Simplesmente falei que preferia ser a putinha dele mesmo, mas que ele não ficasse perto de Flávia em nenhuma hipótese. Ele consentiu com isso, mas falou que se em algum momento ele perceber que eu iria parar de visitá-lo, que ele voltaria a se aproximar dela com o intuito de levá-la pra cama. De tanto ir falando sobre isso, por tanto tempo, e eu não reagir logo, essa situação estava muito insustentável pra mim. Não queria ser corno e preferia voltar a chupar e dar pra aquele cara, algo que realmente não era o que eu queria (embora possa estar pensando que estava querendo isso, não estava, era super apaixonado por Flávia).
Os dias foram passando e eu visitava Flávia e ela me visitava normalmente. A gente sempre ficava nos beijos e amassos e nada além. Esperei os sinais do vizinho para atender aos seus desejos. E isso aconteceu pouco tempo depois. O cara era tão sórdido que esperou ela ir embora para avisar que queria sua putinha disponível pra ele naquele mesmo instante. Então sem nem mesmo voltar pra dentro de casa, fui até a casa dele e lá estavam as calcinhas para escolher, o banheiro para ir me preparar e, ao sair, ter que desfilar para ele até me ajoelhar e cair de boca em sua rola e depois ele me colocar de quatro sobre o sofá para me arrombar. A diferença nesse caso é que quase não nos falamos e ele estava mais animalesco, ele queria muito me fuder, estava revoltado por deixá-lo tanto tempo sem sexo e pegou muito pesado. Quando me comeu de quatro, gemia e pedia pra ir mais devagar, mas num dado momento ele passou a mão para tapar minha boca e me puxava firme para ser varado por ele. Tirava quase tudo e vinha de uma vez. Eu via estrelas com aquela foda toda e nesse dia ele gozou muito mais rápido que das outras vezes e, mesmo sendo rápido, me deixou muito mais aberto que qualquer época passada.
Sai do sofá, fui para o banheiro me lavar e me ajeitar pensando em Flávia. Que fazia isso pra ele não acabar com ela, que era até menor fisicamente que eu. Dessa vez não senti aquele tesão em querer também gozar. Mas antes de sair pra casa ele apareceu no banho e foi entrando no chuveiro comigo embaixo mandando eu chupar sua piroca. Ele nunca tinha feito isso, mas pra não gerar problema mamei. Ele mandava olhar pros olhos dele. Não falou um piu, mas tava na cara que ele queria mostrar que quem mandava ali era ele e era melhor obedecer. Gozou no meu rosto, se lavou e me deixou em paz naquele momento.
Me limpei, sai do banheiro e antes de ir embora meu vizinho falou sobre o horário do próximo encontro e que como tinha consumado o trato, que faria sua parte. No dia seguinte acabei me atrasando para receber Flávia, dessa vez propositalmente e ao chegar vi ela na porta de casa, sem o pedreiro por perto. Realmente iria fazer a parte dele mesmo. Isso me aliviou. Durante o encontro, tudo aconteceu como devia acontecer, mas agora sentia uma enorme sensação ruim por mentir pra Flávia. Ela era tão boa pra mim e eu tava traindo ela com o vizinho justamente pra ele não dar em cima dela. Tentava não dar voz a esse pensamento, mas tinha momentos que era bem complicado. Até que ela falou que tava muito afim de transar comigo na casa dela. A gente tava junto uns três meses e ela sugere isso bem naquele momento, fiquei super sem jeito. Claro que ela não tinha culpa de nada, mas agora não era nem a possibilidade de imaginar que não dava conta, era o fato de mentir.
Como éramos muito ligado, ela percebeu que eu não estava normal. Pediu desculpas falando que tinha se antecipado, que embora ela já tivesse transado antes de me conhecer, não queria que a minha primeira vez fosse forçada ou me sentisse pressionado. Minha cara foi no chão, justifiquei que não era isso, tava louco pra comer ela, e como estava. Coloquei a culpa em algo que não tava rolando, que um parente tava mal e por isso tava meio aéreo. A desculpa serviu pra aquele momento e então ficamos por isso mesmo e o encontro passou normalmente.
