Tio Zezo virou mendigo, fui atrás do meu capacho e virei potranquinha dele
Tio Zezo era como se fosse da família. Desde que entendo de gente ele morava com a gente, mas tipo: numa edícula, lá nos fundos de casa. Diziam que o pai dele trabalhou pro meu avô, mas ele nunca foi embora, nem depois que meu avô faliu. Tio Zezo não sabe ler nem escrever, e como eu era a filha mais velha tinha que ir com ele ao centro da cidade, pra ajudar a comprar as coisas. Quando estava novinha não gostava de sair com ele, pra falar a verdade era um pouco de vergonha, porque tio Zezo além de nem ser bonito, era muito caipirão. Embora Tio Zezo nunca deixasse essas ajudas de graça, me dando algum presentinho e comprando todas as coisas que eu pedia. Na adolescência minha vida mudou totalmente. Meus pais se separaram e meu pai foi embora pra Roraima. Ligava pra gente uma vez na vida e outra na morte. Minha mãe se casou. Meu padrasto era um homem muito ranzinza e eu nunca combinei com ele, resultado disso: brigas com minha mãe. Aos poucos percebi que o tio Zezo era o único que fazia as minhas vontades. O tio Zezo nunca me dizia não. Esse era o único tio que me tratava como uma sobrinha. Tio Zezo que me me chamava de “princesa Ramona”, longe das pessoas isso não me incomodava, mas perto de alguém ficava envergonhada. Eu proibi ele de me chamar de princesa perto das pessoas e até isso ele respeitava. Tio Zezo era o único que me fazia sentir melhor na vida. Por outro lado, aos poucos fui percebendo que minha mãe explorava tio Zezo pegando a maior parte da pensão dele. Minha mãe estava obcecada por seu novo marido e brigava com os próprios filhos por causa dele. Meu irmão foi embora atrás do meu pai. Homem tem essas vantagens. Eu até quis ir, mas meu pai não me queria em Roraima. Minha irmã caçula passava mais tempo na casa da minha avó do que em casa. Mas eu não, eu tinha que tolerar minha mãe e ainda o marido chato dela. O tempo passou. De vez em quando meu padrasto ficava mais simpático. Mas a simpatia tinha um preço que somente eu sabia: ele se aproveitava dos abraços pra me agarrar e juntar meu corpo ao dele. Quando ele me apalpava, eu tirava a mão dele, mas não dizia nada. Um dia ele me puxou em seu colo. Na primeira vez resisti, mas na segunda deixei me sentar porque queria extorquir um dinheiro dele. Isso passou a ser rotina. Mas eu era esperta, mal sentia o pau dele endurecer e saia correndo. Um dia, porém, minha mãe chegou e me viu sentada no colo dele. Ela fez uma confusão por isso e claro, jogou toda a culpa em mim. Tio Zezo apareceu na varanda justamente nessa hora e minha mãe saiu e contou tudo do jeito dela pra ele, aos berros. Quando olhei para um lado vi que meus vizinhos estavam ouvindo tudo. Claro: eu ficaria mal falada sem ser a culpada da história, e sem ter feito nada demais. O tempo passou. Eu sentia uma vergonha imensa dos meus vizinhos, porque tinha certeza que eles falavam de mim. A última coisa que eu queria no mundo era meu padrasto. Isso tudo me deixava com mais raiva da minha mãe, que fez eu ficar mal falada na vizinhança enquanto ela roubava a pensão do tio Zezo. Meu padrasto fez a linha dele, se fingiu de morto e se saiu bem na história. Dias depois ele começou a se achegar. No início repreendi ele, mas ele não tinha vergonha e insistia em me assediar. Estava chegando a minha maioridade e minha mãe vivia dizendo que iria me expulsar depois disso. Era uma ameaça que eu sentia que ia acontecer. Um dia meu padrasto teve uma briga muito grande com tio Zezo e depois disso meu mundo desabou. Amanheceu e tio Zezo tinha desaparecido. Eu não conseguia aceitar como alguém era capaz de maltratar o tio Zezo que era um jeca, tão jeca que me fazia sentir vergonha da sua jequisse. Ele sumiu mesmo e acho que eu fui a única pessoa a me preocupar com o paradeiro dele. Isso me deixou abalada e com mais raiva