Sophia Finalmente chegou o grande dia. O dia do meu casamento. Vou realizar um sonho que ficou por tanto tempo adormecido dentro de mim, na verdade esquecido mesmo. Eu não queria mais saber de homem nenhum na minha vida, pra mim, qualquer homem que encostasse-se a mim seria para me machucar. Mas com o Rodrigo foi completamente diferente. Ele foi o único homem que eu, em momento nenhum, me senti ameaçada perto. Muito pelo contrário. Desde o inicio ele me passava total confiança, o jeito como ele ama e cria o meu filho como se fosse dele, o que de fato eu acho que passou a ser, pois a partir do primeiro dia em que eles se viram e o Gustavo o chamou de pai, sem ao menos o conhecer direito. Essa ligação que os dois têm um com o outro é muito linda. O Rodrigo inclusive disse que faz questão de, depois que passar o casamento, entrar com um processo na justiça para adotar o Gustavo e passar o seu nome pra ele. Eu não ousei discordar, pois eu sabia que ele não iria desistir e eu também não me importei. Eu fiquei bem feliz em saber que ele queria que o meu... quer dizer, nosso filho tenha o sobrenome dele. Ele disse que uma das muitas razões para ele querer essa adoção é que ele não quer que o Gustavo se sinta diferenciado dos irmãozinhos que virá por ai. Isso foi ele que disse. Irmãozinhos... Meu Deus! Pra mim, só mais um filho está ótimo, mas estou vendo que se for pelo Rodrigo, montaríamos um time de futebol. - Sophia, mulher! Vem colocar o vestido. – diz a Camila já desesperada. Passamos a tarde inteira em casa nos arrumando, elas contrataram um spar para vir aqui e fazer todo o trabalho. Eu nunca fiquei tão relaxada em toda a minha vida. Quero me casar mais vezes pra ter esse tipo de tratamento. O Rodrigo ficou o dia inteiro com o Gustavo e os outros homens da casa se arrumando, eles ficariam responsáveis por arrumar o Gustavo, que levará as alianças, e eu já cansei de pedir pra Julia e minha mãe irem ver o que eles estão fazendo com o meu filho, pois se depender do Rodrigo, o Gustavo vai de sunga. Se ele falar que não quer colocar o terninho o Rodrigo não vai obriga-lo a colocar o terninho. Ele tem um coração muito mole quando se trata do Gustavo. Quem diria! Rodrigo Albuquerque com um coração mole. Se me dissessem isso há um ano e meio, quando eu cheguei àquela casa, eu não acreditaria. - Anda Sophia, o Rodrigo vai ficar louco se você demorar mais um minuto. - Ai! Tá! Tá! Estou indo. Levanto-me da cadeira e olho pela ultima vez a leve maquiagem feita em minha pele e não pude deixar de sorrir tamanha era a minha felicidade. Retiro o roupão e vou até a Mila e a tia Patrícia que estavam com o vestido em mãos para me ajudar a vestir. Demorou um tempinho, mas conseguimos colocar o vestido sem borrar a maquiagem. - Você está linda, Soph, mas não se vira ainda que vou colocar isso em você. – diz a tia Patrícia. Ela vai até a mesa no canto do quarto, pega um potinho em suas mãos, que depois eu fui ver que continha flores dentro. Ela mexe nos meus cachos, pois sim eu fiz questão de deixar o meu cabelo natural, que por uma obra divida de Deus os meus cachos hoje estavam especialmente lindos. Eu achei que super combinou com o clima praiano do casamento e eu não queria deixar nada muito artificial demais, eu queria tudo simples. Ela distribuía as pequenas flores, uma por uma pelo meu cabelo enquanto a Camila arrumava a pequena caldo do meu vestido. - Agora pode se virar. Com um pouquinho de tremedeira nas pernas, eu me viro, dando de cara com uma Sophia nunca vista por mim, antes. Eu estou me achando a noiva mais linda do mundo nesse momento. O vestido não poderia ser