Aconteceu Amor - Cap. 28

Cap. 28 O Anjo Mal

Eu tinha agido por extinto e resolvi fugir, fugir de um amor canalha, fugir de uma fera descontrolada que tinha sede de mim.
Eu quis fugir de mim mesmo, e acabei encontrando com um anjo, um anjo mal de olhos castanhos escuros e cabelos negros cacheados. Ele se lançou em minha direção, me envolveu em seus braços, um golpe certeiro sua boca beijou a minha, sua língua me invadia laçando-se a minha. Meu folego faltava, eu não poderia pensar em mais nada, meu corpo se aquecia no calor do corpo dele, eu mergulhava meus dedos em seus cachinhos negros, enquanto ele me apertava cada vez mais contra seu corpo.
De repente como se eu despertasse daquele êxtase, senti que eu não devia estar fazendo aquilo, não sabia o porquê, apenas me afastei. Ele avançou e eu o bloquei com minhas mãos, me afastei novamente e me virei de costas pra ele.
- Artur, não posso. –
- Sim você pode. – disse ele ao meu ouvido, me abraçando por traz.
- Não. – eu insistia.
- Você só precisa querer. –
- Não Artur. –
- Olha pra mim! – Disse ele em um tom mais alto.
Ele me soltou e recuou um passo para traz, e quando me voltei para ele, estava sem camisa, seu tórax definido com músculos viris, um corpo perfeito, ele era sim um anjo mal que perdera suas asas. Minha boca salivou e eu senti sede daquele beijo que me fez viajar pra tão distante, que eu esqueci-me por completo de tudo o que perturbava minha mente.
E desta vez eu o ataquei, prendi meu braço em seu pescoço, beijei lhe a boca com meu jeito doce, e me entreguei aos desejos. Fechei os olhos enquanto o beijava e sentia ele apertar meu corpo, me lambia a orelha, me chupava o pescoço, enquanto eu arfava de prazer, minhas mãos deslizavam aquelas costas desnudas quentes, senti ele caminhando me induzindo a recuar, enquanto eu me via preso em seus braços e seus beijos, ate encostarmos no carro.
Afastamo-nos por um momento, ainda que estivéssemos conectados pelo olhar, nada de errado fazíamos apenas nos entregamos aos nossos desejos, ele abriu a porta traseira do carro, puxou de dentro dele um cobertor, e com um sorriso convidativo, segurou minha mão e me conduziu a lugar onde a luz da lua perfurava as arvores e iluminava, ali ele estendeu o cobertor e sentou em cima, deu dois tapinhas no chão ao seu lado, sinalizando para que eu fosse sentar ao seu lado. Inclinei e antes de chegar ao chão ele me puxou para cima de si, me beijando, as mãos dele me invadiam minha camiseta e deslizava por meu corpo.
- Vamos tirar logos essas roupas? Elas estão me atrapalhando de sentir seu corpo. – disse Artur.
- Mas tá um pouco frio! –
- Não tem problema eu esquento você. –
Eu tirei minha camiseta enquanto ele tirou os sapatos com os pês mesmos. Em seguida tirou os meus com rapidez, ele desabotoou a calça e tirou, ficando e depois a cueca, ele estava nu, e eu ainda de calças.
- Se você não tirar eu vou tirar! – Artur me provocou.
Eu ainda sobre o efeito do álcool, me deitei, desabotoei devagar a calça ergui o quadril e desci a calça ate as coxas, ele puxou de uma vez me livrando da calça e ainda me arrancou minha cueca. Subiu em cima de mim, e me olhou nos olhos, enquanto eu o olhava mordendo o lábio inferior.
Ele deitou seu corpo sobre o meu, colando si a mim, nossa pele se esfregava com ferocidade, nossos sexos se roçavam, o dele bem rijo, o meu começando a ficar, seu beijo era envolvente, sua língua era quente molhada deslizava em meu pescoço, me arrepiava, me lambia os mamilos e eu vibrava em reação. Eu sentia em seu sorriso o prazer de me deixar assim, tão a mercê de seus desejos, parecia uma virgem sendo tocada por um homem experiente.
Ver aquele sorriso me provocou e eu quis dar o troco, enquanto ele me beijava, eu o virei, agora eu estava por cima. Eu o olhei nos olhos, ele continuava com seu sorrisinho provocante, e respondi esse sorriso descendo com minha língua ate seu pênis, segurei na base com a mão direita, era mediano, menor que o de Flavio, foi inevitável a comparação em minha cabeça, ao menos eu não sofreria com ele me penetrando. Eu o olhei enquanto ele me observava com os braços cruzados atrás da cabeça, eu lhe lambi a virilha, lhe arrancando o primeiro suspiro, e quando passei a língua naquela cabecinha avermelhada, ele revirou os olhos, eu lambi toda extensão de seu pênis, enquanto ele se retorcia e só depois de sentir que ganhei esse jogo da provocação, eu o chupei bem gostoso, enquanto ele suspirava e pedia por mais.
Até ele retomar o controle ele me puxou para um beijo.
- Uau você é demais, quase me fez gozar. –
- Quem mandou me provocar! –
- Ah é! Então vamos ver quem ganha dessa vez. –
Ele puxou do bolso da calça uma camisinha, e abriu com os dentes, e seu rosto voltou aquele sorriso de anjo mal, ele me deitou e se encaixou entre minhas pernas, alojou seu pênis na entrada do meu cuzinho e tentava me penetrar, ele me mordia a orelha, e me pedia pra relaxar, e numa de suas investidas seu pênis rompeu minha resistência e entrou quase a metade, eu soltei um gemido agudo e lagrimas me escorreram dos olhos.
