Aconteceu Amor - Cap. 25


Cap. 25      Fugindo de um Amor


Eu fazia minha mala e minha mãe me ajudava, em seus olhos eu via que ela não queria que eu fosse. Mas como ela não era egoísta sabia que eu precisava deste tempo.
Eu pedi a Diana que me deixasse ficar uns dias na casa dela, e ela foi bem compreensiva, eu não tinha contado os detalhes de meu termino de namoro nem pra ela, nem a minha mãe. Minha mãe me levou de carro para a rodoviária, eu pegaria um ônibus para a cidade da minha irmã, era coisa de umas três horas, bem perto, mas o suficiente pra me afastar de Flavio.
Porque eu não parava de pensar nele? Volta e meia meus pensamentos me ligavam a ele, e uma angustia me subia no peito. Eu não esperava nada da viagem, eu não estava indo com um planejamento, eu só agi por impulso e aqui estava eu observando pela janela do ônibus a paisagem. Eu troquei o numero do celular, o que me deu uma paz, minha mãe e minha irmã eram as únicas que tinham.
Quando desci do no ônibus, João Carlos, meu cunhado já estava a minha espera, ele era moreno claro, tinha um sorriso cativante, vestia uma camisa xadrez e jeans, ele me recebeu com um abraço caloroso, eu não tinha muitas intimidade com ele, mas ele era muito extrovertido, e bonito também, minha irmã estava bem servida.
- Então maninho, vai morar com a gente? –
- Não, imagina! Só vou passar uns dias, não quero atrapalhar vocês. –
- Que atrapalhar, vai ser muito bom ter você conosco. Espere que fique muito tempo. –
- Vamos ver. –
- Então essas só trouxe essas duas malas. –
- Voce ainda diz so?-
Rimos um pouco enquanto ele levava minhas malas para o carro, ele não quis deixar que eu levasse nenhuma. Embora uma das malas fosse de rodinhas.
- Então, quero te ver sorrindo mesmo. Não fica sofrendo por causa de um otário não. –
- Ah. Minha irma te falou, foi? –
- Ela so disse que você esta meio deprimido por ter terminado seu namoro com um cara. –
Eu fiquei um pouco envergonhado, não pelo fato de eu ser gay, mas pelo fato dele saber que eu tinha terminado meu namoro com canalha e estar na pior.
- Aqui é pequeno mas tem bastante gente bacana! Umas garotas bonitas... Uns rapazes! – ele sorriu.
- Valeu pela dica! Mas no momento tô querendo ficar um pouco só. –
Ainda conversamos sobres assuntos cotidianos, ate chegar na casa dele, que era uma casa grande, ele tirou minhas malas e entrou na frente, na sala minha irma me esperava, e minha sobrinha se escondia atrás dela com vergonha de mim. Diana me abraçou, e me chamou pra almoçar.
- Estávamos só te esperando pra almoçarmos. –
- Oi Julia, falei – com minha sobrinha que se escondeu atrás das pernas de minha irmã.
- Fala com seu tio. – disse João Carlos.
- Oi! – respondeu Julia atrás da mãe.
- Ela esta meio tímida, mas depois ela se acostuma com e não vai desgrudar de você. –
- Eu levo as suas malas pro quarto e depois desço pra almoçar. –
- Então vamos? –
Diana segurou a mão de Julia e fomos pra outra sala de jantar, a mesa já estava posta. Eu nem sentia fome, mas pra evitar qualquer conversa me sentei e observava Diana colocar Julia em uma cadeirinha. João Carlos voltou e acomodou-se em sua cadeira.
- Cadê o Artur? – João Carlos perguntou.
- Saiu! Logo depois que você foi buscar o Dilan. –
- Ele não vem almoçar? –
- Eu vou saber João? Eu não sei da vida do seu irmão não? –
Eu observei a pequena discussão dos dois, minha irmã tem gênio forte, é muito difícil de conviver com ela, tudo vira confusão quando ela esta no meio. Almoçamos, eu terminei primeiro, coloquei pouco no prato, Joao Carlos insistiu pra que eu comesse mais, mas eu recusei e queria descansar.
- Eu deixei tuas malas no quarto, sobe as escadas, é a segunda porta a direita. O banheiro fica ao lado. –
- Bem se vocês não se importarem eu vou descansar um pouco. –
- Vai lá maninho, qualquer coisa não se acanhe pode falar. –