mais lindo, eu acho que nem se eu idealizasse todos os tipos de vestidos não daria nesses, ele ficou perfeito. Ele é todo delicado e ao mesmo tempo em que tem uma pegada um pouco praiana, pelas rendas que o revestia, ele era sofisticado, por conta do enorme decote nas costas. A estilista conseguiu superar todas as minhas expectativas de vestido perfeito para essa ocasião... Todas. Eu não consigo parar de me olhar. Isso parece até ser um sonho... Na verdade, nem nos meus sonhos mais fantasiosos eu me imaginei assim. Sinto uma lágrima escorrendo pelo meu rosto e eu imediatamente a seco, pois eu sei que quando elas começam a descer é difícil parar. - Vamos amiga, já está na hora. – diz a Mila com o buquê nas mãos e um enorme sorriso no rosto. - Vamos. – pego o buquê de suas mãos e antes que eu possa ir, ela me para. - Eu estou tão feliz por vocês. Você sabe que eu mais do que ninguém torci por isso que vai acontecer aqui agora. Torci pela felicidade de vocês. Antes de vocês se conhecerem a minha torcida era que você encontrasse um homem legal pra sua vida e de que ele também encontrasse uma mulher que o aguentasse. Mas eu nunca imaginei que o que você precisava estava nele e o que ele precisava estava em você... – diz e sorri. – Minha irmãzinha e o meu segundo irmão protetor, juntos... Vocês encontraram um no outro o que faltava em si... E eu vou te falar o mesmo que falei pra ele: Cuida bem do meu irmãozinho, não deixe que nenhuma vagaba assanhada destrua esse amor lindo de vocês... - Jamais vou deixar isso acontecer. Eu já senti o quão ruim é tê-lo longe de mim, não quero nem pensar na possibilidade disso acontecer novamente... Demorou um pouco, mas eu acho que consegui crescer como mulher, lógico que eu ainda tenho muito que aprender, mas é aos poucos que conseguimos. - É isso ai amiga. Agora me dá um abraço. Sem pensar duas vezes abraço a minha irmã. Pois a Mila pra mim não é apenas uma amiga, mas sim, irmã. Ela sempre esteve do meu lado quando eu precisei dela, uma das poucas pessoas que conseguem descobrir o que estou sentindo apenas com o olhar e sabe como ninguém me confortar. Mas que também não poupa esforços para me encher de bronca e jogar a verdade nua e crua na minha cara quando é preciso. Eu acho que nem se fossemos irmãs de sangue teríamos uma ligação tão forte como a que temos. - Agora vamos logo que o Rodrigo está ficando maluco já. – ela diz limpando as lágrimas do meu rosto e eu fazia o mesmo com ela. - Vamos que eu não quero que ele venha me buscar pelos cabelos... Vai estragar toda a magia do casamento a noiva entrando arrastada. – digo rindo e elas me acompanham. - Aah pois não duvide da capacidade dele de realmente fazer isso. - Mas eu não duvido mesmo não. Saímos do quarto e descemos as escadas. Encontro o Douglas no pé da escada à minha espera, ele que me levará até o Rodrigo. - Vamos logo que o Rodrigo já está impaciente. - Vamos. – digo nervosa. As borboletas em meu estomago aumentaram e minhas pernas tremiam demais. - Está muito linda, Sophia. – ele diz me olhando. - Muito obrigada, Douglas. – agradeço um pouco envergonhada. Olho ao meu redor e não vejo mais a tia e nem a Mila na sala, o que significa que elas já foram para a praia. Ouço os primeiros acordes da musica Kiss Me – Ed Sheeran já do lado de fora e o Douglas começa a andar. Lembro-me que eu fiz questão de escolher a musica junto com ele, o que foi um pouco complicado, pois ele não é muito de ouvir musica. Mas assim que nós ouvimos essa musica, sabíamos que teria que ser essa. Eu e o Douglas saímos da casa e já podia ver o sol se pondo, dando um charme a mais em toda a arrumação