O JOGADOR DE FUTEBOL MAIS DIFÍCIL DO MUNDO

Conto longo! Talvez tenha que dividir.
Olá! Quem já conhece meu estilo, sabe que vou explorar mais a tensão do que os eventos, né. E a missão de transmitir o que senti nesse vai ser dura. Não tem palavras o suficiente, rs...
Sou o cara da foto, estou com 38 anos (aparentando 25, segundo meus alunos), 72kg num corpo atlético não malhado, 1,73cm, e cara de safado que parece que chama sexo.
Não posso reclamar da vida, de não ter tudo que quero, porque, MEU DEUS, sou presenteado com umas situações gostosas, rs... que me fazem pensar que Deus tem seus preferidos, e metade dessas situações estão nos contos. Essa talvez não seja a mais excitante, mas o cara, com certeza, está no top 5 da minha lista. Será que rolou ou só foi a tensão?

Quando cheguei em SP, em 2011, havia muitas lan houses, e a internet caseira ainda estava em ascensão. Havia uma que ficava aqui perto de casa e era a minha favorita para atualizar as redes, falar com a família, entre outras coisas, e foi lá que vi Rodrigo pela primeira vez (nome fictício, claro, mas é tão a cara dele quanto o nome de verdade).
Eu ainda estava me descobrindo, mas já sabia reconhecer um homem bonito, e aquele, meu SANTO...! Ele frequentava sempre aquela lan house, se concentrava na tela e parecia que não existia ninguém à sua volta, característica que o acompanha até hoje. Deve ser típico comportamento de homem tão bonito que fica saturado das pessoas à sua volta querendo chamar a atenção, observando, assediando... Rodrigo não era um cara somente bonito. Era um cara sexy! Um modelo de macho. Era lindo, de uma beleza masculina, cabelo bem preto, meio curto, mas ondulado, corpo másculo e troncudo, numa pele morena e com pelos notáveis, mas não exagerados, rosto imponente, forte e bem desenhado, meio arredondado, mas com queixo levemente quadrado, barba sempre feita, como um militar, boca carnuda e olhos árabes serenos, sisudos e sempre focados em sabe-se lá o quê. Estava sempre com roupa esportiva, pois jogava futebol na base de um clube famoso aqui de SP. Assim se via suas panturrilhas naturalmente musculosas, como o resto do corpo, que era maciço, atlético, mas sem ser exagerado... Sabem o macho musculoso natural? Com aquelas curvas e músculos que não vieram da academia? Mesmo quando estava de calça, dava para ver que quem desenhou o corpo dele estava muito inspirado. Não era um corpo somente trabalhado, mas aqueles que você olha e pensa, caralho, é um homem! O que eu imagino de um homem, no jeito, na ginga, na introspecção... Claramente um hétero. Não existia brecha naquele cara onde eu pudesse investir meus desejos, nem uma mínima esperança.

Até porque os dias foram passando, via-o sempre no mesmo lugar, e acredito que ele nunca tenha olhado na minha cara, mesmo se em algum momento eu tenha sido involuntariamente indiscreto. Rodrigo virou somente meu objeto de contemplação, pois não havia qualquer ponte entre minha alma e a dele. Isso ficou ainda mais consolidado quando por vezes o via com a mina dele, muito bonita por sinal, da mesma cor morena, corpo bonito, cheio, e muito sortuda.

O tempo passa e passo a treinar capoeira e calistenia no parque que já foi fundo de alguns dos meus contos que vocês já leram aqui, principalmente do capoeirista. Para minha surpresa, vejo alguém fazendo treino de fundamentos de futebol em um corredor aberto, perto de uma área de árvores densas e cercada. Era o Rodrigo. Ele tem os aparatos para o treino, então vi que parecia profissional. Como já conhecia sua personalidade, segui meu treino, e a rotina de vê-lo na lan house agora havia sido transferida para a rotina de vê-lo diariamente no parque.