do meu padrasto. O tempo passou. Eu pesquisei o paradeiro do tio Zezo e fiquei sabendo que ele estava em Itumbiara e descobri até o endereço, e isso não ficava muito longe de casa, mesmo assim não tinha dinheiro pra ir lá. Meu padrasto poderia ser uma solução mais fácil. Me aproximei dele com intenções e ele claro, se aproveitou pra me assediar. Ele enrolou pra me dar o dinheiro, cheguei até a perder a paciência, mas no final ele me deu e deixou claro que minha mãe não poderia saber. Mas ele não era bobo. No dia que ele me deu o dinheiro perguntou se eu não poderia pagar com um selinho. Dei o selinho pra não ser indelicada demais com ele, mas ele avançou em mim e me roubou um beijo. Não deixei ele me beijar como ele queria, mas de qualquer forma foi um beijo labial. Eu prometi que iria contar pra minha mãe, do beijo e do dinheiro e foi esse meu erro. Na hora do jantar fui surpreendida por minha mãe: __Ramona mas tu é muito puta mesmo né? Você tentou beijar meu marido. Você acha que pode fazer o que quer nessa casa. Eu já falei pra sua avó, quando você completar 18 anos vai morar com ela! Me levantei pra não ficar ouvindo as idiotices dela, mesmo com ela me mandando voltar. Ela me seguiu e eu sai pra rua. Eu devia me lembrar que ela era louca de me fazer vergonha, logo que saí comecei a ouvir seus gritos: __Ramona sua puta, volta aqui! Tá querendo tomar meu marido sua puta? Caminhei mais rápido, sabia que meus vizinhos iriam ouvir tudo de novo. E eu nem tinha feito nada. Queria matar meu padrasto que armava essas coisas pra mim. Fui pra casa da minha avó pensando em ficar lá definitivamente, e mandar um tio meu buscar minhas coisas. Não contei pra minha avó porque tinha ido dormir lá, mas percebi que ela já sabia de alguma coisa, pois ela disse que minha mãe tinha acabado de ligar. Acordei de manhã e falei que estava voltando pra casa, mas na verdade estava com outra ideia na cabeça. O dinheiro que tinha ganhado do meu padrasto estava no meu bolso. Era o dinheiro de procurar tio Zezo... faltavam 3 dias pra completar 18 anos, por isso estava chegando a hora, peguei o taxi e fui pra rodoviária saber que horas tinha um ônibus pra Itumbiara. Quando cheguei tinha um ônibus de saída. Nem tive tempo de pensar pra comprar a passagem, pois o cobrador me mandou entrar e pagar dentro do ônibus já que não daria tempo de tirar o bilhete. Foi minha sorte, pois sem documentos eu não poderia embarcar. Era uma loucura, pois estava apenas com a roupa do corpo. O cobrador que me cobrou a passagem ficou nervoso porque eu não estava com documentos, mas acreditou que eu já era maior de idade. De fato, eu podia passar por 20 anos facilmente. Cheguei perto de meio dia, fui direto ao endereço informado. Meu mundo desabou ali pois quando cheguei ninguém sabia nem me dizer quem era Zezo. Eu tinha só 20 reais e estava com fome, jamais poderia voltar pra casa e teria que arrumar um jeito de voltar. Passei o dia caminhando, bufando de raiva da vida e procurando alguma coisa pra fazer. Nesse dia gastei meu dinheiro com comida e dormi numa marquise perto do rio, porque ali me sentia mais segura. Estava com medo, mas talvez ali fosse o lugar mais seguro pra ficar. Estava com o coração cheio de ódio e minha maior raiva era ter que voltar humilhada pra casa, meu maior medo era ser encontrada por um agente de conselho tutelar, pois eu ainda tinha 2 dias com 17 anos. Acordei de madrugadinha com frio, sem dinheiro, com muita fome e a primeira coisa que percebi foi que tinham roubado meu celular. Fiquei com raiva porque eu devia imaginar que isso poderia acontecer. Enquanto o dia amanhecia saí caminhando com raiva do mundo inteiro, e cheguei a chorar um pouco de desespero e também de ódio. Num posto de combustível vi um camioneiro comendo pão. Tive coragem de pedir um pedaço e ele me deu, mas também puxou assunto. Conversando com