linda que foi feita na praia. Uma chão de madeira foi posto sobre a areia da praia, dando caminho para a pequena cabana descoberta, onde há uma pequena mesa onde se encontra o Juiz de Paz e o Rodrigo lindo em um terno branco. Posso ver agora a sua expressão relaxar ao me ver e seu olhar tomou o meu pra si, tirando-me toda a atenção de qualquer coisa a minha volta. Eu só consigo olhar pra ele apenas pra ele. Andamos mais alguns metros de dentro de casa até chegar de fato a praia. Piso sobre a madeira e agora a distancia que nos separava era pouca e nesse momento a vontade que eu tenho é de correr para os seus braços, mas me contenho. Pareceu uma eternidade o pequeno caminho até chegar a ele, mas assim que sinto suas mãos nas minhas eu finalmente pude respirar em paz. O Douglas diz algo antes de se retirar, que eu não fiz questão de prestar a atenção, pois estava focada demais admirando a beleza desse homem a minha frente. Ao olhar os seus lindos olhos da cor do mar, percebo que estão cheios de lágrimas e ao perceber isso, foi impossível não derramar as minhas por completo. Sinto as mãos do Rodrigo limpando o meu rosto delicadamente,porém não adiantou de nada, pois as lágrimas insistiam em descer. Mas agora é por um motivo muito bom, eu estou feliz. Eu estou prestes a me casar com o homem da minha vida. Sinto os seus braços em minha cintura e o seu corpo se colando no meu. Ele não beija a minha boca, apenas me abraça forte em seus braços e deixa um beijo no meu pescoço. - Você está tão linda, meu amor... Tão linda. – suas mãos acariciavam de leve as minhas costas nuas e aquilo de fato estava conseguindo fazer com que eu me acalmasse. Posso ouvir alguns choros e umas palmas também. Algumas pessoas falavam algo como “fofos”, “ai que lindos”, “que amor”. Mas eu não fiz questão de olhar pra ver quem era. Afasto-me levemente do Rodrigo e o encaro. Posso ver o seu rosto também levemente molhado. Eu sorrio e repito os seus gestos: seco o seu rosto. - Podemos começar a cerimônia? – diz o Juiz, bem humorado, fazendo-me soltar uma leve gargalhada. - Sim senhor. – digo segurando firme na mão do Rodrigo e fazendo nos virar de frente para o Juiz. Ele sorri, acena e diz para os convidados se sentarem. O Juiz lê um versículo da bíblia, diz algumas palavras para nós dois e não demora muito, faz a bendita pergunta. - Sophia Santos, você aceita o Rodrigo Albuquerque como o seu legitimo esposo? Olho para o Rodrigo e sorrio apertando com força a sua mão. - Sim. Rodrigo Albuquerque, você aceita a Sophia Santos como sua legitima esposa? Ele repete os mesmo movimentos que eu fiz e diz. - Sim. - Então, que tragam as alianças. O juiz anuncia e nessa hora o Gustavo aparece no final do corredor com uma cara um pouco assustada e com uma almofadinha nas mãos. Ele dirige o seu olhar para o Rodrigo e não desvia até chegar onde estamos. O Rodrigo se agacha perto dele, pega a almofada de suas mãos e deixa um beijo em sua cabeça. - Valeu filhão. - De nada papai. – diz com um sorriso enorme no rosto. Antes que ele saia eu deixo um beijo também em seu rosto e depois volto a minha atenção para o Rodrigo. O Juiz faz um sinal para que o Rodrigo pegasse a aliança. E assim ele faz, logo em seguida depositando a almofadinha sobre a mesa. - Fique à vontade para dizer os seus votos, Rodrigo. – diz o Juiz. O Rodrigo me encara por alguns segundos, segura na minha mão e respira fundo, agora sem desgrudar os nossos olhos dos meus. - Sophia... Meu amor. Eu quero que você receba essa aliança como uma das provas do meu amor por você... E-eu tenho tanto, mas tanto o que te agradecer. Agradecer por ter