- Quem mandou me provocar? – disse ele.
- Cala a boca e mete tudo! – eu respondi
- Você quem pediu! –
E assim ele meteu o resto e faltava e começou a me foder pra valer, enquanto gemíamos no mesmo ritmo, nos beijávamos. Ele me colocou de quatro e me dominou, eu gemia a cada estocada funda, e ele arfava toda sua fúria e força, enquanto me provocava tamanho prazer pelo frenesi do vai e vem, cheguei a gozar sem se quer me tocar.
Em seu rosto o riso triunfante de sua vitória sobre mim, ele ganhava por ser experiente, nos beijamos abraçadinhos enquanto ele recuperava seu folego, ficamos de ladinho, ele ergueu minha perna e meteu sem dó, enquanto me mordia o pescoço, ele me masturbou e gozei pela segunda vez, com seu pênis me estocando fundo e as contrações de meu cuzinho também o fez gozar.
Caimos sobre aquele cobertor um pouco afastados, eu recuperava meu folego olhando as estrelas, ele me puxou pra perto dele, eu olhei seu sorriso de satisfação, e refleti sobre o que acabara de acontecer.
- Algo me diz que você já trouxe muitas garotas pra cá. – falei olhando pra ele.
- Algumas, não tantas, como você deve está pensando. Mas você é o primeiro cara que eu trouxe.-
- Sei! –
- Já tá com ciúmes? –
- Não, é porque o modo como tudo aconteceu, depois de beber, um lugar bonito, um cobertor. Me pareceu muito habitual. –
- É que sou meio sem criatividade. Mas aqui é um lugar especial. –
- Ah não! –
- O que foi? – perguntou ele.
- Acho melhor a gente voltar, daqui a pouco amanhece. –
- Nos podemos dormir aqui. –
- Melhor não, minha irmã já deve estar furiosa de mais. –
Eu comecei a me vestir primeiro, e depois ele também se vestiu bem rápido, pegou o cobertor e entramos no carro. Voltamos em silencio. Eu pensava no que fizemos e nem acreditava que tinha feito sexo com um cara que conheci a pouco mais de duas semanas, mas era melhor não nos envolvermos.
Quando chegamos em casa descemos do carro e paramos no portao.
- O que foi? – perguntei.
- Você esta estranho. –
- So um pouco cansado, com sono. Sempre fico assim... –
- Depois do sexo! – Completou ele. – Eu também! –
Ficamos rindo, ele fez outra piada de duplo sentido, subimos as escadas e eu fazendo sinal pra ele ficar em silencio. E no alto da escada Diana nos esperava.
- Onde vocês estavam? –
- Na praça! – respondeu Artur.
- Não tô falando com você ainda. –
- Estávamos na praça. –
- Vai mentir pra mim? –
- Diana eu não estava fazendo nada demais, eu não sou tao ingênuo como você me julga. Eu sei muito bem escolher o que quero. E sei que cada escolha tem suas consequências. –
- Nossa então você já sabe de tudo. –
- Diana eu so quero dormir, podemos continuar essa conversa depois. –
Ela me deixou passar mas não permitiu que Artur passasse também, e eu escutei ela o ameaçando e mandando ele ficar longe de mim, eu entrei no quarto e depois fui ate o banheiro tomei banho e cai sobre a cama. Dormi logo em seguida.
No outro dia acordei por volta das 10:00h, tomei meu banho, desci pra enfrentar a bronca de Diana.
Ela estava na sala com Julia, eu passei por elas e dei beijo em Julia.
- Bom dia! – disse pra ela.
- Se estiver com fome, la na cozinha a Rose te serve algo! – disse Diana ríspida lendo sua revista.
E assim eu fiz, fui ate a cozinha, e Rose estava preparando o almoço.
- Bom dia! – disse ela antes de mim.
- Bom dia Rose! Já começou o almoço? O que esta preparando? –
- Por enquanto só fiz o feijão. –
- Hmm! Então deixa que eu termino o almoço, preciso fazer media com a Diana. –
- Tudo bem! Eu te auxilio e assim eu aprendo a fazer essas comidas gostosas que você faz! –
- Obrigado Rose! Então pega pra mim os peitos de frango e descongela eles no micro-ondas por favor? –
Eu me servi de uma salada de frutas com iogurte enquanto Rose atendia meu pedido, terminei e providenciei um delicioso estrogonofe, uma bela salada, e por causa de minha demora Diana veio a cozinha pra saber o que eu fazia.
- Que cheiro bom! – disse ela entrando na cozinha.
- É estrogonofe de frango, era seu prato favorito, ainda é? –
- Dos que você faz é sim. –
Eu apenas sorri, ela era fácil de dobra, só um pequeno mimo e ela esquece tudo o que aconteceu.
Assim que terminei. Rose colocou a mesa e eu subi para tomar um outro banho. Quando entrei no quarto, Artur me esperava em minha cama. Estava um pouco envergonhado, mas tentei agir naturalmente. Sorri e ele falou primeiro.
- Você se arrependeu? –
- Você não se arrependeu? – devolvi a pergunta.
Ele se levantou avançou em minha direção enquanto eu recuava, ate senti a porta em minhas costas, ele segurou meu rosto em suas mãos e me beijou a boca com o mesmo desejo de antes talvez mais, sua mão tocava meu corpo. Minhas pernas tremiam, e a respiração falhava.
- Isso responde sua pergunta? -