Com tanta coisa passando pela cabeça e a falta de amigos ou alguém para desaguar essas preocupações, acabei fazendo algo que não era muito inteligente. Procurei o vizinho pedreiro, o mesmo que tinha passado os últimos meses ameaçando comer minha namorada e praticamente me cercando pra voltar a ser sua putinha, para conversar sobre aquilo tudo. Inicialmente ele foi bem solícito, me recebeu na casa dele e agiu como amigo mesmo. Recomendou que eu pensasse sobre aquilo tudo sozinho, sobre a questão de confiança e respeito envolvido que ele era parte envolvida e que isso poderia me deixar mais confuso. Então deu uma sugestão que querendo ou não, organizou minhas aflições naquele momento, que ou eu contaria a ela que tinha tido um lance com um cara e abriria o jogo todo logo ou que eu seguiria mentindo mas tentando normalizar aquilo para não ser afetado na relação com ela. A única coisa que ele não ficou sabendo é que ela teria me chamado para nossa primeira transa, seria demais. O agradeci por aquilo e por ter agido como um amigo. Ele agradeceu, mas logo fez questão de lembrar que embora tivesse sido amigo, também me comia e me tratava feito puta, que não se responsabilizaria se usaria aquelas informações para embaralhar minha mente para me tornar mais submisso a ele. Mas que se precisasse compartilhar mais algo, que ele ajudaria também.
Sai de lá me sentindo trouxa. Porque com certeza ele ia começar a falar essas coisas quando fosse me comer. E foi dito e certo. O primeiro encontro depois ele passou a me comer de bruços em cima da cama do quarto de visitas dele e cochichar que o melhor seria contar que eu era um viado pra ela, assim ela me largaria e ele tentaria algo com ela. Que não via a hora de fuder aquela gostosa. Claro que no fundo o desejo dele era me tornar um viado corno e comer os dois, não entendia bem isso na época, mas hoje enxergo isso nitidamente. Só que isso me causava um pouco de desespero porque não queria nem terminar com ela e nem muito menos saber que ele comeria ela. Estava ali justamente para evitar isso. Não curti muito o sexo, mas ele socava forte contando essas coisas e gozava rápido, uma enorme quantia. Também ficava mais ativo de uma gozada para outra. Em minutos ficava de pau duro querendo mais sexo. E eu sempre ficando mais e mais arrombado e também humilhado e triste porque seguia muito apaixonado por ela, imaginando a vergonha que seria contar algo assim.
Eu queria muito comer Flávia, mas não daria para comer ela pensando agora em tudo que o vizinho contava quando me comia. Tinha me tirado toda a autoconfiança e sempre aproveitava pra me deixar preocupado com o tamanho do pau, que ela riria de mim e que se contasse que era gay, ela ia brigar muito comigo e espalhar pra geral. Mas eu sabia que ela não era assim e sabia que aquilo tudo era algo que ele criava para me manter dando o rabo pra ele e, quem sabe, ter a chance com ela. E no fundo eu já sabia que ele falando isso me geraria desconforto para não ir pra cama com ela, mesmo se preferisse esconder a história.
Antes que ela pudesse sugerir outro momento para nossa primeira vez, resolvi então abrir o jogo. Precisava contar. Se ela não aceitasse e brigasse comigo, que tudo bem, mas seria injusto ter a chance de transar com ela sem contar tudo que estava acontecendo. Não iria suportar ver ela depois de fazer sexo, tinha certeza disso. Mas não por ela, por mim mesmo.
Resolvi que iria contar no sábado, durante nosso encontro na pracinha. Meu coração estava na mão e a ansiedade lá em cima. Sabia que ela iria acabar terminando, mas era o certo a se fazer. Afinal, quem iria dar gostoso pra um cara que era viadinho de outro e que escondia isso ainda por cima?