No karatê, era sério. Por ser meio infantilizado, queria mostrar poder, e se achava o Van Damme, então ficava sério, imaginando que estava em um filme de ação. Nunca passou pela cabeça qualquer sacanagem. Eu nem pensava nessas coisas da adolescência.
Um dia, porém, fomos para um campeonato, e por sermos da mesma idade, nos inscrevemos na mesma categoria. Tivemos que pegar fila para colocar nossos nomes e formar as chaves, e estávamos de kimono. Amarildo ficou na minha frente na fila, e sua calça branca apertada ficou evidenciando sua bunda enorme. Cara... eu tomo consciência do que se passou somente agora enquanto escrevo. Naquela época, naquela idade, eu não conseguia processar meus instintos, somente me deixar levar! Tanto que nem sei se a primeira vez que encostei meu pau na bunda dele na fila foi inconsciente ou planejado. Só sei que, no fogo da novidade, foi um gatilho de prazer que irradiou do meu pau sendo estimulado por aquela bunda gostosa, indefesa na minha frente, até os confins da minha alma. O tesão de ter encostado o pau nele "por acidente" era como a brisa mais gostosa da terra no dia mais quente. Parecia que ele não tinha percebido ou ignorado o acidente. Até que o animal em mim, inconscientemente, pediu mais, e encostei de novo, agora duro. A explosão de prazer foi hipnotizante, e Amarildo de novo ignorou. Eu, movido por puro instinto, fui encostando cada vez mais, e ele agindo com toda naturalidade, sem se afastar, sem reagir ou forçar, mas também sem contestar, simplesmente não freou meu impulso de ir encostando meu pau que já deveria estar todo babado na bunda enorme dele na fila até finalmente estacionar lá e ficar, pulsando naquela bunda macia, apertando, sem recuar. Estávamos grudados um no outro e ele esperando na fila, às vezes fazendo as piadas bobas dele com outros participantes.
Era impossível ele não ter percebido que havia uma rola dura na bunda dele, só se sofresse de algum distúrbio, mas eu nem pensava muito nisso. Minha mente era "estou tendo um prazer adolescente novo e indescritível, não existe resistência, vou continuar", e continuei esfregando meu pau estourando na calça branca na bunda dele estourando na calça branca, até que chega nossa vez na fila, e temos que nos separar.
Voltamos ao nosso papel de adolescente. Nunca uma palavra foi trocada a respeito. Vi pela última vez há uma ano na minha cidade, quase 15 anos sem se ver. Hoje ele é casado com mulher, ainda é bonito, mas o tempo não lhe fez tão bem quanto (dizem que) fez comigo, mas o que me atrapalha de um dia comer aquele rabo gostoso é morarmos a muitos e muitos quilômetros de distância.
Foto ilustrativa. Abraços.
Seu conto é ótimo. Parabéns!