Na manha de sábado, acordamos por volta das nove ficamos namorando na cama, ate que levantamos, eu peguei uma regata de Flavio que ele usava para ir a academia, e usava uma cueca, ele colocou uma calça de moletom e fomos pra cozinha prepara alguma coisa para o café da manhã. Enquanto eu preparava um café, Flávio me beijava a nuca me arrepiando, eramos dois namorados, e estávamos curtindo um momento a dois, tomando café, trocando caricias, desfrutando da companhia um do outro.
- Sabe que eu podia me acostumar com isso?- disse ele sentando se de frente pra mim
- Com o que? -
- Eu e você, dormindo e acordando junto, preparando café. -
- Tipo casal?-
- Nos somos um casal! - ele me corrigiu
Logo eu sorri sem graça, e ele me pegou meu rosto delicadamente e me beijou. Terminamos o café, e estávamos arrumando a cozinha, eu lavava as louças, e ele atrás de mim me provocando, eu pedia que ele parasse mas a verdade é que estava gostando. Quando escutamos a campainha tocar, ele ficou beijando minha orelha.
- Para! - falei entre um beijo - Você não vai atende?-
- Deve ser engano, a única pessoa que vem aqui além de mim, é você. -
- Vai ver o que é.- A campainha ainda insistia.
- Quem será esse chato? -
Ele foi atender a porta, achei estranho pois quando ele abriu a porta parece que ele saiu, e demorou alguns minutos, imaginei ser correspondência, terminei de secar a louça e guardava, quando escutei a porta se abrir novamente, Flávio entrou acompanhado de alguém.
- Quando você vai deixar de ser um moleque, e virar um homem? - Disse uma voz masculina, grave e com muito nervosismo na voz.
- Dá pra você sair da minha casa! - Flávio falava com o mesmo nervosismo
- Você não se envergonha de como está vivendo? Até quando você vai viver na barra da saia da sua mãe?- disse o homem
- O que você quer? - Perguntou Flávio
- Quero que você termine essa faculdade, que comece a trabalhar, e o mais importe, livre se deste garoto. -
- Você não tem o direito de decidir a minha vida. -
- Eu sou seu pai, sou eu quem sustenta essa porcaria de vida que você leva. -
- Você vai sair daqui agora!- Rugiu Flavio
Eu escutava tudo da cozinha sem fazer barulho, os dois na sala discutindo, o pai de Flavio não era de acordo com nosso namoro, e isso me deixou triste. Quando escutei um movimento estranho, entrei na sala e Flavio segurava pela gola da camisa, um homem branco calvo, pouco mais baixo que Flavio.
- Flávio não faça isso! - eu disse assustado com tudo isso, Flavio vermelho de raiva, soltou o pai que caiu em cima do sofá
- Então esse é o garoto? - disse ele olhando para mim - Eu não queria acredita. Eu conheço você. - disse ele
- Provavelmente. - disse eu envergonhado por estar praticamente sem roupas, só com a camiseta de Flávio
- Você é um dos amiguinhos do Fabio. - Ele se levantou. - Não sei, e nem me interessa que tipo de relação existe entre vocês dois, mas isso vai acabar agora!-
- Você não tem nada haver com nossa vida, nos estamos namorando, com o consentimento da família dele, e se você não concorda... - Flávio abriu a porta do apartamento. - Some daqui, e não volte mais.-
- Certo! - o pai dele e parando de frente para mim. - Eu não tenho nada contra homossexuais, nem contra você, mas o melhor para você é que fique longe de Flávio. -
- Sai agora! - disse Flávio
Ele saiu e Flavio passou a chave e bateu a porta, foi uma coisa louca o que tinha acontecido aqui, eu estava em choque, e o que o pai dele tinha me dito, eu não entendi. Foi um aviso, uma ameaça? Flavio ainda estava na porta, seu corpo tenso, parecia tremer e eu sem saber o que fazer. Me doía vê-lo naquela situação, e não fazer nada.
- Flávio! - eu o chamei. - Tudo bem?-
- Desculpa! - disse ele se virando para mim. - Eu não pude evitar que ele entrasse. -
- Não se preocupe, estou bem, você esta tremendo. -
- Vem cá!- disse ele se aproximando de mim. - Me acalma.-
Eu mergulhei em seus braços e segurando seu rosto eu o beijei, seu rosto ainda estava vermelho, os olhos dele tinha ficado de outra cor, um verde tão claro, quase cristalino. Ele me abraçava forte mas aos poucos foi se acalmando. Eu imaginava como estava a cabeça dele, por que a minha girava a mil. Comecei a pensar porque Flavio morava sozinho, porque o pai dele e o irmão falavam dele como se ele fosse uma pessoa má, e porque eu tinha que me afastar dele se fazíamos tão bem um para o outro. Havia muitas perguntas que eu queria fazer para Flavio, mas eu não sabia se devia perguntar a ele. Mas eu precisava saber mais sobre Flávio, ou eu não me livraria dessa insegurança e não teria paz!
- Muitas pessoas vão falar de mim, coisas ruins. Eu não sei se elas vão te deixar confuso, triste. Mas eu serei o que você quiser. - disse ele triste
- E você não acha melhor que você mesmo me fale? - perguntei ansioso
- Eu não era um garoto assim como você, tão inocente, quando tinha sua idade eu passava por uma fase difícil. Eu bebia, usava drogas, e acabei com um comportamento muito agressivo, eu já machuquei pessoas por causa disso, eu ate sofri um acidente fugindo da policia eu cai de um muro bem alto, em cima de uma garrafa de vidro que me deu essa cicatriz. - disse ele me mostrando e eu passei a mão alisando ela.
- Mas você não usa mais. Ou usa?-
- Não eu parei, mas é que durante essa fase eu já cheguei a bater em minha mãe, e acabei resolvendo sair de casa. E ironicamente é minha mãe que me ajuda a manter esse apartamento.-
- Sei, eu acho que posso viver com isso. Mas acho que não posso viver sem você.-
- Eu sinto o mesmo. - disse ele me beijando. - Eu sei que é um momento meio improprio, mas... -
- O que?-
- Eu estava pensando se você não quer morar comigo?-
Boom! Explodiu algo dentro de mim, eu havia me esquecido de tudo, e de repente eramos só nos dois, ali, abraçados, nos beijamos, eu nem precisava responder, eu queria dormir e acordar com ele, estar com ele, todos os dias, e seria perfeito estarmos juntos, mesmo que todos estivessem contra. Dane-se eu quero ser feliz, e eu só serei feliz ao lado dele. Enquanto eu viajava naquele beijo maravilhoso, que nos tirado do mundo, ele me levou pra cama e já estávamos a tirar nossas roupar para nos amarmos!
ohh gente, quanto mais eu leio teus contos,mais louco eu fico,hehehehe, mas nao pare de contar,essa paixao de vcs é muito linda e espero que nao acabe mal,continuaaaa =D
Quem ama não vê defeitos,quem odeia não vê qualidades.