ele falei que estava procurando meu tio Zezo. Não dei muitas informações, mas ele me deu informações que me deixaram esperançosa. Ele me disse que tinha visto um mendigo com este nome, num outro posto de combustível e deu as descrições do tio Zezo. Eu não acreditava que tio Zezo fosse um mendigo, mas as descrições eram idênticas. Esse motorista foi muito legal comigo, até me deu uma carona me deixando no tal posto de combustível, embora por um momento sentisse medo e até pensasse que ele estava me raptando pra fazer alguma maldade. Rapidamente fiquei frustrada por não ter visto nem sinal. Na minha cabeça eu chegaria e encontraria o tio Zezo trabalhando. No posto os funcionários até conheciam, mas não sabiam dizer onde ele andava. Mas me deixaram esperançosa pois diziam que ele aparecia ali todos os dias. Passei o dia no posto, até aproveitei pra tomar banho no banheiro deles. Um dos funcionários percebeu que eu não tinha comido e me deu almoço. Mais tarde ele veio me dizendo que tinham localizado o Zezo numa praça próxima. Esse mesmo funcionário me explicou o local e eu fui. Fiquei muito aliviada em encontrar tio Zezo. Ele chorou quando cheguei e eu também chorei. Tio Zezo tinha virado mendigo apesar de receber pensão do governo. Descobri que ele não tinha cartão do banco, e provavelmente minha mãe estava sacando o dinheiro dele. Sem ter dinheiro ele morava na rua. Aquele dia me senti mais segura, mesmo dormindo num coreto de praça. Na minha cabeça estavam milhões de planos e todos eles eram: tirar tio Zezo dali, voltar a dignidade que ele tinha antes e também escapar da minha mãe. Eu falei isso pra ele: __tio Zezo a partir de hoje eu sou sua filha. Não quero mais morar com minha mãe. Quero ficar morando com o senhor. Tio Zezo parecia gostar dessa ideia. Reclamou algumas coisas da minha mãe e eu contei outras coisas que ele não sabia. A gente estava firme com essas ideias. Havia um jeito de começar: voltar na minha cidade, onde a funcionária do banco me conhecia, e pedir um cartão novo pro tio Zezo – mas pra isso era preciso dinheiro. Sem dinheiro a opção eram voltar caminhando ao redor do asfalto e pedir carona. Eu achei que essa caminhada ia ser fácil, mas no fim do dia eu estava super cansada e com fome e a gente tinha andado menos do que eu imaginava. Depois de Itumbiara passamos por uma cidadezinha chamada Sarandi, e uns 8 km depois dela meus pés já estavam formando bolha o dia estava perto de acabar. Paramos na beira de uma ponte, e resolvemos dormir embaixo dela já que não sabíamos onde mais podíamos ir. Apesar do cansaço eu estava aliviada de ter encontrado tio Zezo e animada com o fato de agora ter um plano na vida, a ponte não seria pior que os dois dias embaixo de marquise. Embaixo da ponte inventei de lavar minha roupa. Não queria estar fedida no outro dia e minha roupa estava muito suada, pois a gente devia ter caminhado uns 30 km ou talvez mais. Eu não sou muito boa de matemática. Quando fiquei só de calcinha e sutiã vermelhos, tio Zezo não tirou o olho de mim e até me fez elogios, do jeitão jeca dele: __a princesa Ramona é a princesa mais bonita do mundo. Eu estava sendo muito atrevida, pois tio Zezo nunca tinha me visto pelada. No meu conceito de família estar de calcinha e sutiã é o mesmo que estar pelada. Estava tentando fazer aquilo ser normal, embora eu mesma não me sentisse totalmente a vontade. Pra vocês terem noção, sou falsa gorda e tenho os seios grandes e esse sutiã de rendinhas é super decotado, cobria mais por baixo dos peitos, mas deixava a parte de cima bem visível. Eu pedi que ele deixasse lavar a roupa dele, pois se ele estivesse limpo a gente poderia até pegar carona, mas ele não aceitou, deixou lavar apenas a camisa. Pra ser sincera fiquei envaidecida com o olhar contínuo do tio Zezo. Ele era mais que meu antigo tiozinho, era meu paizinho, era o único homem