aparecido na minha vida e mesmo sem querer me mud... Na verdade não acho que você me mudou... – ele diz pensativo e logo em seguida, solta um sorriso. – Não. Eu acho que mesmo sem perceber, eu mesmo fui me moldando ao seu jeito, sem deixar o meu de lado. – ele solta uma gargalhada e todos o acompanha. –Eu quero que você saiba que eu sempre, sempre estarei do seu lado. Eu quero você todos os dias enfrentando tudo e todos os problemas que tivermos, ao meu lado. Pois pra mim não existe vida longe de você, sem você ao meu lado nada faz sentido pra mim. Eu te amo Sophia, nunca duvide disso. – ele diz e enfia a aliança por completo. - Nunca. – digo em um fio de voz. As lágrimas caiam sem parar. Sinto os seus lábios na minha mão e o olho encontrando-o quase do mesmo estado que eu. - Sua vez Sophia. – diz o Juiz. Seco o meu rosto um pouco e pego a aliança em minhas mãos. Eu não tinha preparado os meus votos, foi tanta correria que eu me esqueci disso, mas eu não poderia deixar de dizer tudo que estou sentindo agora. Pego sua mão e aperto firme e ele logo retribui o aperto. Respiro fundo e por alguns segundos fecho os meus olhos tentando me acalmar. - Eu nunca pensei que um dia de fato eu estaria aqui me casando. Eu já havia perdido todas as minhas esperanças e sonhos há muito tempo. Eu não acreditava mais em nada, muito menos no amor de homem e mulher... Até você aparecer na minha vida. No começo eu fiquei confusa. Eu não sabia o que estava sentindo, o que eu estava vivendo, aquilo tudo foi muito novo pra mim. Mas aos poucos eu fui começando a entender todas aquelas misturas de sentimentos, todas aquelas sensações que você provocava e provoca em mim, todas as vezes que me olha... Todas as vezes que me toca. Eu entendi que eu pertenço á você, só á você. Você foi o primeiro e único amor que eu vou levar pra vida inteira... Eu já experimentei a sensação que é ficar longe de você. – paro um minuto e respiro fundo tentando controlar a minha voz. – E é horrível, eu me sentia mal, parecia que eu não era eu ,na verdade... E eu não quero nunca mais passar por isso novamente... Eu agradeço muito por você não ter mudado nada, pois foi exatamente pelo seu jeito ogro e meio arrogante de ser, que eu me apaixonei. – todos riem me fazendo rir também – Você era exatamente tudo que faltava na minha vida... Na verdade eu acho que fui feita especialmente pra você. Rodrigo você foi o meu primeiro e único amor e eu tenho certeza de que, se eu não me casasse com você, eu não me casaria com mais ninguém, pois o amor que eu sinto por você eu não sou capaz de sentir por ninguém mais e isso eu te afirmo com absoluta certeza... Bom, estou vendo que estou falando demais já. Digo e todos sorriem inclusive o Rodrigo que na mesma hora deixa uma lágrima cair. - Mas uma ultima coisinha. Eu só quero te agradecer por tudo que você fez por mim... Sim de novo. – digo sorrindo. – Pois eu sinto que nunca é o suficiente... – ele segura firme minha mão e abaixa a cabeça chorando agora de verdade. – Eu quero que você receba essa aliança como prova de todo o meu amor por você... Eu quero você do meu lado, pra sempre e mais se nos for possível. Assim que enfio a aliança por completo em seu dedo e deixo um beijo nele, repetindo os seus gestos anteriores, eu sinto o meu corpo ser puxado rapidamente para o dele me envolvendo em um abraço. O Rodrigo não me beijou, apenas me teve em seus braços e eu entendi essa ação dele. Ele me abraça forte e coloca sua cabeça em meu pescoço, com bastante dificuldade pelo fato de ele ser maior que eu. - Eu te amo tanto, Sophia. – sinto suas mãos passando carinhosamente pelas minhas