Aconteceu Amor - Cap. 33

Cap. 33 Jogo de Provocações

   Eu me sentia culpado por Fábio ter se afastado de mim, ele se negava qualquer aproximação. Ele realmente pensava que eu voltaria para Flávio. E agora que eles estavam convivendo melhor, Flávio acreditava nessa loucura. E eu já nem sabia no que acreditava.
   Rômulo tinha me dado um convite de uma festa que o filho dele estava organizando. Rômulo tinha um filho que eu ainda não conhecia, tinha 23 anos, era promoter de eventos. Eu só havia visto uma foto dele, ele se parecia um pouco com Rômulo.
- Ah Rômulo obrigado! Mas nem sei se vou. -
- O Pedro vai ficar chateado. -
- Então eu vou pensar. -
   E acabou que tive que aceitar o convite, na sexta feira, estava pronto, jeans, tênis, camiseta e boné, perfumado e arrumado.
   Rômulo me deixou na portaria da boate, e logo Pedro veio me buscar, puxa ele era muito bonito, moreno claro, malhado, cabelos raspado, alto. Passamos pela fila e entramos direto, Vip.
- Que bom que veio, queria muito te conhecer. -
- O Rômulo me convenceu. Mas também fiquei curioso pra te conhecer. -
Fomos pro camarote, não dava pra falar muito, o som estava bem alto, acho que fiquei um pouquinho tímido.
- Essa é a Clara, minha namorada. E esse é o Dilan meu irmão. -
   Ele me apresentou a uma garota loira, baixinha, patricinha, mas muito legal comigo, acho que pelo fato de Pedro me apresentar como seu irmão.
- Então sua mãe vai casar com o pai do Pedro? - Perguntou Clara.
- Isso mesmo. Eles são o casal mais apaixonado que já vi. O Rômulo tá sempre fazendo surpresa pra mamãe, flores, cartões, passeio de mão dadas, parecem amor de adolescentes. -
- Olha amor, seu pai é o maior Dom Juan. - Disse Clara e nós rimos.
- Ah ele aprendeu comigo, sabe né! - Disse Pedro abraçando ela e a beijou.
   A noite estava divertida, conversamos sobre várias coisas, bebemos, eu já meio alterado. Resolvi botar o corpo pra balançar na pista de dança. Estava dançando sozinho, "I Follow Rivers", era a música que tocava, e eu sem pensar em nada, só queria dançar e dançar.
   Um cara no bar me olhava, ele terminou sua bebida e veio ao meu encontro. Ele era pouco maior que eu, branco de olhos azuis, parecia descendente de italiano. Parou a minha frente e começou a me acompanhar meio sem ritmo.
- Você dança muito bem. - Disse ele ao meu ouvido.
- Obrigado! -
- Eu me chamo Bernardo, e você? -
- Dilan! - Disse sorrindo.
- Seu sorriso é lindo. -
- Você também tem olhos lindos. -
- Não mais que os seus, castanho claro, parece o sol brilhando. -
   Eu só consegui sorrir, enquanto embalavamos no ritmo da batida. Ele me encarava eu desviava um pouco o olhar, ele delicadamente seguro meu quadril com as duas mãos, e nos encaramos por alguns segundos.
- Estou com vontade de fazer uma coisa, mas não sei se você vai gostar? - Disse ele.
- E o que seria? - Perguntei
   Em resposta recebi um beijo, seus lábios tocaram os meus carnudos e molhados, foi lento, e aos poucos senti o sabor do whisky que ele bebia, o sabor doce de sua língua a se enroscar com a minha. Meu corpo se colou ao dele, suas mãos me trazendo para mais perto dele.
   De repente me senti um puxão, pelo braço, me arrancando daquele beijo, abri os olhos tentando entender, quando senti meu corpo comprimido ao corpo de outro homem, meu rosto no peito dele, tentei olhar para trás, Bernardo no mesmo lugar sem entender nada.
- Sai de perto do meu namorado. - Rugiu Flávio pra ele.
- Que namorado, me solta Flávio. -
   Bernardo se afastou, enquanto eu e Flávio discutíamos.
- Mas se eu não chego a tempo, você ia ficar com aquele tampinha? -
- Desde quando eu te devo satisfação da minha vida, se toca. -
- Aí Dilan, tô cansado desse discurso. -
- Me solte ou eu faço um escândalo e chamo os seguranças. - 
  Ele me soltou, eu me afastei dele, ele tentou pegar meu braço, mas não permiti, e fui em direção ao camarote, ele me seguiu e foi barrado pelo segurança.
- O que aconteceu? - Perguntou Clara.
- Nada... - Respondi.
- Quem eram aqueles caras? - Ela insistia.
- Clara deixa ele, depois se ele quiser ele conta. -
  Eu fiquei quieto, observando Flávio no bar, ele ficava me encarando, pedia pra eu descer, acenava para mim, e eu a ignorar. Ele tomou alguns drinks, conversou com duas garotas que foram se oferecer, e ele a me encarar. Logo ele saiu e foi embora. Me senti mais aliviado, enquanto eu assistia ele, tomei muita vodka e energético. Alguns minutos depois eu também queria ir embora.
- Acho que eu já vou! -
- Tem certeza, a noite mal começou. - Disse Pedro.
