Aconteceu Amor - Cap. 12

Eu estava sonhando, no meu sonho eu andava pela cidade e não havia ninguém, estava completamente sozinho, fiquei desesperado correndo sem destino, quando vi ao longe uma pessoa em pé, corri em sua direção, era Fábio e eu sentia tanta felicidade em vê-lo que me atirava em seus braços. Acordei no mesmo instante, acho que estou passando por muita coisa ultimamente, mas essa não era a primeira vez que eu tinha um sonho com Fábio. E me sentia culpado por isto, mas eu não o procurei e o evitava, pelo bem dele, eu não queria que ele sofresse tendo esperanças, se eu amava Flávio.
Numa tarde de sexta feira, Flávio veio me buscar para ir a casa dos pais dele, Paola queria que fossemos tomar um chá com ela. A família dele tinha bastante dinheiro, o pai era empresário de indústria farmacêutica, toda a tensão que havia entre o Flávio e o pai, era porque o pai dele queria que ele participasse da empresa, ele era o sucessor dele. E pelo que falavam de Flávio ele estava sempre a fugir das responsabilidades.
Foi muito agradável o chá com Paola ela me contava de travessuras de Flávio quando ele era criança.

- Se não fosse por você, Flávio não teria vindo.- disse Paola - Já faz mais de um ano que ele não vinha aqui, e que também não me recebia.-
- Porque temos que falar disso?- disse Flávio
- É verdade você está aqui, sem brigas, quero que venha mais vezes. Você também querido!-
- Claro, vamos vir mais vezes não é amor?- disse sorrindo para Flávio
- Ótimo. Então venham amanhã, nesse sábado iremos fazer um coquetel para receber novos fornecedores, será muito importante para seu pai.- Ela disse para Flávio
- Você sempre está planejando tudo. - respondeu ele
- Esta é a minha função. Mostre a seu pai que mudou, você é capaz.-

Ficamos conversando até sermos interrompidos por Augusto, o pai de Flávio que pediu que ele viesse ao escritório dele para conversar, Flávio me deu um beijo rapido e disse que voltava logo. Os dois desapareceram por um corredor enquanto acompanhávamos com os olhos, Paola e eu.

- Sabe eu sei que meus filhos estão em conflito, por sua causa.- disse ela tomando um gole de chá. - Mas você deve ficar com Flávio. -

Eu não consegui responder nada, apenas fiquei surpreso, pois ela sabia. Mas eu percebi que ela era quem comandava nessa casa, ela sabia de tudo, e usava essas informações para fazer o que fosse mais conveniente.

- Você ama muito o Flávio, mas se sente culpado por Fábio. - disse ela quebrando o silencio. - Pense que o Fábio e mais jovem e mais forte, ele logo encontrara uma nova paixão.-
- Desculpe!- Eu não sabia o que dizer mas estava envergonhado
- Você não tem culpa. Esse seu jeito meigo e gentil atraí homens como meus filhos. Se você souber usar isso, pode ser uma ótima ferramenta para conseguir tudo o que quiser.-
- Eu não sou assim, sra. Paola.-
- Eu sei você ainda é ingenuo, mas o mundo vai te ensinar. -

Aquela conversa estava muito estranha, eu estava me sentindo usado, o meu amor estava sendo usado para que ela conquistasse algo. A conversa entre Flávio e o pai dele estava demorando, e eu não tinha como fugir daquela situação. Foi quando Fábio passou pela sala, ele estava chegando da academia, quando me viu, se aproximou.

- Dilan, você aqui!- disse ele surpreso
- Ele veio com seu irmão, vieram tomar chá comigo.- respondeu sua mãe
- Posso roubar o Dilan um pouquinho mãe. -
- Ah, Claro!- respondeu ela, e quando eu levantei ela segurou minha mão - Lembre se do que eu disse.-
- Espero que minha mãe não tenha te assustado muito.- disse ele quando nos afastamos dela
- Não, que isso!-
- Nos somos tipo a "Família Adamms". - falou ele com um sorriso me levou para perto da piscina. - Então cada vez mas sério o namoro de vocês.-
- Desculpe eu não quero falar sobre isso, eu sei que você não se sente bem.-
- Não é pior do que você me ignorando.-
- Eu só não quero magoar você.-
- Então seja meu amigo, eu só quero ter você por perto.- ele segurou minha mão e me senti estranho
- Eu não sei se isto é bom para nos.- disse soltando a mão dele delicadamente
- Eu atrapalho alguma coisa? - Disse Flávio se aproximando de nos
- Só estávamos conversando, como amigos!- respondeu Fábio
- Já terminaram?- Disse Flávio rispido
- Acho que sim. - Fábio tinha um sorriso sarcastico no rosto

Flavio me puxou pela mão e me levou até o carro, sem nos despedirmos de sua mãe, ele estava vermelho e visivelmente alterado. Ligou o carro e acelerou rumo a sua casa.

- Flávio se acalma.-
- Eu não gosto disso.-
- Não aconteceu nada, só estávamos conversando.-
- Eu confio em você, mas eu não quero ver vocês juntos, se tocando.-
- Eu disse a ele, que não quero isso também.-
- Eu sei o que ele esta fazendo, ele quer ficar com você. Eu não posso deixar isso acontecer.-
- Não vai acontecer, eu não quero. Você não disse que confia em mim.-
- Confio.- Disse ele me beijando. - Quer sair pra jantar.-
- Depois vamos ver um filme.- respondi dando outro beijo nele
- Depois direto pra casa estou morrendo de saudades de você.

Jantamos, assistimos um filme e voltamos pra casa, parece que o sexo depois da briga realmente tem um outro sabor. Ficamos mais exitados. E ele realmente estava sentindo minha falta, fizemos sexo por toda a noite ate estar esgotado, desmaiamos num sono profundo acordando tarde no sábado. Enquanto tomávamos café, eu estava sentado no colo dele, e ficamos dando comida um na boca do outro, nos beijando.

- E esta reunião na casa dos seus pais?-
- Vai ser chato, meu pai quer que eu comece a trabalhar com ele.-
- Porque não quer?-
- Ele é muito difícil, ele me cobra demais, eu não posso falhar com ele.-
- Eu sei você não lida bem com a pressão, mas se você não aceitar, mesmo assim ele vai te pressionar.-
- Você tem razão. - Disse ele me beijando. - Mas vamos deixar isso pra mais tarde. Agora eu quero é você.-

Ele me jogou sobre a mesa e começamos a nos beijar, e ali mesmo, ele foi me penetrando, fizemos sexo por toda a tarde, em toda a casa, na sala no sofá. E no quarto onde dormimos um pouco e acordamos por volta das 16h00min. Nos arrumamos, e fomos para esse coquetel.