costas me fazendo arrepiar. - Eu também... te amo... meu amor... muito. – eu dizia com um pouco de dificuldade por conta das lágrimas. Minhas mãos corriam lentamente pelos seus cabelos. - Então... O noivo pode beijar a noiva, agora. Ao ouvir isso, o Rodrigo levanta a sua cabeça e segura o meu rosto entre suas mãos limpando de leve as minhas lágrimas que desciam. Eu tentava fazer o mesmo com ele. Ele aproxima o seu rosto do meu e eu desço minhas mãos segurando de leve sua cintura. Sinto seus lábios tocarem no meu, lentamente, e eu o abro dando passagem para a sua língua entrar e ele faz com maestria. O beijo foi lento e apaixonante, mas ao mesmo tempo também bem excitante. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas nos separamos quando ouvimos as palmas dos convidados. Ele deixa um selinho de leve em minha boca. Nos viramos para o Juiz, assinamos o livro e em seguida os padrinhos, o Douglas e a Camila, fazem o mesmo. Finalmente estamos casados. [...] Depois de cumprimentar todos os convidados, que a maioria eram familiares do Rodrigo, os mesmo que estavam no Natal na casa da Mila: as primas e os tios. Da minha parte a única convidada foi apenas a Jessica mesmo. Eu até chamei a Isabela, liguei pra ela avisando do meu casamento e ela ficou muito feliz por mim. Eu e a Isabela ficamos um pouco próximas depois do meu cárcere em sua casa. Não posso dizer que somos melhores amigas, pois não somos, mas ela me pediu pra não afastar o Gus dela e eu não me importei. Bem ou mal ela é tia dele e eu não vejo nenhum problema em deixa-la vê-lo. O que não acontece com tanta frequência assim. O Rodrigo não gosta muito que eu sei, mas ele também não fala nada. A desculpa de ela de não vir era de que ela estava namorando o Marcelinho, o mesmo que ajudou ela a me... Enfim, ela assumiu um compromisso com ele e por conta da ocupação da UPP, eles não se encontram mais lá na Rocinha. Eu não perguntei mais nada sobre isso, pois eu não quero ficar sabendo de coisas que eu sei que não acrescentará nada em minha vida. Enfim... Depois de falar com todos nós fomos para a festa, que seria aqui mesmo na praia também. A arrumação está linda, havia poucas cabaninhas montadas ao longo do espaço próximo a casa e todos já estavam sentados, alguns nas cadeiras, outros em um dos pufes espalhados por ali. Todos estavam sendo muito bem servidos e eu estou satisfeita por estar indo tudo perfeitamente bem. Eu estou muito feliz por ter conseguido realizar o meu sonho e melhor ainda, com o homem que eu amo ao meu lado. - Gostou amor? – diz ele baixinho no meu ouvido. Nós estamos sentados juntos com algumas primas e primos do Rodrigo. Foi a ultima cabana que fomos e ele resolveu ficar um tempinho por aqui e me fez sentar em seu colo. E eu odiei, pois ele continuou me atiçando... E não. Ontem realmente não rolou nada, tipo nada mesmo. Enquanto ele conversava com as pessoas, sua mão subia e descia lentamente pelas minhas costas nuas e aquilo estava começando a me deixar acesa. E depois que ele sussurrou em meu ouvido então que piorou tudo. - Sim amor, foi tudo maravilhoso. – deixo um selinho em sua boca. – Obrigada. - Não precisa agradecer. – solta um sorriso malicioso e sua mão desce apertando a minha cintura. Posso sentir o seu membro começando a endurecer em minha bunda e isso é uma merda, pois não podemos fazer nada aqui. - Vamos sair daqui. – ele diz e eu entendi bem o porquê de ele quer sair. Mas agora ele também vai ver. - Nada disso. A gente não pode deixar os convidados assim. - Podemos sim. - Não podemos não. Ele revira os olhos e aperta minha cintura novamente deixando um beijo em meu