Caio e Erik enfim começaram a namorar. Ale estava que era só alegria. Seu melhor amigo e seu irmão juntos. Caio contou para sua mãe, que ficou feliz por ele, mas, lhe disse que preferia o "outro", o Arthur. Falando nele, no domingo pela manhã após acordar Caio o respondeu por mensagem:
Eu agradeço demais pelo carinho, o que vivi com você foi incrível. O primeiro cara que apesar de tudo, me olhou para além de um objeto. Contudo, eu encontrei alguém e quero ser feliz com ele.
Erik acordou enquanto Caio escrevia a mensagem, indagou seu conteúdo e diante de sua explicação pediu para ver. Caio achou que era mera curiosidade e estendeu seu telefone. Depois daquilo Erik ficou estranho até o almoço, quando conversaram e este lhe disse que sentiu ciúmes. Caio riu e, levantando-se de sua cadeira, sentou no colo dele e o beijou.
- Eu quero ficar com você seu bobo.
- Então namora comigo.
Caio foi tomado de surpresa.
- Eu ... é, ai meu Deus.
- Não quer?
Caio chorou.
- Desculpa, é óbvio que eu quero.
Erik, tirou um anel do dedo:
- Eu ia te dar ontem. Mais…
- Você é lindo Erik.
- Eu apenas te amo.
E os dois se beijaram de novo, de modo intenso. Caio sentia, Erik excitado e esse o movia lentamente em seu colo, o beijando e mordendo seu pescoço.
- Quero você para sempre.
O período da UFF recomeçou, Erik era sempre um fofo, parceiro e amigo. Eles tinham uma relação legal, tirando o fato de seus ciúmes que Caio relevava e também de algumas sanções que ele fazia. Sim meus amigos, Erik não gostava de Caio saindo sem sua irmã e mesmo quando estavam juntos em algumas resenhas ele estava sempre mandando mensagens e algumas vezes até chegava de surpresa. Contudo, era sempre muito carinhoso, e por vezes após algumas brigas bobas por seu ciúme, sempre arrumava um jeito de surpreendê-lo. Arthur ( que estava namorando uma menina do direito) e Caio quase não se falavam, faziam, sei lá, acho que somente duas ou três matérias juntos naquele período, mas a relação deles era saudável. Pedro havia trocado de curso, mas, no primeiro mês do namoro de Caio ele ainda tentou algo.
Caio estava no banheiro da biblioteca já lavando as mãos quando ele entrou. Caio o viu pelo espelho e se apressou em sair, quando ele o cercou:
- Vai correndo assim para onde?
- Não estou correndo. Já terminei, me dá licença.
- E se eu não quiser.
Caio não teve tempo de responder, Pedro o agarrou pela frente o trazendo para seu corpo e o beijando. Ele não correspondeu ao beijo, ao contrário sentiu repulsa. E Pedro percebendo e o soltou:
-Não sente mais tesão por mim?
Não sei se você sabe, porém, eu namoro querido. Então, não.
- E se eu te obrigar?
- Ah Pedro deu. Eu não sou mais aquele idiota, que você usava. Agora sai da minha frente.
Pedro ficou desbundado, se afastou para o canto e Caio saiu.
Haviam se passado 4 meses, e Alê fez uma resenha em sua casa, nesses dias ele chamou uns amigos seus e eu também estava.
Vimos quando Caio chegou perto de nós para nos cumprimentar e Erik gentilmente o puxou pelo braço o levando para o canto, os dois pareciam discordar de alguma coisa, até que Caio saiu entrou na casa e voltou com short e uma camiseta leve. Descobrimos no fim do dia que Erik lhe pediu para ficar assim pois tinha ciúmes. Erik nunca foi grosso com Caio, mas, suas condições às vezes o sufocavam.
Era uma quinta, a turma de Caio de não teria a última a aula, ele e Ale estavam sentados na orla, na altura do prédio da biblioteca, estavam rindo e conversando quando Caio se aproximou:
- O que vocês dois estão fazendo ai? Fumando maconha e nem convidaram?
Os três riram, já haviam experimentado, contudo, ambos não eram tão amantes assim.
- Larga de se bobo Arthur (Caio).
- Estamos só marcando um dez, vamos beber com o pessoal na canta, e a aula deles ainda não acabou (Ale).