- Tenho, eu já bebi muito, tô querendo minha cama. -
- Ah então espera só eu falar com o pessoal e a gente vai. -
- Não precisa Pedro, por favor! Eu pego um taxi aqui e vou. Aproveita aí a festa está demais. -
   Com um pouco de insistência o convenci a ficar, sai da boate e fui tentar pegar um táxi, minha visão já estava um pouco embaçada. Eu na calçada esperando quando um carro se aproximou, encostou na minha frente. Flávio saiu, me pegou pelo braço e me colocou dentro do carro, afivelou os sintos e travou a porta, depois entrou e arrancou com o carro. Parecia um sequestro.
- Flávio você é louco?- Eu gritei
- Louco por você amor. -
- Me deixa sair Flávio. Eu quero ir pra casa. -
- Eu vou te deixar em casa. -
- Agora! - Gritei.
- Que isso Dilan, gritando desse jeito. -
   Respirei fundo, senti vontade de dar uns socos nele, mas não o fiz. Minha cabeça começou a girar, estava suando frio. Ele observou que fiquei quieto, e continuou dirigindo, parou em um posto de gasolina.
- Me espera aqui, eu já volto! -
   Tão rápido quanto ele foi, ele tinha voltado, comprou alguma coisa, voltou com sacolas. Eu sentia culpa por ter bebido tanto, como se beber fosse me ajudar a me livrar de meus problemas.
- Dilan você está muito bêbado, tá sentindo alguma coisa? - Perguntou ele.
- Raiva, e muito ódio. Porque você é um idiota, seu irmão é um idiota, eu sou idiota. Que porra todo mundo é idiota. - Eu já falava coisas sem sentido.
- Dilan eu vou te levar pra minha casa, eu comprei um kit ressaca, quando você melhorar eu te levo pra sua casa. -
- Não eu não vou pra sua casa, porque quando a gente vai pra sua casa, você tira minha roupa, e transa comigo. Eu não quero transar com você. -
    Eu continuava a falar pelos cotovelos, e ele dirigindo até seu apartamento. Eu tinha encostado na janela porque estava enjoado. Quando chegamos no estacionamento, ele abriu a porta do carro e eu não desci.
- Eu não vou entrar, já te falei. -
- Deixa de birra, então vou te levar no colo. -
- Não, não quero que você me pegue. Você é um tarado. -
   Sai do carro cambaleando, andava a uma certa distância dele, ele tentava se aproximar, com medo que eu caísse, e eu a fugir, até que tropecei e cai de joelhos. E logo ele estava ao meu lado, me levantando.
- Dilan, cuidado! Você machucou? -
- Culpado foi você. Você sempre é o culpado. -
- O que eu fiz meu amor? - Ele me pegou no colo.
- Não me chama de amor. Você não ama ninguém. Pode me soltar eu já estou bem. -
- Vou te levar pra você não cair. -
- Para de mentira, tudo mentira. Tudo que você fala é mentira. -
   Ele me levou até o apartamento sem me soltar, destrancou o apartamento e fomos pro quarto dele. Meu enjôo aumentou quando olhei o quarto. Antes que ele me colocasse sobre a cama, saltei de seus braços, e corri em direção ao banheiro, vomitei no vaso sanitário.
- Está tudo bem Dilan. -
- Sai daqui, não olha. - Eu pedi.
   Quando o enjôo passou, lavei o rosto, enxaguei a boca, limpei a bagunça, Flávio me esperava na porta do banheiro, com uma xícara.
- Toma isso aqui, vai te fazer melhor. -
   Eu apenas o encarei, ele insistia, e acabei tomando. Devia ser sal de frutas, mas o gosto estava horrível.
- Quer tomar um banho? Você veste uma roupa minha, e descansa. - 
- Não! - Respondi.
- Pra você se sentir melhor. -
   Acabei aceitando, peguei a toalha, e voltei ao banheiro, no meio do banho, Flávio entrou, abriu o box e ficou ali me olhando. Me virei de costas pra ele, e fiquei tenso, eu sabia que ele ia entrar. E num movimento rápido ele tirou a roupa e entrou no box.
- Já estou terminando Flávio, espera só mais um pouco. -
- Mas eu quero tomar banho com você. -
- Não viaja, por favor! -
- Você não se lembra dos nossos banhos. Você não pode negar que eu te fiz feliz. -
   Ele se encostou em meu corpo, ele nu atrás de mim, eu não queria olha-lo, ele era cafajeste, mas ninguém podia negar que ele era lindo, e que foi o primeiro homem que tocou meu corpo. Ele sabia exatamente onde me tocar, ele conhecia cada milímetro do meu corpo.
- Não negue você me quer tanto quanto eu. -
- Flávio você é lindo, é sedutor. Qualquer um sente desejo por você. Eu só não consigo te amar. -
- Mas você já me amou uma vez, por que não pode me amar de novo? -
- Porque você nunca me amou! -
   As lágrimas já me escorriam dos olhos, se misturavam a água do chuveiro, ele me virou e me olhou nos olhos. Flávio passava as mãos delicadamente por meu rosto, e me hipnotizava com seu olhar. Nos beijamos, um beijo quente, feroz, com todo o desejo que ele tinha. Era bom, mas não me fazia bem. E quando tudo que eu senti se tornou medo eu me afastei dele e saí do banheiro.