pescoço. - Golpe baixo, Rodrigo. – sussurro em seu ouvido. - Vão procurar um quarto, por favor. – como sempre a Camila. Olho para ela e sinto o meu rosto queimar imediatamente, estavam quase todos que estavam na cabana nos olhando com sorrisos bem maliciosos no rosto. - É o que eu estou tentando fazer. - Rodrigo. – o repreendo sentindo o meu rosto queimar mais ainda. O que fazem todos ali rirem. [...] Todos já tinham ido embora, já era quase onze da noite. Algumas pessoas voltariam para o Rio, outras, como a minha mãe, o Gus, a Mila, o Douglas, o Nando, a tia Patrícia e o senhor Jorge, seu marido, ficariam em uma pousada da região. Ou seja, a casa todinha para a gente até terça-feira, que seria quando voltaríamos para o Rio. O Rodrigo queria arrancar o meu vestido inteiro de uma vez, mas eu não deixei. Se a Mila souber que eu não usei a lingerie que ela me deu especialmente para essa ocasião, ela me mata. Então eu entrei no banheiro e me tranquei nele. Segurei a minha excitação por um tempinho, eu sei que vai valer muito apenar depois. Resolvo tomar um banho rápido coloco a minúscula calcinha rendada branca, que devo dizer, não tampa nada, e o sutiã da mesma cor, inclusive a cinta-liga, que é daquelas que tampa mais a barriga do que a bunda, na verdade ela nem chega à bunda. Me afasto um pouco, me olho por completa no espelho e devo dizer que gosto bastante do que eu estou vendo. Eu consigo ver a diferença da nossa primeira vez para o jeito que estou hoje. Eu sentia vergonha de ficar completamente nua na frente dele no começo e agora estou eu aqui vestindo uma lingerie super sexy e sem nem um pingo de vergonha. Muito pelo contrario. A cada minuto que passa e eu estou aqui dentro eu fico mais excitada e morrendo de vontade de saber o que ele quer fazer comigo... Deixo os pensamentos de lado e vou até a bancada. Passo um pó compacto de leve no rosto e só, não gastaria o meu tempo passando batom e outras coisas não. Já o meu cabelo eu deixei exatamente do jeito que estava, nele eu não mexi. Respiro fundo antes de abrir a porta e assim que a abro e entro no quarto não o encontro mais ali. Olho para todos os lados e antes que eu possa chamar por ele, o mesmo abre a porta e merda. Sério que ele vai fazer isso?! - Assim você dificulta as coisas, Sophia. – diz ele lentamente e logo em seguida morde o lábio me olhando de baixo pra cima. Merda! Eu acho que acabei de ter um orgasmo agora mesmo, só com essa olhada. Imagine agora. Um homem de um metro e oitenta, lindo, gostoso... E fardado te olhando do jeito que ele está me olhando. Isso é pedi pra perder a lucidez. Até armado ele estava. E quando eu falo armado é com uma arma de verdade. Os seus braços estavam cruzados e ele começa a andar lentamente até a mim e imediatamente o meu corpo começa a tremer. Eu posso jurar que a qualquer momento eu cairei aqui no chão, pois minhas pernas não me aguentarão por muito tempo. Assim que o Rodrigo chega à minha frente, ele não faz nada, nem sequer me toca, apenas olha o meu corpo por completo outra vez. E ainda nessa postura imponente, ele dá a volta no meu corpo e para nas minhas costas. Ai meu deus! Sinto as suas mãos passarem pela minha cintura e logo em seguida o seu corpo se encosta ao meu, fazendo-me soltar um gemido por sentir sua excitação roçando em minha bunda. Sinto muito lhe informar... – ele diz e deposita beijos molhados pelo meu pescoço e suas mãos acariciavam a minha barriga. – Mas a senhorita está presa. - Aaah Rodrigo! - É Senhor Delegado, pra você. – ele diz rígido e aperta mais o seu corpo contra o meu. - O-okay. – eu já estou ofegante. E ele nem sequer me