Colocados os pratos na lava-louça, nos sentamos no sofá. Relâmpagos no céu prometiam chuva para breve. Ela aninhou-se no meu colo como uma gatinha.
- Sabia que acho você um cara especial?
Visivelmente envergonhado tive que alertá-la:
- Você não pode dizer isso sem me conhecer. - Olhei para o relógio - Fazem apenas quatro horas que me conhece.
- Isso não importa. Você é um cavalheiro (lembrei-me de Lancelot). Fiquei um pouco receosa quando falou em preparar um jantar porque... (ela hesitou) ...bem, algo me fez arriscar. Algo em seus olhos.
É claro que depois disso nos beijamos. Nunca resisti a alguém falando dos meus olhos. Ela tinha uma boca sensual, aliás, como tudo nela. Alguém abaixo da minha cintura ameaçava interromper o romantismo. Ela continuou:
- Desde que chegamos, em momento algum você foi grosseiro e afinal de contas, se vim até aqui é por que sei o que estou fazendo.
Infelizmente lembrei-me de Mike Tyson. Coitado deve ter ouvido a mesma história. Ainda bem que não estamos lá. Ela havia dado a senha, agora que o sinal estava aberto era ir em frente. Como diria um amigo meu: “Jerônimo! ”.
Abracei-a e busquei novamente sua boca. Era tudo ou nada. Enquanto nos beijávamos minha mão desceu até entre suas pernas e acariciou seu sexo suavemente. Ela deu um gemido, como uma gatinha. Aquele “cara” contra o romantismo estava a mil por hora e quando ela encostou sua cabeça nele, quase o ouvi dizer: “Vamos, vamos! ”. Mas por incrível que pareça a iniciativa foi dela, que se levantou e me puxando pela mão:
- Vem comigo!
Sabia aonde íamos e estava feliz em não ter que tomar esta iniciativa, sempre meu maior problema. Enquanto caminhávamos de mãos dadas pelo corredor ela brincou:
- Ainda bem que você me mostrou o caminho.
Entramos no quarto e mais uma vez nos beijamos. Apertei seu corpo de encontro ao meu, forçando meu volume sob as calças de encontro a ela.
- Venha cá! - e me puxou para que sentasse na cama. Ela se abaixou na minha frente e tirou meus sapatos e meias. Massageou meus pés, que adoraram o carinho. Depois desabotoou e tirou minha camisa. Tentei beija-la, mas ela não interrompeu o que fazia. Me pôs de pé e abriu minha calça, beijando-me nos lábios, prestando uma atenção exagerada no que fazia. Era como uma gueixa a me despir. Abaixou-se para me ajudar a tirar a calça e colocou-a de lado. Quando se virou de costas, abracei-a por trás, encostando meu duro e “bom companheiro” nela. Deixou que tocasse seus seios e abrisse os laços de seu vestido em retribuição, mas me interrompeu, quando comecei a tira-lo, falando em uma voz suave, diferente:
- Eu preciso de um banho!
- Deixe que eu preparo!
Fui ao banheiro e acendi o gás, liguei a ducha e voltei ao quarto.
- Me espere. - pediu.
Eu continuava vendo-a por causa da parede de vidro. De dentro do banheiro e de frente para mim me olhando, sabendo dos meus olhos sobre seu corpo, tirou o vestido, ou melhor, deixou que ele escorregasse até o chão. Que corpo, que curvas! Tirou a calcinha e entrou no boxe. Que banho! Muitas mulheres já haviam tomado banho ali, e realmente gostava de vê-las. Cláudia parecia uma modelo de comercial. Ensaboou-se toda e antes que eu pudesse me recobrar perguntou lá de dentro:
- Você não vem?
Eu estava apatetado. Hesitei e ela insistiu:
- Venha!
O que pensaria de mim parecia até que nunca havia visto uma mulher. Respirei fundo e parti para a ação. Não sei como me controlei e não transamos ali mesmo. Talvez porque ela soube ser rápida o bastante para não ficar tanto tempo assim comigo. Logo saiu, pegou a toalha que eu separara para ela e enrolando-se saiu do boxe. Terminei de me enxugar depois dela, que deitara na cama por sobre os lençóis. Estava linda ali completamente nua. Apesar de nunca ter gostado das mulheres que se deitam esperando que eu me aproxime com tudo em cima, havia algo diferente. Meu “bom-companheiro” não estava tão assanhado após o banho, mas sabia que não me decepcionaria. Deitei-me sobre ela e o contato com seu corpo em pouco tempo deixou-o novamente... em pé.