que eu confiava. Lavei nossas roupas enquanto ele buscava umas folhas pra improvisar uma cama. Depois de estender a roupa desci numa parte escondida do riozinho e tomei banho. Até aí eu não sabia o que significava dormir no mato. Não consegui dormir a maior parte da noite. Os morcegos me faziam medo No começo não dormi por causa da quantidade de mosquito e eu entrei na água pra não ser devorada viva. Mas tivemos um pouco de sorte, pois não demorou muito e começou a chover e os mosquitos sumiram. Mas com chuva ninguém dorme porque faz muito frio. Mas entre frio e mosquito, melhor o frio. Quando a chuva começou ficou tão escuro que não dava pra ver nada. Nessa hora senti muito medo e queria ficar o mais próximo possível do tio Zezo. Tio Zezo era um pedacinho de homem, magro e pequeno, como estava com muito frio coloquei ele no meu colo. Tio Zezo estava com a barba roçando em meus peitos e isso me dava uma sensação diferente, pois eu me arrepiava, embora também me arrepiasse de frio. Inclinada numa pedra com tio Zezo em meu colo consegui dormir. Estava tão esgotada que desmaiei e acordei clareando o dia, ainda cansada e com frio. Tio Zezo parecia um menino no meu braço, mas na verdade era um velho com mais de 60 anos. Meus seios estavam esmagados contra seu rosto. Achei isso bonitinho. Tio Zezo era meu paizinho, mas eu também estava sendo sua mãezinha – eu me senti assim. Pouco tempo depois ele acordou. A chuva tinha acabado e o rio parecia estar mais cheio. Estava com muita fome, com frio e cansada, principalmente as coxas por causa do peso do tio Zezo. Mas logo descobri que tinha acontecido uma tragédia durante a noite. O rio tinha enchido e levado nossas roupas que estavam estendidas. Essa hora não aguentei e chorei muito. Não sabia o que fazer agora, estava só de calcinha e sutiã debaixo de uma ponte no meio do nada. Tio Zezo estava sem camisa, mas estava de bermuda. Ele poderia sair dali, mas eu não. Tio Zezo me abraçou e deixou eu chorar minhas lágrimas quentes no peito dele por um longo tempo. De alguma forma isso me deixou muito consolada. Depois ele desceu o rio procurando minha roupa. Fiquei ali pensando no dia do meu aniversário pelada debaixo de uma ponte. Pensei muito na diferença entre meu padrasto com o tio Zezo. Meu padrasto tentava me seduzir de qualquer jeito, enquanto tio Zezo tinha me visto só de calcinha e sutiã e tinha dormido em meu colo. Depois de algum tempo fiquei apavorada porque ele estava demorando. Queria ir atrás. Por algumas vezes saí de debaixo da ponte, mas voltava ao barulho do primeiro carro com medo de que alguém me visse pelada e me fizesse mal. Algum tempo depois tio Zezo apareceu trazendo bananas maduras. Não tinha achado roupa, mas tinha achado comida. Isso já era alguma coisa, pois meu estômago estava roncando alto. Como a banana não matou minha fome, pedi que ele buscasse mais. Ele queria que eu fosse junto. Eu coloquei uma condição: só iria se ele me emprestasse a bermuda. Ele não queria emprestar, mas eu insisti. Insisti tanto que ele aceitou. Quando ele abaixou a bermuda sua geba apareceu. Era uma geba enorme, mas estava amolecida. Dei um grito de susto e ele puxou a bermuda de volta. Foi aí que descobri que ele não tinha deixado eu lavar sua bermuda porque ele não tinha cueca. De qualquer forma eu tinha visto a geba dele e isso não saiu da minha cabeça o resto do dia. Descemos o rio devagar. Por sorte ainda tinha minha sandália, senão não poderia caminhar no meio da água. Eu acho que demoramos mais de 1 hora pra chegar no pé de banana, porque a gente tinha que ir devagar e por dentro da água. Além do medo de alguém aparecer do nada, tinha um medo ainda maior, que era ser mordida por cobra. A essa altura estava com mais fome, pois já devia ser meio dia. Depois que as bananas acabaram decidimos descer mais um pouco, a procura de minhas roupas. Primeiro