tocou lá. - Okay o quê? – ele diz e morde minha orelha. - O-okay senhor Delegado... Mas eu posso saber o por quê de eu estar sendo presa? - Não! Não pode. Ele diz e rapidamente me vira pra ele e toma a minha boca na sua violentamente. E eu amo esse lado dele. É tão bom. Suas mãos descem para a minha bunda e a aperta com força fazendo-me gemer em sua boca. - E o que o senhor... vai fazer... comigo, em? – pergunto ofegante. Ele aproxima sua boca do meu ouvido e diz. - Não sou de falar, sou de fazer. Na mesma hora sinto suas mãos nas minhas pernas me levantando e eu enrolo as minhas pernas em sua cintura e ele busca a minha boca novamente. Não demorou muito e eu senti as minhas costas baterem no colchão macio da cama. O Rodrigo esfrega a sua ereção na minha intimidade lentamente e eu gemo mais uma vez em seus lábios. Suas mãos apertam com força as minhas coxas e eu tenho certeza que ficaram marcadas depois, mas eu não me importo. Sinto suas mãos subindo pelo meu corpo e ele retira os meus braços, que estavam envolto em seu pescoço, os colocando para cima. De repente eu ouço um barulho de algo de ferro sendo fechada e logo em seguida ouço novamente, só que agora sinto algo gelado em meu braço e quando separo minha boca do Rodrigo e olho, posso ver que ele tinha me algemado na cabeceira da cama. Não acredito. Sem perder muito tempo ele pega o outro braço e faz o mesmo. - Ro-rodrigo pra que... Isso. – falo com dificuldade, pois ainda estava bem ofegante. - Pra você não me atrapalhar a fazer o que eu tenho que fazer. Ele diz beijando o meu pescoço lentamente. - Você vai me bat... - Nunca faria uma coisa dessas com você. – diz agora me olhando. – A menos que você me peça. - Diz e sorri maliciosamente. Nunca pedirei, mas não falarei nada também. O Rodrigo deixa um beijo rápido em minha boca e depois desce para os meus seios, colocando-os para fora do sutiã e na mesma hora começou a chupá-los, um de cada vez. Eu já me contorcia embaixo dele, estava agoniada com minhas mãos presas, eu queria tocá-lo. Mas eu também tenho que admitir que é bem excitante. Quando ele se sente satisfeito com os meus seios, ele desce seus beijos para a minha barrica e para de frente para a minha intimidade. O Rodrigo passa a sua mão por ela e eu me contorço de prazer. Eu estou á ponto de gozar e ele não fez nada praticamente. O Rodrigo se ajoelha no chão à minha frente e puxa o meu corpo mais para a beirada da cama, deixando-me completamente esticada. Sinto sua barba por fazer passar sobre minha intimidade, ainda tampada pela calcinha, e mesmo assim esse contato me fez soltar um alto gemido. - Você está tão gostosa nessa lingerie. Assim que ele acaba de falar, sinto minha calcinha sendo rasgada. - Rodrigo. – digo o repreendendo. Cacete isso foi caro. Ele aperta com força a minha coxa e me diz sério. - É Senhor Delegado pra você. Não sei o que me deu, que só de ouvi-lo falando assim eu deixo um gemido alto sair de minha boca. Cacete ele só disse isso. Que merda. Sinto os seus dedos passarem de leve em toda a minha intimidade, logo me penetrando com dois deles e depois sinto sua língua encostar-se ao meu clitóris. Eu já não conseguia prender os gemidos e muito menos o meu corpo, que se contorcia sobre a cama. Minutos depois, sinto os seus dedos, que me estocavam, sendo substituídos pela sua língua. Começo a sentir algo vibrando fortemente em meu clitóris e eu não gemo mais, mas sim, grito de prazer. Obrigo os meus olhos a abrirem e tentar olhar o que ele estava fazendo e assim que vi, eu entendi. Ele está com uma espécie de vibrador na mão sobre o meu clitóris, não era um vibrador com formato