Esse é o segundo conto de três, cada um com uma conclusão. Se você leu o anterior, deve se lembrar de eu finalmente ter conseguido um resultado do capoeirista, apesar de não ser nem metade do que eu desejava. Deve se lembrar também da reação dele, até esperada, depois do acontecido. Acho que todo mundo que já passou por isso sabe o que acontece. Mas eu não fiquei intimidado.
Jef me evitava por todo lugar que eu passava, e, quando não conseguia evitar, mal falava comigo. Eu segui minha vida normal, e até achei que nunca mais fosse rolar nada.
O tempo foi passando e o público do parque foi mudando. Alguns pontos que a Administração insistia em deixar escuros acabaram atraindo muitos gays atrás de pegação. Eu adoro a ideia de pegação em lugar público, mas normalmente detesto o público, rs... É uma galera sedenta por putaria e que age simplesmente em função disso. Não me levem a mal. Adoro uma putaria! Mas eu gosto ainda mais do jogo e da tensão que me levam à putaria. Acredito que alguns caras lá me levavam a mau, como se eu me achasse bom demais pra eles, e por isso não me misturava aos grupinhos que se pegavam. Mas tudo que eu queria era que essa trama, essa descoberta, o jogo, a corte, acontecesse antes da putaria, e não queria ir direto a ela, e era tudo tão fácil, tão previsível... Pra minha sorte, algumas vezes acontecia um lance interessante fora desse círculo mais profundo. Um estudante desavisado, um trabalhador querendo cortar caminho, alguém recém instalado, vindo interior... Toda carne inocente cujo cheiro eu sentia, não importava o quanto demorasse, acabava na minha boca e no meu pau.
Eu sabia os locais onde as putarias rolavam, e buscava evitá-los. Mas ao mesmo tempo queria saciar meus instintos, então, após cada treino nos aparelhos, eu corria a extensão do parque e me sentava sempre no mesmo banco, exposto suficientemente ao público para não ser interessante para os caçadores, e discreto o suficiente para dois lobos conversarem e se desejarem.
Nessas aventuras, vez ou outra via o Jef passar. Nem sempre ele percebia que eu estava por lá, então nem sempre conseguia me evitar. Só me cumprimentava quando a ideia de não fazê-lo era constrangedora demais até pra alguém que perdeu a inocência. Toda vez que via de longe a silhueta de algum cara atlético, muito atraente, percebia ser ele quando chegava mais perto, como uma obsessão, e ele desviava assim que me notava. Isso aconteceu por meses, até que resolvi fazer o jogo dele.
Me sentava em locais escondidos para que ele não conseguisse desviar. Quando desviava, eu corria para o caminho tomado, forçando um encontro, tentando parecer que foi natural, não sei se com sucesso. Corria pelo parque e passava pelos lugares onde eu sabia que ele estava, até que, sem perceber, parece que fui achando uma abertura nele, e ele já cumprimentava, já fazia algumas piadas, perguntas...
Em situações normais, eu o provocaria, tentaria seduzir com sinais claros, mas era alguém muito arisco diante de mim, não dava para dar um vacilo sequer. Mais de uma vez eu insinuei estar indo para um lugar reservado para testar se ele iria atrás, e ele, mesmo percebendo, seguia seu caminho me deixando frustrado. Parecia que havia voltado à mesma situação de antes. Mas eu perdia nada por continuar tentando. Eu sempre estaria ali, e acredito que ele também.
Comecei a notar, no entanto, uma diferença no padrão de comportamento dele. Não sabia se era coisa da minha cabeça, mas parecia que ele sempre voltava no sentido oposto, e passava, não sei se por mera coincidência, em locais onde tinha me visto. Às vezes desviava na volta, mas às vezes não. E às vezes fazia isso mais de uma vez, mesmo quando não estava dando voltas correndo no parque. Eu não sabia como tirar proveito disso, estava totalmente perdido, então só ficava repetindo os velhos truques de sinalizar entrar para locais discretos, e numa dessas vezes fui para a parte de trás de uma das edificações do parque, que era escura e formava um beco com a vegetação alta e um pouco densa, mas... ele passou direto. Fiquei lá remoendo minha frustração, alguns minutos, pensativo, não sei quanto tempo, até que o vejo passando de novo por uma das laterais do prédio, e num reflexo eu assovio. Ele olha mas não desacelera, e faz a curva para a lateral seguinte. Eu não conseguia acreditar que ele iria entrar, mas meu tesão me deixava irracional. Então vejo a sombra de alguém entrando pelo beco e era ele, meio assustado e curioso, tentando me identificar e perguntando o que era. Só o puxei pelo braço e ele não mostrou qualquer resistência.
– Que isso cara?! Cê é louco! – falava ele, mas, não só continuava sem resistir, como passou a procurar minha pele, que logo colou na dele.
