Depois do Exército parte 22

Início de Maio de 2016, 06 meses de tratamento, eram por volta das 15:00 hs quando eu e Gabriel chegamos em casa, tínhamos acabado de chegar de mais uma seção de Quimioterapia, ele ainda estava sonolento por causa das drogas, tiro sua roupa o deixando só de cueca, o deito na cama e o cubro com dois lençóis, a seções de calafrios iriam começar em breve, coisa que não demora e logo ele começa a se debater de frio, a ponto de seu queixo tremer, o fazendo gemer e suar em bicas, e assim permanece por horas me fazendo trocar os lençóis por 3 vezes. Já sabia toda a rotina do que se seguia depois de cada seção, então sabia todo o processo a se fazer, logo começaram os enjôos e vômitos, seguido de um mau humor horrível, dores de cabeça e muita febre e assim se seguiu até o cair da noite, finalmente ele se acalma e eu lhe um banho, o colocando de novo na cama. No começo da noite ele já estava melhor, fiz uma sopa e ele tinha comido um pouco, agora estava dormindo.
   Eu estava na área de casa, fumando um Cigarro, pensando o quanto tinha que ser forte, o quanto precisa ser, ele precisava de mim e eu não podia demonstrar fraqueza ao seu lado. Estava ali perdido em pensamentos, depois de ter atendido algumas ligações dos pais de Felipe, minha mãe, Lívia e kyra, querendo notícias e saber como ele estava. Então depois de tê-los tranquilizados e dito que tudo estava bem na medida do possível. Ainda tínhamos mais 06 meses de tratamento pela frente, ele estava indo bem, a medicação estava surtindo efeito, mas ao mesmo tempo que acabava com seu câncer, também destruía suas células boas, o deixando vulnerável e com a imunidade muito baixa, aquela era uma das poucas seções que ele não precisou ficar internado, para receber sangue e aumentar sua imunidade. vou até o Quarto e vejo Biel acordado, sentado, olhando para o nada, seu cabelo estava na máquina zero, ele estava mais magro, mesmo assim ainda lindo, assim que ele me vê, abre aquele sorriso perfeito que eu tanto amo, sento ao seu lado e ele deita sua cabeça no meu peito.

- Obrigado! - fala ele.
- Obrigado por quê?
- Por cuidar de mim.
- Deixa de ser bobo, eu sempre vou cuidar de você e vamos passar por tudo isso juntos, como sempre.
- Eu odeio essa doença.
- Biel, você está indo bem e a gente vai vencer essa doença, você vai ver, isso só vai fazer a gente ficar mais forte.
- Eu te amo!
- Eu também, agora você precisa descansar, dormir.
- Pega gelo pra mim.
- Claro meu amor.

Me levanto e vou até a cozinha, coloco três pedras de gelo em uma xícara e volto para o quarto, pego uma toalha, coloco a cabeça de Gabriel em cima das minha pernas e vou passando a pedra de gelo em seus lábios, isso ajudava a prevenir feridas nos lábios e gengivas depois da Quimio.
Depois que ele pega de novo no sono, o cubro apago a luz e vou para Sala, deito no Sofá e pego meu Celular. Procuro mais uma vez, uma resposta de todas as mensagens e ligações que mandei para Adriana. Desde que Gabriel ficou doente e começou o tratamento ela nunca ligou, nunca deu notícias, a última vez que a vimos foi no nosso casamento, onde ela deu de presente aquela bendita foto, sei que ela não valia nada, mas o filho precisava dela e passei por cima de tudo que aconteceu para ele ter o apoio dela naquele momento, ele precisava da mãe e era inacreditável como aquela mulher era doente a tal ponto de negar sua presença em um momento tão delicado. Como é que uma mãe pode ter tal atitude? Eu a odiava ainda mais por causa disso, mas não podia deixar esse ódio interferir em uma aproximação dela com filho naquela situação, sei o quanto isso seria importante para Gabriel, ele dizia não se importar, mas sabia que se importava com a ausência dela.

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A próxima seção de Quimio só seria no próximo mês, então no final de semana seguinte eu e Gabriel estávamos no sítio de seus avós, era uma noite tranquila de um sábado, De Melo, Kyra e Lívia estavam conosco, estávamos em volta de uma fogueira, todos enrolados em colchas grossas, eu e Biel dividiamos uma, deitados em um banco de madeira de dois lugares, Lívia estava no colo de Kyra, tão agarradas que pareciam uma só pessoa a nossa frente, sentadas em uma cadeira de balanço e De Melo logo ao lado tomando cachaça com limão.