Subi as escadas, e fui ate o fim do corredor, abri a porta do quarto, que era bem grande, uma cama de casal, uma poltrona de leitura uma mesinha ao lado, era aconchegante, eu abri as malas que estavam perto da cama, separei uma roupa, e uma toalha e fui tomar um banho, não demorei, saí vestido, eu não estava em casa, entrei no quarto e deitei na cama, dormi quase que imediatamente, estava tão cansado, acordei com minha irmã me chamando na porta do quarto.
- Oi! Tá vivo? – perguntou ela.
- Sim! – respondi.
- Já são quase sete horas, desce e venha jantar. –
- Ah não estou afim! –
- Ah Dilan, por favor você veio pra se isolar? –
- Só hoje, por favor! –
Diana suspirou revirando os olhos, fechou a porta do quarto e se foi, me deixando sozinho no quarto, meus pensamentos me fuzilaram com milhares de lembranças, oras boas horas tristes, como se eu estivesse analisando os momentos que estive com Flavio. Em meio a minha paranoia meu telefone tocou, era minha mãe.
- Oi mãezinha! –
- Oi bebê! Chegou bem? –
- Sim! Esta tudo bem? –
- Sim! –
- Você quer me dizer alguma coisa? –
- Ai bebê, a Diana disse que você passou o dia inteiro no quarto... –
- Foi só cansaço, não precisa se preocupar. Eu disse pra ela também. –
- Ah! O Flávio esteve aqui hoje. –
- Mandou ele ir embora? –
- Eu disse a ele que você tinha viajado. –
- Tinha que ter dito que eu fui embora e que não volto mais. Alias tinha que ter dito nada. Tinha que ter mando ele ir embora e não te perturbar. –
- Ele passou a tarde toda no portão, eu cheguei e ele estava la, e eu conversei com ele. –
- Hmmm! – Resmunguei
- Você não vai me contar o que aconteceu. –
- É difícil, eu conto depois. Só precisa saber que terminamos pra nunca mais voltar. –
- Tudo bem! Eu te ligo amanha, durma bem! –
- Você também. Beijos! –
Eu estava exausto emocionalmente, mas não tinha mais sono, fiquei a olhar as paredes do quarto, e resolvi sentar me na poltrona perto a varanda, olhei o céu escuro, as estrelas, e fiquei a imaginar o que faria ali, o que faria depois, precisava ocupar minha mente, não queria abrir espaço para pensar nele.
Seria tao bom se eu pudesse voltar ao passado e nunca ter dado aquele beijo nele, nunca ter dito sim ao seu falso amor.
Fiquei perdido em pensamentos por sei la quanto tempo, meu corpo já estava cansado de ficar ali sentado, levantei, sem saber o que fazer, deitei na cama e adormeci mais uma vez.
Acordei com a claridade do sol que iluminava aquele quarto, a janela aberta soprava uma brisa com cheiro de flores, uma aura muito boa. Decidi me levantar e aproveitar aquele dia. Peguei uma roupa minha toalha, escova de dente e fui ao banheiro, tomei um banho escovei os dentes, quando sai do banheiro dei de cara com um cara cambaleando meio sonolento, ele esbarrou em mim e me olhou nos olhos.
Ele estava com uma camiseta branca, uma short fino azul, tinha os cabelos desgrenhados, pretos, olhos castanhos escuros, uma barba meio crescida, se pareciam com João Carlos, só que mais jovem.
- Opa! Desculpe, estava meio dormindo. – disse ele com um sorriso mostrando todos os dentes brancos e perfeitos.
- Tudo bem! – sorri de volta.
- Você é o irmão da Diana? –
- Sim! –
- Ah! Vocês são bem parecidos. Eu sou o Artur! –
- Dilan! – apertamos sua mão. – Você vai usar o banheiro, deixe me sair. –
Ele entrou no banheiro e eu entrei em no quarto deixei meus pertences e desci. Para tomar café com Diana.

Foto 1 do Conto erotico: Aconteceu Amor - Cap. 25


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Comentários


foto perfil usuario victor1607

victor1607 Comentou em 17/08/2014

Huuum...Aí rola. :·}




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Aconteceu Amor - Cap. 25

Codigo do conto:
51940

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
16/08/2014

Quant.de Votos:
2

Quant.de Fotos:
1