Não sei se já mencionei isso em outros contos, mas quando comecei a frequentar esse parque, não era um lugar de pegação, e eu gostava desse detalhe porque conseguia me concentrar nos exercícios. Hoje está insuportável, um monte de veado dando trabalho para os guardas. Mas às vezes rolava aquela paquera inusitada, mesmo sem pessoas se procurando. Eu mesmo já havia dado uns beijos lá.
Passam meses, e em uma dessas minhas paqueras, acabei circulando no parque com um cara que tinha acabado de conhecer, ele me contando as aventuras dele, eu, as minhas, e por vezes passávamos pelo Rodrigo, sempre focado e ignorando todo o universo onde não houvesse futebol. Comentei para o cara o quanto achava o Rodrigo atraente, mas o jeitão hétero fechado dele frustrava qualquer chance de concretizar meu desejo. Na última vez que passamos pelo Rodrigo, ele já não estava lá. Sempre fazia isso, terminava o treino e ia para o parquinho artesanal fazer uns alongamentos e ficar sentado calado em uma das traves do escalador, olhando para o nada. MAS DESSA VEZ OLHOU! A primeira vez em anos que ele pareceu responder a qualquer influência. Não sei se ele percebeu que falávamos dele, mas ficou nos encarando, gerando uma situação constrangedora, e nos seguiu com os olhos até quase perder de vista.
Nisso falo com o cara “qual deve ser a dele?”. O cara “sei lá, será que quer bater ou tá paquerando?”. Movido pela impulsividade, loucura e uma mistura de desejo e medo, falei que ia voltar e puxar conversa, já que ele não tirava o olho. Minha intuição me disse que aquela insistência em olhar não poderia ser somente hostilidade. O cara falou “vai lá, boa sorte”. Nos despedimos, voltei, e ele não tirava o olho de mim, parecia estar pasmo que eu o estava desafiando.
“E aí, cara, de boa?”, cumprimentei.
“De boa”, respondeu.
“Haha, cê ficou olhando, que tá pegando?”, fui direto.
“Vocês passaram olhando, só olhei de volta”.
“Tá, mas você sabe por que, né?”, eu não queria perder tempo.
“Sei lá”.
“Você é um cara bonito, e acaba chamando atenção. E se você olha de volta, a gente acaba achando que você tá correspondendo”, eu não sabia nada, simplesmente NADA, para saber como ele reagiria a isso. Mas apesar da conversa incisiva, ele não se mostrou ofendido ou irritado. “E se você não percebeu, deve ter muitos caras nesse parque que ficam te olhando”.
“É, já notei, esses caras ficam encarando, enchendo o saco”
Essa conversa já faz bastante tempo, e esses são os detalhes que mais lembro. Mas teve alguma coisa sobre eu explicando a ele o que era gostar de homem e de mulher, e tal, e um detalhe que mudou tudo!
“Pois é, na maior parte das vezes é só brincadeira, mas sempre tem alguém que é diferente”, eu explicando sobre como era ter tesão genuíno por um macho, “aí a gente não tem dúvida de que gosta”.
“É por isso que quando aconteceu, eu saí fora” ele falou, quebrando minhas pernas.
Meu choque por dentro não me deixou raciocinar rápido o suficiente para tentar entender se ele estava se referindo ao amigo ter sentido, a ele mesmo... Rapidamente a conversa mudou, mas aquilo ficou na minha cabeça.
Acabou que o final da conversa foi ameno e trocamos telefone, mas ele não tinha Whats (até hoje não tem).
Aquilo não saiu da minha cabeça por meses! E vocês podem achar que me deram alguma esperança, mas não. O mesmo comportamento fechado, indiferente, foi mantido durante os meses que se passaram, me fazendo pensar que de fato minha mente estava fantasiando. Na verdade, ele ficou ainda mais sério, quase bravo. Mesmo assim, um dia resolvi puxar conversa, parando ao lado dele no treino, ainda com minha roupa social de trabalho.
Somando com as informações que já sabia, ele chegou a treinar nesse time, era mais novo que eu uns 3 anos (23 na época), embora o jeito sisudo, a voz grossa, a gíria de macho e o corpo troncudo o fizessem parecer mais velho que eu. Já era uma idade avançada para conseguir jogar profissionalmente, mas o gosto por futebol o mantinha treinando. Ele se mostrou tão simpático na conversa, depois de tanto tempo, que juntei coragem e cara de pau, aproveitando que estava quase deserto, e mandei:
“Cara, eu queria te pedir só uma coisa”.
“O quê?”, perguntou ele.
Respirei... “posso meter a mão?”.
Ele estranhou, mas longo entendeu.
“Não, cara, os guardas podem ver.”
De novo minha confusão, enquanto insistia com mais duas ou três frases. Mas o que pensei na hora foi o que pensei por mais e mais meses, anos que viriam a seguir. Ele colocou somente o guarda como impedimento. Tipo... se não fosse o guarda, ele deixaria? Meu desejo foi frustrado, e eu só pensava que ele não estava realmente a fim, que só fez parecer que não era por vontade dele para não parecer grosseiro, pois por anos ele continuou com o mesmo comportamento. Chegava no parque, sem cumprimentar ninguém, talvez os guardas, montava sua pista de treino, treinava por uma hora ou mais, às vezes acompanhado por outro jogador de futebol, maior parte das vezes sozinho, ia até o banheiro, que agora já era mal frequentado pelos abutres de banheirão, se trancava no banheiro das PCDs, trocava de roupa, passava pelos aparelhos dos idosos, ia para a casa dele, e fim.