- Essa cachaça é muito boa - fala ele segurando uma garrafa transparente com várias frutas dentro, era uma cachaça em conserva, que o avô de Gabriel preparava.
- Temos uma boa notícia para vocês. - fala Lívia - você conta ou eu conto amor ?
- Agora que você começou, termine. - Kyra encoraja.
- Fala logo - De Melo, como sempre ansioso.
- Marcus vai em definitivo lá para casa, daqui a dois dias. - Lívia fala com os olhos brilhando.

Marcus é um menino de 5 anos, que as meninas estavam em processo de adoção.

- Que ótima notícia, fico muito feliz por vocês. - falo.
- A gente sabe o quanto isso é importante pra vocês. - Biel completa.
- Quando a gente vai conhecer o pivete? Até agora a gente só viu ele por fotos. - De Melo pergunta.
- Estamos pensando em fazer uma festinha no próximo fim de semana. - Kyra responde.
- Eba ! Quero conhecer logo meu afilhado. - fala Gabriel.

Estávamos precisando de momentos assim, tranquilos, os últimos meses não tem sido fácil, a doença de Gabriel tinha impactado todos nós. As vezes quando não podia ficar com Gabriel por causa do trabalho, nossos amigos, até minha mãe se revezavam para ficar com ele. Depois de muita conversa e de momentos bons com nossos amigos, eu e Gabriel estávamos sozinhos, os outros tinham ido deitar. Era tão bom ficar abraçado com ele, sentindo seu cheiro, ambos com frio enrolados em uma colcha, olhando o céu estrelado.

- Você tem medo da morte ?

Era a primeira vez que Gabriel falava em morte, ele nunca tinha tocado nesse assunto, desde que soube de sua doença.

- Não sei, nunca parei para pensar sobre isso. Mas por que essa pergunta agora ? Ninguém aqui vai morrer Biel, nada de assuntos pessimistas. - respondo.
- Não estou sendo pessimista, só realista, eu sei muito bem que eu posso não vencer essa doença, de uns dias pra cá, eu pensei muito sobre a morte.
- Você vai vencer essa doença, Biel. Nós vamos vencer, lembre-se do que a Dra. disse, sempre pensamentos positivos.
- Eu só quero que você esteja preparado para tudo, Thales. Caso eu me for, você tem que continuar sua vida, você tem que ser forte, você promete isso ?
- Eu não tenho que me preparar para nada, porque você não vai morrer Gabriel, e não quero mais falar sobre isso, por favor.
- Você só está em negação, mas você sabe muito bem que existe essa possibilidade.

Abraço Gabriel o mais forte que posso, sabia que ele estava falando a verdade, mas nunca tinha parado para refletir sobre, sei muito bem o risco de morte que ele corria, assim que nos deram o diagnóstico, mas nunca parei para pensar que ele fosse morrer, sempre fui otimista, o medo bateu em meu coração, um frio na espinha, só de pensar em perder Gabriel para essa maldita doença.

- Deus não te colocou na minha vida para te tirar dela assim, vamos morrer velhinhos, um ao lado do outro, em um sítio assim, como esse. - falo
- Eu te amo tanto, não sei se teria tanta força se você não estivesse ao meu lado, você é meu alicerce.

Ouvir Gabriel falar aquilo me fez desmoronar, o cara sempre seguro de si, alegre, que faziam todos rirem quando estavam no mesmo ambiente que ele, parecia tão frágil, com tanto medo. Nesse momento puxo o rosto de Gabriel com as pontas dos dedos e olhando em seus olhos, falo .

- Eu te amo e nós vamos passar por isso juntos, fé! Lembra ? Esse é nossa palavra, estamos lutando e vamos vencer essa guerra, você é forte, é jovem, então não quero mais ouvir essa conversa de morte, porque isso não vai acontecer. Tudo bem ?

Gabriel me beija assim que termino minhas palavras, até aquele momento não tinha percebido o quanto ele estava tão frágil, eu daria tudo para trocar de lugar com ele, mas isso era impossível, então só o que me restava era não deixá-lo desanimar.

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No meio da semana, no trabalho, recebo uma ligação de um número privado, estava evitando atender ligações assim, depois da ameaça que recebi. Mas milagrosamente nunca mais tinha recebido uma ligação daquela, depois que soubemos que Biel estava doente e claro que ele nunca soube a respeito, já estávamos passando por coisas demais, para preocupa-lo com isso.

- Alô! - atendo.
- Bom dia ! Liguei para Gabriel hoje e combinei de pegá-lo na sua casa para almoçar comigo, - reconheci aquela voz de imediato - ele disse que só iria se eu falasse com você antes. Então estou te ligando, só para você ficar ciente.
- Bom dia, Adriana. Estou muito feliz de você ter ligado para ele, seu filho precisa de você, eu só te peço uma coisa. Gabriel está frágil, por favor, vamos esquecer nossas diferenças e seja apenas mãe, não brigue com seu filho por minha causa.
- Quem é você para me dizer como agir com meu filho ? É muita petulância. Depois que você entrou na vida do meu filho, tudo deu errado, ele estava se recuperando, saindo de uma vida errada e você o colocou em uma vida mais errada ainda, acho que o motivo dele estar doente seja você.