de um membro, esse é diferente, não sei explicar, mas é diferente. Não sei de onde ele conseguiu tirar isso, pois eu posso jurar que não vi nada em seus bolsos. Mas também, em seus bolsos foram os últimos lugares no qual eu prestei realmente atenção. O Rodrigo mexia algumas vezes o vibrador em meu clitóris e sua língua me penetrava e chupava com precisão. - De-delegado... AAAAAAH!!! Não consigo terminar, pois o meu orgasmo veio violentamente, fazendo todo o meu corpo tremer sobre a cama. Fecho com força as minhas pernas e o Rodrigo retira o vibrador dentre elas. O olho e posso ver o seu sorriso malicioso e safado estampado em sua cara e desejo, muito desejo em seus olhos. - Tão gostosa... Tão minha. Sem desviar os seus olhos dos meus, ele retira o coldre de sua cintura jogando-o em qualquer canto do quarto. Eu ainda estou tentando me recuperar do orgasmo que tive, mas eu também não consigo não olhá-lo se despindo tão excitantemente pra mim. Ele leva as suas mãos para a beirada da blusa de seu uniforme levantando-a lentamente, deixando os seus maravilhosos músculos de fora. O Rodrigo desce sua mão e segura forte o seu membro e solta um leve gemido, ele desabotoa a calça, a retira e junto com ela a sua bota preta, ficando somente de boxer na minha frente. - Ro-rodrigo... me-me solta. – minha respiração aos poucos voltava ao normal, mas ainda está ofegante. - Quem é Rodrigo aqui? Diz sério. Ele realmente não saia da fantasia um minuto. - Senhor Delegado, me solta. Por favor. Eu quero tocá-lo. Quero senti-lo e eu não quero fazer isso algemada. O Rodrigo se abaixa e pega as chaves no bolso da calça. Ele se dita sobre mim e cola sua boca na minha em um beijo lento, mas bom. Muito bom. Ele desgruda nossas bocas e se senta na minha cintura, fazendo com que suas pernas ficassem uma de cada lado do meu corpo, não deixando o seu peso cair sobre o meu corpo. Suas mãos vão até as algemas as abrindo e me deixando livre, ele as joga em qualquer lugar e toma a minha boca na sua novamente. Sinto suas mãos nas minhas costas e em seguida ele abre o sutiã e o retira de mim, jogando-o longe. Ele aperta os meus seios novamente com força, não chegou a doer, muito pelo contrário, foi bem gostoso. - Porra eu não aguento mais. Eu preciso de você... agora. O Rodrigo diz cheio de desejo e sem me dar chances de dizer algo, ele se levanta e retira a sua boxer. O seu membro salta para fora dela. Ele se coloca por cima de mim, gruda nossas bocas e ao mesmo tempo sinto-o me preenchendo com facilidade, pois eu realmente estou bastante molhada. Aaaah... – gemo logo após separar nossas bocas. Ele sem esperar mais nenhum segundo me preencheu por completo e rapidamente começou a me estocar. O Rodrigo segura a minha coxa com força e estocava cada vez mais fundo. Ele diz coisas desconexas e safadas no meu ouvido. Ele nos vira na cama e me faz ficar por cima dele. Percebi que ele gosta muito dessa posição e não vou negar que também gosto. Sinto-me no controle. Começo a rebolar e ao mesmo tempo a subir e descer em seu membro. O Rodrigo apertava com força minha cintura, já posso sentir o meu orgasmo chegando novamente e começo a fazer os movimentos com mais rapidez. Não demorou muito eu me desfiz em seus braços. O Rodrigo também se desmanchou dentro de mim chamando o meu nome. Deixo o meu corpo cair por completo sobre o dele e suas mãos envolvem minha cintura em um abraço. Ambos estávamos ofegantes e suados. Posso sentir suas mãos agora me acariciando levemente. - Eu Te amo, Sophia. – diz fazendo-me olhar em seus olhos. - Eu te amo, Meu Delegado.
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