Sonho numa noite de verão

Depois da minha apresentação no primeiro conto, me lembrei de uma situação que vivi, antes de conhecer o Beto, a história de um desejo e uma fantasia não realizada.

Minha mãe tinha razão, a situação que passei com o Kadu me ensinou a avaliar melhor com quem me envolver, e jamais me envolver apenas para fazer pirraça ou algo parecido.
Fiquei quase dois anos sem querer saber de namoros, sérios ou de fim de semana.

No ano que fiz 18 anos ganhei uma viagem para o Nordeste, uma semana num cruzeiro e uma semana na casa de uns tios.

Achei estranho ficar no cruzeiro sozinha, estava acostumada com um universo controlado de pessoas conhecidas, estudava na mesma escola desde o primário, desde pequena conhecia todos na instituição que meus pais trabalhavam, (mesmo os internos) e a turma da praia eram todos amigos de longa data.

De repente ia ficar uma semana num navio sem ninguém conhecido.
A piscina com um monte de estranhos o dia todo enjoou logo, os monitores sempre inventavam atividades, mas em geral para crianças, não curti o cassino, mas tinha a boate, eu gostava de dançar, sempre que tocava música lenta aparecia alguém para me convidar, mas eu recusava, não queria correr o risco de ter alguém me apertando ou me perseguindo pelo navio depois e não ter para onde correr ou alguém para me proteger.

A semana passou quase se arrastando, chegamos ao destino e meu tio e minha prima dois anos mais velha me esperavam no porto e me levaram para casa deles.

O Apartamento era uma cobertura na quadra da praia, a vista deslumbrante.
Fiquei no quarto de hóspedes.

Logo na primeira noite tinha uma festa, nenhum evento especial, apenas reunião de amigos nas férias, o clima estava bem quente embora uma brisa leve corresse o tempo todo.

Coloquei um vestido verde claro, pouco acima do joelho, de malha leve e alcinhas com um detalhe trançado no decote até pouco abaixo dos seios, sem sutiã, dando um ar ligeiramente sensual, calcinha confortável de malha cor da pele, que se o vestido colasse no corpo dava impressão de estar sem nada por baixo. Não tive a intenção de me vestir de forma sensual, apenas confortável.

Chegamos à festa, era um quiosque na praia, com músicos num palquinho e uma espécie de pista de dança na frente, minha prima foi me apresentando para os amigos dela, todos muito atenciosos, sentei numa mesa com ela e mais dois casais, ficamos conversando sobre o que cada um fazia, me ofereceram cerveja e Cuba libre, mas preferi um coquetel de frutas sem álcool, não tinha e não tenho o hábito de beber.

Já estava ficando entediada quando vejo se aproximando por trás da minha prima um homem lindo, ele se abaixou entre nós duas deu um beijo no rosto dela, senti seu perfume delicioso.

Minha prima nos apresentou, Cícero 25 anos, recém-formado em medicina.

Ele me deu um beijo no rosto, senti minha pele queimar onde seus lábios tocaram.
Ele sentou do lado dela quase de frente para mim, eu fiquei absolutamente hipnotizada pelos seus olhos verdes.

Não tenho a menor ideia do que foi falado, só conseguia prestar atenção nos seus olhos e no movimento dos seus lábios, de repente minha prima me cutucou, Cícero estava me convidando para dançar, ele me levou para a pista segurando minha mão, uma brisa mais fria me arrepiou o corpo todo.
Senti seus braços envolvendo meu corpo, seu perfume invadindo meus sentidos, os bicos dos meus peitos eriçados roçando no corpo dele. Me senti flutuar.
Depois de duas músicas, voltamos para a mesa e a noite transcorreu sem nada notável.

Voltamos para casa, vesti minha camisola e fui deitar.

Acordei com a sensação daquele perfume, o quarto estava escuro, senti seus braços em volta do meu corpo, seus lábios tocando os meus num beijo doce, sua mão acariciando meus seios sobre o tecido, os dedos abrindo o laço da camisola e agora tocando a pele em volta dos bicos, as mãos4 continuaram descendo pela barriga, seus lábios quentes envolvendo os bicos e sugando meus seios, segurei sua cabeça com minhas mãos enquanto as dele continuavam viajando para baixo, entrando pela calcinha acariciando meus pelos bem aparados, deslizado pelas laterais e puxando para a calcinha para baixo, levantei o quadril para ajudar e numa fração de segundo estava nua, abri as pernas permitindo que aquele corpo quente e cheiroso se acomodasse entre elas, o peso dele sobre mim, a boca na minha boca, pela primeira vez senti o contato de um pau duro na minha bocetinha, me abri mais me esfregando nele querendo sentir a penetração, movimentava o quadril e e puxava seu corpo com as mãos, tentando fazer ele entrar em mim, mas só conseguia me excitar mais e mais naquela esfregação, estava no limite para gozar.

Acordei sobressaltada nua com as mãos entre as pernas, encharcada, estava sonhando, me concentrei no sonho e continuei me tocando e gozando em silêncio.

Todo o resto da semana me insinuei e fiz de tudo para fazer aquele sonho virar realidade, mas pela diferença de idade ele evitou concretizar o ato, mesmo assim ficamos junto e pude sentir aquelas mãos fortes e a boca quente pelo meu corpo me fazendo gozar muito.

Foram férias maravilhosas, mesmo sem sentir como é ser penetrada por um homem.