dei de cara com uma ponte de madeira numa estradinha sem asfalto. Passei por baixo dela morrendo de medo de alguém passar e me ver pelada ali. Depois dessa ponte parecia ter mais mato, o que me deixava mais confortável. Descemos até eu perceber que a estrada não estava mais perto. Encontramos um areal entre umas árvores ralas, me sentia muito cansada, pois tinha dormido pouco e passado muita fome. Pedi pra deitar ali na beira do rio, acabei dormindo. Quando acordei estava escurecendo. Fiquei braba porque ele não tinha me acordado, mas ele disse que não me acordou porque eu estava dormindo muito bem. Pelo horário jamais daria pra voltar pra ponte. A essa altura eu nem tinha noção se estava muito longe, pois na água a gente caminha muito devagar. Voltei a chorar e ele ficou muito abatido por ter me deixado triste. Mas não tinha outro jeito a não ser dormir ali. Mandei ele providenciar algumas folhas pra servir de cama. Enquanto escurecia os mosquitos não paravam de chegar. Ele me abanava, mas mesmo assim fiquei tão nervosa que obriguei ele a descer o rio comigo no escuro. Foi a pior ideia que eu tive, mas eu era impulsiva e ele obediente. O rio era pequeno, a melhor forma de caminhar no escuro era andar por dentro dele. No começo andamos bem porque era areia, mas depois de pouco tempo minha raiva começou a dar lugar a uma frustração pois a gente não estava indo a lugar nenhum, as pedras e paus estavam aparecendo e me machucando e eu comecei a sentir medo de ser mordida cobra. Apesar da minha teimosia, tio Zezo se fazia de escudo. Não tinha mais jeito, o caminho da volta já era desconhecido, tínhamos que descer mais. Eu acho que andamos umas 3 horas ou mais. Aquilo era uma ocupação que me deixava menos triste, distraída. Mas a medida que a gente não saia da água e como as vezes ficava com mais de 50 cm de água, comecei a sentir frio. Eu não perdoava tio Zezo, colocava toda a culpa nele e ele aceitava, e me pedir perdão. Mesmo segurando no tio Zezo e dando paços curtos e lentos dentro da água teve uma hora que eu caí e me machuquei, sentindo dores no ombro senti alguma coisa estranha com meu sutiã. Passei a mão e percebi que uma das alças tinham arrebentado. Com apenas uma alça meu sutiã mal cobriria meus peitos. Chorei e xinguei de raiva, mas dessa vez, com dores no ombro, dei o braço a torcer pro tio Zezo e saímos do rio. Saímos do rio e entramos no que parecia ser um pasto, pois tinha uma grama parecida rasteira, o brilho da lua não era forte, mas dava pra ver que estávamos caminhando num pasto. Os mosquitos tinham desaparecido e isso me deixava mais calma, embora sentisse dor nos ombros. Dentro do rio fazia um breu que não se via nada além do reflexo da água, e caminhar aí não é fácil. Não andamos muito e chegamos perto de uma árvore alta, cheirava bosta de gado, mas era o único lugar sem mato. Para a esquerda dava pra ver luzes, talvez fosse alguma fazenda ou algum sítio. Sentamos no chão um pouco meio úmido, perto da árvore. Chorei um pouco, de dor e de frustração e por fim deitei no chão e peguei no sono. Acordei com frio e com fome, chamei tio Zezo pois o dia estava clareando. Sentamos mais perto, mas algum tempo depois mandei ele sentar no meu colo. __senta aqui no meu colo filhinho da mamãe. O calor da respiração do tio Zezo aquecia meus peitos, a medida que clareava eu podia ver melhor meu peito colado ao rosto dele. Estava frustrada porque estava pelada a mais de 24 horas e receava que alguém chegasse ali no meio do pasto. __tio Zezo onde a gente está eim? Levantamos pra reconhecer o lugar, o dia estava clareando. Era um pasto no baixio e não se via longe por causa do morro. Não me senti segura ali, pois me sentia pelada, suja e fedida de bosta de boi. Voltamos pra beira do riozinho. Minha esperança se dividia entre encontrar outro pé de banana maduro e encontrar minhas roupas e pra