- Pare de fugir e aceite o que você sente. -
   Ele me alcançou no quarto, e nus ele deitou seu corpo sobre o meu, me beijando, tentando convencer me que eu queria o mesmo que ele.
- Eu não tenho forças pra lutar contra você. -
- Você não precisa lutar. -
- Então por que não entende quando eu digo não? -
- Porque eu não acredito. Não posso acreditar que não me queira. -
- Você quer fazer sexo comigo? -
- Não quero só fazer sexo. -
- Mas eu não quero nada além de sexo com você. -
  Flávio parou de beijar meu pescoço, ergueu o rosto e me olhou nos olhos, ele estava assustado e eu sério, falando com toda verdade do meu coração.
- Você está falando sério? -
- Sim, sem compromisso, sem sentimentos, sem declarações e nem desculpas. Só sexo. -
- Você não é assim. -
- Eu mudei, só vocês não perceberam. -
- Tá falando do meu irmão? -
- Também. Deu certo com o Arthur. Hoje somos só amigos. Mas na cama ele é o eu quiser que ele seja. -
- Isso é uma espécie de vingança? -
- Não Flávio, o mundo não gira em torno de você. Isso é porque eu quero. Porque eu gosto assim. -
   Flávio saiu de cima de mim e deitou ao meu lado, ficou me olhando calado. Eu não sabia o que pensava, mas não me importei, ele que pensasse o que quisesse. Eu não ia namorar com ele, disso eu tinha certeza.
- Eu nunca usei você. - Disse ele.
- E daí. Que diferença isso faz? Passado ficou pra trás. -
- Daí que eu ainda gosto de você. E essa é a diferença. -
- Então você tem que parar de se intrometer na minha vida. -
- O meu irmão que desistiu. Ele já está em outra. -
- Não tô falando dele. Tô falando da minha vida sexual. -
- Aquele babaca da festa! Você não pode estar falando sério. -
- Ele era atraente, ia satisfazer meus desejos. -
- Então você quer satisfazer seus desejos? -
- Só isso que eu quero. Pode ser você, ou aquele cara, ou outro. -
- Você adora me provocar Dilan. Isso é um fetiche seu? -
   Não tive tempo de responder, ele me beijando, com as mãos explorava meu corpo, me colocou de quatro e começou a chupar meu cuzinho, e isso ele fazia bem, eu gemendo enquanto sua língua me invadia, senti também um dedo, e quando estava bem lubrificado ele encostou seu pênis e forçou a entrada. Com um pouco de dificuldade ele rompeu a resistência do meu cuzinho e me penetrou.
- Você ainda quer me usar Dilan? -
   Disse ele ao meu ouvido, debruçado sobre mim. Eu me limitei a morder os lábios, se eu abrisse a boca iria gritar. Flávio se pôs a meter cadênciado, tirando quase todo seu pênis e enfiando novamente com força e isso me fazia gemer.
- Você já tinha esquecido de como era Dilan? Esqueceu de como eu te faço gemer? -
- Deixa de ser prepotente. Outros também podem me fazer gemer. -
- É? Outro pode te fazer gemer? -
   Ele deitou se sobre mim, e metendo freneticamente me fez gemer ainda mais, levei a mão para trás pra tentar diminuir a velocidade. Ele segurou meus braços.
- Você não quer satisfazer seus desejos! Vou satisfazê-los. -
   Eu não podia pedir pra ele parar, eu não ia sair por baixo, ele também estava se vingando, esse era o preço e eu tinha de pagar. Por toda aquela madrugada transamos, e ele se mostrava insaciável, mas eu também já estava mais relaxado e começava a sentir mais prazer do que dor, mas também estava exausto. Quando ele por fim gozou, eu suspirei três vezes e adormeci.
- Você vai perceber Dilan que eu sou o melhor pra você. - Disse ele me afagando o cabelo e me puxando pra perto dele.


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Comentários


foto perfil usuario kaneki789

kaneki789 Comentou em 09/04/2015

Affs!!! to decepcionado...... Ele cedeu pra esse idiota... Eu odeio o Flavio.. .... Como o Dilan pode ser tão patético!!?? Posta o resto dos capítulos...... To com raiva, mas ainda quero saber do resto... rsrs

foto perfil usuario brcednc

brcednc Comentou em 04/04/2015

Idiota, imbecil, babaca, comp ele pode ceder, so vai alimentar essa mente louca dele... Odiei...

foto perfil usuario flyrj19

flyrj19 Comentou em 04/04/2015

Curti k Mas o Flávio nãaaaaao ! Kk




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Ficha do conto

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erotika

Nome do conto:
Aconteceu Amor - Cap. 33

Codigo do conto:
63142

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/04/2015

Quant.de Votos:
2

Quant.de Fotos:
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