Sem mais,vamos ao conto:
Ale encontrou Caio sentado perto do espaço cantareira em frente ao ponto de ônibus, ele chorava muito. Ale tocou seu ombro, ele se afastou pensando que seria Erik:
- Amigo eu… você está bem?
- Como posso estar bem Ale? Me diz Como O idiota do seu irmao vem me tratanto como proriedade dele desde o inicio de tudo isso. Eu não posso negar que o carinho dele supria toda liberdade que ele me negava,
- Eu nem sei o que dizer, eu fui conivente com tudo isso.
- Enfim, não adianta culpar-se e nem buscar culpados Ale. Se alguém tem culpa por alguma coisa aqui, serei eu.
Caio disse isso limpando suas lágrimas, e se levantou em seguida. Ele não queria mais chorar, havia prometido isso, para se mesmo há muito tempo atrás, contudo, parece que teve um grande insucesso.
- Vamos embora migo eu te levo para casa
- Não Ale, eu quero beber e eu não vou a lugar nenhum.
Erik e Arthur vinham caminhando na direção de Caio saindo da UFF, ele os olhou. Erik parecia mal, e Artur lhe falava alguma coisa com a mão em seu ombro.
- Caio eu queria fal…
- Não tenho nada a te dizer Erik, você achou que estava te traindo com Arthur, então..
Caio foi na direção de Arthur, que estava ao lado de Erik
- Achou que eu não respeitaria você ou que eu não levaria nosso namoro a sério?
Sem pensar, Caio pegou o rosto de Arthur com sua mão direita e lhe tocou os lábios com os seus. E se afastando olhou para Erik. Sua face era um misto de surpresa, ódio, decepção e tristeza.
- Se eu quisesse fazer isso, eu não teria ficado com você. Eu aprendi a te querer, a tolerar seus ciúmes sem explicação. Mas jamais vou tolerar desconfiança, se era um beijo que você queria ver, aí está o seu beijo.
Arthur estava tão sem reação quanto Erik. Caio se virou e deu dois passos, voltou-se para trás e disse mirando Erik:
- Espero que não faça mais isso com ninguém, você pode até ser uma boa pessoa, mas uma relação se constrói com confiança e não com mimos.
Caio seguiu para a cantareira, estava lotado, sentou-se perto da banca de jornal, ao lado do vestibular do chopp, após comprar um latão e o virou em duas goladas longas. Ale chegou alguns minutos depois:
- Não quero sermão tá. Eu sei que acabei de fazer uma merda gigante. Mais eu queria ver seu irmão sofrer.
- Queria muito te odiar pelo fato dele ser meu irmão. Porém, teria feito pior, ah muito pior.
Os dois riram meio sem vontade.
- O próximo latão é por minha conta.
Ale disse isso puxando o latão da mão de Caio e virando na boca. Lá pelo décimo latão que os dois bebiam em silêncio, Pedro apareceu.
- As duas gatinhas bebendo sozinhas?
- Espero que possamos continuar assim.
Pedro sorriu diante da afirmação de Ale que nem o olhou.
- Eu pago mais 4 latões, em…
- Seis e só para mim e Ale, aí deixamos você curtir a nossa companhia ( falou Caio).
- Migo se tá falando sério?
Ale se assustou diante do convite…
- Se o macho hétero escroto que bancar, a gente aceita.
Pedro riu e estendeu as duas mãos para o alto:
- Essa porra é um assalto?
- Ou isso ou nada, Pedro (Caio)
- Ok.
Pedro se afastou dos dois.
- Você tá maluco??? Sabe como Pedro é. Sabe que esse cara banca de hétero, mas, parece ter um crush em você?
- Miga, quero que se foda. Se ele der mole hoje eu pego e ainda o pego aqui na frente de todo mundo para ele parar de pagar de macho.
Ale olhou para Caio entorpecida, nenhum dos dois estavam bêbados, talvez quase no brilho. Ela, contudo , entendeu o que estava em jogo, foi a crença de amor perfeito que morreu para Caio. O amor que ele tanto sonhou.
Pedro voltou com um saco cheio de gelo e dentro uns 10 latões de cerveja, parou na frente de Caio de e Ale se agachando para ficar na altura dos dois que estavam sentados.
- Tem até mais do que o prometido. Acho até que mereço um prêmio
- Acho que nossa companhia já seria um prêmio para você.
- Porra Alessandra cadê seu senso de humor.
- O meu está em dia
Falou Caio surpreendendo Pedro com um selinho.
- Pronto seu prêmio.
Pedro na mesma hora olhou para os lados para identificar se havia algum conhecido e percebendo que não, voltou a interação:
- Tá maluco Caio, eu tenho uma reputação mano.
- E eu tenho sede, abre a cerveja, que a minha acabou.
Ale olhava para Caio atônita. De fato ele estava louco. Ela tentou levá-lo para um canto, para falar com ele, ao perceber nos papos de Pedro umas indiretas para Caio, mas que serviria para ela também. Contudo, ela estava tão ligada no ocorrido entre os dois, que não percebeu que Pedro estava atirando para todos os lados.