minha alegria mal entramos na várzea do riacho e encontrei meu short no meio da lama. Era um milagre, pois a gente devia estar a mais de 7 quilômetros da ponte. Mandei tio Zezo procurar alguma coisa de comer enquanto isso ficaria lavando meu short. Aquilo me deu alguma esperança, mas novamente fiquei frustrada pois não era capaz de lavar meu short e deixar ele limpo, o barro e a água suja tinham deixado ele totalmente encardido. Faltava sabão, escova. Faltava tudo. Me sentia frágil diante de tantas raivas e dificuldades. Chorei de raiva e tio Zezo tinha ido mais longe do que eu queria, por isso estava demorando. Sem esperanças de limpar o short me contentei ao menos de que poderia vestir ele quando estivesse mais seco. Mas o problema não era mais meu short e sim o sutiã que tinha estourado uma alça e agora exigia mais cuidado pra não me deixar com o peito de fora. Qualquer movimento descuidado meu peito aparecia. Comecei a descer o rio e encontrei tio Zezo trazendo laranja, mexerica e goiaba. Sentei na beira do rio e comecei a comer as frutas. Mostrando o short encardido desabafei chorando mais uma vez: __tio Zezo não consigo lavar meu short! __princesa Ramona não chora que eu não gosto de te ver chorando! Levantei meus olhos com lágrimas e percebi que tio Zezo estava olhando meu peito. Senti pena dele, pois tio Zezo era um pobre coitado. Eu jogava toda as culpas nele e mesmo assim ele me dava apoio. Eu era injusta com ele. __tio Zezo onde o senhor arrumou essas frutas? __ali embaixo tem uma casa. Eles estão dormindo ainda. __ai vamos lá. Eu quero mais! Começamos a descer o rio mais uma vez. Meu sutiã descia com qualquer movimento brusco, pois meu peito pesava sobre ele e não tinha alça pra segurar mais. Eu mandei tio Zezo ir na minha frente, mas ele vivia se virando pra me ajudar a passar. Logo percebi que essas “ajudas” eram pretextos pra ver meu peito. Eu acho que chegamos na dita casa umas 9 ou 10 da manhã. No começo os cachorros latiram, e isso me deixou apavorada, mas como ficamos amoitados e bem quietos eles foram embora. Depois de algum tempo começamos a subir o riozinho e eu fiquei um pouco frustrada por não ter conseguido nada. Subimos até passar do ponto onde tínhamos encontrado meu short. Do riozinho a gente viu outra casa, e eu mandei tio Zezo espiar ela porque durante a noite a gente não tinha visto nada. Não tinha ninguém na casa, mas havia vestígio de gente morando lá. Me encorajei a sair da matinha e ver o local. Voltei pro riozinho com uma dúvida cruel. Eu queria que tio Zezo arrombasse a casa pra gente procurar alguma roupa que eu pudesse vestir, mas estava em dúvida porque isso era roubo e eu não sou ladrona. Eu precisava apenas de uma roupa pra sair daquele mato. Tio Zezo estava disposto a fazer, mas eu mesma estava em dúvida. Ficamos ali, sentados na beira do rio. Observei que tio Zezo volta e meia estava olhando meu peito. Decidi fazer um teste pra tirar minha dúvida, quando ele distraiu deixei propositalmente um biquinho do peito fora do sutiã. Me deu vontade rir da reação dele, pois nem disfarçou e ficou olhando como um bicho observando uma presa. Eu senti pena do tio Zezo, ele nunca tinha se casado e nem sei se ele já tinha trepado com alguma mulher. No meu pensamento tio Zezo estava ficando perturbado por estar me vendo pelada a 2 noites e quase 2 inteiros dias. Ele tinha tentado ver meu peito enquanto a gente descia no rio e eu cuidei pra isso não acontecesse, mas agora eu mesma estava querendo mostrar. Estava ali, sentada no barrando e encostada numa árvore com um dos peitos pra fora do sutiã. O olhar do tio Zezo me deixou perturbada. __senta aqui no meu colinho tio Zezo! Ajeitei meu peito e ele se sentou no meu colo. __agora eu sou sua mãezinha Ramoninha. __princesa mãe Ramoninha tá? __tá! Puxei o rosto dele pra cima do meu peito. Senti tesão em ver seu rosto