Logo depois comecei a trabalhar em um hospital de alto padrão, organizava os prontuários dos pacientes internados no andar, garantia que os medicamentos necessários estivessem disponíveis no posto, e cuidava do faturamento do que tinha sido utilizado.
Fazia plantão das 7:00 as 19:00 dia sim dia não, e uma vez por semana das 19:00 as 7:00, mas trocava meus plantões do fim de semana, para folgar quando Beto estava em casa.
O “uniforme”, era calça branca e jaleco azul bebê.
Tinha um neurocirurgião chamado Roger, todos tinham medo dele, parecia de uma gang de motoqueiros, sempre de jaqueta de couro e capacete que largava em cima do balcão do posto, era alto, forte, braços tatuados com caveiras, cabeça raspada, barba e bigode curtos, muito calado e sisudo.
Fazia cirurgias à noite, e passava visita pela manhã, bagunçava tudo para pegar as fichas dos pacientes.
Logo na segunda semana, eu tinha acabado de estacionar quando Roger parou ao lado com uma moto enorme.
Subimos juntos sem trocar uma palavra, quando chegamos no posto, peguei sua jaqueta, pendurei num cabide, guardei o capacete no armário, entreguei as fichas dos pacientes, dizendo que não queria bagunça no meu posto.
Ele me olhou assustado, concordou com a cabeça.
Fui preparar meu cappuccino, ele perguntou se conseguia um pra ele, respondi que fazia a mistura e trazia de casa, ofereci uma xícara, ele perguntou se poderia trazer para ele também, respondi que desde que ele pagasse, não teria problema.
As enfermeiras que estavam perto ficaram boquiabertas de eu falar daquele jeito.
Roger passou a me tratar muito bem, até brincava comigo, pedia para internar seus pacientes no meu andar, eu cuidava das suas coisas e sempre tinha um cappuccino pronto.
Quando contei para o Beto, ele riu, disse que eu tinha derretido o gelo do figurão, passou o resto da semana implicando, dizendo que eu estava doida para agarrar a garupa do motoqueiro, me instigando a usar roupas sensuais e dar mole para ele.
Dei gargalhada, disse que ele era maluco, não ia fazer nada daquilo, mas confessei a vontade de andar naquela moto.
Uma sexta feira aproveitei que Beto ia trabalhar no fim de semana e fiz plantão noturno, na passagem de turno avisaram que Roger estava operando de emergência.
Por volta de 2:30 da manhã trouxeram o paciente, logo depois Roger chegou ainda com a roupa do centro cirúrgico, foi direto ver o paciente, peguei o prontuário e fui providenciar os medicamentos.
Quando voltei, ele estava sentado na minha cadeira parecendo esgotado.
Preparei cappuccino para nós dois, perguntei como foi a cirurgia, ele respondeu que apesar de ter sido difícil correu tudo bem, mas o dia tinha sido tenso, tinha brigado com a noiva.
Me sentia muito à vontade com ele, sentei em cima da mesa e perguntei se ele queria falar a respeito.
Naquela noite eu estava com calça de lycra justa e jaleco cinturado cobrindo parte das coxas, fechado na diagonal por zíper, que eu deixei meio aberto formando um decote exibindo a blusa rosa de alcinha por baixo.
Quando sentei na mesa o jaleco subiu, percebi seu olhar percorrendo minhas coxas e bunda, realçada pela calça justa, ele moveu a cadeira para minha frente, ficando com ampla visão do meu decote e o vão entre minhas pernas.
Na hora me veio a cabeça os comentários do Beto, sorri por dentro, afastei a ideia, mas não fiz nada para me proteger daquele olhar.
Roger respondeu que ela era uma patricinha mimada, só queria saber de balada e desfilar de moto, sempre reclamando da profissão dele.
Comentei que respeito e compreensão eram essenciais, e me peguei falando da liberdade que Beto me dava.
Me olhou surpreso, disse que devia ter terminado a mais tempo, e sorriu mudando o assunto.
Disse que ia ficar para acompanhar as primeiras horas do paciente, queria tomar um banho e tirar a roupa do centro cirúrgico, mas o chuveiro da sala dos médicos estava ruim.
Falei que tinha um quarto vazio no andar, podia tomar banho e descansar um pouco, dali a uma hora eu chamava.
Uma hora depois bati na porta, ele não respondeu, entrei para acordá-lo, o quarto estava na penumbra, a cama e o sofá vazios, de repente ele saiu do banheiro sem camisa e vestindo a calça, tinha o peito musculoso, também tatuado.
Fiquei congelada observando ele subir o zíper e abotoar a calça.
Levei algum tempo para reagir, inventei que precisava ir à farmácia, e saí correndo, com aquela imagem e a sugestão do Beto martelando minha cabeça.
Quando voltei ele estava saindo do quarto do paciente, fiquei ocupada entregando os medicamentos para as enfermeiras fazer a ronda.
Depois que todos saíram, ele disse iria aguardar a próxima ronda para ver o paciente de novo, perguntou se eu podia ajudar ele a raspar o cabelo.
Respondi que não podia fazer no posto.
Ele concordou e disse que podia ser no quarto.
Fiquei sem jeito, falei que precisava lançar a saída dos medicamentos.
Ele falou que podia esperar e foi para o quarto.
Meu coração estava a mil, aquele homem estava mexendo comigo, e a voz do Beto falando para eu me insinuar, dar mole e curtir uma experiencia diferente ecoava nas minha cabeça.
Avisei uma enfermeira minha amiga e minutos depois entrei no quarto.
(continua)
Muito excitante, instigante e sensual, vou ler a continuação já!! Votado é Claro!!!!
Muito excitante e sensual, votado e já indo ler a continuação, votado.
Hummm...que delícia. ..estou ansioso pra ler o resto!...sua safadinha!..kkkk...beijos
Eu acho que não foi a voz do marido que ecoava na cabeça dela não, era a vontade de levar piroka que falava mais alto .... Acho que mesmo se o marido não tivesse falada para dar mole ia assim mesmo ..... Está muito gostoso ler .....
muito bom votado
delicia de conto
Muito bom! Instigante. Aguardo a continuação. ;-)