- Vou mijar gente, já volto.
- Pode deixar que eu cuido da Alessandra para você.
- Não preciso de seus cuidados.
Caio se levantou rindo, passando pelo meio da praça, um menino negro magro de cabelo raspado que estava dançando um dos vários rits da praça esbarou em Caio. Este quase caiu, porém, foi segurado pelo mesmo menino:
- Desculpa brow foi sem querer.
- Relaxa. Pelo menos me segurou.
- Seria um pecado derrubar uma gracinha dessas.
Caio sorriu diante da paquera inesperada e ganhou um beijo em seguida. Ele correspondeu e passou suas mãos atrás do pescoço do menino, que recebendo sinal verde o envolveu pela cintura. O moleque beijava bem e tinha uma pegada de enlouquecer. Por uns dez minutos Caio permaneceu ali embebido por aquela boca. Sentindo seu fisiológico gritar, ele se despediu do garoto e foi mijar e atravessar a rua, viu Erik encostado no poste, no ponto de ônibus. Ela sabia que Erik também o tinha visto, todavia, ignorou e seguiu caminho.
Caio se sentiu mal, por ter beijado aquele menino na praça. Mais esforçou-se para lembrar a si mesmo que agora estava solteiro, sim, solteiro.
Quando estava voltando viu Ale e Pedro aos beijos, resolveu deixar o dois curtindo o momento e voltou para o pretinho no meio da praça, que ao vê-lo parou de dançar para tomá-lo de novo em seus braços.
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Na sexta antes da aula, Arthur esperava Caio na porta da sala:
- Posso falar com você?
- Acho que temos aula agora.
- Caio. Eu estou falando sério. Vou descer e te espero no gramado.
Arthur não esperou Caio responder, virou as costas e desceu para Orla. Sentou-se e ficou, após 10 minutos e Arthur começou a crer que ele não iria, porém esperou. Passou-se mais 20 minutos e enfim Caio apareceu.
- O que é de tão urgente que não pode esperar a aula acabar.
- Porra Caio 45 minutos de espera.
- Estou aqui não estou? O que você quer?
- O que está acontecendo com você? O que foi aquilo ontem? Por que me beijou mano, na frente do teu namorado?
-1, ele é meu ex namorado. 2 te beijei por que estava afim e 3 não está acontecendo nada.
- A gente viu você beijando aquele rapaz no meio da praça.
- E daí?
- Você não é assim. Não pode deixar a mágoa te mudar em algo do qual vai se arrepender.
- Olha quem fala de mágoa. Acho que você não tem muita moral para falar de ferir pessoas.
- Eu sei. E tô colhendo os frutos.
- Quais frutos Arthur, me poupe de verdade.
Caio encarou Arthur que permaneceu em silêncio.
- Não venha me dar conselhos ou lição de moral. Você não perdeu nada meu querido. NADA.
Caio se virou para para ir embora e Arthur quebrou o silêncio:
- Eu perdi você.
Caio se voltou para Arthur que o encarava, aquilo não podia ser real. Aquela frase não podia ser real. Mas ele sabia que era, Arthur havia tentado, foi ele quem desistiu. Contudo, agora Caio estava desarmado, toda a sua altivez se desmontou diante daquela fala:
- A gente nunca daria certo.
Caio falou, porém, sem a arrogância que norteava a conversa até aquele momento.
- Nunca tentamos.
- Agora é tarde né.(?)
Essa última frase de Caio brotou em tom de pergunta, mas também de afirmação.
- Você sabe que eu namoro, né?
- Sim.
- E de VERDADE eu gosto dela. Eu não te esqueci de fato. Mas, não sei de verdade o que ainda sinto aqui dentro. Só sei que não posso ser um filho da puta com minha mina.
- Não te pedi isso e nem te pediria.
- Eu sei.
Arthur segurou a mão de Caio, seus olhos não descolavam dos dele.
- Não quero que se torne alguém como eu
Caio soltou uma de suas mãos das de Arthur e segurou seu rosto. Os dois se olhavam e Caio por uma fração de segundos desejou poder voltar no tempo. Ainda que Erik tenha sido especial e ainda sentisse um carinho forte por ele, aquele garoto que estava a sua frente ainda era um pedra em sua história. E por fim ele sentiu, Caio foi envolvido pela cintura e sua boca foi mais uma vez envolvida pelos lábios de Arthur. Um beijo quente, forte, sedento. As suas bocas se abriam e fechavam em uma sincronia perfeita. Ambos se solicitavam em urgência, fazendo de seus lábios uma ponte, na qual suas línguas, dentes e bocas se engoliam. O beijo era intenso e fugaz e os corpos se contorciam e se esfregavam como se resultante ou parte daquele desejo. Caio sentia as mãos de Arthur apertando sua bunda, e puxando seu corpo para o dele, para sentir seu pau duro feito rocha. Eles já não respondiam mais a razão, Caio já estava com sua mão dentro das calças de Arthur movimentando seu pênis de leve e o sentindo gemer dentro de seus lábios, e ai o telefone de Arthur toca. Caio geme em sua boca sem parar de beijá-lo:
- Deixa tocar.