colado ao meu peito. Pela primeira vez na vida achei tio Zezo bonito. Ele era meu tiozinho, o homem que eu falei que agora era meu pai, mas de repente ele era meu filhinho no meu colo com o rosto em meu peito... __mama neném! Vai. Tio Zezo deu uma lambida no meu peito e fiquei arrepiada na hora. __vai, mama neném! De lambida em lambida tio Zezo começou a chupar meu peito. Ele avançava e a cada avanço meu sutiã descia e meu peito aparecia mais. Ele parecia aqueles bezerros quando está amarrado e é solto pra mamar na vaca. Ele me chupava forte e mordia com força. Senti algum desconforto, mas senti muito prazer. Eu nunca tinha deixado um namoradinho fazer isso, por isso era a descoberta do ano. Eu sabia que não devia fazer isso, mas o prazer era tanto que quando ele parava, eu dizia: __vai, mama! Tio Zezo voltava a me chupar. Minha xota parecia uma piscina transbordando de tão molhada. Por instinto enfiei a mão no bermuda do tio Zezo e peguei em seu pau. Era tão grosso que meus dedos não davam a volta. Essa hora já não me lembrava do tio Zezo que me levava no centro de companhia pra fazer compras, do tio Zezo que me deixava envergonhada. Nessa hora era o tio Zezo de pau grosso e boca gulosa. __vai tio Zezo, levanta! Ele se levantou atordoado, acho que ele não esperava que eu mandasse ele parar de me chupar. __vamos foder. Vamos! Ele agarrou no pau por cima da bermuda. Arranquei minha calcinha e mandei ele tirar o calção. Me ajoelhei no chão e ele me engatou por trás. Gemi gostoso quando senti sua geba invadir minha perereca úmida. __ai tio Zezo. Fode! Fode vai! Meu joelho ardia, mas era tanto prazer que eu nem liguei pra isso. Tio Zezo não era o tipo de homem comum que é carinhoso quando faz sexo. Tio Zezo nem fazia sexo. E eu agora era uma potranquinha dele. Ele segurava minhas ancas e metia com toda força. Eu sentia minha barriga vazia roncar com os movimentos bruscos, meus lacrimejavam olhos ardendo por causa das noites mal dormidas, meus ombros doendo por causa da queda, meus peitos saltando fora do sutiã. Meu ex namorado nunca tinha me feito gozar, mas tio Zezo estava me levando a gozar em menos de 1 minuto, tudo por causa do jeito que ele me fodia. Eu ouvia suas urradas na hora que me metia. Gemi igual uma cadela no cio. Gozei com ele me estocando sem parar, quando percebi que ele ia gozar fiquei louca. Puxei meu corpo pra fora e ele ficou reclamando: __vem aqui princesa Ramona, vem aqui! Me ajoelhei e falei: __vai goza na minha boca, anda! Ele não entendeu direito, mas eu peguei na geba dele e enfiei até o fundo da garganta. Meu ex namorado vivia me pedindo pra dar uma chupadinha, mas eu sempre neguei. Agora sem tio Zezo me pedir eu estava chupando ele. Era um gosto estranho, mas eu estava tomada de tesão. Tio Zezo parecia não ter entendido o que eu queria. __vai deixa eu meter de novo! __não, mete na minha boca. Falei assim e abocanhei a geba dele de novo. Tio Zezo agarrou meus cabelos com força e começou a bombar até o fundo da minha garganta. Comecei a me asfixiar, tentei sair, ele não dava tempo pra nada, continuou bombando cada vez com mais força. Já estava achando que ia ser morta por asfixia pois não estava aguentando respirar e estava ficando entalada, de repente senti minha garganta esquentar com muita porra. Parecia que ele tinha gozado um litro de porra. Quando ele gozou eu me ajoelhei tossindo como se tivesse entalada. Minha garganta estava grudenta e ainda estava escorrendo porra pelos meus lábios e caindo nos meus peitos. __ai tio Zezo na boca o senhor tem que ir mais devagar! Meu joelho estava ardendo, todo arranhado. Eu estava tossindo e tio Zezo desmaiado no chão tranquilamente, ele parecia feliz. Meus peitos estavam duros de tesão, eu queria mais: __quer mamar mais tio Zezo? Ele abriu o olho e me olhou, depois se levantou: __quero meter mais! __mais? __na sua boca de