O JOGADOR DE FUTEBOL - CONTINUAÇÃO

Fiquei semanas sem ver o Rodrigo depois daquilo que rolou no parque. Somente um dia o vi brincando de futebol com duas as crianças, talvez sobrinhos, e estava sem camisa, e eu observando de longe suspirando fundo. Coisa de supostos héteros: aprontar com outro macho e desaparecer por causa da culpa.

Depois de uns dois ou três meses, ele voltou a treinar no mesmo lugar de sempre, do mesmo estilo caladão, bravo, indiferente, que nem combinava com tanta beleza, mas caía bem com a masculinidade exagerada. Não me olhava quando eu passava por ele, e quando eu cumprimentava, respondia forçado.

Mesmo eu não conseguindo esquecer o que tinha acontecido, não poderia me esquecer de que alguém que faz escondido ainda é alguém que faz escondido, e pode reagir de forma desmedida. Ainda mais por saber que ele olhava feio para outros veados que ficavam encarando, chegando a denunciar aos guardas as aventuras no banheiro.

Eu me sentia desencorajado a tentar qualquer coisa e ele reagir mal, ou simplesmente desaparecer de novo. Limitava-me a ficar observando-o às vezes do meio do mato denso ao lado do local em que ele treinava, numa plataforma de madeira que unia duas entradas da floresta central, que, no escuro da noite, tornava quase impossível ele me perceber ali. Às vezes ia para um lugar um pouco iluminado, para ver se ele me notava, mas nada, o cara era muito focado.

Um dia, porém, não sei se eu estava cego de tesão ou se não aguentava mais aquela situação... Mesmo com medo da reação dele (e que medo!!!), espreitei pela cerca da plataforma de madeira, que já estava meio podre, e, com algum cuidado, pulei, para ficar mais perto da cerca que dividia o corredor onde ele treinava e o mato alto e denso. Mesmo com o barulho dos meus passos na folha seca, ele não me percebia, parecia improvável que alguém normal fosse aparecer ali (rs...). Aproximei-me como um verdadeiro stalker (fico até envergonhado de escrever isso, pois só agora percebo o tamanho da loucura e obsessão). Tento ficar em evidência o suficiente para ele me perceber, mas não o suficiente para não assustá-lo, ao ponto de eu conseguir enxergá-lo como se estivesse ao lado dele. Mesmo assim ele não me percebia. Estava cego para aquele ponto.

Minha loucura, tesão e tensão tomaram proporção tal que levantei a camisa regata e dei a volta no pescoço para deixar a parte da frente livre, tirei meu pau já duro do meu short fino de nylon, e comecei a punhetar suavemente, só para manter duro, e fiquei num ponto mais iluminado justamente para ele me perceber. Às vezes nos momentos de descanso até via o olhar dele passar e parar pelo ponto onde eu estava e não acreditava que aquele cara não estava me enxergado, acho que eu estava a menos de três metros. Até que aconteceu.

Ele olhou e entesou, como um gato que ouve um barulho longe. Vi por uns dois segundo nos olhos dele que sua primeira reação teria sido a violência, mas continuei o movimento no meu pau, até que ele reconheceu meu rosto. Depois que ele me reconheceu, tudo mudou! Ele começou a baixar a guarda, olhou para os lados para ver se vinha gente, se aproximou da cerca para ver meu pau, o que me espantou! O cara namorador sentindo desejo visual no pau de outro macho!

“Cuidado aí, pô, pode vir guarda”, falou ele com uma voz grossa, mas com um tom que dava vontade de deitar naquela voz.

“Dá nada não, aqui ninguém me vê”.

Ele continuar a mirar meu pau sem desviar, vi a hora de ele meter a mão, mas nosso momento foi interrompido por alguém que vinha longe. Abaixei-me e serpenteei pelas folhas secas enquanto ele voltou ao corredor com naturalidade. Era um dos caras que caminhavam pelo parque, e que pelo jeito já o conhecia. Começaram a conversar, digo, o cara mais que ele, e ele só respondendo e acenando. E eu esperando a conversa acabar, mas o cara conseguiu tomar o tempo do meu macho até dar a hora o parque fechar. Saí frustrado aquele dia, mas já seguro de que eu tinha sido escolhido. De um monte de veado que ele havia tocado ou denunciado, eu era o cara que ele protegeu e desejou.

Mesmo assim o padrão se repetiu. Ele ficou meses sem ir ao parque. Eu também comecei a rarear minha frequência, por conta de trabalho, estresse, e por ter achado um lugar para fazer calistenia mais perto de casa. Mas vez ou outra estava por lá pelo parque, quando queria contato com a natureza. Até que finalmente ele volta a frequentar, no mesmo lugar. A culpa deve ter ficado menor que o tesão. Antes de tentar qualquer coisa, porém, eu queria tirar uma dúvida. Em vez de já ir para o mato, fiquei de longe, de uma das extremidades do corredor para saber se ele olhava para o ponto onde tinha me visto. E minha suspeita foi confirmada. Mais de uma vez ele olhou me procurando. Eu sabia então que poderia ir tranquilo, sem medo.