Não acredito que tinha ouvido aquela mulher falar aquele monte de besteiras, fiquei alguns segundos em silêncio, e respirei fundo para responder.

- Não me faça me arrepender de ter te procurado Adriana, fiz isso porque seu filho precisa de você, não vou discutir, você já me avisou, agora vá ser mãe, tenha um ótimo almoço.

Ela desliga assim que acabo de falar, me fazendo pensar se eu tinha feito bem, se procurá-la para ficar ao lado do filho tinha sido uma boa ideia. E se ao invés de fazer bem, ela fizesse mal ? Meu coração nessa hora aperta, só o que eu podia fazer é esperar e torcer para que aquela cobra fosse mãe ao menos uma vez na vida.
O dia demorou uma eternidade para passar, finalmente o expediente acaba, nenhuma ligação de Gabriel, vou para casa correndo e assim que chego vejo que Gabriel não está em casa. Não podia ligar, não queria atrapalhar e dar chance para a víbora soltar seu veneno e falar alguma coisa que gerasse uma briga entre eles.

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Eram por volta das 21:00 hs quando Gabriel chega, tentei não demonstrar minha preocupação, estava no sofá vendo TV, quando ele entra e logo em seguida se senta ao meu lado, estava calmo, tranquilo, sinal que deu tudo certo com sua mãe.

- Oi amor - fala ele me dando um beijo.
- Oi, como foi com sua mãe?
- Foi tudo bem, conversamos bastante no almoço, depois fomos para o hotel onde ela está hospedada, contei sobre todo meu tratamento, deixei ela a par de tudo, mas ela me disse que sempre acompanhou meu tratamento, desde do início, ela conhece minha médica e a fez prometer não me contar nada, ela estava sempre presente, só não queria que eu soubesse.

- Bem típico dela. - falo
- Amor !
- Desculpa, Biel eu não vou me envolver na sua relação com sua mãe tá bom ? Eu só quero que ela esteja ao seu lado até tudo isso passar.
- Ela quer me acompanhar na próxima seção de Quimio.

Só era permitido um acompanhante durante a seção de Quimioterapia que durava cerca de 4 horas, até toda a medicação ser ministrada.

- Biel, você sabe como são as coisas depois da seção, mas tudo bem, vou ficar na sala de espera e ela pode entrar com você.
- Eu sei o quanto isso deve ser difícil para você, mas ela é minha mãe, eu preciso dela ao meu lado assim como preciso de você.
- Não se preocupa com isso, tá bom ? Não tem problema nenhum, está tudo bem.

Gabriel me abraça.

- Obrigado meu amor, agora deixa eu ir tomar um banho.

Ele fala se levantando e indo para o Quarto, aquela situação não me deixava confortável, eu sabia muito bem que aquela mulher não era de confiança, ainda mais depois das coisas horríveis que ela me disse no telefone, eu sabia que ela não tinha mudado em nada, eu estava com medo dela magoar Gabriel, mas tinha que deixar as coisas fluírem, ele precisava dela e eu ia me afastar o máximo que pudesse, quando ela estivesse por perto.

- Amor ! - meus pensamentos são interrompidos com Gabriel me chamando.
- Você está bem ? - pergunto assim que chego correndo na porta do banheiro.
- Vem me dar banho ?

O sexo com Gabriel ainda era muito bom, claro que ficaram bem raros, não era sempre que ele estava disposto e com energia para fazer sexo e isso não importava para mim.
Gabriel já estava completamente nú dentro do Box, apesar de magro seu corpo ainda era definido e suas pernas continuavam grossas. Tiro minha roupa com olhar safado de Gabriel sobre mim, assim que entro no Box, ele já estava todo molhado e seu corpo brilhando com toda espuma do sabonete, tínhamos que ter cuidado com seu catéter que ficava pouco a cima do seu peito esquerdo, beijo Gabriel e sinto seu pau duro como rocha, assim que o abraço, a água do chuveiro caindo sobre nós, eu o beijava, sentia seu copo, nossos paus duros como pedra sarrando um no outro.

- Vejo que tem alguém acordado. - falo pegando em seu pau e punhetando de leve.
- Ele tá com saudades da sua boca.

Abaixo e começo a chupar o pau de Gabriel que se contorce de prazer, de imediato ele segura meus cabelos com suas duas mãos, escuto suas costas baterem na parede.