novo! __não o senhor quase me matou sufocada, agora só deixo se for na xoxota. __vai. Eu quero meter mais. A geba dele ainda estava durona. Eu também queria mais. Arranquei meu sutiã por cima da cabeça. Encostada na árvore tio Zezo me engatou de frente e meteu o rosto entre meus peitos com muita força. Mas como sou maior que ele, logo a posição ficou desconfortável e ele me soltou e então fiquei de 4. Ele me montou e eu gozava sem parar enquanto ele me engatava com toda força do mundo. Eu tinha sentido que tinha virado a potranquinha do tio Zezo na primeira foda e agora estava gemendo igual uma cadela. Ele segurava minhas ancas com muita força e estocava com mais força. Meus joelhos ardiam e meu ombro doía por causa da queda que tinha levado. Não aguentei e coloquei o rosto na terra. Meu rosto e meus peitos estavam ralando naquela terra preta e era a forma de ajudar meus joelhos. Tio Zezo me dominava. __come terra sua égua! Foi mesmo isso que tio Zezo falou. Eu estava tão louca de tesão que tirei a língua pra fora da boca e comecei a lamber a terra. Com as estocadas eu lambia mais terra do que eu queria. Eu tinha perdido a razão. Só parei de lamber terra na hora que ele apressou o passo e vi que ele ia gozar dentro de mim, mas porque os movimentos dele não deixavam eu lamber mais a terra. Não demorou e ele gozou dentro de mim. Quando ele gozou desmaiou. Subi em cima dele e beijei sua boca com a minha boca suja de terra. __agora sou sua mulher o resto da sua vida, tá tio Zezo? __tá, tá. Beijei ele demoradamente. Mas não podia mais continuar ali. Vesti minha roupa, aliás, minha calcinha e meu sutiã e chamei ele pra vermos a casa. Nos fundos da casa tinha um banheiro. Entrei ali e encontrei, pra meu alívio, uma saia dessas de mulher velha e uma camisa de propaganda política. Não era meu estilo, mas era melhor isso que continuar pelada no mato. Enquanto isso, tio Zezo encontrou uma panela cheia de carne. Algumas horas depois a gente estava no asfalto, de barriga cheia e eu vestida com a roupa mais esquisita do mundo, mas aliviada por não ter arrombado a porta da casa. Minha xoxota estava ardida, meu joelho estava ralado e minha boca tinha sofrido algum corte na hora que eu estava lambendo terra. Eu me sentia imunda com essa roupa e meu sutiã de uma alça só, mas estava aliviada por finalmente estar de volta a estrada. Quase no fim da tarde conseguimos uma carona, chegamos na minha cidade de noite. Fomos dormir na minha avó. Eu sempre tinha alguma roupa na casa dela e pude logo me livrar das roupas de coroa. Contei pra ela todas as histórias, mas mudei algumas histórias. Não ia contar que tinha ficado pelada 2 dias no mato e que tinha transado com tio Zezo. Nos fundos da casa dela tinha uma edícula cheia de tralhas. Limpamos e tio Zezo ficaria morando ali alguns dias. Eu não queria voltar a morar com minha mãe. Estava firme em recuperar o cartão do banco do tio Zezo, mas enquanto isso não acontecia, cuidei para que ninguém desconfiasse que eu tinha sido possuída pelo tio Zezo.
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quando ele distraiu deixei propositalmente um biquinho do peito fora do sutiã. Me deu vontade rir da reação dele, pois nem disfarçou e ficou olhando como um bicho observando uma presa. Eu senti pena do tio Zezo, ele nunca tinha se casado e nem sei se ele já tinha trepado com alguma mulher. No meu pensamento tio Zezo estava ficando perturbado por estar me vendo pelada a 2 noites e quase 2 inteiros dias. Ele tinha tentado ver meu peito enquanto a gente descia no rio e eu cuidei pra isso não aconte
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Verdade ou mentira, pouco importa, pois a sua maneira de escrever, cativou-me, li de uma vez só, bem escrito, e um conto, que poderia muito bem ter acontecido, em qualquer lugar...
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