Comecei a sentir uma evolução na sua postura, passando de desconfiado e relutante para apaixonado e sedento! Tentei tirar proveito da situação para arrancar aquele beijo que não havia conseguido na primeira tentativa, e ele desviou.
– Não, não, não consigo! – E desviava, desviava menos, cada vez menos, até que nosso lábios se tocaram, e tentou desviar sem muita vontade pela última vez (meu pau até ficou duro escrevendo isso), e acabou a resistência.
Invadi aquela boca virgem com a minha num beijo gostoso. Ele fazia de forma automática, mas eu conduzia. O gosto era bom, era um menino bem cuidado. A gente se abraçava, eu apertava muito, e misturávamos nosso suor. Não tinha uma parte daquele corpo que eu não queria tocar com minhas mãos grandes. Pegava nas costas dele, costa de macho e pensava “meu homem”! Até que desci e baixei um pouco a calça de capoeirista dele, dessa vez usava uma preta com listras laterais, e abocanhei aquela rola linda, cujo gosto achei que nunca mais fosse sentir. Ele estava fervendo de tesão, mal conseguia se controlar. Mamei muito, engoli, e já fui planejando a evolução daquela transa. Imaginando que ele relutou tanto para beijar, não ia querer me mamar tão facilmente, voltei a beijá-lo, com muita vontade, e ele retribuindo da mesma forma, até que propus:
– Dou pra você se você me mamar!
Para minha alegria e minha tristeza (HAHAHA) ele não pensou duas vezes e, ainda assim de vagar e um pouco inseguro, pegou meu pau que eu tinha acabado de sacar e colocou na boca. Era uma mamada modesta, mas PUTZ!!! Poderia ser a pior mamada do mundo! O novinho capoeirista estava tendo a boca desvirginada por mim! Fui à loucura ao mesmo tempo em que pensava “CARALHO, AGORA VOU TER QUE DAR!!!”. Ele continuou mamando um tempinho. Apesar de desajeitado, pareceu viajar na experiência.
Voltamos a nos beijar enquanto eu tirava a camisinha da carteira. O modo como ele me deixava dominar a situação me fizeram sentir-me como uma prostituta iniciando um adolescente. Encapei o pau dele, e ele procurava minha boca como se nada mais importasse. Passei um lubrificante que sempre levo na carteira e me posicionei deixando as costas dele pra parede. Fui conduzindo para não doer, mas, apesar de ser um pau ligeiramente grosso (vou ver se encontro a foto pra mandar pelo insta), foi entrando mais fácil do que eu pensei que fosse entrar. Parece que tem pau que nasceu pra isso, rs...
Ele estava alucinado por sentir o pau dele entrar no cu de outro macho pela primeira vez, trêmulo de tesão e preocupado se eu estava confortável, se eu tinha me machucado. Falava baixo, como se fôssemos dois pré-adolescentes brincando de troca-troca.
– Já entrou tudo? – Perguntou quase gaguejando.
– Já.
Iniciei os movimentos para ele entender o recado e começou o vai-e-vem. Ele apertava os olhos. Parecia que estava tendo o momento da vida dele, e começou a meter. Confesso que estava gostoso, e comecei a me punhetar também. Ele segura de vez na minha cintura e sinto ele morder minha nuca. Então ele acelera, e mete por alguns minutos, igual a um macho sedento por sexo, naquele vai e vem impulsionado pelos instintos, fica louco de tesão e anuncia.
– Vou gozar!
Eu acelero minha punheta e segundos depois gozamos junto, fechando com uma esporrada alucinante uma foda alucinante.
Tiro a camisinha dele, nós dois ofegantes, e dou uma limpada. Guardou o pau na calça não sei como, pois ainda estava brilhando de duro. Dou mais uns beijos nele, nos recompomos, vimos se a área estava limpa, e dessa vez saímos juntos do parque e voltamos juntos conversando. Chegando à rua dele, conversamos um pouco mais, fomos até mais fundo, e descobri que agora ele andava tendo crise de identidade por conta da sexualidade. Dei uns conselhos e depois nos despedimos.
Infelizmente, Jef passou meses sem ir ao parque. Não sei se por conta do ocorrido. Mas, como cês sabem, essa história ainda não acabou.
Galera, o voto é um incentivo, viu. Se for porque não curtiu, tudo bem. Mas não deixem de votar por corpo mole. Abraços e até o próximo, seus lindos!
" Toda carne inocente cujo cheiro eu sentia, não importava o quanto demorasse, acabava na minha boca e no meu pau." Que frase maravilhosa e cabe em tantos contextos. Essa frase me deu uma vontade de te conhecer melhor.. Frase inteligente. Nando sem muito o que dizer... Maravilha de texto... Espero que muita gente enxergue isso... Votadíssimo...!!!!
Quero tocar berimbauzão também
Mais um conto cheio de tesão. Aguardando o próximo episódio. VO T A D O!!!