Dei a volta na floresta, peguei o acesso à plataforma e fui até o ponto onde ele treinava. Mas não pulei a cerca da plataforma. Queria que ele me procurasse até me achar, para testar o tesão dele, então fiquei em um ponto mais iluminado e mais aberto, mas mais distante. Via-o constantemente olhando para onde me viu a primeira vez, até achei que não fosse me ver. Então ele me percebe e os olhos deles brilham na hora naquele rosto sério.

Para minha surpresa (PQP) ele nem faz cerimônia. Ignora todo cuidado exagerado que sempre tinha tido até então, joga a mochila pela cerca e pula para o lado da mata. Eu estava pegando fogo por dentro e ao mesmo tempo confuso. Corri para ajuda-lo a subir na plataforma, pois a madeira podre poderia quebrar.

“Haha, você é louco”, disse segurando o braço dele e ajudando a subir. “Isso aqui tá podre, pode quebrar. Vamos mais para o fundo para ninguém ver”.

“Bora lá”.

Nisso a gente para em um lugar onde ninguém enxergaria, nem que tentasse e eu falo que queria beijá-lo. Ele insiste que não beijava. Como sei que ele tem mina, não insisto. Na verdade, a terceira namorada desde que eu o tinha conhecido, e que ele disse que já tinha transado com ela naquele dia. Me abaixo para mamá-lo, sinto gosto de pau que já havia gozado, e ele me disse que já tinha gozado duas vezes da punheta e uma com a mina. O pau dele demora a subir e, em vez de ficar triste e preocupado, já me estala a intuição do que ele foi fazer ali de pau meia bomba. Então me levanto e sem pensar muito, por pura intuição, falo “mete a boca, vai”. Apesar de não fazer caso, ele deve ter estranhado meu excesso de confiança, e quando ele começou a olhar para os lados... Mano... O tempo começou a passar em câmera lenta para mim. Eu acompanhei aquele macho monumental descer cada centímetro na minha frente, num momento que durou uma eternidade gostosa, ficar de frente com meu pau que já estava jorrando baba, me deixando um pouco preocupado, já que a maioria não gosta de mamar um pau melado, mas ele mostrando alguma experiência, meteu na boca do jeito que estava...

Cara...

Eu não consigo descrever o que senti... Minha alma saiu do corpo.

Ele continuou mamando, sem frescura, fofo, mas com gosto. E não tem coisa melhor no mundo do que ser mamado por um macho que gosta, que sente prazer real e insaciável de sugar uma pica.

Perguntei onde ele queria que eu gozasse, e ele respondeu “no rosto, né? Não é melhor?” [PAUSA PARA MORRER E RESSUSCITAR NO PARAÍSO UM MILHÃO DE VEZES POR DENTRO AGORA]

“Sim, pode ser”.

Comecei a tocar segurando o queixo dele, e não demorou soltei uns jatos de porra grossa naquele rosto lindo, que fico de pau duro agora só de lembrar da cena. A gente conversa qualquer coisa ainda, falou para ele ir lá em casa tomar uma bebida. Ele diz que não bebe... Não consegui encaixar uma tentativa de explorar mais aquele macho, pelo menos por hora. Saímos por pontos diferentes, e o que veio depois, vocês já sabem, né: mais meses sem nos vermos. Mas agora eu já estava (mais ou menos) realizado. Certeza que esse macho tá no meu top 10, mas a experiência certamente disputa o primeiro lugar.

Ainda não acabou, o terceiro encontro foi mais curto, mas igualmente excitante. Estou esperando o quarto encontro, mas ainda não voltou a frequentar o parque. Não faz nem dois meses, porém, topei com ele no Centro da cidade. Estava distribuindo panfleto para eleição. Peguei um e o cumprimentei. Ele cumprimentou de volta com naturalidade... aquela naturalidade séria e carrancuda, mas já não se percebia culpa. Ainda esperando para sentir o beijo desse macho. Sei que um dia vai ceder. Estou tentando achar um ator ou modelo que se pareça com ele, mas tá difícil. Na próxima eu tento melhor.

Galera, vota aí para aumentar a estima do contista. E ao pessoal que tá entrando na minha conta no insta, não estou mais ativo como antes, por isso nem estou citando aqui. Não estou exatamente solteiro, então quero manter o comedimento, rs..

Beijos, até a próxima.


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Ficha do conto

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Nome do conto:
O JOGADOR DE FUTEBOL - CONTINUAÇÃO

Codigo do conto:
222205

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
03/11/2024

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