Ficamos sem nos ver até a sexta-feira. Eu tinha serviço para fazer e ela andou próxima de um resfriado, mas já estava melhor na sexta e apareceu no horário de costume. Fomos jantar fora, no meu carro. No restaurante, enquanto aguardávamos servirem o pedido contou sua maior fantasia.
- Quero ser tua putinha!
Mais acostumado a essas coisas agora, não virei o chope no colo, mas queria mais detalhes.
- Você quer dar para outros caras? Não sou gigolô. - retruquei, mas ela era imbatível.
- Faço qualquer coisa para te dar prazer. - e frisou bem o “qualquer coisa” - Se isso te der prazer até transo com outro homem!
- Já sei que você faz tudo o que eu te pedir, mas isso não é ir um pouco longe? - perguntei.
- Não! - respondeu convicta - Se você quiser e se te excitar transo com outro homem na tua frente!
Essa era uma fantasia dela, não minha, ou não? Já havia feito muita coisa, mas nunca vira uma namorada minha transando com outro cara. Será que seria excitante?
- E com uma mulher? - arrisquei.
- Com um casal até!
Desse jeito seria difícil comer.
- Chega! – pedi antes que a jogasse em cima da mesa e a comesse ali mesmo - Não resisto, nunca conheci alguém como você! - tive que confessar.
- E nem vai conhecer! Sou a única.
Ela tinha toda razão, e era exatamente isso que me preocupava.
O jantar transcorreu entre muitos olhares furtivos, cheio de segundas intenções a cada garfada.
Enquanto voltávamos para casa, o que ela falou no restaurante ficou ecoando na minha cabeça. Será que ela não era uma piranha e que tanta técnica era apenas sinal disso? Era uma hipótese que não fechava na minha cabeça. Dúvidas!
Promessas, promessas!!
Apesar de tanto sexo, fazíamos um par romântico. Gostávamos de ir à boate e dançar. Certa vez enquanto dançávamos, ela se encostava perigosamente a mim. Na mesa, bem no fundo da boate, a mão dela logo “caíra” entre minhas pernas. “Bobamente” abriu minha calça e pegou meu bom-companheiro. De repente debruçou-se e começou a chupá-lo. Eu ali na maior cara de pau, morrendo de medo de que alguém visse, mas não era nem com ela. A aproximação do garçom a afastou um pouco de suas atividades, logo a seguir retomadas. Quando o bom-companheiro estava de bom tamanho, ela sentou-se abraçada comigo, mas sem largá-lo.
- Você vai gozar na minha mão!
Soou como uma metáfora, mas a sem vergonha conseguiu seu intento. Enchi sua mão, o que ela adorou. Passou um bom tempo brincando com a coisa na mão até limpa-la com um guardanapo.
Voltando para casa, já no carro ela quis saber:
- O que você mais gosta que eu faça para você?
- O café da manhã! - brinquei.
- Não é isso! Estou falando de sexo, do que mais gosta? - insistiu.
- Gosto de como fazemos tudo, ora! - não entendi ou temi aonde ela queria chegar.
- Quero saber do que você gosta que eu faça, de como você gosta de me ver...
- Adoro as nossas fantasias, brincar com elas e realiza-las.
- Mas tem alguma que você goste mais?
- Bem, gosto quando você se exibe e adoro seus strips! Na verdade, sou louco por strip-tease, acho que é o que há de mais sensual para uma mulher fazer para seu homem.
- Por isso o livro?
- Ciúmes?
- De um livro? Não seja bobo! Dei uma folheada nele e achei legal.
- Mas porque você insistiu tanto, pura curiosidade?
- Não, queria saber mesmo. - e chegando-se junto de mim - Vou fazer todo tipo de strip-tease para você. - e num tom mais casual - Nunca fui a uma boate de strip, você me leva?
Claro que levaria. Assinávamos mais uma cumplicidade, mas não pararia por aí.
Fomos namorando. Era um namoro nada convencional, pois havia muita loucura e muito, mas muito sexo, mas sempre do bom.
No motel
Levei-a no vernissage de um amigo, mas ao contrário do que costuma acontecer, foi um dos mais chatos que já tinha ido. Extremamente formal, pois era no Museu de Arte Moderna e por causa da presença de umas tantas autoridades, o traje obrigatório era terno. Eu estava de saco cheio, mas ela não estava nem aí, gostou de tudo. Parecia no mundo da Lua. Quando começou a falar pensei que comentava um dos quadros, mas não:
- Sabe que não sei qual é a graça daquele negócio da capa.
- Que capa?
- Do tarado que abre a capa e se mostra!
- Exibição!
- Mas não sei qual é! Um dia você podia usar uma capa dessas sem nada por baixo para eu ver.
- Larga dessa!
- O que é, ficou tímido de repente?
- Meio bobo isso!
- Mas eu queria! - pediu com voz chorosa - Sabe o que eu faço, se você fizer isso para mim?
- O que?
- Me visto de colegial e dou minha bundinha para você!
- Proposta anotada. O taradão da capa em breve atacará, mas precisamos fazer algo para salvar a noite.
Ela concordou em gênero e número, passávamos na porta de um motel e embiquei o carro para a entrada.
Entramos na suíte. Era nossa primeira vez. Juntos, bem entendido. Ela olhou em volta aprovando. Pedimos um vinho e depois que o garçom se foi, olhou para mim, sorriu e pediu:
- Tira a roupa para mim?!
Achei que não tinha entendido, mas ela repetiu e explicou:
- Faz um strip para mim, desde que você colocou este terno fiquei imaginando você se despindo para mim!
- Não sou bom nisso! - ponderei - Você que é a deusa dos strips.
- Faz para mim! - pediu em súplica.
Muito sem graça concordei. Afinal não havia por que ter vergonha. Ela sentou-se na cama me observando. Eu nem sabia por onde começar, mas fui pelo começo, dançando um pouco, abri o paletó e tirei-o e jogando-o para ela. Bem sério, tirei a gravata e passei pelo pescoço dela puxando-a para um beijo. Deixei-a brincando com a gravata enquanto desabotoava a camisa.
- Gostoso! - disse quando tirei a camisa - Fica peladinho para mim!
Tirei os sapatos e devagar fui abrindo a calça. Ela colocou a mão sobre seu sexo, alisando-o como uma promessa. Joguei a calça pro lado e ela sentou-se nos pés da cama, vestido levantado, calcinha para o lado, olhar fixo.
- Me chupa! – pediu ou ordenou?
Ajoelhei-me a seus pés entre suas coxas e com minha língua brinquei com seu clitóris, bem do jeito que ela gostava. Ela segurava meu cabelo e entre gemidos revelou mais uma fantasia:
- Tá todo mundo olhando!
Entrei imediatamente no jogo:
- Claro, uma mulher gostosa como você sendo fodida chama a atenção.
- Mas assim no meio da festa, em cima da cama do dono da casa? – delirou.
- Porque não, ele está adorando te ver! Mostra seus peitinhos para eles!
As palavras no plural soavam como afrodisíaco para ela. O vestido voou longe e me puxou para mais junto, para dentro para ser preciso. Mas recuei. Peguei a garrafa de vinho.
- O que você vai fazer com isso? – perguntou quase que chateada.
- Um brinde a nossos anfitriões! – e despejei o vinho sobre ela. – Agora todos aqui vão chupá-la.
E foi uma loucura.
delicia demais