Ele obedece e o telefone para. Arthur permanece ali extasiado, pelo desejo e por aquele amasso que evolui cada vez mais. Ele já não pensa mais, seu dedo escorre para dentro Caio que geme e inclina seu pescoço para Arthur e o telefone volta a tocar. Arthur atende mesmo entre protestos, era sua namorada, ela chorava do outro lado da linha, sua tia madrinha sofreu um acidente.
Arthur estava em choque, se despediu de Caio, informando-o da situação e correu o máximo que pode.
Caio se sentou na grama e olhou para o mar, estava no mesmo lugar onde havia tido sua primeira vez e agora o cara que lhe tirou a virgindade havia partido, para encontrar aquela que era sua namorada. A sua vontade era de se jogar dentro da Baía, de gritar, de chorar. Arthur não era mais dele, mesmo que ainda rolasse algo entre os dois, Arthur não era mais dele.
***************
Os dias passaram, exatamente duas semanas. Caio e Arthur lidavam apenas como bons colegas de turma. Ale e Pedro estavam ficando e com isso Caio se afastou um pouco dela, ainda que ela mesmo e Pedro sempre o convidasse para os rolês dos dois. Aquela sexta era penúltima antes do término das aulas e a turma havia marcado uma resenha, todos foram para o vestibular do chopp. A Pizza era barata e gostosa, logo, a ideia era comer e confraternizar e depois meter o pé na jaca em uns litrões ali mesmo na Cantareira. Muitos levaram suas namoradas e namorados que estavam chegando, pois todos eles tinham acabado de sair da aula. Caio viu a namorada de Arthur chegando, lhe abraçando por trás da cadeira em que ele estava sentado, e lhe dando um selinho. Aquilo doeu nele. Doeu de modo que ele não imaginava que poderia. A comemoração correu de modo animado, eles contaram histórias, riram dos professores, enfim realmente uma energia boa circulava no ar. Por fim foram beber, alguns que eram religiosos foram embora, outros pela distância de suas residências. Mais ainda sim ficou um grupo de 20 pessoas contando alunos da turma e seus respectivos companheiros.
Todos começaram a beber e muito animados brincavam de mímica e prendas. Caio viu Erik, ele estava sentado olhando de longe. Quando percebeu ser avistado levantou-se para partir, Caio pediu licença e saiu do grupo. Arthur o seguia com os olhos e viu a quem ele se direcionava.
- Posso falar com você.
- Eu não tô te seguindo. Desculpa é que minha irmã falou que você estaria aqui. Ai eu, vim. Eu vim é. É eu desculpa por parecer que.
- Para Erik você nunca foi bom em mentir.
Os dois riram de forma discreta.
- Odeio como você ainda pode me ler.
- Acho que terminamos muito mal, sabe. E o responsável sou eu, não nego.
- Eu também não fui um bom namorado.
- Foi e não fo i(risos).
- Eu queria que tivesse dado certo. Eu me apaixonei por você. Eu sinto real sua falta, sinto falta de te olhar, de te ouvir. Eu sinto falta de tudo em você.
- Erik, eu jamais poderia ser inteiro para você. Principalmente porque ainda não estou inteiro em mim.
- Vamos sair daqui, vamos conversar em outro lugar.
- Ok. Para onde quer ir.
- Vamos para minha casa.
- Não. Melhor não.
- Por que?
- Por que eu não quero transar com você, não como estou. E eu sei que vou. Você é parte de mim. Pode parecer confuso, mas eu gosto muito, muito mesmo de você. Não como eu gostaria, pois queria te amar. Porem, ainda sim…
- Me dá uma chance, vai. Me ensina a confiar.
O olhar de Erik era de arrependimento, de amor, de desejo. E Caio estava lá, enfiado no meio da indecisão e de tudo mais que o afastava da possibilidade de seguir.
- Tá vamos para sua casa.
Gente eu peço mil perdões, mas isso aqui ficou longo demais. Eu achei por bem contar todos os fatos que deram, mesmo os que pareceram irrelevantes. Porém, prometo que no próximo eu encerro. Obrigado a todos, que lendo tem votado. Muitos lêem, mas não valorizam o trabalho e o carinho da escrita. A todos vcs que comentam e votam, meu muito obrigado
Uma delicia
É bom criar.Colocar suas impressões sob aquilo que aconteceu.Enfim: contar uma história real sob sua perspectiva.O processo de criação é delicado, gostoso e trabalhoso.Caio é um rapaz romântico e por ser romântico é egoísta e sensível.Vc conduziu bem, não se isenta de participar da história.Lembra um personagem de O grande Gabstsy,que observa e conta.Bem.Votadissimo.
Pizza boa e barata a do vestibular do chopp. Q saudades desse espaço. Puuuuutz! Arthur... vc nao ama essa garota cara, pra q vai ficar com ela. Eternamente #Carthur
Eu queria que não tivesse fim.
Adorando! Continua
Está tão bom ler esse continue não devia acabar tão rápido ... E não estava tão longo assim o capítulo .kkkk estava maravilhoso...