- Isso caralho! Chupa esse pau, engole tudo porra! Tira leitinho dele.

Chupava Gabriel com maestria, colocava todo seu pau grosso de 18 cm na boca o fazendo gemer e tremer de prazer, passava as mãos nas coxas cabeludas dele, tirava seu pau da boca e chupava seu saco pesado, ele pegou seu pau e começou a bater ele na minha cara.

- Toma putinha safada, toma pau na cara seu safado gostoso.

Me levanto chupando e lambendo todo o corpo molhado de Gabriel, chegando em um de seus mamilos, chupo muito seu peito fazendo ele gemer.

Ahhhhhhhh caralho !

Gabriel se masturbava como loco enquanto eu sugava seu peito, então depois de algum tempo ele puxa meu rosto e me beija, sua língua invade minha boca, aquele beijo fazem minhas pernas ficarem bambas.

- Tô já gozando amor, não vou aguentar muito tempo.

Assim que ele termina de falar me abaixo e começo a sugar seu pau.

- Vou gozar caralho! Toma leite seu gostoso do caralho, toma leite do seu macho.

Gabriel, goza jatos de porra quente em todo o meus rosto, que escorre por todos os lados, me fazendo gozar também, em seus pés, numa punheta frenética.

- Ahhhhhhhh , PQP! - falo

Assim que gozamos, me levanto e o beijo o fazendo experimentar sua porra.

- Nossa ! Seu rosto está todo sujo . - ele fala já me colando em baixo do chuveiro e lavando meu rosto.

Assim que terminamos o banho, enxugo Gabriel e vou preparar alguma coisa para ele comer de toalha mesmo, assim que levo dois sanduíches para ele, o vejo no Celular deitado já de bermuda pronto para dormir.

- Tudo bem mãe, a gente conversa sobre isso depois, agora eu preciso descansar.

Ouve uma pausa em sua palavras, a víbora estava falando alguma coisa, será que ia ser sempre assim agora ? Típico dela, ser tão invasiva, ligar aquela hora mesmo estando o dia inteiro com ele.

- Tá bom mãe, até amanhã, também te amo.

Ele fala desligando o telefone.

- Desculpa, eu tinha que atender, ela queria falar sobre...

Antes que ele terminasse de falar eu o corto.

- Tudo bem Biel, eu estou cansado demais e sem a mínima vontade de saber o que sua mãe queria, come um pouco, já está tarde e você precisa descansar, se esforçou muito hoje.

Eu sabia que Adriana ia fazer marcação serrada agora, sabia que ela ia fazer de tudo para me irritar e brigar com Gabriel, essa ia ser a tática dela, mas não ia funcionar, apesar de não gostar nada daquilo, estava decidido a suportar por ele, afinal a aproximação da mãe o tinha deixado feliz, via isso nos seus olhos.

- Tá bom - ele fala dando uma mordida no sanduíche.

Senti que Gabriel ficou aliviado por eu tê-lo cortado. Sabia que tinha alguma coisa que ele não queria falar e eu o ajudei a não fazê-lo.

                   **********

Sexta a noite, Gabriel estava na casa de Kyra e Lívia, ajudando nos preparativos para festa de Marcus, nós o conhecemos pela manhã, era um lindo garoto gordinho de cabelos cacheados, deixei Gabriel lá e fui trabalhar, então fiquei de pegá-lo a noite depois do jantar, tinha acabado de tomar banho, estava sem fome, pois tinha comido algo na rua e estava me arrumando para ir buscar Gabriel, quando meu telefone toca, era Kyra.

- Oi Kyra, aconteceu alguma coisa ?
- É o Gabriel, tudo aconteceu muito rápido, estávamos terminando de pendurar uns balões nas paredes, quando ele caiu de cima da escada em uma convulsão, chamamos a SAMU e Lívia foi com ele até o pronto socorro.
- Estou indo.

Desligo o Celular com coração acelerado, ele estava tão bem, estava tão feliz, maldita doença.
No carro pego meu Celular e ligo para nossa médica.

Cont ...

Ps. Pessoal, desde já venho aqui me desculpar por minha ausência, agradeço a todos as mensagens de carinho, mas estava passando por um momento muito difícil, entrei em depressão severa, dessas que você não tem coragem nem de tomar banho, não vou me aprofundar no assunto porque não vem ao caso e é capaz de meu conto ser recusado, mas passou, estou bem agora, foram tempos difíceis, mas superados, não quero falar sobre isso, nem encher a cabeça de vocês com isso. Bola pra frente e vida que segue. Então tenho a obrigação de terminar minha história com Gabriel, afinal uma história não pode ficar sem um fim, certo ? Espero que continuem comentando e curtindo meus contos, são por vocês que escrevo e é por vocês que vou continuar minha história.