Caio estava dançando um funk loucamente, seu pai o olhava e a mim, parecia que ele estava meio incomodado. Tenho certeza que tudo deve ter piorado, pois, Caio estava dançando com Ale atrás dela e Erik chegou por trás dele o encochando enquanto dançavam. Erik segurava sua cintura e sarrava nele sem pudor, que não se fazendo de rogado, empinava mais ainda sua bunda para trás. Como a pista de dança estava lotada, ninguém notava neles com maldade, ao contrário incitavam e batiam palmas para o aniversariante.
Caio percebeu que Erik além de pressionar seu sexo sobre ele, acariciava sua cintura de modo a mante-lo unido a ele e estava adorando aquilo.
Ale veio dançar comigo e os dois transformaram o trenzinho em uma dupla perfeita. Caio se virou e no ritmo da música, Erik o segurou pela cintura de novo e os dois bailaram em um rebolado rítmico. Começou a tocar a música da Anita "show das poderosas" e foi muito interessante quando ainda na melodia, Caio empurrou Erik que ficou de pé olhando para ele. Ele passou a mão pelo seu rosto, o girou e quando a letra da música começou ele apontou para ele no " prepara", se virando rapidamente ficando de costas na hora e me que a letra diz " que agora é hora do show das poderosas" descendo em seguida ao ponto de tocar o chão e rebolar. Erik o olhava com desejo e se aproximou lentamente colando nele, que ao levantar-se tomou seu braço pendurado ao lado do corpo, para envolvê-lo na sua cintura, e assim rebolou impulsionando bem sua bunda para trás. Caio sentiu desde o primeiro momento que Erik tocou seu corpo naquela canção, sua excitação e o provocou, já estava no brilho e claro com vontade de provar Erik, Arthur era um incômodo com o qual ele não queria lidar agora.
Caio inclinou seu pescoço para trás, colando no Erik que estava todo grudado nele:
- Se tá me fazendo perder o juízo, já tô duro aqui.
- Só estou dançando baby, não sou responsável pelo que minha dança faz com você.
- É responsável sim, quando o que você quer é me provocar. Vem, vamos sair daqui.
Erik não deu tempo de Caio responder, segurou sua mão e o levou para a varanda. Ele o foi seguindo inebriado pelo álcool e pela docilidade com a qual era conduzido. Haviam cortinas na varanda, que impediam quem estava dentro do salão de ver o que rolava ali. Erik puxou Caio para si, o segurando com as duas mãos:
- Você sabe que eu quero você desde a primeira vez que te vi.
- Me fala por que a gente ama, quem não deveria e não quem pode nos dar o amor que precisamos?
- De fato eu não sei. Eu vi você com aquele rapaz que saiu daqui ainda agora e pelo seu olhar, imagino que ele deve ser quem você diz.
- Ele é. Mas, eu imagino que seria melhor estar com você.
Erik ainda segurava Caio próximo a si, falando com ele quase beijando a sua boca.
- Vou te falar algo, do qual sei que vou me arrepender. Dá uma chance para ele. Você não sabe o que é para um suposto hétero descobrir que curte um outro lado. Eu também já fui um babaca Caio, e perdi de fato alguém que amava muito por isso. Hoje ele tá com outro cara e quando me vê, atravessa para o outro lado. Ainda dói de verdade quando o vejo.
- Sério que você viveu isso e foi um otário?
- Não posso negar quem fui e o que fiz. Porém, posso te afirmar que foram essas decepções que eu causei a mim mesmo que fazem o homem que sou.
- Nem sei o que dizer.
- Não quero que diga nada. Eu só quero que permita esta noite te fazer o homem mais feliz do mundo. Não quero uma chance no amanhã, mas, só te possuir hoje.
- Você sabe que eu sinto algo pelo cara que veio aqui né?
- Sei. E namoral, quero que se foda a porra toda. Sei que não teremos um futuro, ainda sim, quero te amar. Quero tomar seu corpo e te fazer gemer em meus braços. E se depois disso você for embora, eu vou ficar de boa.
- Erik não sei se posso. Contudo, me sinto traindo a mim mesmo nesse caso.
Erik acariciou o rosto de Caio.
- Ainda que eu tenha muito desejo em você, eu vou respeitar sua condição, sua vontade e suas aspirações
Caio chorou, pois, mesmo não querendo, se sentia dividido. Ele temia um gostar que brotará e mesmo com o tempo havia se solidificado por Arthur, e por conseguinte brotava e agia no seu interior um desejo pela liberdade deste gostar, que se depositava em um cara lindo, doce e carinhoso como Erik, que ele sempre evitou, mais que agora estava ali, lhe ofertando uma possibilidade de viver um mundo no qual ele seria amado, respeitado e levado para qualquer lugar, como um homem, que teria alguém que o beijaria e o reconheceria como seu namorado em qualquer lugar:
- Não posso mentir para você Erik, se eu me dar a você é pelo prazer e pela condição que faz da realidade um lugar no qual posso ser tomado e possuído por um macho que é lindo e na minha razão perfeito
- Já te disse que não me preocupo com isso. Quero você agora. E sem ser babaca, amanhã eu vou acordar e ignorar tudo, não por que me ocupar de você, não tenha sido algo bom. Mas, simplesmente para respeitar qualquer decisão que você possa vir a tornar, pois, já imagino que mesmo te tomando em meus braços, você nunca será meu.
Caio deixou suas lágrimas escaparem de novo. Erik às enxugou, e beijou seu rosto e depois sua boca. Caio se permitiu sentir aqueles lábios nos seus e desejou dentro de si, não mais querer Arthur.
- Me dá um minuto?
- Todo tempo que quiser.
Caio saiu da varanda, pegou seu celular e desbloqueou Arthur, se dirigindo para o banheiro:
Não sei de verdade se posso pensar em você como parte da minha realidade. Por hoje eu vou oportunizar outro. Talvez um dia, eu possa te dar uma chance diante das suas impossibilidades e limites. Hoje, porém, só quero viver.
Arthur respondeu rapidamente.
- Vou estar aqui. Não posso te exigir nada, nada.
Caio voltou para a varanda, Erik estava la, olhando para o horizonte:
- Me beija e não me pergunta nada.
Erik puxou Caio para si, e o beijou. Lhe jogou na parede, e deixou seu corpo tocar o dele, voltando a beijá-lo com fúria. O beijo dos dois era alguma coisa entre desejo e violência. As bocas se tomavam mutuamente como um bálsamo no qual uma saciava a outra, aspirando um consolo e uma cura, que não seria possível fora daquela realidade. As mãos de Erik desciam para a bunda de Caio, tomando as duas bandas em suas mãos como um troféu e seu toque era sexual e íntimo, contudo, também era leve e carinhoso. Pois, não se ocupava, de penetrá-lo com seus dedos e sim somente de explorar cada parte de sua bunda de modo delicado, fazendo da mesma um descanso das mãos. Erik disse em seu ouvido:
- Posso?
Caio suspirou gemendo:
- Não sei se vou me arrepender, mas, não só pode, como deve.
Este é o antepenúltimo capítulo, espero de fato que tenham curtido até aqui. E Caio, espero que você aprove sendo fidedigno a sua vivência. Obrigado a todos que leram, comentem e votem. Agradecerei a todos no capítulo final, mas ainda temos mais um antes deste. Abraço a todos. Ah e sim Caio, se entregará a Erik, eu também amo esse casal, mas a vida real não é o que queremos