Cap. 14 Lado Sombrio
Chegamos no apartamento dele, ele destrancou o apartamento, entrei calado ele bateu a porta e ela trancou, me agarrou, e beijava o pescoço, o rosto procurava minha boca, me deu um beijo que não correspondi, já dentro do quarto ele me jogou na cama, tirou a gravata a camisa e o sapato bem rápido, e abria os botoes da minha enquanto me beijava o pescoço.
- Para Flavio!- eu pedia virando o rosto e ele me beijando o pescoço me ignorando. - Eu bebi demais. Por favor! Não estou me sentindo bem!- disse eu segurando suas mãos
- Mais que droga!- Gritou ele se levantando e chutando o sapato no guarda roupa. - Porquê?
- Já disse não estou me sentindo bem!-
- Não se sente bem por eu estar te beijando?- ele começou andar pelo quarto nervoso
- Não foi isso que eu disse!- Ele deu um soco na parede, me assustando. - Tá legal, acho que é melhor eu ir embora.-
- E você vai pra onde? O meu irmão vai estar lá?-
- Do que você esta falando. E vou pra minha casa. -
- Você acha que eu não vi ele acenando pra você quando saímos. E vocês de mãos dadas... - ele segurou em meu braço - Hein, você está brincando comigo?-
- Me solta Flávio, você esta me machucando. -
- Porque esta fazendo isso comigo?-
- Não estou entendendo.-
- Você me provocando com meu irmão.-
- Eu não estava te provocando, eu fiquei o tempo todo com sua mãe, enquanto aquela garota dava em cima de você...- me contive para não dizer mais
- Mas ao contrario de você eu não fiquei dando moral pra outra pessoa.-
- Ao contrario de você eu não fui para o banheiro com outra pessoa. - eu gritei.
- Eu não fiz nada com aquela garota, ela que entrou no banheiro...- explicava ele
- Mas você gostou, estava até gemendo.- Eu me afastei dele.- Eu não quero saber o que vocês fizeram, só me deixa ir embora. -
Me levantei com os olhos cheios de lagrimas, e Flavio segurou meu braço em puxou para cama, cai deitado no meio da cama, de frente, ele deitou seu corpo sobre o meu, e me abraçou e mergulhou o rosto em meu pescoço, o peso de seu corpo impedia-me levantar, coloquei mão em seus ombros e tentava afasta-lo. De repente senti seu pênis excitado na minha coxa, eu não conseguia me excitar, estava muito magoado. Eu não estava com intenção de fazer sexo, eu senti a língua dele em meu pescoço, ele colocou as mãos entre nos e habilmente ele desabotoou minha calça, e foi puxando.
- Não, agora não.-
- Dilan por favor!- ele continuava a tirar minha roupa, e me prendia.
- Eu, não quero, sai.-
Eu tentei afasta-lo e ele me arrancou a calça abriu minhas pernas se encaixando entre elas, desabotoou a calça dele ele encostou seu pênis ereto, babando no meu cuzinho.
- Flávio não faz isso!-
Eu tentava fugir dele, mas ele segurou minhas mãos e sem dar atenção ao que eu dizia começou a forçar, me causando uma certa do, ele soltou uma das minhas mão para afastar minha bunda, forçou de novo, me causando mais dor, eu acabei batendo na cara dele, e ele fincou seu pau em mim, me fazendo dar um grito, entrou queimando, seco, ardendo. As lágrimas escorriam dos olhos, e embebido de emoções, eu não fazia ideia do que ele estava pensando ou sentindo, ele apenas me fodeu com violência, estocadas fortes, eu havia perdido as forças e parei de me debater, parecia interminável essa foda, da qual eu não estava sentindo nada alem de dor.
Ele tentou me beijar e não deixei, ele pareceu ficar furioso com minha reação, tirou o pênis de dentro de mim, agarrou meus cabelos puxando os para traz, me fazendo abrir a boca enfiou o pênis em minha boca, fodeu minha boca, enquanto eu me engasgava, chorava. Ele me jogou na cama de bruços e socou de uma só vez seu pau em mim, mordendo minha nuca e ombro, até gozar. Fiquei tão sem forças que dormir em poucos minutos.