Foram anos de dúvidas e ânsias. E como morávamos perto, mesmo eu tendo mudado de casa várias vezes, já o tinha visto, sempre por acidente, sabia onde ele morava, as minas que ele namorava, já os tinha visto de amasso em local mais ou menos público, e nem sei se ele se lembrava de mim, pois era sempre os olhos focados na sua frente.
Passei a nutrir um desejo platônico por ele. O desejo do “poderia ter rolado”, do “cheguei tão perto”, mas que sabia que ia ter que guardar só no meu coração.
O ano é 2023. Depois de todas as aventuras que vocês já leram, volto eu para a calistenia do parque. Tudo que aconteceu no parque e que vocês já sabem, aconteceu com ele lá, com uma frequência mais larga, mas ainda treinando religiosamente, um pouco mais forte, dez anos mais velho, ainda mais homem, e eu sem muitas esperanças de ter meu desejo concretizado. A rotina dele é a mesma: treino, banheiro dos deficientes, às vezes bicicleta, e casa. Ele passou a denunciar o caras que faziam pegação no parque, então, para mim, era certeza de que não ia rolar, mas, às vezes, eu entrava pelo mato denso e escuro que ficava ao lado do local onde ele treinava só para observar seus movimentos e descobrir qualquer coisa. NADA! Ele agia quando estava sozinho do mesmo jeito que quando estava sendo observado.
Terminei minha calistenia, dei uma corrida no parque, e quando já estava fechando, fui ao banheiro, já que era o momento mais tranquilo, sem aquele monte de gente. Nem me lembrava que ia cruzar com o ritual dele. Fui para o mictório e comecei a mijar, e peguei o celular e me distraí. Terminei minha mijada, e fiquei lá, esperando secar, mas sem balançar. Ele entra, naquele passo pesado, mas silencioso, que já era característicos dele. Passa por mim sem notar minha presença, enquanto para mim, de repente, o mundo era só ele, tenta abrir o banheiro das PCDs e estava fechado. Ele força, esbraveja umas palavras de protesto, e se frustra, olhando para mim na sequência, como se buscando alguém para compartilhar a indignação dele, e ele nota meu pau para fora. Eu vi que ele viu e foi inevitável. Meu pau começou a crescer na hora.
“Pô, esse banheiro fechado”, reclama ele.
“Mija aí, pô”, disse eu apontando o mictório. Ele vem sem muita cerimônia e tira de sua calça esportiva preta um pau moreno, grosso, borrachudo, que já estava meia bomba, mas não sai mijo nenhum. Sem conseguir conter a ereção também, ele me olha como me convidando.
EU NÃO ESTAVA ACREDITANDO! DEPOIS DE TODOS ESSES ANOS!
Encostei e agarrei aquele pau gordo, macio, e para minha surpresa ele também agarra o meu, que já estava duro como pedra. Perguntei se ele beijava, e disse que não. Então me inclinei e coloquei aquele pau na boca, sentindo gosto de rola que já tinha sido usada durante o dia. Depois ele me confessou que além de comer a namorada todo dia, tocava duas ou três punhetas. Então ele se afasta e diz que era perigoso, por causa dos guardas. Guarda o pau e sai do banheiro. Finjo terminar meu trabalho, lavo as mãos e saio.
Na saída do banheiro, em vez de ele ir em direção a algum dos portões, ele pega o corredor que leva para o centro do parque, mas também para uma escadaria entre dois becos escuros que se encontram cruzando a escada. Aquele homem lindo para virado para mim em um canto escuro, só sua camisa regata branca se destacava, e, quando me aproximo, saca o pau. Eu me abaixo e abocanho aquilo que não era só uma rola. Era uma rola gostosa de um homem incrivelmente gostoso e bonito que eu estava desejando havia mais de dez anos. Mamo com muito gosto (quem lê meus contos sabe que não muito meu forte), sinto aquela textura gostosa e aquele gosto bom de macho até que ele anuncia que vai gozar, segura minha cabeça, aumenta o ritmo, tenciona todos aqueles músculos e goza na minha barba e bigode. Nunca senti tanto prazer em ter minha barba suja por um leite de macho.
Então ele segue o ritual dele, enquanto eu fiquei três dias em transe, sem acreditar no que tinha acontecido, contando para os amigos.
Depois disso ele desapareceu do parque, o mesmo padrão que aconteceu com o capoeirista, acredito que pela vergonha, o medo de ser descoberto... Mas a melhor parte da história ainda está por vir, e espero que ainda não tenha acabado mesmo agora enquanto escrevo, pois tem muito desejo que quero realizar com ele.

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Ficha do conto

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nandobaiano

Nome do conto:
O JOGADOR DE FUTEBOL MAIS DIFÍCIL DO MUNDO

Codigo do conto:
222116

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/11/2024

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