olhos do DG, sua pele já estava bem queimada por conta da Soda caustica. - Não faz isso, por favor. Me da um tiro na cabeça, no coração. Qualquer coisa, mas não me queima vivo... ou quase vivo. Não dou ouvidos para o que ele me diz e coloco a touca, por mais que esse lugar esteja deserto eu não quero correr o risco de alguém aparecer. Eu quero que a morte dela seja dada a entender que foi por bandidos e não por mim. Ajudo os policiais a colocarem ele em pé, o que foi bem difícil, pois suas pernas já não conseguiam sustentar o seu corpo, e fomos colocando os pneus em volta de seu corpo. Ele chorava feito criança. - Por favor, cara, não faz isso. Eu não quero morrer assim. Eu já aprendi, já to fodido o suficiente, eu estou arrependido... - O seu arrependimento não vale de nada... Assim como você. – pego a garrafa com gasolina e começo a jogar sobre ele. – Eu estou fazendo um favor pra sociedade. Pego o fosforo e acendo. - NÃO, NÃO. POR FAVOR, NÃO! - Já deu pra você. Jogo o fosforo em cima dele e o fogo começa a se alastrar. O seu grito desesperado é bem alto, mas dura pouco tempo. Fico vendo aquelas chamas e podem me chamar de monstro, mas eu me sinto muito aliviado em saber que esse homem não vai nunca mais infernizar a minha vida. E fico mais aliviado ainda em saber que eu fui o causador de sua morte. Eu nunca fiz nada parecido com o que eu fiz com o DG em todos esses dias, mas eu também não tenho um mínimo de remorso em relação a isso, eu me sinto satisfeito por fazê-lo pagar por tudo que fez. Nunca fui tão sangue frio em toda a minha vida, mas valeu a pena. Muito apena. Mas a Sophia não pode saber disso, conhecendo ela como eu conheço, sei bem que ela não ficaria nem um pouco feliz em saber a forma como eu o matei... Não por ele, mas por mim.
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