- Posso me sentar aqui com vocês, a aula da minha mina também ainda não acabou, ela virá com as amigas para Canta também.
- Acho que o Campus ainda é público, claro que pode ser seu bobo(Caio).
- Nem parece que estamos finalizando o 2 período, né? (Ale)
- De fato. Tudo passou tão rápido e eu ainda nem li o livro que o professor passou no primeiro dia do semestre (Arthur).
- Ahahha nem eu (Ale e Caio falaram juntos, e isso tirou uma risada dos três)
- Gente preciso ir ao banheiro, já volto.
Ale correu para o bloco mais próximo o H. Caio e Arthur ficaram alguns minutos em silêncio, era a primeira vez que ficavam a sós em quase cinco meses:
- E como vai a vida?
- Levando Arthur, mas, me sinto realizado, sabe?
- Eu também Caio, tenho gostado muito. A engenharia é foda.
- Melhor são as resenhas ahahhah
- De fato, ter aula é bom, mas, as nossas festas.
Os dois riram.
- Que porra é essa?
Eles olharam assustados para a voz responsável por aquela frase. Caio reconheceu na hora:
- Oi amor.
- Oi amor? O que você tá fazendo com esse cara aqui?
- Ei calma ai mano, só estamos conversando meu parceiro.
- Não sou seu parceiro e não estou falando com você (Disse Erik bem irritado). Pode me explicar isso Caio.
Caio estava sem entender, de fato ele e Arthur tiveram algo no passado mais agora. Sim, ele ainda mexia com Ele, não podia negar, mas, jamais trairia Erik ou algo do tipo.
Arthur se pois de pé:
- Se acalma aí irmão, tá imaginando coisas.
- Cala a porra da sua boca. Eu não falei contigo otário.
Ah essa hora as pessoas que estavam por perto já olhavam para eles:
- Se tu me chamar de otário de novo eu te arrebento babaca.
Erik olhou para Arthur com fogo nos olhos e Caio interviu:
- Amor, pelo amor de Deus.
- Pelo amor de Deus digo eu caralho, o que faz aqui e com ele ainda?
Uma voz ecoou atrás dos três:
- Irmão que bom que chegou, não pensei que...
A voz de Ale sumiu ao notar algo no ar:
- Gente o que houve?
- Caio está aqui com esse otário, os dois sozinhos.
- Mano, vou te arrebentar.
Arthur falou ja saindo de seu lugar e avançando para Erik, contudo, Caio se pôs em sua frente.
- Arthur, para por favor(Caio).
- Vai defender ele Caio?
Ale enfim entendeu, ela sabia que seu irmão era ciumento mais aquilo.
- Ei Erik menos, estávamos nós três aqui e eu só fui ao banheiro (Ale).
Erik pareceu entender, ainda que estivesse cheio de raiva só por vê-los juntos. Porém, Caio tirou o anel que levava nos dedos e olhando para Erik o atirou na grama:
- Eu suporto tudo, tudo mesmo. Só não me trate como criança. Pegue seu anel e sua desconfiança e vai para o inferno. Acabou entendeu (Caio gritou) - - - ACABOU, ENTENDEU, ACABOU.
Erik perdeu o fôlego, suas palavras não sairam, ele se encaminhou até Caio pegando sua mão que já chorava:
- Por favor eu…
Foi a única coisa que conseguiu dizer antes de Caio puxar a sua própria mão e sair para longe dele. Ale o seguiu gritando, pedindo calma.
Arthur ficou ali parado, olhando para Erik. Tocou em seu ombro e falou palavras sinceras:
- Calma meu brow, ele vai pensar depois. Você sabe que Caio é intenso e por mais que tenha mudado muito, ainda é meio emotivo.
- Eu espero irmão. E cara, sei lá o que me deu. Me desculpa eu, só lembrei da história de vocês e mano eu não me contive.
- Eu namoro hoje. E assim como Caio, eu jamais trairia quem eu escolhi.
Nada é perfeito meus amigos. E o príncipe encantado, pode ser um sapo também. Enfim, o próximo capítulo creio que será o final. Sou grato a quem chorou, riu e se identificou assim com eu com muitas coisas da vida de Caio. Comentem e votem, isso faz valer a pena. Obrigado a todos pelo carinho e pela leitura. Eu também sempre torci pelo Cathur ahahaha, pena que nem tudo é preto no branco