Acordei meu corpo todo doía, e principalmente os quadris e meu cuzinho, virei o rosto devagar procurando Flávio, mas ele não estava na cama, levantei e pensava em vestir a roupa e sair dali o mais rápido, ir pra casa, mas quando vi algumas manchas de sangue no lençol, na minha coxa do lado de dentro também havia sangue seco. Resolvi tomar um banho, quando me vi no espelho o pescoço cheio de marcas rochas, minhas costas cheias de mordidas, tomei um banho tentando não pensar em nada. Quando sai do banheiro, Flavio estava de pé perto da cama, sem camisa, com uma calça moletom, segurava uma rosa vermelha, que ele esticando o braço me ofereceu.
- Bom dia meu amor!- Disse ele com um sorriso que me fazia derreter por ele, mas que não me fez sentir nada. - Eu queria te acordar! Eu te trouxe café da manhã.-
- Estou sem fome.- Passei por ele sem pegar a rosa, e começando a catar minhas roupas.
- Hey, para! Me desculpe, aceita minha oferta de paz? Um café romântico, na cama!- ele falava sereno, como sempre, bem diferente de ontem.
- Obrigado, eu estou sem fome. - comecei a vestir a cueca.
- Olha pra mim, me perdoa! -
- Pelo que?- Perguntei num tom arrogante, com rancor na voz
- Eu te amo, eu não quero te perder. Me perdoa, por favor!-
- Depois de ontem algo se quebrou dentro de mim. Eu percebi, que é sempre assim, estou magoado e você me pede desculpas, me seduz com palavras bonitas, diz que me ama depois você me come.-
- Não é assim, Dilan olha o que você está dizendo sobre o nosso amor.-
- É exatamente assim, mas ontem eu não queria transar com você Flavio. Ontem eu estava magoado, e você me forçou. Eu me senti um lixo. - eu ja estava chorando nas ultimas palavras.
- Eu tenho certeza de que não é isso o que você pensa. Você sabe que eu te amo. E você também me ama...- disse ele segurando meu rosto
- Não sei!-
- Dilan não faz isso comigo. Eu sou mesmo um monstro, me perdoa!- disse ele me abraçando. - Eu sempre machuco as pessoas, eu não consigo me controlar. Mas não duvide do meu amor, o que sinto por você é verdade.- chorei em seus braços.
Agora eu conheci o lado perverso de Flávio, o lado mal de que falavam, eu estava ferido por fora e por dentro, fisicamente e emocionalmente. Eu conheci o mostro que vivia dentro dele, e acabei ficando com medo, confuso. Eu suportaria esse lado dele, se eu o amo de verdade eu deveria suportar, mas porque fiquei tão confuso. Eu ia ter que passar por isto sozinho, eu não ia poder contar isto a ninguém, eu não tinha mais uma amiga pra me ajudar a pensar, e eu sabia exatamente o que outra pessoa diria pra mim. Acabar o relacionamento, essa era a escolha racional a se fazer, mas meu coração não queria, eu iria sofrer tanto sem ele, que só de pensar nessa hipótese já me doía.
Resolvi não voltar para casa, se minha mãe me visse daquele jeito não ficaria nada bem. Peguei a rosa vermelha que ele ainda segurava, ele aproximou seu rosto do meu, e pouco antes de nossos lábios se tocarem ele parou.
- Me perdoa?- falou ele com os olhos tristes.
- Perdoo.- respondi sussurrando
- Posso?-
Acenei com a cabeça que sim e ele me beijou, depois tomamos o café na cama, ele ficou com receio de me tocar, ele foi carinhoso todo o tempo, nossos olhos eram tristes, eu tinha duvida se iriamos voltar a ser como antes.
Seu conto está cada dia melhor.