Cap. 22 Vestígios
De repente eu senti que, tudo aquilo o que eu sentia era mais do que o que realmente era. Não sei exatamente onde nos perdemos, ou se eu me perdi sozinho.
Flávio estava frio, e eu evitava as brigas ficando calado, algo dentro e mim dizia que se brigássemos seria o fim, e eu tinha muito medo de perdê-lo.
Acordamos cedo naquele sábado, por volta das 7:00h , Flávio estava animado pra ir ao clube, eu não gosto de sol, suar, mas para ele não ficar chateado, acabei aceitando. Eu tomei um banho, e logo depois que sai do banheiro ele entrou para tomar o dele.
Eu já tinha trazido uma sunga uma bermuda de tecido fino, estilo surf, uma camiseta verde clara, estava organizando uma bolsa com umas revistas, protetor solar, óculos, toalhas. Enquanto eu fazia uma lista mentalmente para ver se estava tudo certo, Flavio saiu nu do banheiro, secando os cabelos com a toalha, eu amo ver o corpo malhado dele, nem percebi que estava viajando olhando pra ele.
- Amor se ficar me olhando desse jeito eu vou me excitar. – disse ele sorrindo.
- Ah, eu só fiquei distraído! – respondi.
- Pega uma sunga pra mim, naquela gaveta. – ele apontou uma gaveta no guarda-roupa.
- Claro! – eu disse abrindo a gaveta de cuecas dele.
E acabei encontrando uma cueca diferente, vermelha com detalhes branco, era muito pequena para ser dele, e não era minha também, peguei uma sunga azul marinho e entreguei para ele sem dizer nada.
- Obrigado! - ele vestiu a sunga e uma bermuda que já estava sobre a cama.
Logo que terminamos de nos arrumar, descemos para pegar o carro e ele já colocou o óculos no rosto, sorria com animação e eu me limitava a observa-lo. Ele me roubou um beijo rápido enquanto dirigia.
- Preste atenção no transito amor! – Eu lhe disse.
- Fica tranqüilo! Tô te achando muito calado. – Indagou ele.
- Eu não gosto de ficar te distraindo enquanto você dirige. –
- Mas ultimamente você anda muito retraído. –
- Ah! É só impressão sua! –
Assim que chegamos ao clube, ele estacionou o carro e quando descemos ele segurou minha mão. Sorri no mesmo instante, ele me puxou e me beijou. Ele me surpreendia com um gesto carinhoso, era o modo dele me reconquistar a cada dia, como se ele reafirmasse subliminarmente, que sempre lutaria por mim.
Entramos no clube, eu o segui até uma das piscinas onde já havia algumas pessoas, um grupo de quatro rapazes, um casal com duas crianças e outras duas mulheres tomando sol, escolhemos duas espreguiçadeiras de madeira à beira a piscina, debaixo de um guarda-sol. Coloquei a bolsa no chão ao lado da cadeira, ele me pediu para segurar os óculos dele enquanto ele tirava a camiseta e a bermuda.
- Vou dar um mergulho! Você vem? – perguntou Flávio.
- Agora não, eu vou ficar aqui ler um pouquinho... –
- Hmm! Então ta. – ele se afastou e se atirou na piscina.
Enquanto ele nadava na piscina exibindo seu lindo corpo malhado, eu tirei minha camiseta e passei protetor solar no meu corpo, coloquei os óculos escuros, sentei-me e folheei meu livro. Algum tempo se passou, eu já havia pedido um chá gelado de pêssego, quando Flavio saiu todo molhado da piscina e parou na minha frente, lindo com a água escorrendo os gominhos de seu abdome, o cabelo pingando e seus olhos verdes, prendeu completamente minha atenção.
- Você não quis dar um mergulho? A água está ótima! –
- Depois eu entro! – respondi.
- Veio pro clube pra ficar lendo? – disse ele sentando do meu lado e se inclinando para meu lado.
- Cuidado! – eu disse fechando o livro e afastando dele. – Você esta todo molhado. –
Ele me encarou alguns instantes, pareceu ter ficado chateado.
- O que você está tomando? – perguntou ele ainda apoiado o braço direito na minha cadeira e com seu rosto próximo do meu. – Suco? –
- Não! É chá gelado de pêssego. Você quer? –
- Não acho que vou pegar um refrigerante. – respondeu ele me encarando.
- Se enxuga e passa protetor. –
- Você passa pra mim? –
- Passo sim. – eu lhe entreguei a toalha.
Ele se levantou e secou o corpo, e sentou na minha espreguiçadeira, entre minhas pernas, de costas para mim. Eu abri o protetor e coloquei um pouco na mão e espalhei por sua costa, e braços.
Notei que com exceção das crianças que brincavam correndo em volta da piscina, todos olhavam para nos. Do outro lado da piscina, quase que frente para nos, duas mulheres nos encaravam, uma delas tirou o óculos para ver melhor.
- Levanta e passa na frente. – eu disse a ele.
- Passa pra mim! –
- Está todo mundo nos olhando. –
- E qual o problema. – ele pegou o protetor e me entregou.
Então eu novamente coloquei protetor na mão e espalhei por seu peito e abdome, e acabei aproximando meu corpo do dele. Notei que ele olhava para dentro da piscina onde os quatro garotos que deviam ter de 18 a 19 anos, nos olhavam e cochichavam. Flavio virou o rosto e me deu um beijo rápido.
Eu não esperava essa reação, ele se levantou e foi ao quiosque buscar um refrigerante. Eu senti meu rosto esquentar, arrumei o óculos no rosto me recostei na cadeira e voltei a ler, pra não ver os olhares de todos, mesmo que eu os sentisse, tentei ignorar.
- Continua lendo isso? – disse Flávio quando voltou.
- Só estou me distraindo. –
- Se fosse pra você ficar lendo eu te chamava pra ir à biblioteca! – disse ele ríspido.
- Nossa! – achei muito grosseiro o comentário dele.
Eu fechei o livro e guardei na bolsa, e fiquei olhando para a piscina, a verdade que eu nem gosto de clube, ficar semi nu na frente de monte de pessoas. Entre meus pensamentos, Flávio se jogou na piscina e ficou me encarando como um chamado.
Eu me levantei, e tirei a bermuda, dobrei e colquei dendro da bolsa, ajeitei a sunga, enquanto Flávio me assistia. Notei que os outros me olhavam também, me aproximei da piscina e sentei me na beira, com as pernas dentro da água, e em seguida entrei.
- Meu gatinho tem medo de água. – disse Flavio jogando água em mim.
- Idiota! – respondi sorrindo.
- Desculpe é que às vezes sua timidez me tira do serio! –
- Pensei que gostasse disso em mim. – Indaguei.
- Eu disse que me “tira do serio”, não disse que eu não gosto. –
De repente um garoto que aparentava ter uns 18 anos, branquinho de cabelos pretos e olhos castanho escuro, se aproximou.
- Oi, vocês tão afim de jogar vôlei com a gente. – Convidou ele.
- Pode ser! – respondeu Flavio por nos.
- Legal! Qual o nome de vocês? – perguntou ele para Flávio.
- O meu é Flávio, e ele é o Dilan! – respondeu ele apontando pra mim.
- O meu e Otávio. Então você fica no meu time, e o Dilan no time do Pedro e do Ricardo. –
Flavio ficou no time de Otavio, o outro garoto devia ter 18, tinha o cabelo bem curtinho num tom de castanho escuro, a pele estava bronzeada pelo sol, ele tinha o corpo bem mais definido que o meu, chamava se Renan.
Mesmo que eles eram do mesmo time, Flavio e Renan pareciam estar competindo entre eles, disputando a bola, e logo observei que quando eles disputavam a bola eles se roçavam de baixo da água e logo após rolava um olhar de cumplicidade. Flavio já nem notava minha presença.
- Vocês são namorados? – perguntou-me Pedro.
Pedro tinha a pele bem mais morena que a minha e os olhos meio puxados, o cabelo preto espetado, tinha traços indígena, e parecia ter não mais que 19. Ricardo era o mais gordinho, também era alto, tinha pele clara e olhos azuis como a água da piscina.
- Sim! – Respondi.
- Assumidos? Quantos anos você tem? – Pedro perguntava.
- Tenho 18, e somos assumidos sim. –
- Vocês namoram a muito tempo? – Ricardo perguntou desta vez.
- Alguns meses. – Respondi.
Eu perdi a vontade de jogar, acho que comecei a ficar com ciúmes, e disse que ia sair da piscina, Flavio e os garotos ficaram conversando e jogando. Eu me lavei na ducha próxima ao quiosque, aproveitei pra pegar mais um chá de pêssego.
Quando voltei para perto da piscina, notei que Flávio não estava mais ali. Também estava faltando Renan e Pedro. Dei uma olhada em volta e não os vi. Sentei e comecei a me secar, tomei meu chá e depois de uns trinta minutos Flavio apareceu saindo do banheiro. Caminhou lentamente até mim, e parou na minha frente, estava meio suado e com a sunga um pouco marcada por sua excitação.
- Você sumiu! – eu disse a ele.
- Eu fui ao banheiro. –
- Hmm! Acho melhor você se sentar um pouco. –
- Por que? – perguntou ele sentando-se.
- Põe uma toalha pra cobrir isso ai. – me referia a sua excitação.
- Que? Não é nada disso que você está pensando. – Ele se explicou. – Sabe como é quando você vai fazer xixi e fica duro. –
- Sim eu sei! –
E logo eu vi Renan saindo do banheiro acompanhado de Pedro, eles fizeram questão de passar por nos, com seu sorrisinho sínico, e um ar de cumplicidade. Flávio olho para eles e depois desviou o olhar.
- Já são 11:00h. Que horas a gente vai embora? – perguntei.
- Estava pensando em almoçar aqui e ficar até mais tarde. – Flávio respondeu me.
- Eu não quero almoçar assim, não vou me sentir a vontade. Minha mãe nos convidou pra almoçar com ela hoje! –
- Hmm! Podemos ficar mais um pouco? – Ele passou a mão em meus cabelos.
- Eu posso ir agora de taxi e você vai depois. – Respondi sem olhar para ele.
Ele respirou fundo, eu o ignorava olhando minhas unhas, ele segurou meu punho com força. Eu olhei para cima e depois olhei ele nos olhos, sem nenhuma emoção, enquanto ele parecia nervoso.
- Porque está me tratando assim? –
- De que jeito? –
Ele suspirou, olhou para a piscina por alguns segundos, levantou-se vestiu a bermuda e colocou a camiseta sobre o ombro.
- Então vamos embora. Eu vou acertar a conta no bar... –
- Já paguei! – eu o interrompi, vesti minhas roupas e peguei a bolsa. – Vamos! –
Nos dirigimos ao carro, eu na frente e ele atrás. Assim que chegamos ao carro, ele me puxou e me beijou, mas eu não consegui corresponder.
Claro que eu estava com ciúmes, mas eles tinham deixado todos os vestígios do que tinha acontecido, o banheiro, Flávio excitado, e dois garotos bem safados.
Ficamos calados por todo o caminho. Quando chegamos em casa, eu desci para destrancar o portão, ele me abraçou por trás e me beijou a nuca. Mas a única coisa que senti foi raiva, eu queria estapear a cara dele, por ele ser tão dissimulado.
Assim que entramos, minha mãe veio nos cumprimentar.
- Oi meu bebê. - Disse minha mãe me abraçando.
- Oi mãe! –
- Oi Flávio, como você está? – disse ela abraçando ele.
- Tudo dona Luiza, e você? – respondeu ele desapontado.
- Nossa que carinha triste, vocês brigaram? – perguntou minha mãe.
- Não, acho que eu fiz alguma coisa... – disse Flávio, parecendo ser o inocente da história.
- Dilan, porque está brigando com seu namorado filho? Brigas afastam e desgastam o relacionamento. –
- Mãe eu preciso de um banho, não estou afim de falar sobre isto. – respondi
Fui para meu quarto joguei as coisas em cima da cama e peguei roupas limpas pra mim, Flávio entrou em meu quarto e fechou a porta, ficou me observando.
- Eu trouxe roupas pra você, eu vou tomar banho primeiro depois eu pego pra você. –
Eu não esperei resposta dele, entrei no banheiro e fechei a porta, mas não tranquei. Me olhei no espelho do lavabo, liguei a torneira e joguei água nos rosto, depois me despi e entrei debaixo do chuveiro. Uns dois minutos depois Flavio entrou no banheiro, tirou a roupa e entrou no Box.
- Que isso Flávio! Nos estamos na casa da minha mãe... –
Ele não disse nada, me beijou com voracidade, mordia meus lábios, tentei me afastar dele, e ele me prendia com força nos seus braços. Ele me mordeu o pescoço, eu sentia seu pênis duro roçando no meu, e num movimento rápido ele me virou de costas pra ele segurou meus dois braços à cima do chuveiro contra a parede, e encostou seu pênis no meu cuzinho, eu arrepiei no mesmo instante.
- Eu nunca vou deixar você. Você sempre vai ser meu! –
Ele falou em meu ouvido, e forçou seu pênis ate entrar todo em mim. Eu me controlava o Maximo que podia para não gemer alto, enquanto ele me fodia com todo seu desejo.
Foi uma transa rápida, não podíamos demorar por causa de minha mãe. Durante o almoço ficamos calados, enquanto minha mãe distribuía conselhos para nos dois. Flavio me olhava com seu olhar dominante, e eu me sentia confuso a respeito de meus sentimentos.
Quero ser a puta da novela! BETTO.
Muito bom ler esse conto, a ingenuidade de Dilan e a indecisao de Flávio. Estou gostando de ler.
manda logo proximo quero saber se flavio traiu o dilan mesmo...
Adoro se conto! Escreva mais vezes.
continua, nao demora pra escrever os proximos. muito cara de pau esse flavio hein =/ tadiño do dilan
Adorei você ter voltado,vê se não some.Adoro você!!! :-)
Adoro esse conto, eu gosto do relacionamento deles, mas desde o começo eu tenho um pé atras com esse Flavio, toh torcendo pra que ele fique com o Fabio(pra mim parece ser o certo). e tbm toh tendo umas ideias do que vai acontecer(adoro adivinhar, tomara q eu esteja certo,rs) Abraço!!! By:Eduardo